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segunda-feira, 19 de agosto de 2024

Finca Constancia Verdejo 2019

 



Vinho: Finca Constancia

Safra: 2019

Casta: Verdejo

Região: Castilla La Mancha

País: Espanha

Produtor: Finca Constancia (Gonzalez Byass)

Adquirido: Wine

Valor: R$ 55,00

Teor Alcoólico: 13,5%

Estágio: Parte do vinho estagiou 6 meses em barris sobre as borras finas.

 

Análise:

Visual: apresenta amarelo com reflexos esverdeados, porém com tendências douradas, com muito brilho, além de uma pequena manifestação de lágrimas finas e rápidas.

Nariz: é aromático, com alguma complexidade, trazendo as notas frutadas, de frutas maduras e de caroço, como pêssego, pera, maça-verde, com discreto e delicado floral, mineralidade e toque herbáceo, trazendo a sensação de grama cortada. Muito frescor e vivacidade apesar dos seus cinco anos de garrafa.

Boca: percebe-se o frescor e a leveza, mas também personalidade garantida pela passagem por barricas de carvalho e as lias, garantindo-lhe certa untuosidade. As notas frutadas são igualmente observadas, como no aspecto olfativo, além de uma acidez média, correta e um final cheio e persistente. Trata-se de um vinho de médio corpo, mas com muito frescor, revelando-se equilibrado.

 

Produtor:

https://fincaconstancia.es/en/


segunda-feira, 29 de julho de 2024

Pata Negra Gran Reserva 2012

 



Vinho: Pata Negra Gran Reserva

Safra: 2012

Casta: Tempranillo

Região: Valdepeñas, Castilla La Mancha

País: Espanha

Produtor: Señorio de Los LlanosGarcia Carrion

Adquirido: Loja Arte dos Vinhos

Valor: R$ 84,90

Teor Alcoólico: 13%

Estágio: 36 meses em barricas de carvalho americanas e francesas.

 

Análise:

Visual: nítida coloração granada, os traços acastanhados denunciam seus doze anos de garrafa, com lágrimas finas, lentas e em abundância.

Nariz: os aromas terciários já dominam os aromas entregando couro, frutas vermelhas e negras em compota, algo também de frutas secas, especiarias como pimenta, alcaçuz. O couro também é sentido, a madeira vivamente, mas não desequilibra, mantendo-se integrado.

Boca: é macio, elegante, complexo. As notas frutadas são replicadas no paladar, as notas amadeiradas idem, mas, como no aspecto olfativo, se equilibram com as notas frutadas. Percebe-se baunilha, cacau, chocolate, mentol, leve e discreta tosta, taninos macios, domados e acidez média. Final cheio e persistente.

 

Produtor:

https://garciacarrion.com/


segunda-feira, 6 de maio de 2024

Vega Robledo Gran Reserva 2013

 



Vinho: Veja Robledo Gran Reserva

Casta: Tempranillo (80%) e Cabernet Sauvignon (20%)

Safra: 2013

Região: La Mancha, Castilla La Mancha

País: Espanha

Produtor: Bodegas Lozano

Teor Alcoólico: 13%

Adquirido: Wine

Valor: R$ 74,90

Estágio: 24 meses em barricas de carvalho, 80% americano e 20% francês.

 

Análise:

Visual: revela um vermelho intenso, porém com certa translucidez, com discretos halos granada, entregando pouca evolução, com lágrimas finas, lentas e em profusão.

Nariz: aromas complexos com notas evidentes de um herbáceo, algo como pimenta, que entrega um picante interessante. Notas de frutas vermelhas maduras, frutas secas também se apresentam, o indefectível defumado, tabaco, couro, charcutaria, baunilha e madeira.

Boca: não se apresentou tão intenso, encorpado, mas entrega personalidade e complexidade e uma incrível convergência entre fruta e madeira, com toques de terra molhada, além de taninos ainda vivos, diria acentuados, mas amáveis e maduros, além de uma acidez ainda em sua plenitude, mostrando vivacidade. Tem um final longo, persistente, com retrogosto herbal.

 

Produtor:

https://bodegas-lozano.com/es/


quarta-feira, 21 de fevereiro de 2024

Sombrero de Paja Garnacha Tintoreira 2018

 



Vinho: Sombrero de Paja

Casta: Garnacha Tintoreira ou Alicante Bouschet

Safra: 2018

Região: Almansa (Castilla La Mancha)

País: Espanha

Produtor: Bodegas Volver

Teor Alcoólico: 14%

Estágio: 6 meses em barricas de carvalho francês

Adquirido: Evino

Valor: R$ 59,90

 

Análise:

Visual: entrega um rubi intenso, escuro, com lágrimas grossas, em profusão e lentas.

Nariz: traz aromas de frutas negras maduras, quase em compota, com discreto amadeirado, bem integrado, além de notas especiadas, com destaque para a pimenta preta.

Boca: apresenta boa estrutura, bom volume de boca, mas elegante e macio. As notas frutadas ganham destaque também no paladar, com as notas de carvalho com alguma evidência, taninos presentes, porém comportados e acidez equilibrada. Final longo.

