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terça-feira, 16 de janeiro de 2024

Cantares Brut Nature Viura

 




Vinho: Cantares Brut Nature

Casta: Viura

Safra: Não safrado

Região: La Mancha, Castilla La Mancha

País: Espanha

Produtor: Vinícola de Castilla

Teor Alcoólico: 11,5%

Estágio: Método tradicional, 10 meses sobre as borras.

 

Análise:

Visual: amarelo palha com reflexos esverdeados bem brilhantes, com perlages (bolhas) finas e persistentes.

Nariz: aromas frescos de frutas cítricas, como laranja, toranja, limão e tangerina, com notas discretas de panificação e biscoito de manteiga.

Boca: corpo leve para médio, saboroso, fresco, com as notas de frutas cítricas vívidas, certa untuosidade, que o torna complexo, ótima acidez e um final prolongado.

 

Produtor:


segunda-feira, 8 de janeiro de 2024

Viña Oria Macabeo 2021



Vinho: Viña Oria

Safra: 2021

Casta: 100% Macabeo ou Viúra (Sobre a casta acesse aqui)

Região: Cariñena, Aragon

País: Espanha

Produtor: Covinca

Teor Alcoólico: 13%

 

Análise:

Visual: amarelo palha, com reflexos esverdeados e brilhante.

Nariz: aromas de frutas tropicais e cítricas, com destaque para tangerina, laranja, lima, pera e abacaxi, com um toque de mineralidade e frescor.

Boca: fruta evidente, com notas tropicais e cítricas em evidência, como no nariz, mineral, fresco, com alguma untuosidade e final frutado e fresco.

Sobre o Produtor:

 

quinta-feira, 23 de junho de 2022

Condado de Eguren Viúra 2019

 

Dizem que nada combinado transcorre da forma que esperamos. Não sei se é mais ou menos assim a frase, mas, no cotidiano de nossas vidas costumamos dizer que se fosse combinado não seria melhor. Parece que as coisas que acontecem sem combinar, sem projetar ou coisa que o valha têm um “sabor” diferente. Será?

Bom não vou contextualizar essa questão, mas acredito que tais fenômenos se adequem ao universo do vinho. Esse “sabor” diferente torna-se afável aos sentidos. Bem pelo menos para mim as experiências têm sido agradáveis.

Uma em especial vale ser contada, mas confesso que não projetei nada de bom no início, mas o valor, extremamente atrativo, me estimulou a levar esse rótulo, cuja casta, até então, não conhecia. Esse ponto também foi o que me chamou a atenção sendo preponderante para a minha decisão de compra.

Estava eu, em minhas incursões aos supermercados, fazendo aquelas compras cotidianas, algumas inclusive frívolas, e, como ainda tinha tempo, era um domingo ensolarado, decidi passar na adega para ver se havia alguma novidade.

Os olhos correndo as gôndolas avistou algo interessante. Um rótulo simples, mas impactado por um preço imbatível: R$ 19,90! Tomei a garrafa em minhas mãos e, a princípio, não vi nada que me chamasse a atenção. Olhando um pouco mais, com aquele requinte de detalhes, percebi a palavra “Viúra”. Não conhecia e, de posse de meu celular, alguns caprichos da tecnologia, me pus a pesquisar e percebi que se tratava de uma variedade branca muito popular na Espanha, mas eu não conhecia.

Não era uma casta tão difundida lá para o ano de 2019, creio, pois nunca tinha visto um rótulo desta variedade. Agora tomado por uma curiosidade, mas temeroso pela qualidade do vinho, decidi leva-lo, mas decidido também em degusta-lo naquele mesmo dia. Que vinho surpreendente foi o El Lagar de la Aldea Viúra 2017. Decidi comprar mais rótulos desta variedade.

