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quarta-feira, 2 de outubro de 2024

Sobrenatural Tannat (80%) e Malbec (20%) 2021

 



Vinho: Sobrenatural

Safra: 2021

Casta: Tannat (80%) e Malbec (20%)

Região: Mendoza

País: Argentina

Produtor: Chakana Wines

Adquirido: Wine

Valor: R$ 64,00

Teor Alcoólico: 14%

 

Análise:

Visual: apresenta um rubi intenso, fechado, vivo e brilhante, trazendo entornos violáceos, com lágrimas finas, lentas e em média intensidade.

Nariz: entrega aromas envolventes e evidentes de frutas vermelhas e pretas maduras como amora, morango, cereja e framboesa, com nuances de especiarias, com destaque para pimenta.

Boca: é complexo, igualmente frutado, como no aspecto olfativo, tendo estrutura, porém muito macio e redondo, com taninos presentes, porém macios, acidez salivante que traz a sensação de frescor e vivacidade ao vinho, com um final guloso.

 

Produtor:


quarta-feira, 11 de setembro de 2024

Raíces Argentinas Malbec de Guarda 2020

 



Vinho: Raíces Argentina

Safra: 2020

Casta: Malbec

Região: Mendoza

País: Argentina

Produtor: Salvador Patti

Adquirido: Niterói Vinhos

Valor: R$ 99,90

Teor Alcoólico: 13%

Estágio: 12 meses em barricas de carvalho francês.

 

Análise:

Visual: revela um rubi intenso, escuro, fechado, com halos, bem definidos e evidentes, granada, incomum para um vinho relativamente jovem, porém pode ser oriundo da passagem por barrica de carvalho. As lágrimas são abundantes, finas, coloridas e lentas.

Nariz: aromas complexos e vívidos de frutas vermelhas e negras, quase em compota, com o aporte do carvalho que entrega baunilha, cacau, caramelo, bala toffee, além de um agradável toque terroso, tabaco e especiarias doces.

Boca: é macio, redondo e elegante, porém entrega uma exuberante personalidade, que faz do vinho saboroso e equilibrado. As notas frutadas, de fruta madura, também são perceptíveis, as notas amadeiradas idem, mas muito bem integradas ao conjunto do vinho. Entrega baunilha, cacau, chocolate meio amargo, taninos presentes e acidez na medida, com final cheio e persistente.

 

Produtor:

https://salvadorpatti.com.ar/pt-br/


quinta-feira, 8 de agosto de 2024

Partridge Gran Reserva Malbec 2018

 



Vinho: Partridge Gran Reserva

Safra: 2018

Casta: Malbec

Região: Mendoza

País: Argentina

Produtor: Las Perdices

Adquirido: Wine

Valor: R$ 54,00

Teor Alcoólico: 14%

Estágio: 18 meses em barricas novas de carvalho (90% francês e 10% americano).

 

Análise:

Visual: apresenta um rubi intenso, escuro, fechado, viscoso, com profusão em lágrimas finas e lentas.

Nariz: sobressai as notas de frutas pretas bem maduras, lembrando geleia em compota, com destaque para ameixa preta, com o carvalho pronunciado, porém bem integrado ao conjunto do vinho e que aporta uma leve e agradável tosta, baunilha. Traz especiarias, como pimenta e canela, e diria um floral.

Boca: é estruturado, tem personalidade e bom volume de boca, porém é macio e elegante, os seis anos de garrafa proporcionaram essa condição. Replica-se as notas frutadas, o amadeirado, também bem integrado, é percebido, entregando chocolate, baunilha, algo terroso, com taninos macios e presentes, acidez média e um final persistente.

 

Produtor:

https://www.lasperdices.com/


segunda-feira, 20 de maio de 2024

Goulart W Malbec 2022

 



Vinho: Goulart W

Casta: Malbec

Safra: 2022

Região: Luján de Cuyo, Mendoza

País: Argentina

Produtor: Bodega Goulart

Teor Alcoólico: 14,2%

Adquirido: Evino

Valor: R$ 89,90

Estágio: 9 meses em barricas de carvalho francês

 

Análise:

Visual: revela uma coloração rubi intensa, escura, fechada, com halos violáceos e lágrimas lentas, grossas e em profusão.

Nariz: extravagante aroma com harmonia de frutas vermelhas e pretas maduras, com notas evidentes, mas muito bem integradas, de madeira que aporta baunilha, chocolate meio amargo, cacau, caramelo, além de especiarias, como pimenta.  

Boca: apresenta-se fresco pela sua jovialidade, mas robusto e estruturado, com as notas frutadas evidentes, amadeirado, chocolate, baunilha, além de taninos marcados, presentes, porém elegantes, com boa acidez e final de longa persistência.

