Estágio: 12 a 14 meses em
barricas de carvalho francês.
Análise:
Visual: revela um intenso
rubi, fechado, escuro, com halos e reflexos violáceos, quase roxo, com
viscosidade intensa, mostrando ser um vinho muito concentrado. As lágrimas são
finas, lentas e em profusão.
Nariz: o primeiro ataque é de
frutas negras maduras, quase que uma geleia, uma compota de frutas. As notas
amadeiradas são discretas, bem integradas, mas que aporta baunilha, um
mentolado agradável, um café torrado, um apimentado, pimenta preta e chocolate
meio amargo. Tons de rusticidade faz dos aromas complexos, com toques terrosos,
vegetais. É também floral, algo como rosas esmagadas.
Boca: é seco e estruturado,
intenso, suculento, com persistência e volume de boca. Frutado, que traz a
sensação de algum frescor, mostra-se equilibrado, embora um pouco alcóolico, mas
que expressa personalidade, entre a fruta e a madeira, igualmente discreta, mas
que aporta chocolate, baunilha. Os taninos são marcados e presentes, mas
macios, a acidez é equilibrada, mas também presente. O final é longo e cheio,
com retrogosto frutado.
Visual: revela uma linda cor
rubi translúcida com algum brilho e reflexos violáceos. Há finas lágrimas,
rápidas e em média intensidade.
Nariz: aromas abundantes de
frutas vermelhas frescas, tal como um cesto de frutas recentemente colhidas, com
destaque para framboesa, morango e cerejas. Notas florais corroboram seu
frescor, bem como também é sentido especiarias, ervas finas.
Boca: é fluido, saboroso,
macio, leve e fresco. As notas herbáceas e de frutas vermelhas frescas são
percebidas também no palato, com a adição de groselhas. Traz taninos finos,
delicados e firmes, com uma acidez vibrante, untuosa, com um final suculento e
cativante.
Estágio: 12 a 16 meses em
barricas de carvalho francês de quarto e quinto uso.
Análise:
Visual: apresenta um rubi, com
média intensidade e entornos granada, com lágrimas finas, lentas e em profusão
desenhando as bordas do copo.
Nariz: os aromas que se
destacam, embora o início se revelou tímido, são das frutas vermelhas e
frescas, trazendo a agradável sensação de frescor. A madeira é discreta, dando
o aporte de mentolado, algo de especiarias, um floral lembrando violeta. Um
Carignan com um caráter frutado e fresco que, aos poucos foi se mostrando.
Boca: é macio e elegante, mas
com bom volume de boca, com alguma persistência. O caráter frutado se faz mais
evidente no paladar, as notas frutadas, de frutas vermelhas, são vívidas, com
destaque para cerejas e framboesas. A madeira é bem integrada, os taninos são redondos
e amáveis, a acidez é salivante, que faz do vinho fresco e saboroso. Final
longo e cheio.
Estágio:
Permaneceu 6 meses em tanques de cimento.
Análise:
Visual:
apresenta um rubi de média intensidade, com reflexos violáceos, com a boa
profusão de lágrimas grossas e lentas.
Nariz:
aromas fragrantes de frutas vermelhas com destaque para framboesa, morangos e
cerejas, mostrando uma concepção mais fresca e frutada, com notas de
especiarias, como pimenta, toques de pimenta e um agradável floral.
Boca:
é saboroso, seco, leve, cativante e fácil de entender pela sua proposta mais
jovem e fresca. Replicam-se as notas frutadas, como no aspecto olfativo, com
taninos, embora vivos, são finos e elegantes, com uma acidez vibrante que
corrobora sua leveza e frescor. Tem um final cheio e persistente.
Estágio:
8 meses em barricas de carvalho, 30% francês e 70% americano.
Análise:
Visual:
revela um rubi intenso, escuro, com entornos violáceos e lágrimas finas, lentas
e em profusão.
Nariz:
traz aromas de frutas maduras, de frutas vermelhas e pretas, com destaque para
amoras e ameixas, com toque de defumação, de couro, café, caramelo e chocolate,
fruto da passagem por barricas de carvalho.
Boca:
é estruturado, porém macio, redondo, equilibrado, devido a passagem por
barricas que, além de dar o aporte inerente a mesma, afina o vinho, deixando-o
macio e elegante. Replica-se as notas frutadas, bem como as notas de caramelo e
chocolate. Tem taninos finos e presentes, com excelente acidez, sendo bem
vibrante. Final longo.
Estágio:
12 meses em barricas de carvalho francês.
Análise:
Visual:
revela um rubi intenso, porém não intenso, com halos granada, denotando os seus
já seis anos de garrafa, com lágrimas finas, em média intensidade e lentas.
Nariz:
aromas instigantes e agradáveis de frutas vermelhas e pretas maduras, como
amora, cereja, ameixa, com notas discretas de carvalho, baunilha, toques
florais, de violeta e chocolate.
Boca:
é fresco, elegante, macio, mas com personalidade, as notas frutadas são
replicadas no paladar, bem como as notas amadeiradas, mas de forma integrada,
discreta ao conjunto do vinho. Taninos maduros, dóceis, com acidez correta e um
final persistente e retrogosto frutado.