 

Produtor:

https://bodegasvolver.com/?lang=en


terça-feira, 16 de janeiro de 2024

Cantares Brut Nature Viura

 




Vinho: Cantares Brut Nature

Casta: Viura

Safra: Não safrado

Região: La Mancha, Castilla La Mancha

País: Espanha

Produtor: Vinícola de Castilla

Teor Alcoólico: 11,5%

Estágio: Método tradicional, 10 meses sobre as borras.

 

Análise:

Visual: amarelo palha com reflexos esverdeados bem brilhantes, com perlages (bolhas) finas e persistentes.

Nariz: aromas frescos de frutas cítricas, como laranja, toranja, limão e tangerina, com notas discretas de panificação e biscoito de manteiga.

Boca: corpo leve para médio, saboroso, fresco, com as notas de frutas cítricas vívidas, certa untuosidade, que o torna complexo, ótima acidez e um final prolongado.

 

Produtor:


segunda-feira, 15 de janeiro de 2024

Finca El Rejoneo Tempranillo Gran Reserva 2014

 



Vinho: Finca El Rejoneo Gran Reserva

Safra: 2014

Casta: Tempranillo

Região: Valdepeñas, Castilla La Mancha

País: Espanha

Produtor: Bodegas Parra Dorada

Teor Alcoólico: 13%

Estágio: 18 meses em barricas de carvalho francês e 36 meses em garrafa.

 

Análise:

Visual: rui profundo, quase escuro, com halos granada, denotando os seus anos de garrafa.

Nariz: aroma sedutor de frutas maduras, algo de frutas secas também, além de especiarias, carvalho marcado, baunilha, defumado, couro e terra molhada.

Boca: traz um paladar rico, complexo, com média estrutura, replica-se as notas frutadas, como no aspecto olfativo, com taninos generosos, elegantes e acidez discreta. Tem um final de média persistência.

 

Produtor:



segunda-feira, 4 de setembro de 2023

Gran Oristan Gran Reserva 2014

 

As vezes alguns discursos engessados no universo do vinho me aborrecem! Sabe aquela coisa que falam com demasiada reverência: “Ah os vinhos da região ‘x’ são excelentes”! “Os vinhos da região ‘x’ são especiais”! Sempre são os vinhos de uma determinada região em detrimento de várias outras que fazem questão de jogar no ostracismo.

Por isso sempre faço questão de dizer UNIVERSO DO VINHO! Ele é vasto, gigante, diversificado, logo traz inúmeras regiões com suas peculiaridades, especificidades e tudo o mais. Será que realmente não merecemos desbravar todas elas? Ou pelo menos boa parte delas, até porque precisaríamos viver mil anos para degustar todos os vinhos do mundo.

E apenas para citar um exemplo: Espanha! Espanha é um dos “centros” produtivos de vinhos com o maior número de regiões, hectares e tudo o que tem direito do planeta. Por que ficar restrito a Rioja e Ribera del Duero?

Evidente que são regiões emblemáticas, importantes, tradicionais e que merecem a relevância, o pedestal que as colocam, mas, pergunto mais uma vez: Será que só existem essas regiões, as demais não podem apresentar particularidades, algo especial?

Eu respondo! Sim! E de imediato apresento uma que descobri, confesso e com certa vergonha, recentemente: Castilla La Mancha. A terra do errante Dom Quixote tem revelado para mim alguns vinhos excepcionais, diria surpreendentes. A escolha foi boa? Sorte de principiante? Não sei dizer ao certo, mas o fato é que as escolhas foram certeiras, tem sido certeira!

O discurso mais forte que segmenta essa região por parte dos “formadores de opinião” é: “Ah são vinhos de volume!” Vinhos de volume tem de ser sempre ruins? Talvez tenham alguns pontos técnicos, na vindima, na vinificação etc, mas isso não desmerece em nada a qualidade de alguns rótulos disponíveis no mercado.

Então com o meu espírito subversivo e fora da caixinha, tenho me aventurado nessas regiões “alternativas” da Espanha, como Utiel-Requena, Navarra, Castilla La Mancha entre tantas outras que vem se descortinando diante dos meus olhos. A Espanha é gigantesca e oferece um mundo de terroirs, de características de vinhos, dos mais básicos aos mais complexos.

E a minha escolha de hoje é especial, vem da DO La Mancha, uma das nove denominações de origem da região de Castilla La Mancha, no auge dos seus nove anos de garrafa. O vinho que degustei e gostei se chama Gran Oristan Gran Reserva no blend Tempranillo (65%) e Cabernet Sauvignon (35%) da safra 2014.

Então já que enaltecemos La Mancha e a velha Castilla La Mancha, vamos de história. Falemos um pouco da representatividade dessa região para a Espanha.

A Região de Castilla La Mancha: A Terra de Dom Quixote

Castilla de La Mancha ou Castela La Mancha é uma das principais regiões produtoras de vinhos da Espanha, que possui a maior quantidade, em área, de vinícola em todo o mundo. E esta terra, de onde vem o maior personagem da língua espanhola, Dom Quixote, escrito por Miguel de Cervantes, também produz vinhos de qualidade soberba.

