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quarta-feira, 16 de outubro de 2024

Aurora Reserva Merlot 2020

 



Vinho: Aurora Reserva

Safra: 2020

Casta: Merlot

Região: Serra Gaúcha

País: Brasil

Produtor: Vinícola Cooperativa Aurora

Adquirido: Presente

Teor Alcoólico: 13%

Estágio: 6 meses em barricas de carvalho francês

 

Análise:

Visual: apresenta coloração rubi intensa, vívida, com entornos violáceos, com alguma viscosidade que tinge a taça e lágrimas finas, lentas e em profusão.

Nariz: revela aromas de frutas vermelhas frescas, lembrando morango, cerejas e framboesas, discreta nota amadeirada, algo como baunilha e uma torrefação, algo como chocolate também foi percebido.

Boca: é elegante, saboroso, persistente, as notas frutadas são percebidas, como no aspecto olfativo, onde tive a sensação de muita concentração da fruta, com as notas amadeiradas muito bem integrada ao vinho, com taninos amáveis e acidez vibrante. Final longo e cheio.

 

Produtor:


segunda-feira, 14 de outubro de 2024

Aurora Pinto Bandeira Pinot Noir 2022

 



Vinho: Aurora Pinto Bandeira

Safra: 2022

Casta: Pinot Noir

Região: Pinto Bandeira, Serra Gaúcha

País: Brasil

Produtor: Vinícola Cooperativa Aurora

Adquirido: Site do produtor

Valor: R$ 40,00

Teor Alcoólico: 12,5%

Estágio: 6 meses em barricas de carvalho francês.

 

Análise:

Visual: revela um lindo e brilhante rubi de média intensidade, muito brilhante, diria um púrpura talvez, com raras e breves lágrimas finas.

Nariz: traz aromas intensos e agradáveis de frutas vermelhas frescas, intensificado pelas notas amadeiradas, de baunilha, de torrefação e até mesmo de terra molhada. Entrega também notas de especiarias.

Boca: é leve, fresco, saboroso, replicando as notas frutadas, bem como as nuances de terra. A acidez é vida, vibrante e que faz salivar, corroborando seu frescor. As especiarias são percebidas, com destaque para pimenta preta. Final persistente e de retrogosto frutado.

 

Produtor:

https://www.vinicolaaurora.com.br/inicial


quarta-feira, 28 de fevereiro de 2024

Aurora Edição Única Viognier 2020

 



Vinho: Aurora Edição Única (Garrafa 6.152 de 13.500)

Casta: Viognier

Safra: 2020

Região: Serra Gaúcha

País: Brasil

Produtor: Vinícola Cooperativa Aurora

Teor Alcoólico: 13%

Adquirido: Site da Vinícola Aurora

Valor: R$ 55,00

Estágio: 30% do lote do vinho passou por 3 meses por barricas de carvalho francês


Análise:

Visual: apresenta um amarelo em tons dourados bem brilhantes com boa manifestação de lágrimas finas e rápidas.

Nariz: traz aroma elegante, complexo e intenso de frutas brancas, cítricas e de caroço, com destaque para o abacaxi, pêssego, lichia, pera e maçã e algo de floral que traz a sensação de frescor.

Boca: é muito fresco e saboroso, graças as notas frutadas. Tem uma textura cremosa, que lhe confere alguma complexidade. É equilibrado, pois traz uma bela sinergia entre acidez, afiada, e acidez, dando-lhe frescor e sabor. Final persistente.

 

Produtor:

https://www.vinicolaaurora.com.br/inicial


quinta-feira, 24 de novembro de 2022

Aurora Reserva Merlot Rosé 2022

 

Há uma frase, um tanto quanto machista e depreciadora, de que vinhos rosés é para mulheres! Homem que é homem não pode degustar vinhos rosés. Uma coisa é não se identificar com determinados vinhos, isso é natural, mas deixar de degustar um vinho por mero preconceito, é no mínimo inaceitável.

Confesso que não sou um degustador assíduo de rosés, mas atualmente tenho investido nesses vinhos, sobretudo nos dias de sol, de verão, onde são a pedida mais do que ideal. E é nisso que temos de apostar: harmonizar com o momento!