 

Produtor:


quinta-feira, 16 de maio de 2024

Partridge Gran Reserva Pinot Noir 2019

 



Vinho: Partridge Gran Reserva

Casta: Pinot Noir

Safra: 2019

Região: Mendoza

País: Argentina

Produtor: Viña Las Perdices

Teor Alcoólico: 14%

Adquirido: Wine

Valor: R$ 59,90

Estágio: Estágio em 18 meses em barricas novas de carvalho francês.

 

Análise:

Visual: rubi com alguma intensidade com reflexos violáceos, além de lágrimas densas, finas e lentas.

Nariz: aromático com notas de frutas vermelhas além de toques defumados, de especiarias.

Boca: tem corpo de média estrutura, replica-se as notas frutadas com as nuances de barricas de carvalho, com taninos marcados e integrados, mas sutis, dóceis, com acidez média. Final agradável e elegante.

 

Produtor:


quarta-feira, 3 de abril de 2024

Don Nicanor Bonarda 2010

 



Vinho: Don Nicanor

Casta: Bonarda

Safra: 2010

Região: Mendoza

País: Argentina

Produtor: Bodegas Nieto Senetiner

Teor Alcoólico: 14%

Estágio: 12 meses em barricas de carvalho francês

 

Análise:

Visual: apresenta um rubi intenso, fechado, com alguma viscosidade e lágrimas finas, lentas e coloridas.

Nariz: revela um aroma pronunciado de frutas negras maduras, com um fundo de especiarias, notas terrosas, de charcutaria, de couro, em virtude da passagem por barricas de carvalho.

Boca: é de médio a estruturado, com bom volume de boca, alcoólico, confirmando as notas frutadas, amadeirado, mas bem integrado, sendo tostado, com toques de chocolate meio amargo, taninos marcados e boa acidez. Final cheio e persistente.

 

Produtor:

https://www.nietosenetiner.com.ar/pt-br/


Newen Pinot Noir 2014

 



Vinho: Newen

Casta: Pinot Noir

Safra: 2014

Região: Patagônia

País: Argentina

Produtor: Bodega del Fin del Mundo

Teor Alcoólico: 13,5%

Estágio: 6 meses em barricas de carvalho francês e americano

 

Análise:

Visual: apresenta um rubi claro e brilhante, com lágrimas finas e rápidas.

Nariz: notas de frutas frescas, de frutas vermelhas como cereja, amora, framboesa e morango, com toques de coco, baunilha, em virtude da passagem por barricas de carvalho.

Boca: é fresco, equilibrado, saboroso, mas de marcante personalidade, confirmando as notas frutadas, com taninos macios e acidez justa. Final longo e persistente.

 

Produtor:

https://bodegadelfindelmundo.com/


quarta-feira, 21 de fevereiro de 2024

Raíces Argentinas Cabernet Sauvignon 2020

 



Vinho: Raíces Argentinas

Casta: Cabernet Sauvignon

Safra: 2020

Região: Mendoza

País: Argentina

Produtor: Vinícola Salvador Patti

Teor Alcoólico: 13,5%

Estágio: 12 meses em barricas de carvalho americano

Adquirido: Niterói Vinhos

Valor: R$ 99,90

 

Análise:

Visual: mostra um rubi intenso, vívido, escuro, com alguma viscosidade e lágrimas grossas, coloridas e lentas que desenham o bojo da taça.

Nariz: entrega notas de carvalho que aporta chocolate, café torrado, e muito bem integrado com as notas de frutas negras, com destaque para amora, ameixa, com toques de especiarias, como pimenta verde, entregando toda a tipicidade da casta.

Boca: tem presença marcada, boa estrutura, é austero, com bom volume de boca, mas ao mesmo tempo é elegante e macio. As notas frutadas ganham destaque no paladar, como no aspecto olfativo, além de taninos presentes, marcados e acidez equilibrada. Tem final longo e saboroso.

 

Produtor:


sexta-feira, 2 de fevereiro de 2024

El Bautismo Criolla Rosado 2021



Vinho: El Bautismo Rosé

Casta: Criolla

Safra: 2021

Região: Mendoza

País: Argentina

Produtor: Vinícola La Liga de Enologos

Teor Alcoólico: 12,5%

Adquirido: Wine

Valor: R$ 34,90

 

Análise:

Visual: um rosado intenso, vívido e bem brilhante.

Nariz: intensos aromas de frutas vermelhas, com destaque para morango, framboesa e cereja, com notas sensuais de rosas, um toque floral que traz a sensação de incrível frescor.

Boca: é leve, fresco, saboroso, com alguma personalidade e muita fruta vermelha. Tem acidez instigante e equilibrada com um final redondo e de média persistência.