A região de Castilla-La Mancha é a que possui, não apenas na Espanha, mas no mundo inteiro, a maior superfície plantada de vinhedos e no ano de 2021 (um ano de baixa produtividade), fez 22,8 milhões de hectolitros de vinho e mosto.

Castilla-La Mancha

Para o Conselheiro de Agricultura, Água e Desenvolvimento Rural da Espanha, Francisco Martínez Arroyo, Castilla La Mancha não é apenas uma potência, mas uma potência ainda em crescimento forte nos últimos anos. Ele relatou em uma coletiva de imprensa onde anunciou também a aprovação do anteprojeto da “Lei da Uva e do Vinho” da região de Castilla La Mancha.

A região já tinha leis que protegiam a auxiliavam o setor vitivinícola, mas em 2013 elas foram derrubadas pelo governo federal e não foram substituídas, até agora. A expectativa é de que a aprovação do anteprojeto da “Lei da Uva e do Vinho” aconteça o mais breve possível e que permitirá facilitar e flexibilizar processos e autorizações como por exemplo a aprovação de cultivo de novas variedades de uvas, permitindo que o setor se adapte ao que demandam os consumidores do mundo.

História e Características

Os primeiros escritos da cultura de uvas para vinho na região de Castilla de La Mancha datam do século XII e é bastante evidente que as vinhas foram introduzidas pelos romanos, assim como diversas outras regiões em toda a península Ibérica, que compreende Espanha e Portugal.

Lá houve diversas guerras entre muçulmanos e cristãos, e esta terra presenciou o casamento entre Isabella (de Castela) e Ferdinando (ou Fernando, de Aragão) conhecidos como reis católicos.

Esta união deu origem ao atual estado espanhol, com vastas planícies e vinhedos, que compõe o visual clássico deste belo país.

O nome “La Mancha” tem origem na expressão “Mantxa” que em árabe significa “terra seca”, o que de fato caracteriza a região. Neste território, o clima continental ao extremo provoca grandes diferenças de temperaturas entre verão e inverno.

Nos dias quentes de verão os termômetros podem alcançar os 45°C, enquanto nas noites rigorosas de frio intenso do inverno, as temperaturas negativas podem chegar a até -15°C. Aliás, existe um ditado local que descreve o clima em Castilla de La Mancha como “9 meses de frio inverno e 3 do mais puro inferno”.

A irrigação torna-se muitas vezes essencial: além do baixo índice pluviométrico devido ao caráter continental e mediterrâneo do clima, o local se torna ainda mais seco graças ao seu microclima, que impede a entrada de correntes marítimas úmidas.

O solo, repleto de argila e calcário, facilita o crescimento de vinhedos, que se estendem por cerca de 200.000 hectares, abrangendo 182 municípios diferentes. Inclusive, cultivo e produção de vinho são fundamentais para a economia de grande parte dessas cidades.

A ocorrência de sol por ano é de aproximadamente 3.000 horas. Esta macrorregião é composta por várias regiões menores, incluindo sete “Denominações de Origem”, das quais se pode destacar La Mancha e Valdepeñas.

Curiosidades e Uvas Cultivadas em Castilla La Mancha

Como chove pouco, as vinhas são plantadas distantes umas das outras, chegando até a 8 metros, para que elas garantam a umidade do solo para si.

Outra curiosidade é que, antigamente, era hábito deixar o vinho descansando em ânforas feitas de barros. Elas eram enterradas no chão, apenas com a boca para fora, para que ficassem refrigeradas.

As uvas que são cultivadas em Castilla de La Mancha são: Airén, Viura, Sauvignon Blanc, Chardonnay, Tempranillo, que na região é conhecida como Cencibel, Syrah, Cabernet Sauvignon, Merlot e Grenache.

La Mancha

Geograficamente La Mancha corresponde a uma região localizada no Sul de Espanha, na chamada Submeseta Meridional. Possui uma extensão de 180 km de norte para sul e de 300 km de leste para oeste, repartindo-se por quatro províncias diferentes (Cuenca, Toledo, Cidade Real e Albacete).

É uma região essencialmente plana, apenas interrompida pelos montes de Toledo e percorrida pelos rios Guadiana e Júcar. Aqui predominam rochas calcárias, quartezíticas e argilosas e ainda se adivinham na paisagem vestígios de crateras vulcânicas. Os moinhos constituem elementos recorrentes da paisagem.

Economicamente trata-se de uma região fundamentalmente agrícola e pecuária, onde se destaca a criação de gado bovino e caprino. A viticultura é também muito importante, já que é a região mais produtiva de todo o país, os vinhos de Valdepeñas e Manzanares são muito famosos. A produção de cereais, girassol, alhos, açafrão e de queijo também é significativa.

A força na tradição de suas áreas vitivinícolas reflete suas condições naturais que favorecem o cultivo de uva e a qualidade de vinhos bem definidos. La Mancha é ideal para a plantação de uvas, embora o rendimento não seja muito alto, a qualidade da fruta e dos vinhedos é extraordinária.