Vinho não pede apenas alimento, mas mantém uma sinergia extremamente agradável com o dia, com o tempo. Nada como degustar um bom espumante, um bom vinho verde, um bom branco, um bom rosé em dias de sol, dias quentes, em uma praia, sim!

Mas desta vez o investimento não veio de meu bolso, mas um convite de um grande e velho amigo que decidiu retomar a nossa simples, mas significativa confraria e nos presenteou com um rótulo de um rosé brasileiro, da Serra Gaúcha, mais precisamente falando.

E de um produto a quem tenho um profundo respeito e carinho, de degustações especiais e arrebatadoras: A Aurora! Tida como uma das vinícolas mais premiadas no Brasil e no mundo, conseguem, com maestria, aliar qualidade, reverência e bom preço, um preço justo e acessível para todos, indistintamente.

E ainda tinha mais uma grata novidade, pelo menos para mim. Além de ser um rótulo da Aurora e um rosé, trazia a casta Merlot. Um Merlot rosé que eu nunca havia degustado. Então será uma degustação com algumas novidades sensoriais.

Eu já havia degustado a “versão” tinta do Aurora Merlot, das safras 20152017 e, claro, estavam exuberantes, mostrando a força do cultivo e produção dessa cepa em nossos terroirs, que vem despontando como um dos grandes centros e que vem crescendo a olhos vistos.

Então sem mais delongas vamos às formais apresentações! O vinho que degustei e gostei veio da Serra Gaúcha, no Sul do Brasil, e se chama Aurora Merlot Rosé e a safra é do ano atual, de 2022!

E antes de falar do vinho, para não perder o costume falemos um pouco da Serra Gaúcha, talvez uma das principais regiões brasileiras da produção de vinhos, sobretudos dos bons e maravilhosos Merlots.

Serra Gaúcha

Situada a nordeste do Rio Grande do Sul, a região da Serra Gaúcha é a grande estrela da vitivinicultura brasileira, destacando-se pelo volume e pela qualidade dos vinhos que produz. Para qualquer enófilo indo ao Rio Grande do Sul, é obrigatório visitar a Serra Gaúcha, especialmente Bento Gonçalves.

Serra Gaúcha

A região da Serra Gaúcha está situada em latitude próxima das condições geoclimáticas ideais para o melhor desenvolvimento de vinhedos, mas as chuvas costumam ser excessivas exatamente na época que antecede a colheita, período crucial à maturação das uvas. Quando as chuvas são reduzidas, surgem ótimas safras, como nos anos 1999, 2002, 2004, 2005 e 2006.

A partir de 2007, com o aquecimento global, o clima da Serra Gaúcha se transformou, surgindo verões mais quentes e secos, com resultados ótimos para a vinicultura, mas terríveis para a agricultura. Desde 2005 o nível de qualidade dos vinhos tintos vem subindo continuamente, graças a esta mudança e também do salto de tecnologia de vinhedos implantado a partir do ano 2000.

O Vale dos Vinhedos, importante região que fica situada na Serra Gaúcha, junto à cidade de Bento Gonçalves, caracteriza-se pela presença de descendentes de imigrantes italianos, pioneiros da vinicultura brasileira. Nessa região as temperaturas médias criam condições para uma vinicultura fina voltada para a qualidade. A evolução tecnológica das últimas décadas aplicada ao processo vitivinícola possibilitou a conquista de mercados mais exigentes e o reconhecimento dos vinhos do Vale dos Vinhedos. Assim, a evolução da vitivinicultura da região passou a ser a mais importante meta dos produtores do Vale.

O Vale dos Vinhedos é a primeira região vinícola do Brasil a obter Indicação de Procedência de seus produtos, exibindo o Selo de Controle em vinhos e espumantes elaborados pelas vinícolas associadas. Criada em 1995, a partir da união de seis vinícolas, a Associação dos Produtores de Vinhos Finos do Vale dos Vinhedos (Aprovale), já surgiu com o propósito de alcançar uma Denominação de Origem. No entanto, era necessário seguir os passos da experiência, passando primeiro por uma Indicação de Procedência.