 

Produtor:

https://www.laligadeenologos.com.ar/


 

CUMA Cabernet Sauvignon 2016

 




Vinho: CUMA

Casta: Cabernet Sauvignon

Safra: 2016

Região: Salta

País: Argentina

Produtor: Bodega La Rosa (Grupo Peñaflor)

Teor Alcoólico: 13,5%

 

Análise:

Visual: um rubi escuro, fechado, límpido, com reflexos violáceos, lágrimas em abundância, lentas e finas.

Nariz: traz uma explosão de frutas pretas maduras, com destaque para a groselha negra, especiarias, ervas e pimenta preta.

Boca: estruturado, mas macio, frutado, com alguma complexidade, as cerejas se sobressaem, as especiarias são sentidas, com taninos presentes, mas domados e boa acidez, com final persistente e retrogosto frutado.

 

Produtor:

https://grupopenaflor.com.ar/es/bodega-larosa


segunda-feira, 8 de janeiro de 2024

Partridge Gran Reserva Malbec 2018

 



Vinho: Partridge Gran Reserva

Safra: 2018

Casta: 100% Malbec

Região: Mendoza

País: Argentina

Produtor: Viña Las Perdices

Teor Alcoólico: 14%

Estágio: 18 meses em barricas de carvalho (90% francês e 10% americano)

 

Análise:

Visual: rubi intenso, escuro, fechado, com lágrimas finas e lentas, com alguma viscosidade.

Nariz: notas de frutas negras madura, quase em compota, com notas amadeiradas, entregando tosta, chocolate e toques especiados.

Boca: é estruturado, frutado, amadeirado, com taninos presentes, mas redondos, com acidez salivante e um final persistente com retrogosto frutado.

 

Sobre o Produtor:

https://www.lasperdices.com/


sábado, 3 de junho de 2023

Somewhere Else Tannat 2018

 

Quando mencionamos a emblemática casta Tannat lembramos imediatamente do Uruguai, é fato! O que surpreende, pelo menos para mim, é que país com dimensões territoriais tão modestas consegue produzir tantos rótulos com uma infinidade de propostas e características.

Mas a casta é de origem francesa, da região de Madiran, que está localizada no sul da cidade de Bordeaux, na direção dos Pirineus Atlânticos. Produzem vinhos tintos poderosos e de longo potencial de guarda, baseados, claro, na Tannat.

Mas foi o Uruguai que repercutiu a casta e tudo começou graças a Pascoal Harriague quando as levou para o país sul americano e que atualmente se tornou um símbolo da vinicultura daquele país.

Porém dessa vez não degustarei um tradicional e emblemático Tannat uruguaio, mas um de terras argentinas que, para mim, será uma novidade. E melhor: não será da já manjada região de Mendoza, tida como a maior e melhor região produtora dos nossos “Hermanos” argentinos, mas de outra que é, pelo menos por enquanto, pouco conhecido e pouco consumido entre os brasileiros. Falo do Valle de Tulum, em San Juan.

Dupla novidade! O meu primeiro Tannat argentino e um rótulo do Valle de Tulum, em San Juan. Na realidade San Juan não é necessariamente uma novidade para mim, afinal degustei um espumante da região que definitivamente me arrebatou à época, da Família Putruele, o Putruele Extra Brut 2018. Um espumante fresco, leve, com alguma untuosidade, pois estagiou sob as suas borras finas, o famoso “sur lie”.

Depois dessa experiência maravilhosa eu não consegui mais degustar nenhum rótulo dessa região argentina, passou mais do que na hora de repetir esse momento especial. E surgiu esse Tannat com um valor mais do que competitivo em um famoso site de vendas de vinhos na internet.

Então sem mais delongas vamos às apresentações do vinho! O vinho que degustei e gostei veio, como disse do Valle de Tulum, em San Juan, na Argentina e se chama Somewhere Else Vineyards da casta Tannat e a safra é 2018. E para não perder o costume vamos de história, um pouco sobre o Valle de Tulum, um pouco sobre San Juan.

San Juan

Com uma população de mais de 600.000 habitantes e uma superfície de 89.651 km, a economia sanjuanina tem caráter eminentemente agrícola, eis que depende da presença de verdadeiros oásis ao pé da montanha, regada de rios e junto aos quais se concentra toda a população.

A viticultura é a atividade agrícola mais importante dessa região, eis que os vinhedos estão localizados em diversos vales irrigados pelos rios Jáchal e San Juan. É a segunda província argentina em produção e suas zonas vinícolas mais importantes são: Valle de Tulum, Valle de Ullum-Zonda, Valle de Calingasta e Valle El Pedernal.

San Juan

A área de produção de vinho mais importante é o Vale de Tulum, cujo clima seco e temperado é ideal para o cultivo e produção de variedades como Syrah, Cabernet-Franc, Chardonay ou Cabernet Franc. A isto junta-se a produção de uvas frescas, passas e mosto (sumo de uva concentrado) que chega a todo o país e também para o mercado externo.