Muito tempo atrás, La Mancha tinha uma imagem de um lugar imenso e árido que produzia grandes quantidades de vinho embora sem muita qualidade. Hoje em dia, seus vinhos conquistaram grande prestígio no mundo inteiro.

La Mancha é também a maior área produtora de vinhos do mundo, um lugar notável que permite a produção de uma larga proporção de todos os vinhos produzidos na Espanha.

E agora finalmente o vinho!

Na taça apresenta uma coloração rubi bem intensa, com halos discretamente acastanhados, denotando seus nove anos de vida, mas ainda apresentando vivacidade e até algum brilho, com lágrimas finas e lentas.

No nariz revela notas de frutas vermelhas maduras, com a predominância da cereja, com um amadeirado instigante, que traz complexidade e elegância ao vinho, entregando ainda baunilha, defumado, fumaça, tabaco, couro, terra molhada.

Na boca é macio, elegante, mas traz uma personalidade marcante, com alguma estrutura. As notas frutadas se revelam em um belo protagonismo, como no aspecto olfativo, com notas de cereja e amora. A madeira, graças aos vinte e quatro meses de barrica e três na garrafa, corrobora a sua complexidade entregando taninos maduros, acidez média, além de notas terrosas, chocolate, leve tosta, baunilha e um final de média persistência.

Nove anos de vida! E ainda um longo caminho pela frente! Um vinho pleno, complexo em um misto de frutas negras e aromas terciários revelando a sua versatilidade, a sua complexidade. Alguma estrutura, densidade, mas que o tempo conferiu elegância e equilíbrio. Por isso que esses especiais espanhóis vêm me ganhando a cada experiência sensorial. Que venham mais e mais momentos como esse! Tem 13% de teor alcoólico.

Sobre a Bodegas Lozano:

Em 1853 começa a história da vinícola, quando a família Lozano planta as primeiras vinhas em Villarrobledo (município da Espanha na província de Albacete, comunidade autônoma de Castilla-La-Mancha) formada principalmente pela variedade Airén, nativa da região. Desde então, foram quatro gerações na gestão da adega, sempre apostando no bom trabalho e no uso de técnicas tradicionais na elaboração.

Em 1985, as instalações existentes foram adquiridas. Desde então, houve muitas melhorias que foram desenvolvidas, proporcionando um aumento considerável na capacidade de vinificação.

Em 2005, a Lozano diversificou o negócio e começou a concentrar-se em sucos e concentrados de uva, formando a empresa CONUVA, usando o mesmo roteiro: para alcançar a mais alta qualidade em todos os seus produtos e para agregar valor diferenciado a todos os clientes, a confiança.

A adega passou por diferentes estágios que forjaram o que é hoje: uma empresa familiar e profissional que é referência no setor vitivinícola que aposta adaptação aos novos tempos através de novos produtos e formatos.

Mais informações acesse:

https://bodegas-lozano.com/es/

Referência:

“Enologuia”: https://enologuia.com.br/regioes/245-a-regiao-de-castilla-la-mancha-a-terra-de-dom-quixote

“Blog “Enologuia”: https://enologuia.com.br/regioes/245-a-regiao-de-castilla-la-mancha-a-terra-de-dom-quixote#:~:text=Este%20livro%2C%20universalmente%20famoso%2C%20trata,no%20centro%2Fsudeste%20da%20Espanha.&text=Os%20primeiros%20escritos%20da%20cultura,vinhas%20foram%20introduzidas%20pelos%20romanos.

“Revista Adega”: https://revistaadega.uol.com.br/artigo/vinhos-dos-moinhos_4580.html

“Blog VinhoSite”: http://blog.vinhosite.com.br/la-mancha-maior-regiao-produtora-vinhos-espanha/

“Revista Adega”: https://revistaadega.uol.com.br/artigo/castilla-la-mancha-maior-do-produtora-do-mundo-tem-novas-regras-para-seus-vinhos.html

“Vinho Virtual”: http://www.vinhovirtual.com.br/regioes-89-La-Mancha

“Infopedia”: https://www.infopedia.pt/apoio/artigos/$la-mancha





terça-feira, 15 de agosto de 2023

Idolo Airén 2022

 

Um dos encantos que o mundo do vinho pode nos proporcionar, simples mortais enófilos, além da degustação em si, é claro, são as grandes novidades, novas experiências.

Novos rótulos, novas vinícolas, novas cepas que nos permite viajar a regiões diferentes, até então por nós desconhecidas, abrangendo o nosso leque de opções, nos fazendo fugir da sedutora, mas pouco salutar, zona de conforto.

O vinho nos suscita uma boa aula de geografia e de tradição e cultura vitivinífera, personificado em doses generosas de degustação, com as taças cheias. Mas como todo bom apreciador de vinho, não me limito a deixar o vinho tomar o nosso tempo no momento em que o degustamos, nós respiramos essa bebida nobre o tempo inteiro, lemos, buscamos a informação, tornando-o tangível em conhecimento.