O pedido de reconhecimento geográfico encaminhado ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) em 1998 foi alcançado somente em 2001. Neste período, foi necessário firmar convênios operacionais para auxiliar no desenvolvimento de atividades que serviram como pré-requisitos para a conquista da Indicação de Procedência Vale dos Vinhedos (I.P.V.V.). O trabalho resultou no levantamento histórico, mapa geográfico e estudo da potencialidade do setor vitivinícola da região. Já existe uma DOC (Denominação de Origem Controlada) na região.

O Vale dos Vinhedos foi a primeira região entregue aos imigrantes italianos, a partir de 1875. Inicialmente desenvolveu-se ali uma agricultura de subsistência e produção de itens de consumo para o Rio Grande do Sul. Devido à tradição da região de origem das famílias imigrantes, o Veneto, logo se iniciaram plantios de uvas para produção de vinho para consumo local. Até a década de 80 do século XX, os produtores de uvas do Vale dos Vinhedos vendiam sua produção para grandes vinícolas da região. A pouca quantidade de vinho que produziam destinava-se ao consumo familiar.

Esta realidade mudou quando a comercialização de vinho entrou em queda e, consequentemente, o preço da uva desvalorizou. Os viticultores passaram então a utilizar sua produção para fazer seu vinho e comercializá-lo diretamente, tendo assim possibilidade de aumento nos lucros.

Para alcançar este objetivo e atender às exigências legais da Indicação Geográfica, seis vinícolas se associaram, criando, em 1995, a Associação dos Produtores de Vinhos Finos do Vale dos Vinhedos (Aprovale). Atualmente, a Aprovale conta com 24 vinícolas associadas e 19 associados não produtores de vinho, entre hotéis, pousadas, restaurantes, fabricantes de produtos artesanais, queijarias, entre outros. As vinícolas do Vale dos Vinhedos produziram, em 2004 9,3 milhões de litros de vinhos finos e processaram 14,3 milhões de kg de uvas viníferas.

Bento Gonçalves

Em 1875 inicia a imigração italiana na Encosta Superior do Nordeste, originando as colônias de Dona Isabel, Conde D’Eu e Nova Palmira. A colônia de Dona Isabel originou a cidade de Bento Gonçalves. Conde D’Eu originou a cidade de Garibaldi. Nova Palmira se tornou a cidade de Caxias do Sul.

A Colônia Dona Isabel (Bento Gonçalves), criada em 1870, já era conhecida como “Região da Cruzinha” devido a uma cruz rústica cravada sobre a sepultura de um possível tropeiro ou traçador de lotes coloniais. Era época do escambo, da troca de mercadoria por mercadoria. A Colônia Dona Isabel sediava um pequeno comércio, no qual os tropeiros faziam paradas para descanso.

Bento Gonçalves

Em 24 de dezembro de 1875, os núcleos do Planalto começaram a receber novos imigrantes. Em março de 1876, o Presidente do Estado José Antonio de Azevedo Castro anunciava a existência de 348 lotes medidos e demarcados e uma população de 790 pessoas, sendo 729 italianos. Os pioneiros, vindos do Tirol Austríaco e Vêneto chegaram à esplanada onde hoje está situada a Igreja Matriz Cristo Rei.

A troca, compra e venda de produtos era feita na sede da colônia, após longas caminhadas por estreitas picadas (trilhas abertas no meio da mata) demarcadas pelos próprios imigrantes. Entre os imigrantes havia ferreiros, sapateiros, marceneiros, alfaiates, carpinteiros, entre outros profissionais que estabeleceram seus negócios dentro de suas especialidades, atendendo às necessidades locais.

O surgimento das construções das casas, os instrumentos de trabalho e o mercado foram acompanhando o desenvolvimento de Colônia Dona Isabel e também as exigências que se apresentavam. Frente ao desenvolvimento, as condições das estradas foram melhorando e surgiram as primeiras carretas. Em cinco anos, houve um acréscimo de quatro mil habitantes, entre nascimentos e novos imigrantes.