O Vale de Tulum tem um desenvolvimento vitivinícola muito importante que continua a crescer e melhorar. Neste oásis os extensos vinhedos perfumam o lugar e as antigas bodegas guardam os segredos de uma longa tradição de bons vinhos que são apreciados tanto pelos locais como por quem vem conhecer a província e seus encantos.

A Região de San Juan é considerada o oásis na terra dos vizinhos argentinos, graças à produção farta e diferenciada. A região vitivinícola da Província de San Juan despontou recentemente (em relação a outras regiões) no mercado Argentino. Isso porque segue produzindo exemplares ímpares, que carregam em seus sabores e aromas. Seus vinhos surgem de um relevo montanhoso e de grande altitude, além das ricas condições climáticas da região.

O Valle de San Juan localiza-se nos arredores da província de Mendoza, e sua capital homônima dista 1.255 km da capital argentina. Seus vinhedos estão estampados ao longo de quase 90.000 quilômetros, alcançando altitudes acima de 600 metros. Porém os vinhedos estão a diferentes altitudes, podendo ir desde 600 metros (próximo ao Vale de Tulum) até os 1.400 metros no que se estende ao Vale de Pedernal.

A “Rota do Vinho” é uma das propostas turísticas oferecidas pela província e que convida a explorar os vales sanjuaninos em uma viagem que tem como fio condutor, claro, o vinho. Assim, os visitantes poderão desfrutar, além da região de Tulum, do Valle Fértil, Calingasta, Ullum-Zonda e Pedernal. Esta rota é uma forma de se aproximar dos vinhedos de San Juan para aprender como se cultiva a videira, as diferentes etapas de produção e, finalmente, degustar vinhos requintados diante de uma paisagem única.

As Principais cepas brancas cultivadas na região são: Chardonnay, Viognier, Torrontés Sanjuanino e Pinot Gris, conhecida como Pinot Grigio. Já as cepas tintas são: Syrah, Cabernet Sauvignon, Bonarda, Cabernet Franc e Tannat. Nos últimos anos, essa província de um salto qualitativo principalmente na produção das uvas tintas. A aparição de algumas cepas com plena adaptação ao terroir local marca esse salto. Syrah, Cabernet Franc e Bonarda entregam bons varietais. Existe em San Juan um corte típico da Austrália: Cabernet Sauvignon e Syrah. Nos brancos, o destaque fica por conta da Viognier.

E agora finalmente o vinho!

Na taça apresenta um rubi, um vermelho púrpura intenso, escuro, fechado, com boa viscosidade, que faz com que as lágrimas finas, lentas e em profusão, manchem as bordas do copo.

No nariz oferecem aromas de frutas vermelhas e pretas, com notas amadeiradas presentes, mas que se mantém em plena convergência com a fruta, mostrando-se equilibrado, entregando baunilha, carvalho, leve tosta, café torrado, especiarias, algo de pimenta e ervas.

Na boca surpreende pelo frescor extremamente agradável que se difere do peso dos Tannats uruguaios, por exemplo, mas que revela as características marcantes da cepa, sendo estruturado, de marcante personalidade, com as notas frutadas protagonizando, bem como o toque generoso do carvalho, graças aos oito meses de passagem por barricas de carvalho, dando-lhe a baunilha, o chocolate, o tostado. Tem taninos presentes, mas domados, boa acidez e um final longo, cheio e amadeirado.

Uma celebração à altura, em grande estilo! Um Tannat cuja acidez e taninos estão perfeitamente lapidados, redondos, elegantes e em perfeito equilíbrio, entregando um vinho potente, estruturado, como todo bom Tannat, mas extremamente elegante, harmonioso e vivaz. Não podemos deixar passar a beleza e a descontração do rótulo que carrega o cerne do nome da vinícola, “Somewhere Else” que, em tradução livre significa: “Em outro lugar”, onde vaquinhas são abduzidas por OVNIs ou melhor discos voadores. Um conceito maravilhoso entre terroir, vinho e estética faz desse rótulo especial. Tem 14 % de teor alcoólico.

Sobre a Somewhere Else Vineyards:

A vinícola está localizada no Valle de Tullum, em um edifício tradicional da década de 1950 que foi restaurado em 2002. Os idealizadores buscaram, com a concepção da vinícola, um espírito inovador constante, unindo tecnologia com intuição e conhecimento para alcançar a melhor expressão do terroir de San Juan, abraçando a sustentabilidade e um cuidado constante de Nosso ambiente.

Liderada por Alejandro e Guillermo, a equipe está absolutamente focada em moldar e permitir a expressão material da personalidade única de cada um dos rótulos que formam o portfólio da Somewhere Else Vineyards.

Prensam uvas selecionadas e fermentam em cubas de inox com câmara de resfriamento, tanques de concreto com revestimento epóxi e barricas, que permitem elaborar diversos estilos de vinhos de um mesmo varietal para conferir complexidade e identidade própria a cada linha de seus vinhos. Investem em tecnologia de ponta que garante a qualidade permitindo atender às exigências de exportação.