E foi assim que descobri a curiosa história da casta branca, autóctone da Espanha, a Airén. Ela se materializou em minhas leituras por acaso e fui a busca de vinhos com essa casta. O meu primeiro rótulo foi o Señorio de los Llanos, da Bodega Los Llanos, que pertence a gigante J. García Carríon.

Então sem mais delongas vamos às apresentações! O vinho que degustei e gostei veio da região de Castilla La Mancha, a maior produtora, em volume, da Espanha e se chama Idolo, um 100% Airen da safra 2022. Então para não perder o costume vamos de história, vamos de Castilla La Mancha e de Airén.

Castilla La Mancha, a terra de Dom Quitoxe e os seus Moinhos de Vento

Bem ao centro da Espanha, país com a maior área de vinhas plantadas em todo o mundo e o terceiro maior mercado produtor de vinhos, está localizada a região vitivinícola de Castilla La Mancha. Um território com grande extensão de terra quase que completamente plana, sem grandes elevações.  É nessa macrorregião que se origina quase 50% do total de litros de vinho produzidos anualmente na Espanha.

O nome “La Mancha” tem origem na expressão “Mantxa” que em árabe significa “terra seca”, o que de fato caracteriza a região. Neste território, o clima continental ao extremo provoca grandes diferenças de temperaturas entre verão e inverno.

Nos dias quentes de verão os termômetros podem alcançar os 45°C, enquanto nas noites rigorosas de frio intenso do inverno, as temperaturas negativas podem chegar a até -15°C.

A irrigação torna-se muitas vezes essencial: além do baixo índice pluviométrico devido ao caráter continental e mediterrâneo do clima, o local se torna ainda mais seco graças ao seu microclima, que impede a entrada de correntes marítimas úmidas.

A ocorrência de sol por ano é de aproximadamente 3.000 horas. Esta macrorregião é composta por várias regiões menores, incluindo sete “Denominações de Origem”, das quais se pode destacar La Mancha e Valdepeñas.

Castilla La Mancha


As sub-regiões

La Mancha: é a principal região dentre elas, sendo considerada a maior DO da Espanha e a mais extensa zona vinícola do mundo.  O território abrange 182 municípios, distribuídos em quatro províncias: Albacete, Ciudad Real, Cuenca e Toledo. As principais uvas produzidas naquele solo são a uva branca Airen e a popular tinta espanhola Tempranillo, também conhecida localmente como Cencibel.

A DO La Mancha conta mais de 164.000 hectares de vinhedos plantados. Com isso, é a maior Denominação de Origem do país e a maior área vitivinícola contínua do mundo, abrangendo 182 municípios, divididos em quatro províncias: Albacete, Ciudad Real, Cuenca e Toledo.

Valdepeñas: localizada mais ao sul, mas com as mesmas condições climáticas, tem construído sua boa reputação graças à produção de vinhos de grande qualidade, normalmente varietais da uva Tempranillo ou blends desta com castas internacionais.

As castas mais cultivadas em Castilla de La Mancha são: Airén, Viúra, Sauvignon Blanc e Chardonnay entre as brancas e as tintas são: Tempranillo, Syrah, Cabernet Sauvignon, Merlot e Grenache.

Classificação dos rótulos da DO de Castilla La Mancha:

Jóven: Categoria mais básica, sem passagem por madeira, para ser consumido preferencialmente no mesmo ano da colheita.

Tradicional: Sem passagem por madeira, porém com mais estrutura do que o Jóven.

Envelhecimento em barris de carvalho: Envelhecimento mínimo de 90 dias em barris de carvalho.

Crianza: Envelhecimento natural de dois anos, sendo, pelo menos, seis meses em barris de carvalho.

Reserva: Envelhecimento de, no mínimo, 12 meses em barris de carvalho e 24 meses em garrafa.

Gran Reserva: Envelhecimento de, no mínimo, 18 meses em barris de carvalho e 42 meses em garrafa.

Espumante: Produzidos a partir do método tradicional (segunda fermentação em garrafa), com no mínimo nove meses de autólise.

Airén

A Airén pode ser chamada de Forcallat, Manchega, Valdepeñas ou Lairén, é a mesma variedade, a mais utilizada na Espanha, que representa mais de 30% do total da uva e está localizada principalmente em Castilla La Mancha.

Ao contrário do que muitos possam pensar, a casta mais cultivada em todo o mundo não é a Cabernet Sauvignon e nem a uva Merlot (que ocupa o segundo lugar) e sim a casta branca espanhola Airén, que possui mais de 280.000 hectares plantados em todo território mundial. Acredita-se que a cepa é uma das mais antigas utilizada na elaboração de vinhos brancos espanhóis.

Apesar de ser uma casta pouco conhecida por conta da grande parte de sua produção ser destinada a elaboração de destilados, sendo o principal ingrediente do reverenciado e conhecido Brandy Espanhol, a casta Airén pode originar vinhos brancos bastante originais e interessantes.