Ao longo do tempo descobri que a Viúra também se chama Macabeo e também é usada para compor blends do famoso espumante espanhol Cava. O meu desejo em degustar o Cava aumentou e degustar alguns poucos rótulos, mas eu precisava degustar o Viúra, o branco tranquilo. Vi uma promoção muito interessante em um site de vendas de vinhos popular e não hesitei e comprei.

E ele demorou algum tempo para ser degustado, mas agora não vai passar despercebido, será “abatido” mesmo que nessa noite de início de inverno. Estou longe do ortodoxo, afinal, nem sempre tenho de degustar tintos encorpados no inverno.

E ele não decepcionou! Então sem mais delongas vamos às apresentações! O vinho que degustei e gostei veio da minha queridinha região de Castilla La Mancha e se chama Condado de Eguren da casta Viúra da safra 2019. Já tem algum tempo, três anos de safra, fiquei um tanto quanto temeroso, mas está ótimo, de ótima drincabilidade. Mas antes de falar do vinho contemos a história da terra de Dom Quixote e da casta branca mais popular da Espanha: Viúra.

Castilla La Mancha

Bem ao centro da Espanha, país com a maior área de vinhas plantadas em todo o mundo e o terceiro maior mercado produtor de vinhos, está localizada a região vitivinícola de Castilla La Mancha. Um território com grande extensão de terra quase que completamente plana, sem grandes elevações.  É nessa macrorregião que se origina quase 50% do total de litros de vinho produzidos anualmente na Espanha.

O nome “La Mancha” tem origem na expressão “Mantxa” que em árabe significa “terra seca”, o que de fato caracteriza a região. Neste território, o clima continental ao extremo provoca grandes diferenças de temperaturas entre verão e inverno. Nos dias quentes de verão os termômetros podem alcançar os 45°C, enquanto nas noites rigorosas de frio intenso do inverno, as temperaturas negativas podem chegar a até -15°C.

A irrigação torna-se muitas vezes essencial: além do baixo índice pluviométrico devido ao caráter continental e mediterrâneo do clima, o local se torna ainda mais seco graças ao seu microclima, que impede a entrada de correntes marítimas úmidas. A ocorrência de sol por ano é de aproximadamente 3.000 horas. Esta macrorregião é composta por várias regiões menores, incluindo sete “Denominações de Origem”, das quais se pode destacar La Mancha e Valdepeñenas.

Castilla La Mancha

Sub-regiões de Castilla

La Mancha: é a principal região dentre elas, sendo considerada a maior DO da Espanha e a mais extensa zona vinícola do mundo.  O território abrange 182 municípios, distribuídos em quatro províncias: Albacete, Ciudad Real, Cuenca e Toledo. As principais uvas produzidas naquele solo são a uva branca Airen e a popular tinta espanhola Tempranillo, também conhecida localmente como Cencibel.

Valdepeñenas: localizada mais ao sul, mas com as mesmas condições climáticas, tem construído sua boa reputação graças à produção de vinhos de grande qualidade, normalmente varietais da uva Tempranillo ou blends desta com castas internacionais.

A DO La Mancha conta mais de 164.000 hectares de vinhedos plantados. Com isso, é a maior Denominação de Origem do país e a maior área vitivinícola contínua do mundo, abrangendo 182 municípios, divididos em quatro províncias: Albacete, Ciudad Real, Cuenca e Toledo.

A regulamentação comunitária permite a produção de vinhos com indicação geográfica (IGP Vinos de la Tierra de Castilla), desde que tenham sido obtidos a partir de determinadas castas e provenham de uma determinada zona de produção. Na Espanha, esses vinhos são chamados de Vinos de la Tierra e podem usar menções em sua rotulagem relacionadas às variedades, safras e nome da vinícola, bem como às condições naturais ou técnicas da viticultura que deram origem ao vinho.

A importância social e econômica do setor na região, bem como o esforço de modernização feito pelos produtores, transformadores, engarrafadores e comerciantes nos últimos anos, exige um instrumento que lhes permita oferecer os seus vinhos de qualidade dignamente rotulados ao mercado.