Casta:
Cabernet Sauvignon (85%), Carménère (10%) e Merlot (5%)
Safra:
2017
Região:
Vale do Maulle
País:
Chile
Produtor:
Viña Balduzzi
Teor
Alcoólico: 14%
Adquirido:
Site Lovino
Valor:
R$ 70,00
Estágio:
16 meses em barricas de carvalho francês e 12 meses em garrafa
Análise:
Visual:
apresenta um rubi profundo, escuro, com halos granada, com lágrimas grossas,
lentas e em profusão.
Nariz:
aroma agradável de frutas pretas, com destaque para cereja preta, ameixa, um
toque floral é sentido, bem como as especiarias, algo herbáceo, bem como as
evidentes notas amadeiradas, além da baunilha, do tostado, do chocolate.
Boca:
é macio, elegante, porém estruturado, com bom volume de boca, com toques
minerais, replica-se a fruta preta madura, com taninos presentes, porém
maduros, amadeirado evidente que entrega chocolate, baunilha, menta, com acidez
média e um final prolongado e retrogosto macio.
Visual:
revela um rubi intenso, escuro, fechado, com reflexos violáceos, com lágrimas
finas, lentas e que desenham o bojo.
Nariz:
aromas complexos de frutas pretas maduras, quase em compota, como uma geleia de
frutas, de frutas do bosque, com notas herbáceas, de especiarias, de couro, madeira,
baunilha e chocolate.
Boca:
é seco, estruturado, complexo, porém macio e elegante. As notas frutadas são
percebidas, bem como as notas amadeiradas, dando aporte da baunilha e
chocolate, além de taninos presentes e acidez média, com final persistente.
Visual:
apresenta um rubi intenso, escuro, com halos discretamente granada, com
lágrimas grossas, coloridas, em profusão e lenta.
Nariz:
revela-se rústico, com notas terrosas, de tabaco e couro, com extrema
complexidade, em plena harmonia entre a fruta, negra e madura, e a madeira que,
apesar de evidente, não mascara as notas frutadas.
Boca:
é intenso, encorpado, cheio, alcoólico, com as frutas negras maduras em sua
plenitude, com a madeira igualmente vívida que traz complexidade ao vinho. Os
taninos são marcados, presentes e a acidez é salivante. Tem um final longo e
persistente.
Quando você lembra-se dos vinhos
chilenos atualmente quais as castas que vem à mente? Não é difícil pensar e
também não leva muito tempo: a primeira colocada é a mais famosa, que eleva
marca vitivinícola do Chile, a Carménère.
Porém há outras emblemáticas, importantes e que faz do Chile
e suas regiões conhecidas em todo o mundo, como a Cabernet Sauvignon, Merlot,
Syrah, Pinot Noir, Chardonnay, Sauvignon Blanc etc.
Você seguindo uma lógica de mercado, afinal, vários e vários
rótulos que estampam essas castas invadem as gôndolas dos nossos supermercados
e sites especializados em vendas de vinhos, fazem destes vinhos e cepas as mais
importantes hoje e a algum tempo do Chile.
Mas não podemos negligenciar as primeiras uvas que chegaram ao
Chile e que desbravaram, junto com aqueles que as trouxeram, a história da
vitivinicultura da região edificando-a, sendo responsáveis por esse momento de
destaque do país no Cone Sul.
Falo da País, a “Misión”, a uva trazida pelos espanhóis que
seria utilizada para as celebrações da missas católicas e que caiu no
esquecimento e deixou de ser cultivada, sendo relegada ao ostracismo e a poucas
e hoje vinhas velhas. Lamentavelmente são poucos os rótulos que chegam a nossas
terras e esses poucos chegam a um valor elevado.
Tive, há algum tempo atrás, a oportunidade de degustar um
rótulo 100% País chamado Lote 1936 da safra 2018 e tive ótima impressão da
casta que, na versão deste rótulo se mostrou frutado, saboroso, elegante e
fresco.
E depois de um bom tempo sem degustar vinhos com essa casta
encontrei um rótulo a um ótimo valor que traz, pelo menos em maior proporção, a
casta País, com outra muito famosa na França e que geralmente é cultivada no
Chile em vinhas velhas, a Carignan. Não hesitei e comprei. Será que irei
gostar? Assim espero!
Então sem mais delongas vamos às apresentações do vinho! O
vinho que degustei e gostei veio da região famosa do Maule, no Chile, e se
chama Las Veletas Estate composto predominantemente por País (85%) e Carignan
(15%) da safra 2018. Para variar, vamos de histórias, vamos de Maule, onde a
País ganha algum destaque, a Carignan e a própria País.
DO Maule
A maior e uma das mais antigas regiões vinícolas do Chile, o
Maule é um lugar cheio de charme e com clima propício à vitivinicultura. A
região se inicia a menos de 300 quilômetros de Santiago, capital do país. Seus
microclimas e solos diversos possibilitam a cultura e produção de uma variedade
muito grande de vinhos, já que praticamente todas as castas de uvas cultivadas
no Chile são encontradas no Vale do Maule.