A filosofia da Somewhere Else é valorizar e orgulhar-se do seu terroir, dedicando-se a fazer vinhos que enfatizem as características do estilo e também da Somewhere Else Vineyards: pureza da fruta, frescura, intensidade, elegância, equilíbrio e expressão máxima da vinha –terroir– de onde vêm as uvas.

Na Somewhere Else Vineyards é enfatizada a máxima expressão das regiões de onde vêm as uvas. Os vinhos combinam a complexidade de cada vinhedo com a pureza da fruta. Atualmente a vinícola produz cerca de 5.000.000 de litros de vinho por ano.

Mais informações acesse:

https://somewhere.com.ar/

Referências:

“Enologuia”: https://enologuia.com.br/regioes/233-a-regiao-de-san-juan-um-oasis-argentino

“Blog do Jeriel”: https://blogdojeriel.com.br/2011/11/18/o-vale-de-san-juan-argentina/

“Enologuia”: https://enologuia.com.br/regioes/233-a-regiao-de-san-juan-um-oasis-argentino

“Caminos Culturales”: https://www.caminosculturales.com.ar/el-valle-de-tulum-una-region-de-san-juan-que-se-destaca-por-sus-vinedos-y-bodegas/

“Academia do Vinho”: https://www.academiadovinho.com.br/__mod_regiao.php?reg_num=MADIRAN

 

 

 

 

  





domingo, 9 de abril de 2023

Lote Rojo Torrontés 2020

 

Não há como negar que, quando falamos de Argentina e Mendoza, seu principal centro de produção vitivinícola, lembramos da Malbec. Atualmente essa máxima vem sendo desmistificada e outras castas estão ganhando espaço ou sempre tiveram respeitabilidade, mas sendo ofuscada pela Malbec, como Cabernet Sauvignon, Cabernet Franc entre outras tintas.

Mas quando falamos das cepas brancas é a Torrontés que reina absoluta na terra dos Hermanos. E reina com honras e a fidalguia que mercê. A casta é especial e a começar pelos seus aromas florais, de frutas tropicais, cítricas e de tons herbáceos e minerais, com paladar fresco, leve, mas de grande e marcante personalidade.

E para a tradição da páscoa e sua gastronomia de carnes brancas, como peixe e bacalhau, decidi retirar um Torrontés da adega, devido a outra interessante característica da cepa que é a sua acidez vibrante e salivante.

A casta é ícone e merece uma data tradicional e relevante para os católicos. Não que eu seja um fervoroso religioso e adepto de seus dogmas, mas já que estamos inseridos em uma tradição e com uma gastronomia que estimula a degustação com um vinho harmonizando, por que não aproveitar esse momento com um bom rótulo?

Então o escolhido, o vinho que degustei e gostei é da icônica e tradicional Bodegas Norton e se chama Lote Rojo, um 100% Torrontés, da safra 2020. E depois de muito tempo volto a degustar um rótulo desse espetacular produtor e também, depois de muito tempo, degustar um Torrontés. Ante de tecer comentários sobre o vinho, vamos de história, vamos falar um pouco da Torrontés.

Torrontes: a casta emblemática da Argentina

A uva branca Torrontés tornou-se ícone na Argentina, dando origem a vinhos brancos extremamente potentes e capazes de surpreender inúmeros paladares. A produção de vinhos a partir da uva Torrontés ocorre, em especial, na Argentina e, eventualmente, é possível encontrar alguns notáveis exemplares em regiões da Nova Zelândia e do Chile.

Na Argentina, a Torrontés é encontrada em diversas áreas vinícolas, com destaque para o Vale de Cafayate, situado ao norte do país, e Salta. Com vinhedos cultivados em altitudes altíssimas, o vinho Torrontés de Cafayete é extremamente frutado e saboroso, bem como complexo e delicado, com corpo leve, tonalidade amarelo claro com reflexos verdes e raramente passa por barris de carvalho durante sua vinificação.

Salta

A casta Torrontés possui ainda três variantes – Mendocina, Sanjuanina e Riojana –, onde a mais importante é a variedade Torrontés Riojana por se tratar da única uva Criolla originada na América, que possui um alto valor enológico e importante relevância comercial na produção de alguns dos melhores vinhos brancos argentinos.

Os vinhos produzidos a partir da uva Torrontés são alguns dos vinhos brancos mais aromáticos da Argentina, onde é possível encontrar notas de ervas e especiarias. Na boca, os exemplares são intensos, com refrescante acidez e devem ser consumidos ainda jovens.

A maior parte dos vinhos Torrontés não passa por barris de madeira, proporcionando maior frescor aos exemplares. Além disso, devido a não utilização de madeira, os vinhos passam a apresentar uma coloração mais clara que os demais exemplares. Trata-se de uma variedade com bagos grandes, peles grossas e amadurecimento precoce. 