Os tipos de vinhos que podem ser elaborados no IGP Vinos de la Tierra de Castilla são: vinhos brancos, rosés e tintos; Vinhos espumantes; Vinhos espumantes; vinhos licorosos; e vinhos de uvas maduras. São eles:

Brancas: Airén, Albillo Real, Chardonnay, Gewürztraminer, Macabeo oViura, Malvar, Malvasía Aromática, Marisancho o Pardillo, Merseguera, Moscatel de grano menudo, Moscatel de Alejandría, Parellada, Pedro Ximénez, Riesling, Sauvignon blanc, Torrontés, Verdejo, Verdoncho e Viognier.

Tintas: Bobal, Cabernet-sauvignon, Cabernet-franc, Coloraillo, Forcallat tinta, Garnacha tinta, Garnacha tintorera, Graciano, Malbec, Mazuela, Mencia, Merlot, Monastrell, Moravia agria, Moravia dulce o Crujidera, Petit Verdot, Pinot Noir, Prieto picudo, Rojal tinta, Syrah, Tempranillo o Cencibel, Tinto de la pámpana blanca e Tinto Velasco o Frasco.

As castas mais cultivadas em Castilla de La Mancha, sejam DO ou IGP, são: Airén, Viúra, Sauvignon Blanc e Chardonnay entre as brancas e as tintas são: Tempranillo, Syrah, Cabernet Sauvignon, Merlot e Grenache.

Classificação dos rótulos da DO de Castilla La Mancha:

• Jóven: Categoria mais básica, sem passagem por madeira, para ser consumido preferencialmente no mesmo ano da colheita.

• Tradicional: Sem passagem por madeira, porém com mais estrutura do que o Jóven.

• Envelhecimento em barris de carvalho: Envelhecimento mínimo de 90 dias em barris de carvalho.

• Crianza: Envelhecimento natural de dois anos, sendo, pelo menos, seis meses em barris de carvalho.

• Reserva: Envelhecimento de, no mínimo, 12 meses em barris de carvalho e 24 meses em garrafa.

• Gran Reserva: Envelhecimento de, no mínimo, 18 meses em barris de carvalho e 42 meses em garrafa.

• Espumante: Produzidos a partir do método tradicional (segunda fermentação em garrafa), com no mínimo nove meses de autólise.

Viúra ou Macabeo

A Viura, conhecida também como Macabeo, é uma variedade de uva branca amplamente utilizada na Espanha e em algumas áreas vinícolas da França. Trata-se de uma casta versátil, podendo dar origem a vinhos tranquilos, secos, doces e espumantes. Os nomes Macabeu e Maccabéo são mais comuns em Languedoc-Roussillon, no sul da França.

Os vinhos elaborados a partir da Viura podem ser frescos, aromáticos e florais quando as uvas são colhidas cedo e os exemplares envelhecidos em barris de aço inoxidável. Quando as uvas permanecem um tempo a mais na videira e a bebida é envelhecida em barris de carvalho, os vinhos adquirem aromas de mel e noz.

A Espanha é o lar da uva Viura, principalmente, as regiões do norte do país. A variedade é o principal ingrediente dos vinhos brancos de Rioja, onde é utilizada em quase todos as áreas da Catalunha, principalmente, no espumante Cava, ao lado das uvas Parellada e Xarel-lo. No Sul, ao longo da costa do Mediterrâneo, a Viura pode ser encontrada em diferentes regiões, especialmente em Jumilla, Valencia e Yecla.

Trata-se de uma uva com baixa complexidade aromática e sua relativa neutralidade a torna uma boa candidata para vinhos de corte. Quando colhida antecipadamente, os vinhos varietais Viura podem apresentar sabores de toranja com altos níveis de acidez, no entanto, quando permanece por mais um tempo na vinha, os vinhos em geral apresentam um gosto mais de carvalho.