Maule DO
A região tradicionalmente sempre esteve associada à
quantidade da produção muito mais do que à sua qualidade. Nos últimos anos,
porém, isso tem mudado substancialmente.
Castas internacionais e reconhecidas na vitivinicultura
mundial vêm suplantando as de baixa qualidade plantadas na região, e, aliada às
práticas cada vez mais desenvolvidas no cultivo das frutas e produção dos
vinhos por parte dos seus vinicultores, o Maule tem dado vinhos de alta classe
ao mercado, especialmente da variedade Carignan.
Banhado pelo famoso rio que lhe dá nome, o Maule tem clima
temperado mediterrâneo, com intensidade alta de sol no verão, com temperaturas
máximas entre 19º C e 30º C, e chuva anual concentrada no inverno, quando as
temperaturas chegam à mínima de 7º C.
Os dias quentes seguidos de noite frias facilitam e prolongam
a temporada de cultivo e colheita das uvas, dando-lhes um tempo de
amadurecimento total, o que equilibra seus níveis de acidez e doçura. O Rio
Maule, que flui do leste para o oeste do Chile, através de um caminho que se
inicia nos Andes e termina no Pacífico, ainda propícia à região de solos
aluvial diversificados, indo desde o granítico até o arenoso. Férteis, esses
solos favorecem o cultivo produtivo nos vinhedos da região.
Região com longa e bem sucedida história na cultura e
produção de vinhos, Maule tem na vitivinicultura sua atividade econômica
principal; alguns dos mais extensos vinhedos do país estão localizados lá, e
alguns deles datam de 1830. Cerca de 50% de todo o vinho exportado do Chile é
oriundo do Vale de Maule, que sempre foi conhecida por sua produção em larga
escala.
A uva mais cultivada no Vale do Maule é a Cabernet Sauvignon
com 8.888 de hectares plantados. Nos anos 1990, essa produção recebeu grandes
investimentos que ocasionaram o desenvolvimento técnico em equipamentos e
infraestrutura, que em conjunto com mudanças significativas nas formas de
manejo dos vinhedos, favoreceu o surgimento de uma produção mais especializada,
resultando vinhos de alto padrão de qualidade e elevado valor comercial.
O vale ainda oferece muitos atrativos turísticos relacionados
ao mundo dos vinhos. Uma rota composta por um conjunto de 15 vinhas em
diferentes cidades da região possibilita ao visitante entrar em contato com o
processo de produção, além de degustação de vinhos e pratos.
País
Em meados do século XVI uma uva chamada Listán Prieto vivia
na Espanha e é levada ao México por missionários franciscanos que tinham como
objetivo cultivá-la para produzir o vinho da missa. Lá, ficou conhecida como
Misión.
Depois de um tempo, viajou aos Estados Unidos, depois à
Argentina, onde ficou conhecida como Criolla Chica, até que os jesuítas a
levaram para o Chile. A princípio, também produzia o vinho da missa, até que
ultrapassou as barreiras religiosas e foi desbravar o terroir chileno.
País
Somente no século XIX que a Criolla Chica ganhou o nome de
País. Não se sabe ao certo o motivo, mas ela viveu tempos de rainha no Chile
até que a Cabernet Sauvignon e a Carménère chegaram para pedir a coroa. E
levaram. Ficou esquecida a um nível onde já nem se falava mais de sua
existência. Algum boato, alguma memória aqui ou ali, nos terrenos mais remotos
do Chile, mas nada que ainda a permitisse aparecer.
Mas eis que surgiu um francês, nascido na Borgonha, instigado
pela América do Sul. Louis-Antoine Luyt planejou uma viagem de férias que virou
estadia permanente, mas para isso, precisava de um trabalho. À época, Louis
estava no Chile e virou lavador de pratos em um restaurante local, onde começou
a aprender sobre vinhos e conheceu ninguém menos que Hector Vergara: o
sommelier mais renomado do país e o único Master of Wine da América do Sul
naquele tempo.
Louis Antoine Luyt
Hector estava abrindo a Escola de Sommelier do Chile e Louis
já estava entre os seus primeiros alunos. Sabe aquela história de que o
conhecimento abre portas? Pois é. Abriu. Ainda bem. Inconformado com a
hegemonia da Cabernet Sauvignon e da Carménère nos vinhos chilenos, o francês
decidiu que iria explorar as castas e áreas de cultivo do país. Foi então que
descobriu que algumas parcelas de outras uvas ainda existiam, mas estavam sendo
vendidas ou utilizadas por camponeses para produzir vinho para consumo próprio.
Decisão tomada. Louis-Antoine Luyt ia aprender a fazer vinho.
Voltou para a França estudou viticultura e enologia em Beaune e, durante os
estudos, fez amizade com Mathieu Lapierre, proprietário da renomada vinícola
Villié-Morgon, onde teve a oportunidade de participar de cinco colheitas e ser
introduzido ao vinho natural. Munido de conhecimento, sonho e coragem, Louis
abriu uma vinícola no Chile e começou a explorar diferentes terroirs e cepas
locais para produzir vinhos que seriam exportados, principalmente, à França.
