Landwein: Assim como a Deutscher Wein, também possui vinhos
simples, quando relacionado aos de outras categorias. Pode ser comparado aos
IGP’s de outros países europeus. 85% das uvas devem ser provenientes de
vinhedos de regiões reconhecidas pela categoria.
Qualitätswein bestimmter Anbaugebiet (QbA): É considerada a
categoria dominante no país. As uvas precisam ser autorizadas e atingir um grau
mínimo exigido de maturação. As uvas devem ser permitidas pela categoria e
provenientes de uma das treze regiões vitícolas específicas. Além disso, o nome
da região precisa estar estampado no rótulo. Os rótulos podem conter termos que
indicam o nível de doçura do vinho como:
Trocken: vinho seco.
Halbtrocken: vinho meio-seco ou ligeiramente doce.
Feinherb: um termo não oficial para descrever vinhos
semelhantes ao Halbtrocken.
Liebliche: vinho doce.
Em setembro de 1994, foi permitida a criação de uma
subcategoria QbA, a Qualitätswein garantierten Ursprungs (QGU). Comparada a uma
Denominação de Origem Controlada e Garantida, a QGU abrange uma região, vinha
ou aldeia específica, que expressa além de alta qualidade, tipicidade. Nessa
categoria, os vinhos passam por rigorosas análises sensoriais e analíticas.
Qualitätswein mit Prädikat (QmP) ou Prädikatswein
As uvas devem ser permitidas pela categoria e provenientes de
uma das treze regiões vitícolas específicas. Além disso, o nome da região
precisa estar estampado no rótulo. As uvas devem atingir um grau específico de
maturação, açúcar e teor alcoólico natural. Os rótulos precisam estampar alguns
atributos específicos referentes ao nível de maturação das uvas e ao método de
colheita:
Kabinett: colheita realizada com uvas completamente maduras.
Gera vinhos mais leves e com baixo teor alcoólico.
Spätlese: colheita tardia, ou seja, as uvas são colhidas em
um período posterior ao considerado ideal. Gera vinhos concentrados e com
intenso aroma, mas não especificamente com o paladar adocicado.
Auslese: uvas colhidas muito maduras, mas apenas os cachos
selecionados. Gera vinhos nobres, com intensidade tanto no aroma quanto no
paladar. A doçura no paladar não é uma regra.
Eiswein: uvas sobreamadurecidas como a Beerenauslese, porém
colhidas e prensadas congeladas. Gera vinhos nobres e singulares, com alta
concentração.
Trockenbeerenauslese (TBA): uvas sobreamadurecidas,
infectadas por Botrytis cinerea, que secam por um determinado tempo adquirindo
características próximas a de uvas passas. Gera vinhos doces, ricos e nobres.
Beerenauslese (BA): uvas sobreamadurecidas, infectadas por
Botrytis cinerea, com seleção criteriosa dos bagos. Essas uvas são colhidas
apenas em safras excepcionais. Gera vinhos longevos, ricos e doces.
E agora finalmente o vinho!
Na taça apresenta um amarelo palha, brilhante e reluzente, já
tendendo ao dourado.
No nariz entrega aromas de frutas de polpa branca maduras,
com destaque para o pêssego, melão, maçã-verde, limão e damasco, com delicados
e agradáveis notas de flores brancas, o típico floral da cepa.
Na boca é leve, com frescor, porém aliado a uma personalidade
marcante, diria uma boa intensidade e volume, com as notas frutadas, as frutas
maduras em evidência, como no aspecto olfativo, além de uma acidez equilibrada
e um final de boa persistência, um final longo.
O fato é que na Alemanha se elabora grandes e emblemáticos
vinhos brancos, a Riesling está aí para confirmar esse fato, com vinhos
expressivos, de personalidade, frescos e também longevos, de potencial de
guarda invejáveis. E Pfalz com a sua diversidade de solos e climas propicia não
apenas a produção de Riesling, mas também de Pinot Gris, mostrando, além de ter
sido adaptado ao clima ameno do local, mas entregando um rótulo refrescante,
frutado e equilibrado, com nuances de damasco, pêssego, pera e toques florais
bem delicados. Uma grata experiência com o meu primeiro Pinot Gris alemão. E
que venham vários outros! Tem 12,5% de teor alcoólico.
Sobre a Moselland:
A princípio, no século XIX, muitos produtores individuais da
Alemanha se uniram por necessidade econômica para formar pequenas cooperativas
vitícolas: eles pretendiam trabalhar com mais eficiência, unindo forças.
Em seguida, em 1969, as principais cooperativas se fundiram
com a Hauptkellerei Koblenz para formar a maior cooperativa vitícola do estado
de Rheinland-Pfalz. Desse modo, o resultado foi a criação da Moselland,
localizada em Bernkastel Kues, que por mais de um quarto de século, foi um nome
garantiu alta qualidade.
Sendo assim, na Moselland, a qualidade começa bem na vinha.
Os viticultores são especialistas em gerenciamento de vinhedos, desde o plantio
até a colheita, assim produzem uvas da mais alta qualidade que são entregues em
nas estações de prensagem e coleta, ao lado das vinhas. Além disso, a equipe
altamente qualificada assume o processo de vinificação usando os mais modernos
maquinários.
Mais informações acesse:
https://www.moselland.de/
Referências:
“Vinho sem Segredo”: https://vinhosemsegredo.com/2011/05/02/nomenclatura-do-vinho-alemao-i/
“Winepedia”: https://www.wine.com.br/winepedia/dicas/como-ler-rotulos-alemanha/
“Art des
Caves”: https://blog.artdescaves.com.br/conheca-pfalz-regiao-que-mais-produz-vinhos-alemanha
“Carpevinum”: https://www.carpevinum.com.br/loja/noticia.php?loja=677095&id=255