A uva Viura pode ser utilizada por conta própria para dar origem a vinhos varietais, no entanto, a variedade é comumente misturada com outras uvas locais. Na região de Rioja, as principais parceiras da Viura são as uvas Malvasia e Garnacha Blanca, enquanto na Catalunha as uvas que aparecem ao lado da Viura são a Parellada e Xarel-lo.

E agora finalmente o vinho!

Na taça apresenta um amarelo pálido, palha, límpido e bem brilhante, mas com reflexos esverdeados.

No nariz não entrega complexidade, expressividade aromática, mas se percebe as notas de frutas brancas e cítricas e delicados e agradáveis notas florais, de flores brancas.

Na boca tem o seu destaque. As frutas brancas e cítricas ganham protagonismo, onde se nota abacaxi, maça-verde, pera, lima, com belíssimo volume de boca, cheio, marcante, compensando a baixa acidez. Tem um final com um discreto dulçor, fazendo dele prolongado e persistente.

Uma casta popular na Espanha e que certamente será popular em minha taça! Um vinho frutado, leve, despretensioso. Não é tão aromático, mas compensa e muito pelo sabor marcante na boca. Um vinho altivo, vivaz e com uma personalidade muito marcante, mesmo que seja um branco leve e despretensioso. Tem 12,5% de teor alcoólico.

Sobre a Bodegas Condado de Eguren:

A Bodega Condado de Egúren é uma adega familiar, localizada em Laguardia. Inovadora, com projeção internacional, autofinanciada e independente, dedicada à produção e comercialização dos nossos vinhos Rioja Alavesa.

Tem 130 hectares de vinha própria onde cultivam e controlam a produção das uvas de forma tradicional em harmonia com as mais recentes técnicas vitícolas.

As uvas usadas para fazer os vinhos são provenientes de vinhedos nos solos argilo-calcários de Labastida, Páganos, Leza e Elciego, no coração da Rioja Alavesa. Procura-se uma orientação norte-sul e são realizados em treliças altas, garantindo assim uma maior exposição solar. Como as vinhas não são irrigadas, estão totalmente dependentes das condições climáticas. Realiza-se a vindima manual e mecanicamente, para que as uvas cheguem à adega no seu melhor momento.

A adega está na sexta geração de uma família dedicada ao cuidado da vinha, com uma adega e um hotel entre vinhas localizado em Laguardia.

Mais informações acesse:

https://egurenugarte.com/

Referências:

“Vinho Blog”: http://blog.vinhosite.com.br/la-mancha-maior-regiao-produtora-vinhos-espanha/

“Enologuia”: https://enologuia.com.br/regioes/245-a-regiao-de-castilla-la-mancha-a-terra-de-dom-quixote

Blog “Enologuia”: https://enologuia.com.br/regioes/245-a-regiao-de-castilla-la-mancha-a-terra-de-dom-quixote#:~:text=Este%20livro%2C%20universalmente%20famoso%2C%20trata,no%20centro%2Fsudeste%20da%20Espanha.&text=Os%20primeiros%20escritos%20da%20cultura,vinhas%20foram%20introduzidas%20pelos%20romanos.

“Revista Adega”: https://revistaadega.uol.com.br/artigo/vinhos-dos-moinhos_4580.html

“Blog VinhoSite”: http://blog.vinhosite.com.br/la-mancha-maior-regiao-produtora-vinhos-espanha/

“Mistral”: https://www.mistral.com.br/tipo-de-uva/viura

“Adega Tanino”: https://www.adegatanino.com.br/uva/macabeoviura

 

 

 

 