Mas em 2010, o desastroso terremoto resultou na perda de 90%
do seu cultivo. Ele não desistiu. Comprou mais oito hectares de vinhas, entre
elas, a País. Desde então, a cepa foi voltando aos palcos, retomando os
holofotes e mostrando (novamente) toda a sua capacidade para produzir grandes
vinhos. De muita textura e ótima acidez, a País origina vinhos rústicos,
bastante gastronômicos e corpo médio.
Com o tempo, os taninos ficam tão elegantes e macios que
parecem veludo. Em geral, a uva País não recebe muito envelhecimento em
madeira, pois os aromas dessa variedade são muito delicados e muita madeira
pode interferir demais na tipicidade do vinho. Continuou sendo cultivada,
principalmente por pequenas famílias agrícolas, até que, nas últimas décadas,
alguns produtores começaram a apostar na sua volta ao mundo dos vinhos.
A Região do Maule é considerada a maior produtora, por
hectare, da País atualmente e muitas de suas vinhas, como em todo o Chile, que
traz essa cepa, são antigas, com média de 70 a 100 anos de idade! Afinal, foram
esquecidas por tanto tempo!
Carignan
Também conhecida por Cariñena no nordeste da Espanha e
Carignano na Sardenha, a Carignan é uma casta de uva de origem espanhola,
especificamente da região de Aragón, onde seu nome mais comum é Mazuelo.
Trata-se de uma casta bastante antiga, que foi se espalhando pela Europa ao
longo de muitos anos. A uva possui mais de 60 derivações, sendo conhecida por
diferentes nomes em todo o mundo e apresentando características diferenciadas
de acordo com a região em que é cultivada.
Na França, onde a uva parece ter chegado em meados do século
XII, atravessando os montes Pirineus, ela é chamada também de Monestel, Catalan
e Roussillonen. Esse último nome faz referência à região que mais a acolheu, o
Languedoc-Roussillon, de onde se tornou a uva tinta mais plantada da França,
ocupando (em dados de 2006 da Vitis International Variety Catalogue) mais de 73
mil hectares de vinhedos.
Da França, a Carignan se espalhou por todo o Mediterrâneo,
sendo bastante popular no sul da Itália (com o nome de Carignano ou Uva di
Spagna). Durante muitas décadas, ela foi muito utilizada para vinhos de baixa
qualidade, tanto na França quanto na Itália, o que a fez perder território para
outras castas. Felizmente, há poucos anos isso começou a mudar na Europa. Na
França ela se tornou grandiosa.
A uva possui resistência a solos com falta de água,
amadurecendo e produzindo em larga escala mesmo em condições rigorosas.A casta Carignan possui casca grossa e
profunda cor escura, sendo uma uva com amadurecimento tardio e de produção
elevada.
Uva Carignan
A casta da uva é bastante produtiva, demandando que os
rendimentos sejam controlados para dar vinhos tintos de qualidade. É uma casta
que pede bastante sol para ficar madura.
A uva da casta Carignan (Mazuelo) vem ganhando muitos adeptos
e espaço no Novo Mundo do vinho, sendo muito utilizada também no Chile, onde
cada vez mais é empregada na produção de vinhos tintos de qualidade e com
grande reconhecimento mundial.
Os vinhos tintos elaborados com a casta Carignan mostram boa
acidez e taninos potentes, que podem conferir um leve e característico amargor,
além de um toque de rusticidade, típico de alguns vinhos do
Languedoc-Roussillon. Os melhores exemplos de vinhos tintos, geralmente
elaborados com uvas de vinhas antigas, plantadas em arbustos (goglet), podem
ser complexos e longevos.
E agora finalmente o vinho!
Na taça revela um rubi quase translúcido, com um lindo e
brilhante violáceo, com discretas lágrimas, finas e rápidas, que desenham a
borda do copo.
No nariz é incrivelmente complexo, mas que traz frescor e
leveza, ao mesmo tempo, graças as suas notas frutadas, com destaque para
morango, framboesas, cerejas, talvez algo de amora. Têm notas herbáceas, um toque
vegetal, de ervas, que harmoniza com a fruta, com um toque floral e de terra
molhada, mas não tão evidente.
Na boca é seco, elegante, leve, fresco, que surpreende, pelo
fato de já ter cinco anos de garrafa, mas com presença. Os tons frutados ganham
protagonismo no paladar, como no aspecto olfativo, a madeira figura com mais
destaque na boca, graças aos doze meses que a Carignan, apenas, estagiou em
barricas de carvalho, entregando uma leve tosta, um café moído, torrado, com
taninos finos e boa acidez. Final de média persistência.
“A País é uma uva que
pode ser terrosa demais, mas Las Veletas conseguiu criar um exemplo de vinho
mais frutado e fresco com os aromas herbáceos em harmonia com a fruta. Um belo
vinho para começar um jantar ou ainda melhor, almoço.”
