A Serra do Sudeste tem colinas suaves, que facilitam o
plantio e a mecanização, tornando-a um terroir mais simples de trabalhar.
Aliadas a isso, estão as condições climáticas, mais favoráveis do que no Vale
dos Vinhedos. Essa região tem o menor índice de chuvas do Estado do Rio Grande
do Sul, além de noites frias mesmo no verão, justamente a época da maturação
das uvas. Essas condições naturais, além de um solo mais pobre e de origem
granítica, nos ajudam a ter maior concentração de cor, estrutura e potencial de
envelhecimento dos vinhos. A expansão para a Serra do Sudeste é sinal claro da
busca por qualidade dos produtores brasileiros e da diversidade de que os
vinhos estão, finalmente, abraçando.
E agora finalmente o vinho!
Na taça apresenta um vermelho rubi intenso, escuro, profundo
com lágrimas grossas e abundantes que marca as paredes da taça, um vinho caudaloso
que já denuncia a sua robustez.
No nariz traz um curioso aroma de fazenda, um toque terroso,
de terra molhada, algo de estrebaria, um quê de rusticidade e notas discretas
de frutas negras completa o coreto.
Na boca é estruturado, carnudo, aquele vinho que se degusta
com “garfo e faca”, complexo, as frutas negras aparecem, toque de ameixas, por
exemplo, as especiarias mostram a que vieram um fundo de ervas, com taninos
poderosos e marcados, com uma acidez instigante. Tem um final longo,
prolongado.
O apelo regionalista, a cultura arraigada e que personifica
na tipicidade do vinho. A história, viva e latente, sendo, a cada dia escrita,
a tradição se faz atual e contemporânea. As inspirações se confundem com a
tipicidade, tudo isso em prol do nosso deleite, para a felicidade de quem
degustará cada gota dessa bebida que é uma verdadeira poesia líquida. Um vinho
de pegada, corpulento, voluptuoso, de personalidade. Assim podemos descrever o Bertolini
Bigorna Teroldego. Ainda jovem, mostrou rebeldia e certa impetuosidade, mas, ao
longo da degustação, foi afinando, amansando, se equilibrando, tornando-se
fácil de degustar, harmônico, mas ainda assim expressivo e de marcante
personalidade. Que a Teroldego encontre em nossas terras as condições
necessárias para se perpetuar com cada vez mais rótulos e que nos brinde com
vinhos cada vez melhores. Tem 13,7% de teor alcoólico.
Sobre a Bertolini Riserva Famiglia:
A Família Bertolini resgata sua trajetória, marcada pelo
empreendedorismo, união e tradição italiana, e a transporta para a série
especial “Vinhos Bertolini”, que homenageia os antepassados e os valores
transmitidos pelos patriarcas. Cada garrafa expressa o talento para transformar
matérias-primas em produtos de excelência. Hoje, parte da família, é
reconhecida pela fundação e condução do Grupo Bertolini, referência pelo
trabalho desenvolvido nos mercados moveleiro, de armazenagem e logístico, em
todo o país.
Valorizando as raízes, os vinhos têm, em sua apresentação
visual, o resgate dessa paixão através da representação das ferramentas de
trabalho do ferreiro, ofício que o pai, Francisco, fez com maestria e deixou
como legado para seus descendentes. Além de simbolizar os valores que forjaram
o caráter da família Bertolini ao longo de sua história, elas expressam as
características de cada vinho.
Os vinhos Bertolini têm como filosofia a naturalidade no
processo de elaboração, ou seja, com o mínimo de intervenção mecânica e a
preferência por métodos naturais durante a fermentação e afinamento. O mesmo
vale para as correções de acidez, açúcar, feitas sem aporte de produtos
químicos.
Assim, inspirados na tradição europeia, mas com um gosto
contemporâneo, expressam o terroir de uma nova geração produtora no Brasil, que
vem se destacando com excelentes resultados: a Encruzilhada do Sul.
O trabalho da Bertolini começou no ano de 2012. É um negócio
pequeno que foi fundado por 5 irmãos em homenagem à geração anterior da
família, de Domenico Bertolini, que era composta por metalúrgicos
especializados em cozinhas de aço.
Dessa homenagem, vêm os nomes dos vinhos: “Cadinho”,
“Bigorna” e “Tenaz”, referências às ferramentas utilizadas para a construção
desses espaços. O foco é produzir líquidos que mostram ao máximo a tipicidade
de Encruzilhada do Sul, região de clima ameno, em um vinho branco e vinhos
tintos elaborados com uvas Chardonnay, Teroldego e uma mistura entre Merlot,
Nebbiolo e Touriga Nacional: mistura europeia em vinhos brasileiros.
Referências:
“Vinho Básico”: https://www.vinhobasico.com/2015/06/26/teroldego-a-uva-do-trentino/
“Mistral”: https://www.mistral.com.br/tipo-de-uva/teroldego
“Site Terra”: https://www.terra.com.br/vida-e-estilo/homem/uva-teroldego-resgata-identidade-no-sul-do-pais,d0084ee474237310VgnCLD100000bbcceb0aRCRD.html
“Site Encruzilhada do Sul”: https://www.encruzilhadadosul.rs.gov.br/prefeitura/historia/
“Agência Preview”: https://www.agenciapreview.com/vindima-em-encruzilhada-do-sul/#:~:text=Descoberto%20na%20d%C3%A9cada%20de%201970,elaborados%20com%20uvas%20dessa%20%C3%A1rea.
“Revista Adega”: https://revistaadega.uol.com.br/artigo/a-nova-fronteira-sul_8619.html
“Blog Evino”: https://blog.evino.com.br/2020/06/vinhos-brasileiros-o-cultivo-de-uvas-da-europa-no-sul-do-brasil/#:~:text=Bertolini,-%E2%80%9CO%20nosso%20diferencial&text=O%20trabalho%20da%20Bertolini%20come%C3%A7ou,especializados%20em%20cozinhas%20de%20a%C3%A7o.
“Difusora 890”: https://difusora890.com.br/bertolini-apresenta-serie-especial-de-vinhos-que-contam-historia-da-familia/