Torrontés

O clima mais frio é ideal para a uva Torrontés, ajudando a reter seus níveis de acidez natural. Essa casta cresceu rapidamente para se tornar um ícone dos vinhos brancos argentinos, além de tornar-se uma das variedades mais cultivadas do país.

A partir de 2012, a Torrontés tornou-se a segunda uva branca mais cultivada da Argentina, atrás apenas da nativa Pedro Ximenez utilizada na elaboração de vinhos de mesa simples, destinados ao consumo do mercado local.

E agora finalmente o vinho!

Na taça uma linda cor amarelo palha, límpido, transparente, brilhante, com tons esverdeados.

No nariz aromas típicos da Torrontés, com destaque para as notas frutadas, frutas tropicais, de polpas brancas e cítricas, como pera, limão, lima, um pêssego discreto e arrisco dizer que bananas, além de um delicado floral trazendo a sensação de frescor e grama cortada, uma agradável mineralidade.

Na boca traz a confirmação do frescor, da leveza, com algum volume de boca, que entrega alguma personalidade, mas não evidente, equilibrado, com as notas frutadas protagonizando, como no aspecto olfativo, uma boa acidez que saliva, com um final frutado e de média persistência.

Poucas castas brancas são extremamente aromáticas como a Torrontés. É complexo, mas, ao mesmo tempo é leve e intenso, delicado e com uma acidez que traz frescor quando o vinho é degustado e são essas percepções observadas, sentidas neste simples, porém muito saboroso vinho da Bodega Norton. Tem 13,5% de teor alcoólico.

Sobre a Bodega Norton:

Em 1895 o engenheiro Edmund James Palmer Norton chega à Argentina para ajudar na construção de uma ferrovia através dos Andes e se apaixona pelo terroir de Mendoza. Fazendo uma mudança drástica em sua vida, ele decide fundar sua própria vinha em Luján de Cuyo com vinhas importadas da França. Em 1919 começam as obras da adega que se conhece hoje. Em 1951 os vinhos tintos e brancos finos de Norton são aclamados nacionalmente.

Edmund Norton

Em 1989 o empresário austríaco Gernot Langes-Swarovski se maravilha com a beleza de Mendoza e vê potencial no desenvolvimento dos vinhos argentinos. Ele decide comprar a Bodega Norton, a única vinícola tradicional da região cercada por vinhedos próprios.

Sob a direção de Michael Halstrick, filho de Gernot Langes-Swarovski, começa uma nova era na vinha, com investimentos e expansão, tornando a Bodega Norton uma das primeiras a desenvolver um mercado de exportação.

Em 1994 a Bodega Norton passa a ser sinônimo de Malbec argentino e é reconhecida com a classificação DOC (denominação de origem controlada). O renomado enólogo Jorge Riccitelli apresenta o Malbec Norton DOC ao mercado.

Em 2000 a Bodega Norton torna-se uma das primeiras vinícolas do país a produzir espumante branco com sua linha Norton Sparkling. Em 2014 Norton lança sua linha Single Vineyard de vinhos de alto padrão chamada LOTE, um conceito inovador que permite ao consumidor desfrutar dos diversos terroirs de cada propriedade.

A Bodega Norton se torna uma das vinícolas de exportação mais importantes da Argentina, exportando vinhos de alta qualidade para mais de 60 países. Em 2017 procurando uma forma de refletir melhor os vinhos de qualidade e profissionalismo que a Bodega Norton representa, sem falar na sua equipe de trabalhadores com espírito familiar, a vinícola leva sua marca para um novo rumo. Uma reforma para celebrar uma longa história como pioneiro do vinho argentino.

A frase manuscrita "Signature Winemaking" denota a qualidade e a herança da Bodega Norton, inspirada pelo próprio Edmund Norton e continuada por mais de 125 anos.

Mais informações acesse:

http://www.norton.com.ar/en/

Referências:

“Mistral”: https://www.mistral.com.br/tipo-de-uva/torrontes

“Aguiar Buenos Aires”: https://aguiarbuenosaires.com/torrontes/

 









sábado, 8 de abril de 2023

Partridge Gran Reserva Bonarda 2015

 

Eu nunca havia degustado essa casta até então! Quando lembramos da Argentina o que nos vem à mente é sempre, claro, a Malbec, a mais cultivada, de maior sucesso não só nas terras dos nossos Hermanos, mas no mundo inteiro, principalmente em nosso país, onde é exportada aos cântaros.

Evidente que há uma grande quantidade de castas que são bem cultivadas na Argentina sejam elas tintas ou brancas, que merecem a nossa atenção e a Torrontés é uma delas, a cepa branca mais querida por aquelas bandas. E há ainda outras tantas, como Cabernet Sauvignon, Syrah, Merlot etc.