Paul Tudgay
Um vinho especial, delicioso, complexo, mas muito elegante,
macio e fácil de degustar. O Las Veletas Estate País e Carignan é oriundo de
vinhas velhas, que variam de 8 a 103 anos de idade! São elaborados com fermentação
espontânea (sem adição de leveduras). O Las Veletas, a sua linha de rótulos,
vieram de uma tradicional e antiga propriedade na zona seca de San Javier onde
há muitos vinhedos apresentam exatamente as castas País e Carignan, dentre
outras cepas mais famosas. Todo o trabalho conta com a parceria do enólogo
conceituado chamado Rafael Tirado, juntamente com o proprietário da vinícola
Las Veletas, Raúl Dell’Oro. O projeto começou como algo para família e amigos,
movidos apenas pelo prazer de fazer um bom vinho. A total liberdade para errar
e experimentar foi o berço perfeito para dar asas à imaginação e obter um
resultado totalmente diferente, pois estes vinhos nasceram com o único objetivo
de serem degustados em casa, fazendo um brinde e partilhando, com lotes de
produção de baixas quantidades, mas qualidade superior. Tem 12,5% de teor
alcoólico.
Sobre a Vinícola Las Veletas:
Las Veletas corresponde a uma propriedade tradicional e
antiga, localizada na zona seca de San Javier, onde, durante muitos anos, as
vinhas foram País, Carignan e misturas de outras castas tintas. Com esta
premissa, tem-se trabalhado na recuperação das vinhas velhas e no
desenvolvimento de novas vinhas com vinhas mais tradicionais. Todo este trabalho,
promovido pelo seu proprietário Raúl Dell'Oro, que depois de vários anos a
trabalhar na área junta-se ao conceituado enólogo Rafael Tirado para
desenvolver o projeto do vinho Las Veletas.
O projeto começou como algo muito familiar, de amizade, e
motivado unicamente pelo prazer de fazer um bom vinho. A máxima liberdade para
errar e experimentar foi o berço perfeito para dar largas à imaginação e obter
um resultado verdadeiramente diferente, pois estes vinhos nasceram com o único
objetivo de desfrutar em casa para brindar e partilhar, com lotes de produção
reduzidos em quantidade e elevados em qualidade.
Um Gran Reserva custando R$ 29,90? O que é isso! É possível?
Se é possível de fato eu não sei dizer no ápice de minha singeleza enófila, mas
quando estava em mais uma das minhas urgentes e necessárias incursões aos
supermercados avistei um que, discretamente, estava na gôndola de baixo e sem
nenhum destaque que merecesse por conta do valor e da proposta que esse tipo de
rótulo pode ou poderia, pelo menos, proporcionar.
E o que mais me chamou atenção foi o produtor! De um vinho
que em um passado razoavelmente distante, eu havia degustado e adorado chamado
“Las Casas de Vaqueria”. Um produtor pouco conhecido, é verdade, sobretudo em
terras brasileiras e com pouca representatividade de pontos de venda, mas que
me arrebatou de forma plena e avassaladora: o Lago Sur Carménère Gran Reserva da safra 2015.
Tudo bem que essa casta, emblemática no Chile, tem de ser
tratada ao pão de ló, mas um vinho tão saboroso, frutado, intenso e complexo,
que entregou muito além do que eu esperava por ser tratar exatamente desse
quesito tão arriscado, mas que está no “sangue” de quem é enófilo que é comprar
no escuro, pois não há referências sequer na grande rede!
Bom voltando ao meu “doce dilema” do supermercado, eu me
familiarizei com o rótulo por conta do produtor e o tomei em minhas mãos,
afinal, a análise ainda é válida. Infelizmente não havia maiores informações do
vinho no rótulo e conta-rótulo, apenas o de praxe, como a região, Maule DO e a
safra, o que também preocupava, talvez: 2016. Eu o comprei em 2020, então, com
4 anos de vida, para um branco, mesmo que Gran Reserva, poderia ser um risco.
Poderia? Esses questionamentos e dilemas são suscitados por conta das
pouquíssimas informações sobre o vinho.
Talvez o preço baixo pode ser motivado por conta disso e do
desconhecimento dos revendedores ou o custo de fato é baixo, em se tratar de um
vinho cujo produtor é desconhecido, o que pode ser bom, muito bom! Enfim,
diante dessas questões existenciais, o tomei pelos braços, com determinação e
segui para o local de pagamento.
Decidi também, já que estamos falando de risco, degusta-lo
quando completasse 5 anos de safra. Esperei pacientemente por mais um ano e eis
que o momento chegou e como estava ansioso para degusta-lo. Temperatura estava
adequada, o momento também, os rituais fielmente seguidos, a rolha gritou
quando se desprendeu da garrafa e...Voilá!
E para a minha alegria e os meus sentidos o vinho estava
fantástico! Um Chardonnay poderoso, untuoso, mas fresco ainda, no ápice de sua
condição. O vinho que degustei e gostei veio da região do Maule, no Chile e se
chama Lago Sur Gran Reserva Chardonnay da safra 2016. Bem para não perder o
costume, falemos de história, falemos da tradicional região do Maule, antes de
tecermos, com imensa alegria, os detalhes do vinho.