 


quinta-feira, 23 de abril de 2020

El Lagar de la Aldea Viúra 2017


Estive em um supermercado fazendo compras cotidianas e, não me lembro (acho que sim!) na adega deste correndo os meus olhos nas suas gôndolas. E com um olhar de detetive olhei cada espaço, cada metro quadrado dessas gôndolas quando fixei os olhos em um lugar improvável: na parte de baixo e a mais empoeirada e avistei um vinho que me parecia um tanto quanto esquecido, rejeitado por tudo e todos (confesso-lhes que ultimamente tenho dado atenção aos vinhos “vilipendiados”) e o peguei. Como de costume examinei-o detalhadamente e vi série de grandes novidades, já dizia Cazuza, pelo menos para mim, um simples enófilo. Percebi que, além de ser um vinho espanhol, que não é uma novidade, observei que era um vinho da casta Viúra, que eu nunca havia degustado e de uma região chamada Navarra, local que nunca bebi um vinho sequer e, para fechar, o preço. Estava muito barato! Estava na faixa dos R$ 22,00! Animei-me, mas também fiquei com receio quanto a sua qualidade, mas arrisquei e comprei, afinal, se for ruim, pensei o gasto não seria tão alto.

O vinho que degustei e gostei, pasmem, se chama El Lagar de la Aldea (Vinícola da Vila, em tradução literal), da já mencionada região de Navarra, 100% Viúra, da safra 2017. Como muito das características e apresentações desse vinho foram novidades para mim, não posso deixar de falar, mesmo que brevemente, da história da casta Viúra e da região de Navarra.

Viúra

É a uva vinífera branca mais popular do norte da Espanha, também conhecida como Macabeu. Os nomes Macabeu e Maccabéo são mais comuns em Languedoc-Roussillon, no sul da França. Macabeo aparece em grande parte de sua terra natal, na Espanha. Viúra é comum em Rioja, onde é, de longe, a uva de vinho branco mais plantada. Uma informação relevante: essa é uma das principais variedades utilizadas na produção dos espumantes Cava. Na maioria das vezes engarrafado jovem, o vinho produzido com essa uva é seco, e tem uma boa capacidade de envelhecimento, como comprovam os melhores exemplares da cepa. E essa é uma uva, naturalmente, de alto rendimento. Sem o devido cuidado, os frutos ficam muito grandes, com baixa proporção entre casca e polpa, e os cachos, de tão apertados, podem facilmente apodrecer. Mas, com a planejada redução por parte do viticultor, essa uva concentra aromas e sabores de maneira muito interessante. Fonte: Tintos & Tantos (http://www.tintosetantos.com/index.php/escolhendo/cepas/448-macabeo).

Região de Navarra

Navarra fica no norte da Espanha e a tradição da uva, aqui, vem de muito longe. Recentemente, pesquisadores identificaram, em Navarra, plantas da primitiva Vitis silvestris, encontrada em pouquíssimos lugares do mundo, e cuja origem pode chegar a, quem sabe, 5 milhões de anos!


A produção do vinho, por sua vez, acredita-se ter sido iniciada com os romanos. Vestígios arqueológicos de adegas, túmulos e ânforas comprovam essa tese. Essa tradição sobreviveu ao domínio árabe, e expandiu-se significativamente com a ajuda do clero durante a Idade Média. Mas, depois de ver seu apogeu no século 19, a vinicultura em Navarra quase morreu, à época da Filoxera. Dos 50.000 hectares de vinhas existentes, 48.500 foram destruídos pela praga. Para saber mais sobre esse assunto, clique aqui. Atualmente, existem cerca de 11.500 hectares ocupados por vinhedos, em Navarra, distribuídos em 5 áreas de produção, de acordo com a diversidade de clima e solo: Baja Montaña, Ribera Alta, Valdizarbe, Tierra Estella, Ribera Baja. Cerca de 70% dos vinhos produzidos em Navarra são tintos, 25% são rosés, e apenas 5% são brancos (incluindo uma pequena parcela de vinhos de sobremesa). As uvas mais cultivadas na região, dentre as autorizadas pelo conselho regulador da denominação de origem, são Tempranillo, Garnacha, Cabernet Sauvignon, Merlot, Graciano e Mazuelo. Entre as brancas, destacam-se Chardonnay, Viura e Moscatel. Fonte: Tintos & Tantos (http://www.tintosetantos.com/index.php/denominando/855-navarra)

Agora o vinho!