Mas uma que hoje é tida como a segunda mais plantada na Argentina eu nunca havia experimentado, bem, pelo menos até o ano de 2013 ou 2014, não me recordo o ano exato. Falo da Bonarda.

O meu primeiro contato com a Bonarda foi em grande estilo: Com um rótulo da gigante e tradicional Nieto Senetiner, o Don Nicanor Bonarda 2015! Não havia tido, confesso, a dimensão da importância dessa degustação, mas lembro-me do quão agradável e prazeroso foi.

Depois dessa especial degustação foi um hiato até o meu próximo contato com outro rótulo da Bonarda. E quando isso aconteceu, em 2018, foi de uma forma meio inusitada ou, diria, inesperada.

Recebi uma notificação, por email, de um evento de degustação de vinhos argentinos, que seria ministrado por uma loja conhecida de vinhos no tradicional bairro carioca da Tijuca, no Rio de Janeiro.

Bem o evento era gratuito então decidi conferir os rótulos que seriam expostos para degustação e posterior venda aos participantes do evento. E diante dos “Malbecs”, “Torrontés” da vida, lá estava um Bonarda! Sim, um Bonarda! Um misto de ansiedade e curiosidade me tomou de assalto.

E finalmente quando os organizadores disponibilizaram o rótulo para degustação, uma versão orgânica e sem passagem por barricas de carvalho, diferente, em termos de proposta, do Don Nicanor, o vinho era ótimo! Um vinho frutado, leve, saboroso! Assim é o Bonarda na sua essência. O vinho? Colonia Las Liebres Clasica Bonarda 2014!

Vinhos de qualidade, especiais e que, embora não tenha um histórico de degustação, os poucos que tive experiência de degustar foram extremamente satisfatórios! Então para não perder a Bonarda de vista resolvi ir ao garimpo para buscar novos rótulos e não foi muito difícil encontrar um e bem interessante de um produtor que já tive algumas boas experiências: Viña Las Perdices.

Estava em um preço arrebatador para um Gran Reserva então não hesitei e comprei mais um Bonarda, mas resolvi deixar por alguns anos na adega, talvez cerca de dois ou três anos e hoje com oito anos de garrafa tenho esperanças e acredito piamente que esteja no auge para degustação.

Então sem mais delongas vamos às apresentações! O vinho que degustei e gostei veio da região de Mendoza, na Argentina, e se chama Partridge Gran Reserva Bonarda da safra 2015. Já que falamos da Bonarda, vamos com a história dessa cepa que é a segunda mais cultivada na Argentina.

Bonarda

A uva Bonarda Piemontesa, que historicamente era usada para deixar os taninos da casta Nebbiolo mais macios e conferir mais fruta aos vinhos mais duros do Piemonte, não tem relação com a uva Bonarda encontrada na Argentina.

Na verdade, a casta Bonarda argentina é a uva Douce Noire, originária da Saboia, na França. Por ter características semelhantes à Bonarda Piemontesa, até na França se acreditava que a uva era originária do Piemonte, mas estudos de DNA mostraram que se trata de uma variedade distinta de casta.

A uva Bonarda possui cachos bem cheios, compactos e médios. Com cor bem escura (preto azulado), os bagos da casta possuem polpa macia e formato de esfera. Com cor bem escura (preto azulado), os bagos da casta possuem polpa macia e formato de esfera. A uva Bonarda, antigamente era utilizada somente em cortes, para propiciar maior equilíbrio na acidez dos tintos.

Bonarda

Hoje, já é possível achar varietais da casta ou bi-varietais, sendo muito utilizada na elaboração de vinhos com a casta Malbec e a uva Syrah. Hoje, a casta existe em minúsculas quantidades na França e nos Estados Unidos, mas a Argentina conta com quase 19.000 hectares plantados, onde é identificada como Bonarda.

Sabe-se que a Bonarda chegou à Argentina com os primeiros imigrantes europeus, no final do século XIX. Lentamente, adaptou-se às condições locais, por meio de uma seleção natural de clones no campo, ajudada pelo fato de não ser particularmente sensível a nenhuma enfermidade.

Dos 19 mil hectares plantados da Bonarda na Argentina 9 mil são plantados nas planícies quentes do Leste de Mendoza, nos arredores de San Martin, Junin, Rivadavia e Santa Rosa, longe dos ventos frios da Cordilheira dos Andes.

A uva Bonarda tem um ciclo longo de amadurecimento, necessitando de bastante calor para conseguir amadurecer. Quando as uvas não amadurecem o suficiente, seus vinhos têm pouca cor e corpo e, no palato, um leve toque de ervas. Apesar disso, é muito produtiva.