Maule DO
A maior e uma das mais antigas regiões vinícolas do Chile, o
Maule é um lugar cheio de charme e com clima propício à vitivinicultura. A
região se inicia a menos de 300 quilômetros de Santiago, capital do país. Seus
microclimas e solos diversos possibilitam a cultura e produção de uma variedade
muito grande de vinhos, já que praticamente todas as castas de uvas cultivadas
no Chile são encontradas no Vale do Maule. A região tradicionalmente sempre
esteve associada à quantidade da produção muito mais do que à sua qualidade.
Nos últimos anos, porém, isso tem mudado substancialmente. Castas
internacionais e reconhecidas na vitivinicultura mundial vêm suplantando as de
baixa qualidade plantadas na região, e, aliada às práticas cada vez mais
desenvolvidas no cultivo das frutas e produção dos vinhos por parte dos seus
vinicultores, o Maule tem dado vinhos de alta classe ao mercado, especialmente
da variedade Carignan.
Maule DO
Banhado pelo famoso rio que lhe dá nome, o Maule tem clima
temperado mediterrâneo, com intensidade alta de sol no verão, com temperaturas
máximas entre 19º C e 30º C, e chuva anual concentrada no inverno, quando as
temperaturas chegam à mínima de 7º C. Os dias quentes seguidos de noite frias
facilitam e prolongam a temporada de cultivo e colheita das uvas, dando-lhes um
tempo de amadurecimento total, o que equilibra seus níveis de acidez e doçura.
O Rio Maule, que flui do leste para o oeste do Chile, através de um caminho que
se inicia nos Andes e termina no Pacífico, ainda propícia à região solos aluviais
diversificados, indo desde o granítico até o arenoso. Férteis, esses solos
favorecem o cultivo produtivo nos vinhedos da região.
Região com longa e bem-sucedida história na cultura e
produção de vinhos, Maule tem na vitivinicultura sua atividade econômica principal;
alguns dos mais extensos vinhedos do país estão localizados lá, e alguns deles
datam de 1830. Cerca de 50% de todo o vinho exportado do Chile é oriundo do
Vale de Maule, que sempre foi conhecida por sua produção em larga escala. A uva
mais cultivada no Vale do Maule é a Cabernet Sauvignon com 8.888 de hectares
plantados. Nos anos 90, essa produção recebeu grandes investimentos que
ocasionaram o desenvolvimento técnico em equipamentos e infraestrutura, que em
conjunto com mudanças significativas nas formas de manejo dos vinhedos,
favoreceu o surgimento de uma produção mais especializada, resultando vinhos de
alto padrão de qualidade e elevado valor comercial. O vale ainda oferece muitos
atrativos turísticos relacionados ao mundo dos vinhos. Uma rota composta por um
conjunto de 15 vinhas em diferentes cidades da região possibilita ao visitante
entrar em contato com o processo de produção, além de degustação de vinhos e
pratos.
E agora finalmente o vinho!
Na taça apresenta um amarelo ouro brilhante, um pouco
translúcido com uma boa concentração de lágrimas finas.
No nariz é frutado, frutas brancas como pera, maçã-verde,
talvez abacaxi, com um toque floral, de flores brancas, além de uma curiosa nota
de mel e também de especiarias.
Na boca é seco e como no aspecto olfativo, se percebe as
notas frutadas, não tão evidentes assim, talvez pelo tempo de safra, com uma
boa estrutura, um bom volume de boca, um pouco untuoso, amanteigado, a madeira também
é notada (não há informação do tempo de passagem por barricas no site do
produtor e tão pouco no rótulo), mas em perfeito equilíbrio, dando o
protagonismo às características da cepa, com discreta acidez e final alcoólico
e prolongado.
Pois é, o risco pode ser iminente, em casos de vinhos Gran
Reserva demasiadamente barato, vamos confessar que esses questionamentos vêm
carregados de preconceitos, mas quando o vinho nos surpreende positivamente, o
prazer, o regozijo pode ser maior, melhor, único! Um amarelo ouro envolvente,
intenso, mais límpido, até, dependendo do ângulo, translúcido, um Chardonnay de
personalidade, como todo Chardonnay chileno deve ser, mas ainda fresco,
agradável, delicado, desempenhando bem o seu papel de vinho para os dias
solares e descontraídos, mas com uma boa dose de austeridade. Untuoso e
mineral, delicioso e frutado, como é versátil esse belo vinho! Que os ventos
tragam mais e mais surpresas como essa! Tem 13,5% de teor alcoólico.
Sobre a Casa Donoso:
A Viña Casa Donoso surgiu no mercado num momento em que a
indústria do vinho chileno começou a tornar-se mais sofisticada. Foi em 1989
quando um grupo de empresários estrangeiros, cativados pela beleza e as
potencialidades do meio ambiente, adquiriu a fazenda “La Oriental”, um
histórico “Domaine” no coração mesmo do Vale do Maule, 250 km ao sul de
Santiago do Chile, que pertencia à senhora Lucia Donoso Gatica. Uma mulher de
especial encanto e empuxe empresarial, ela inspirou o próprio conceito da Vinha
Casa Donoso, orientado para a produção tradicional de vinhos tintos e brancos,
no melhor estilo francês.