Airén

Sua maior área de cultivo encontra-se na Espanha, ocupando cerca de 32% dos vinhedos do país. Sendo uma variedade muito produtiva, a casta branca possui forte resistência a pragas, além de excelente facilidade de adaptação a climas bastante quentes e secos, características predominantes dos vinhedos onde a uva encontra-se em maior proporção, na região sul do país espanhol.

A cepa é encontrada principalmente em Castilla La Mancha, mas é cultivada também, em menores proporções, na região de Valencia, Madrid e em alguns locais de Andalucia.

Os vinhos elaborados a partir da Airén possuem coloração bastante clara, com leve presença de tons esverdeados. Os rótulos elaborados com a uva Airén são excelentes opções para serem degustados e apreciados sozinhos, entretanto, os originais e interessantes vinhos brancos acompanham muito bem mariscos, pescados e massas, exaltando os aromas que a cepa é capaz de proporcionar aos maravilhosos e agradáveis vinhos brancos espanhóis elaborados a partir de sua casta.

E agora finalmente o vinho!

Na taça um brilhante amarelo palha, límpido, com lágrimas médias e espaçadas.

No nariz aromas cítricos que lembram laranja, limão e maçã-verde. Algo de mineral que o torna, junto com o aspecto frutado pleno, muito frescor, com um discreto toque herbáceo.

Na boca é flagrante a leveza e o frescor, típico da variedade, com as notas frutadas protagonizando como no quesito olfativo, com uma acidez correta, leve e extremamente agradável e um final de média persistência.

Um vinho fresco, jovem e despretensioso, que carrega a expressão de um terroir com todas as suas características, mesclada a cultura e tradição de vinificação e os recursos tecnológicos que faz desse vinho simples, mas honesto, correto entregando mais do que valeu. Um vinho de excepcional custo X benefício. A Airén sempre teve uma história de subjugação, com produção de rótulos subvalorizados, mas com o advento da tecnologia de ponta nas vinícolas, rótulos dessa variedade tão importante para a história da Espanha, hoje podemos desfrutar de vinhos simples sim, mas saborosos e despretensiosos ideais para os dias quentes de nossas terras brasileiras. Tem 11,5% de teor alcoólico.

Sobre a Bodegas Yuntero:

Em 20 de março de 1954, a Cooperativa Jesús del Perdón foi fundada como resultado da necessidade de um grupo de 102 viticultores da região para produzir e comercializar os produtos obtidos em suas fazendas e defender-se da especulação a que foram submetidos. Inicialmente para moer 6.000.000 quilos.

Em 1960 ocorre a 1ª e 2ª expansão com a fusão por absorção da Cooperativa San Isidro e com a compra de mais terras. Em 1969 começam a engarrafar os seus primeiros vinhos.

Em 1974 são registradas as marcas Yuntero Pálido Manzanares e Yuntero Tinto Fino, um ano depois são feitas reformas na destilaria para poder carregar granéis com RENFE. Nesta década a adega integra-se na DO Mancha e os escritórios são transferidos para as instalações do armazém.

Em 1980, prosseguem as ampliações de armazéns com a construção de um novo jaraíz e a criação de uma seção de cereais. As exportações para a Europa e EUA iniciam-se com o lançamento dos vinhos em importantes cadeias alimentares.

Em 1990, ocorre a fusão por absorção com a Cooperativa El Porvenir. Em 1992, o primeiro vinho orgânico de Castilla La Mancha é feito sob a marca "Mundo de Yuntero". Inicia-se a mudança das cubas para inox e aumentando consideravelmente o estoque de barricas. No final desta década abre a loja de vinhos no centro da vila.

Na década de 2000 começa com uma nova fusão por absorção, com a Cooperativa El Progresso. Ocorre o grande crescimento da vinícola, adequando-a às necessidades do setor. Em 2004 celebraram os 50 anos da adega com um evento emblemático que contou com a presença de inúmeras figuras públicas.

Mais informações acesse:

https://yuntero.com/en/

Referências:

“La Mancha Wines”: https://lamanchawines.com/airen-la-nuestra/

“Mistral”: https://www.mistral.com.br/tipo-de-uva/airen

“Enologuia”: https://enologuia.com.br/regioes/245-a-regiao-de-castilla-la-mancha-a-terra-de-dom-quixote

“Blog “Enologuia”: https://enologuia.com.br/regioes/245-a-regiao-de-castilla-la-mancha-a-terra-de-dom-quixote#:~:text=Este%20livro%2C%20universalmente%20famoso%2C%20trata,no%20centro%2Fsudeste%20da%20Espanha.&text=Os%20primeiros%20escritos%20da%20cultura,vinhas%20foram%20introduzidas%20pelos%20romanos.

“Revista Adega”: https://revistaadega.uol.com.br/artigo/vinhos-dos-moinhos_4580.html

“Blog VinhoSite”: http://blog.vinhosite.com.br/la-mancha-maior-regiao-produtora-vinhos-espanha/






sexta-feira, 23 de junho de 2023

Venta Real Gran Reserva Tempranillo 2013

 

Tenho me aventurado, o que atualmente não é uma grande novidade, pelos vinhos espanhóis, mas não apenas em uma ou duas regiões, daquelas mais famosas e faladas pelos especialistas e influenciadores dos vinhos, mas aquelas pouco desbravadas que geralmente são observadas com certo preconceito, rejeição.