Os vinhos ralos com uvas provenientes de vinhedos de grande produção não ajudaram a boa reputação da Bonarda. Produzia vinhos medíocres e era usada, ainda é, em cortes de uvas Malbec e até com variedades como Criolla, nos 'vinos gruessos', vinhos baratos dos supermercados argentinos.

Alguns produtores enfrentaram o desafio de elaborar um bom vinho de Bonarda e vem tido grandes resultados e vários desses vinhos estão disponíveis em importadoras brasileiras. São vinhos marcados por frescor, acidez vibrante, fruta fresca e taninos suaves. Por um preço bastante acessível, constituem uma excelente relação entre qualidade e preço e, na Argentina, diz-se que são um revigorante para a alma, combatendo tristezas e saudade.

E agora finalmente o vinho!

Na taça Revela um rubi intenso, profundo, escuro, intransponível, com halos granada, atijolado, que denotam os seus oito anos de garrafa ou pela longa passagem por barricas de carvalho, além da viscosidade que mancha o copo.

No nariz é aromático, perfumado, complexo, com as frutas negras maduras em grande evidência, com as notas amadeiradas também vivaz, graças a passagem por 18 meses em barricas de carvalho, que entrega baunilha, couro, tabaco, café torrado, torrefação, tosta alta, chocolate meio amargo e um herbáceo ao fundo.

Na boca é seco, traz estrutura, alguma robustez, alcoólico, um vinho gordo, volumoso, corpulento, mas o tempo se encarregou de deixa-lo macio, elegante, mostrando equilíbrio. A fruta negra madura protagoniza, como no aspecto olfativo, bem como a madeira, trazendo notas de baunilha, de café, de chocolate, de torrefação, com um herbáceo e terra molhada, além de taninos domados, comportados e acidez correta e um final cheio, persistente e de retrogosto frutado.

Um vinho elegante, complexo, de marcante personalidade, equilibrado. Assim é o Partridge Gran Reserva da casta Bonarda. O tempo foi gentil com o vinho, dando-lhe tais características mencionadas. Mendoza lhe deu a fruta, a austeridade, o bom corpo, corroborando que a Bonarda hoje não é apenas uma alternativa de vinho barato a Malbec, mas mais um vinho de qualidade e tipicidade atestada como a Malbec. Hoje a Bonarda é uma realidade e, com isso, esperamos todos que o nosso mercado seja receptivo e nos brinde com rótulos especiais como esse. Tem 14% de teor Alcoólico.

Sobre a Viña Las Perdices:

Em 1952, Juan Muñoz López decidiu deixar sua cidade natal, Andalucia, no sul da Espanha, e ele e sua família emigraram para Mendoza, na Argentina, a fim de buscar novos horizontes.

Em seguida, já em solo argentino, não pôde deixar de notar as perdizes que vagavam pela terra. Com efeito, um vizinho disse a ele que essas aves geralmente são vistas em grupos de três.

Assim sendo, com o passar dos dias, as perdizes se tornaram as companheiras constantes de Don Juan em seus longos dias de trabalho. Assim, ele decidiu nomear sua vinícola Partridge Vineyard: “Viña las Perdices”.

A adega hoje é uma operação familiar criada por Juan Muñoz López, sua esposa Rosario, seus filhos Nicolas e Carlos e sua filha Estela.

A vinícola, assim, se localiza no sopé da Cordilheira dos Andes a 1.030 metros acima do nível do mar, em Agrelo, Luján de Cuyo – a primeira zona DOC (denominação de origem controlada) argentina. Do mesmo modo, as uvas são provenientes de duas de suas vinhas em Agrelo em Lujan de Cuyo e Barancas em Maipu.

Por fim, hoje Las Perdices continua a ser uma vinícola de pequena produção e com um espírito entusiasmado em apresentar os vinhos finos de Mendoza.

Sobre a Partridge Vineyard:

A linha Partridge foi criada em 2009 para complementar o portfólio da Viña Las Perdices nos mercados internacionais. São vinhos de perfil clássico e de qualidade, que ganhou a preferência dos consumidores.

A linha tem quatro divisões, que variam de acordo com o perfil dos rótulos:Partridge Flying, Partridge Reserva, Partridge Gran Reserva e Partridge Selección de Barricas.

A sub-linha Partridge Flying oferece vinhos fáceis de beber que são excelentes para o dia a dia. Em Reserva, os rótulos amadurecem em barricas de carvalho, agregando mais corpo e complexidade aos vinhos. Já na Gran Reserva, os vinhos são sofisticados e passam no mínimo 12 meses em carvalho, garantindo grande intensidade. E, por último, a Selección de Barricas, conta com exemplares de alta gama.

Mais informações acesse:

https://www.lasperdices.com/index.php

Referências:

“Mistral”: https://www.mistral.com.br/tipo-de-uva/bonarda

“Revista Adega”: https://revistaadega.uol.com.br/artigo/uva-bonarda_6000.html