Durante muitos anos a Casa Donoso desenvolve um conjunto de
linhas de produção de normas de qualidade muito elevadas, sendo a base para
conceber a produção de vinhos da linha Reserva, Gran Reserva, Premium, todos
aqueles que já qualificados nos cinco continentes em termos de presença,
participação e reconhecimento.
Sobre “Las Casas de Vaqueria”:
Na Fazenda Las Casas de Vaqueria, no Vale do Maule, está a
casa mais antiga entre as fazendas da Casa Donoso. Foi construído no século 19,
conhecido como a "era colonial" no Chile. Graças à combinação ideal
do terroir do Maule, vinhas velhas e o clima perfeito, os enólogos podem
oferecer vinhos premium chilenos inspirados na tradição e história do campo
chileno.
Pode parecer um iminente risco, e de fato é, escolher vinho
no escuro, sem maiores informações e eu tento, ao máximo, evitar tais riscos,
mas há casos em que quando você bate o olhar em um rótulo em exposição, parece
que você se hipnotiza e que te faz, como em um leviano impulso, um instinto
animalesco, levar o vinho sem pensar. Digo que passei por essa situação, mas
pergunto: E qual enófilo já não passou por esse momento tão arriscado?
Estava eu em minhas famosas e indefectíveis incursões em
supermercados e avistei ao longe, ainda incerto e confuso com o que via, mesmo
que em destaque, alguns rótulos que não reconheci, mas que chamava a atenção
com valores atraentes e com números e valores dispostos de forma garrafal e,
quando me aproximei um pouco mais, um tanto que embebecido pelo que
testemunhava, vi alguns gran reservas com preços assustadoramente excelentes.
Pensei, antes de sequer leva-los a minha mão: Mas como um gran reserva pode
custar tão pouco? Não pode ser verdade! Estava, lembro-me bem, em torno dos R$
45!
Quando depois de todo êxtase sentido, resolvi ter em minhas mãos os
rótulos. Observei atentamente que se tratava de um chileno, da famosa região DO
Maule e havia as castas mais emblemáticas produzidas no Chile, tais como Carménère,
Cabernet Sauvignon e Merlot. Resolvi arriscar com o óbvio, mas que nunca erra: a
famosa Carménère! Há quem diga também que comprar gran reserva a esse preço
também é um risco, um verdadeiro tiro no pé. Eu confesso que não conhecia nada
do vinho, do produtor, pouco tinha a respeito no rótulo e contra rótulo. Mas o
preço me atraía como um imã! Decidi arriscar, mas com algumas controvérsias,
mas o levei para minha adega e por lá não ficou muito tempo, porque a ansiedade
de degusta-lo era tamanha.
Então foi chegado o tão esperado momento! O desarrolhei e
voilá! Que excelente vinho, me arrebatou, me surpreendeu por inteiro. O vinho
que degustei e gostei, como disse, veio da região chilena do Maulle e se chama
Las Casas de Vaqueria Lago Sur Gran Reserva da casta Carménère da safra 2015.
Um vinho que já na cor denunciaria a sua personalidade, o aroma inebriante... Mas
não falarei ainda do vinho, mas sim da famosa região do Maule.
Maule DO
A maior e uma das mais antigas regiões vinícolas do Chile, o
Maule é um lugar cheio de charme e com clima propício à vitivinicultura. A
região se inicia a menos de 300 quilômetros de Santiago, capital do país. Seus
microclimas e solos diversos possibilitam a cultura e produção de uma variedade
muito grande de vinhos, já que praticamente todas as castas de uvas cultivadas
no Chile são encontradas no Vale do Maule. A região tradicionalmente sempre
esteve associada à quantidade da produção muito mais do que à sua qualidade.
Nos últimos anos, porém, isso tem mudado substancialmente. Castas
internacionais e reconhecidas na vitivinicultura mundial vêm suplantando as de
baixa qualidade plantadas na região, e, aliada às práticas cada vez mais
desenvolvidas no cultivo das frutas e produção dos vinhos por parte dos seus
vinicultores, o Maule tem dado vinhos de alta classe ao mercado, especialmente
da variedade Carignan.
O Vale do Maule foi uma das primeiras áreas no país andino
onde se plantou vinhas – a história da viticultura da região é quase tão antiga
quanto a colonização espanhola no novo mundo. É verdade que, de 1550 até 1860,
os assentamentos espanhóis no Maule se deram em menor escala que em outros
pontos de colonização no Chile, mas sua tradição agricultora fortaleceu o
desenvolvimento da região. No século XIX, o governo chileno implantou uma
política de imigração que possibilitou a entrada de europeus vindos de países
como França, Itália, Inglaterra e Portugal para aumentar seu potencial
econômico através da agricultura. Quando os espanhóis chegaram no Maule, no
meio do século 16, trouxeram a uva País que dominou as plantações do vale.