Principalmente quando se fala nos “vinhos de volume”! Talvez esteja sendo inocente ou aquele que não quer olhar para uma suposta realidade geralmente engendrada e construída por um segmento que tem forte influência no vinho, mas o fato que já degustei alguns rótulos com essa concepção, muito interessantes.

E uma dessas regiões na Espanha é Castilla La Mancha. É a região que mais produz vinhos naquele país, e parece ser uma heresia falar de vinhos dessa região por aqui no Brasil, só valendo se for Rioja, Priorat ou Ribera del Duero. Mas será que somente esses são bons?

Evidente que são regiões emblemáticas, tradicionais, importantes e que merecem seu lugar de destaque e importância, mas penso ser uma temeridade negligenciar as outras tantas regiões da Espanha e olhe que são muitas!

Castilla La Mancha traz vários terroirs divididos em algumas microrregiões e uma vem ganhando alguma repercussão aqui em nossas terras, falo de Valdepenãs. Acredito que a região teve o descortinar no Brasil por intermédio da linha “Pata Negra”, lembro-me bem disso. Mas apesar do sucesso desses rótulos a região ainda não tem aquela representatividade e credibilidade no Brasil.

Porém atualmente temos tido algumas opções de rótulos da região e o exemplo são os vinhos da Bodega Fernando Castro. Trata-se de uma das mais antigas vinícolas administradas pela mesma família desde 1850 em toda Castilla La Mancha. História tem e bons vinhos também. Degustei o El Artista Gran Reserva e Raíces Gran Reserva, ambos da safra 2012, e surpreenderam pela elegância e complexidade.

E dessa vez mais um rótulo Gran Reserva e de idade: Um 2013! Já com seus dez anos de garrafa! Mais um espanhol e com anos de garrafa, uma combinação que confesso me excitar quando vou degustar e antes, na decisão de compra. Não preciso dizer da animação em tê-lo em taça.

Dessa vez será um 100% Tempranillo! Adoro os vinhos que levam essa variedade e que passam, estagiam por longo tempo em barricas de carvalho, simplesmente, definitivamente a Tempranillo se dá muito bem com a madeira e adquiri uma complexidade, estrutura e personalidade como poucas.

Então vamos às apresentações do vinho! O vinho que degustei e gostei veio de Valdepenãs, localizada na região espanhola de Castilla La Mancha, e se chama Venta Real, um Gran Reserva da safra 2013, com a casta Tempranillo. E para não perder o costume, vamos de história, vamos de Valdepenãs.

Valdepeñas

A D.O. Valdepeñas fica ao sul de Castilla La Mancha no centro da Espanha. Trata-se de uma região muito propícia para o cultivo da vinha, com um clima continental de baixo índice pluviométrico, e que registra temperaturas extremas, com máximas que superam os 40°C, e mínimas que podem ser inferiores a -10°C.

Os solos, pobres em matéria orgânica e de baixa fertilidade, obrigam as raízes das videiras a se desenvolverem, a se aprofundarem e a se fortalecerem. Nesse cenário, cultivam-se uvas que alcançam boa maturação, e que são capazes de produzir vinhos muito estruturados, complexos, aromáticos e de coloração muito profunda.

Valdepenas

Os solos, pobres em matéria orgânica e de baixa fertilidade, obrigam as raízes das videiras a se desenvolverem, a se aprofundarem e a se fortalecerem. Nesse cenário, cultivam-se uvas que alcançam boa maturação, e que são capazes de produzir vinhos muito estruturados, complexos, aromáticos e de coloração muito profunda.

Anualmente, são produzidos cerca de 57 milhões de litros de vinho rotulados com a denominação Valdepeñas, sendo que quase 40% da produção são destinadas à exportação da Espanha para outros países.

A grande maioria dos vinhos de Valdepeñas, cerca de 77% deles, são tintos. Os brancos representam cerca de 18%, e os rosés de Valdepeñas, tradicionalmente famosos, representam apenas 5%.

A notoriedade de Valdepeñas encontra sua origem em vinhos rosés do passado, que foram lentamente dando lugar a tintos elegantes, sempre aveludados e frutados, que podem ser jovens ou envelhecidos em barris de carvalho.

A variedade mais importante de Valdepeñas é sem dúvida, a Tempranillo, que também é conhecida nessa região como Cencibel. Outras uvas autorizadas para cultivo em Valdepeñas são as tintas Garnacha, Cabernet Sauvignon, Merlot, Syrah e Petit Verdot, além das brancas Airén, Macabeo, Chardonnay, Sauvignon Blanc, Moscatel de Grano Menudo e Verdejo.