Na taça apresentou um amarelo bem intenso, vivo, pleno, brilhante, com discretos tons esverdeados.

No nariz apresentou um discreto, mas agradável toque cítrico, frutas tropicais e notas florais, de flores brancas
.
Na boca é um vinho majoritariamente seco, típica da casta, que me agrada muito, embora tenha sido um dos vinhos mais secos que degustei nos últimos anos. Acidez muito boa, diria um pouco elevada, denunciando a sua leveza e certo frescor com final frutado e persistente.

Diria que é um vinho “atípico” e por que digo isso? É um vinho, como disse muito seco o que não agradaria, embora seja um branco, a paladares de um iniciante (a mim agradou!) e também não percebi um grande frescor no vinho, como de outros brancos que degustei que tem a mesma proposta deste em especial. Mas estava lá, graças a sua boa acidez, mas em menor intensidade, em relação aos demais brancos que já degustei. São características, sejam da casta ou do rótulo propriamente dito, que, com mais experiências de degustação da Viúra poderá formar a minha opinião com mais certeza e diria até com mais consistência. E o farei, espero que muito em breve. Fiquei muito feliz com essa degustação cheia de estreias! Um achado que, mesmo rejeitada no fundo das gôndolas dos supermercados, à sombra dos badalados, me trouxe grande satisfação, principalmente pelo fato de que, conforme já mencionado no histórico da região de Navarra, de onde o vinho veio apenas 5% dos vinhos nesta região produzidos são brancos! Tem 12,5% de teor alcoólico.

Sobre a Bodegas El Lagar de la Aldea e o Grupo Manzanos Wines:

Manzanos Wines é a divisão de vinhos da Manzanos Enterprises, dedicada à produção de DOCa Rioja , DO Navarra e vinho espanhol desde 1890. Sua história está ligada à história de uma família, ao seu esforço, à sua constância e aos seus vinhos, o saber fazer. Como resultado, a empresa possui onze vinícolas que cresceram as cinco gerações da família Fernández de Manzanos. Depois de mais de 128 anos dedicados de corpo e alma à cultura do vinho, a Manzanos Wines possui 950 hectares protegidos pelo DOCa Rioja. Juntamente com os 575 hectares cobertos pela Denominação de Origem Navarra, a empresa possui um total de 1.525 hectares. A principal atividade da empresa é a elaboração e comercialização do vinho DOCa Rioja e suas principais vinícolas pertencem a essa denominação. Bodegas Manzanos Haro, Bodegas Manzanos Azagra , Viña Marichalar e  Bodegas Luis Gurpegui Muga  são as vinícolas nas quais Manzanos produziu os vinhos desta Denominação de Origem Qualificada a partir de seus 950 hectares de vinhedo. As vinícolas onde os vinhos DO Navarra são feitos são as recém-adquiridas Bodegas Manzanos Campanas (antiga Vinícola Navarra, a mais antiga da DO Navarra), Castillo de Enériz e Monte Ory . Manzanos possui 575 hectares de vinhedos nessa denominação. Por seu lado, Bodegas Mosen Pierre, El Lagar de la Aldea e Bodegas Gurpegui são as vinícolas onde são feitos os vinhos espanhóis. As Bodegas El Lagar de la Aldea estão localizadas na cidade de Azagra , no sul de Navarra e quase na fronteira com La Rioja. São as vinícolas com as quais a família Fernández de Manzanos iniciou há mais de 125 anos, em 1890 , a produção e a comercialização de seus vinhos quando as denominações de origem ainda não existiam. Eles renovaram as instalações e continuam a produzir o vinho clássico de todos os tempos, mas aplicando as novas técnicas e tecnologias adquiridas nesses 125 anos. Eles não apenas produzem a marca El Lagar de la Aldea, mas também têm outros vinhos como Portil de Lobos, La Heredada, Marqués de Araiz e Davne.

Mais informações acesse:



Vinho degustado em 2019.