Maule DO
Banhado pelo famoso rio que lhe dá nome, o Maule tem clima
temperado mediterrâneo, com intensidade alta de sol no verão, com temperaturas
máximas entre 19º C e 30º C, e chuva anual concentrada no inverno, quando as
temperaturas chegam à mínima de 7º C. Os dias quentes seguidos de noite frias
facilitam e prolongam a temporada de cultivo e colheita das uvas, dando-lhes um
tempo de amadurecimento total, o que equilibra seus níveis de acidez e doçura. O
Rio Maule, que flui do leste para o oeste do Chile, através de um caminho que
se inicia nos Andes e termina no Pacífico, ainda propícia à região solos
aluvial diversificados, indo desde o granítico até o arenoso. Férteis, esse
solos favorecem o cultivo produtivo nos vinhedos da região.
Região com longa e bem sucedida história na cultura e
produção de vinhos, Maule tem na vitivinicultura sua atividade econômica
principal; alguns dos mais extensos vinhedos do país estão localizados lá, e
alguns deles datam de 1830. Cerca de 50% de todo o vinho exportado do Chile é
oriundo do Vale de Maule, que sempre foi conhecida por sua produção em larga
escala. A uva mais cultivada no Vale do Maule é a Cabernet Sauvignon com 8.888
de hectares plantados. Nos anos 90, essa produção recebeu grandes investimentos
que ocasionaram o desenvolvimento técnico em equipamentos e infraestrutura, que
em conjunto com mudanças significativas nas formas de manejo dos vinhedos,
favoreceu o surgimento de uma produção mais especializada, resultando vinhos de
alto padrão de qualidade e elevado valor comercial. O vale ainda oferece muitos
atrativos turísticos relacionados ao mundo dos vinhos. Uma rota composta por um
conjunto de 15 vinhas em diferentes cidades da região possibilita ao visitante
entrar em contato com o processo de produção, além de degustação de vinhos e
pratos.
E agora o vinho!
Na taça apresenta um vermelho rubi intenso, escuro, mas com
bordas violáceas com muito brilho, além de uma abundante concentração de
lágrimas, finas e que teimavam em se dissipar das paredes do copo.
No nariz a explosão aromática de frutas vermelhas e negras,
onde se percebiam cereja, amora, ameixa e com o aporte da barrica de carvalho
trouxe uma complexidade maravilhosa, tais como especiarias, tabaco, chocolate,
torrefação.
Na boca é elegante, sofisticado, mas estruturado que lhe
confere personalidade, a robustez, mas domado pelos 12 meses de passagem por
madeira (cerca de 60% do vinho), com taninos presentes, acidez correta, o toque
amadeirado evidente, mas bem integrado ao conjunto do vinho sem mascarar as
características da cepa. A baunilha também é presente, bem como o toque do
chocolate amargo e um final persistente, longo.
Um vinho maiúsculo, robusto, mas delicado e macio, fácil de
degustar, graças as vinhas velhas com mais de 70 anos. Um vinho que, no auge
dos seus suspeitos valores baixo que poderia denotar má qualidade para um gran
reserva, revelou-se um vinho de excelência, um legítimo Carménère chileno,
vigoroso, pleno, como deve ser. Pois é, o risco pode ser iminente em escolher
um vinho no escuro, com escassas informações, mas nunca devemos negligenciar o
nosso feeling e o que o coração nos diz e esse gritou em plenos pulmões: Que
baita vinho! Tem 13,5% de teor alcoólico.
Sobre a Casa Donoso:
A Viña Casa Donoso surgiu no mercado num momento em que a
indústria do vinho chileno começou a tornar-se mais sofisticada. Foi em 1989
quando um grupo de empresários estrangeiros, cativados pela beleza e as
potencialidades do meio ambiente, adquiriu a fazenda “La Oriental”, um
histórico “Domaine” no coração mesmo do Vale do Maule, 250 km ao sul de
Santiago do Chile, que pertencia à senhora Lucia Donoso Gatica. Uma mulher de
especial encanto e empuxe empresarial, ela inspirou o próprio conceito da Vinha
Casa Donoso, orientado para a produção tradicional de vinhos tintos e brancos,
no melhor estilo francês.
Durante muitos anos a Casa Donoso desenvolve um conjunto de
linhas de produção de normas de qualidade muito elevadas, sendo a base para
conceber a produção de vinhos da linha Reserva, Gran Reserva, Premium, todos
aqueles que já qualificados nos cinco continentes em termos de presença,
participação e reconhecimento.
Sobre “Las Casas de Vaqueria”:
Na Fazenda Las Casas de Vaqueria, no Vale do Maule, está a
casa mais antiga entre as fazendas da Casa Donoso. Foi construído no século 19,
conhecido como a "era colonial" no Chile. Graças à combinação ideal
do terroir do Maule, vinhas velhas e o clima perfeito, os enólogos podem
oferecer vinhos premium chilenos inspirados na tradição e história do campo
chileno.