Denominação de Origem e história

A Denominação de Origem Valdepeñas nasceu em 1932 conforme consta do Estatuto do Vinho, a produção de vinho na região remonta ao século V aC, como comprovam os estudos científicos do sítio ibérico "Cerro de las Cabezas" localizado geograficamente dentro da área que hoje é a sua área de produção.

DO Valdepenas

Foi em 1968 que a Denominação de Origem Valdepeñas foi dotada do seu primeiro regulamento, que durou até 2009, altura em que se constituiu como Associação Interprofissional, criando o quadro de trabalho entre produtores e adegas, pela qualidade diferenciada no processo de viticultura e a produção e engarrafamento dos seus vinhos.

Apesar de ser mundialmente reconhecida como "Denominação de Origem Valdepeñas", sua área de produção inclui dez municípios: Valdepeñas, Alcubillas, Moral de Calatrava, San Carlos del Valle, Santa Cruz de Mudela, Torrenueva, parte do distrito Torre de Juan Abad, Granátula de Calatrava, Alhambra e Montiel.

E agora finalmente o vinho!

Na taça apresenta um rubi intenso, quase escuro, com halos granada, com lágrimas finas, lentas e em profusão que desenham o bojo do copo.

No nariz mostrou-se tímido nos aromas no início da degustação, mas foi abrindo e ao volatizar mostrou notas discretas de frutas maduras, já em compota, com a presença marcante da madeira, graças aos 18 meses em barricas de carvalho, que entrega um tostado, especiarias, tabaco, couro e algo de terra molhada.

Na boca revela maciez, elegância, mas dosada a uma boa complexidade, garantindo alguma personalidade, uma boa evolução aos dez anos de idade. A madeira protagoniza em convergência com as frutas maduras, com toques de chocolate, de carvalho. Tem taninos com alguma presença, mas maduros, domados, com acidez discreta e um final de média persistência.

O Venta Real Gran Reserva é um vinho complexo, a madeira protagoniza, porém juntamente com as notas frutadas, o que é incrível aos 10 anos de vida. Um vinho macio, redondo, equilibrado, entregando a elegância típica de vinhos como esse. Não esperem peso, estrutura ou algo que o valha, afinal 18 meses de barricas de carvalho trará afinamento, trará complexidade e estrutura, não peso. E o mais gratificante é degustar um vinho em uma faixa de preço extremamente acessível. É possível sim degustar um Gran Reserva espanhol com um valor competitivo e que atinja sim a todos os níveis sociaisl. Democratizemos a cultura do vinho! Tem 13% de teor alcoólico.

Sobre a Bodegas Fernando Castro:

A Bodegas Fernando Castro foi fundada em 1850, é a mais antiga adega CLM sob a direção da mesma família. A família Castro começou a produzir vinhos brancos e tintos a partir de uvas cultivadas na sua propriedade em Santa Cruz de Mudela, seguindo os métodos tradicionais da região.

A adega Fernando Castro está localizada no centro nevrálgico da Denominação de Origem Valdepeñas. Localizada no extremo sul do planalto ibérico e bem delimitada pela planície de La Mancha a norte, os campos de Montiel a leste, Calatrava a oeste e Serra Morena a sul, Santa Cruz de Mudela preserva o património cultural e gastronómico de A Mancha.

A região contém uma abundância de solos calcários, arenosos e argilosos (avermelhados), atravessados pelo rio Jabalón e bronzeados pelo sol. Terrenos com um clima continental marcado de temperaturas extremas e baixa pluviosidade, onde as temperaturas podem ultrapassar os 40ºC e descer abaixo dos -10ºC.

Viticultores por tradição familiar, Bodegas Fernando Castro tem 380 hectares de vinhas aninhadas em torno da Finca Los Altos, supervisionadas pessoalmente pela família Castro. Os seus vinhos expressam a personalidade de uma região única, situada a 705 metros de altitude e com um clima de temperaturas extremas, os seus solos são pobres em matéria orgânica e de baixa fertilidade, condição ideal para o cultivo da vinha.

Mais de 2.500 horas de sol por ano se traduzem em uvas bem maduras e vinhos com maior intensidade de cor, estrutura ideal e poder aromático.

Atualmente, duas gerações da família Castro trabalham juntas, com o apoio inestimável de grandes profissionais que contribuem para a produção, processamento, envelhecimento e comercialização dos seus vinhos, utilizando instalações modernas, confortáveis ​​e funcionais.

Na última década, alargaram a sua gama de produtos a setores novos e emergentes como os vinhos espumantes, vinhos não alcoólicos, vinhos Kosher, vinhos biológicos e até sangrias, garantindo os mesmos níveis de qualidade e serviço nestes novos produtos.

Todos os anos os vinhos são premiados nos mais prestigiados concursos internacionais do mundo, como Berliner Wein Thophy, Mundus Vini, Sakura Japan Awards ou o Best Wine-in-Box da França.

Mais informações acesse:

https://bodegasfernandocastro.es/              

Referências:

“Vinos Valdepeñas”: https://vinosvaldepenas.com/denominacion/

“Bardot Vinhos e Artes”: http://www.bardotvinhoseartes.com.br/2015/11/denominacion-de-origen-valdepenas.html