Em 1881, inicia a abertura da primeira estrada de rodagem, ligando a Colônia Dona Isabel a São João de Montenegro (hoje Montenegro). O início do povoamento foi marcado por inúmeras dificuldades. Em 1877 a Colônia Dona Isabel sediava três casas comerciais, duas padarias, uma fábrica de chapéus e um total de 40 casas comerciais, que ofereciam serviços e produtos diversos em todo o território da colônia.

O desmembramento da Colônia Dona Isabel do município de Montenegro foi oficializado pelo ‘Acto’ 474, de 11 de outubro de 1890, assinado por Cândido Costa, o que constituiu o município de Bento Gonçalves. O nome foi dado em homenagem ao general Bento Gonçalves da Silva, chefe da Revolução Farroupilha, ocorrida no Rio Grande do Sul de 1835 a 1845.

Bento Gonçalves deu seu primeiro impulso de progresso com a vinda da agência do Banco Nacional do Comércio e Banco de Pelotas. Entre os anos de 1919 e 1927, foi feita a instalação da luz elétrica e da estação transformadora e da rede de distribuição. Na foto a raça Walter Galassi em 1922, quando era chamada de Praça Centenário. O local foi inaugurado durante as comemorações do centenário da independência do Brasil.

E 1924 foi fundado o Hospital Dr. Bartholomeu Tacchini. Na época o Dr. Barthomoleu Tacchini, médico vindo da Itália, era um dos principais médicos do Estado, com enorme prestígio especialmente junto à população de origem italiana. Em 1950, a população era de 22.600 habitantes. As principais atividades econômicas eram as do setor agrícola. Contudo, começaram a surgir várias indústrias, como de acordeões, laticínios, móveis, curtume, fábrica de sulfato e vinícolas.

Em 1967 Bento Gonçalves passa por uma grande transformação, considerada um marco histórico. Com a colaboração de dinâmicas lideranças e a ajuda de toda a comunidade, surge a I Fenavinho, a Festa Nacional do Vinho. O município foi visitado pela primeira vez por um Presidente da República, o Marechal Humberto de Alencar Castelo Branco visitou Bento Gonçalves e a I Fenavinho no dia 25 de fevereiro de 1967. O principal produto e a força da economia de Bento Gonçalves foram divulgados em todo o Brasil, tornando a cidade conhecida nacional e internacionalmente. O município descobre a sua vocação para o turismo de negócios e começa a sediar eventos de grande porte.

A cidade de Bento Gonçalves é conhecida como a ‘Capital Brasileira da Uva e do Vinho’, é reconhecida pela força de sua economia e como um importante pólo industrial e turístico do sul do Brasil.

Além de ser uma cidade com perfil empreendedor e povo trabalhador, a cidade se destaca na área turístia. Atividades ligadas à área do enoturismo, turismo de negócios e de eventos oferece cada vez mais opções ao visitante. A cidade oferece uma diversidade de rotas turísticas. Os indicadores de desenvolvimento e renda da cidade colocam Bento Gonçalves em destaque no Estado e no país quanto à qualidade de vida.

A cidade de Bento Gonçalves é um polo moveleiro e vitivinícola conhecido nacional e internacionalmente. Dentro do segmento indústria, o setor moveleiro é a grande força da economia. No segmento turístico são inúmeros os atrativos ligados à uva e ao vinho, o que torna Bento Gonçalves uma cidade de visita obrigatória na conhecida Região Turística “Uva e Vinho” situado na Serra Gaúcha.

Bento Gonçalves é pioneira no Brasil no desenvolvimento do Enoturismo. A cada ano Bento Gonçalves vem se consolidando como destino turístico nacional. O Vale dos Vinhedos é o principal destino enoturístico do Brasil, sendo o roteiro mais visitado desde 2008. Foi a primeira região do país reconhecida como Indicação Geográfica, obtendo para seus produtos a Indicação de Procedência, e a seguir a Denominação de Origem ‘Vale dos Vinhedos’ para os vinhos e espumantes ali produzidos. O Vale dos Vinhedos integra oficialmente o patrimônio histórico e cultural do Estado do Rio Grande do Sul desde 29 de junho de 2012 (Projeto de Lei 44/2012).

E agora finalmente o vinho!

Na taça revela um lindo e envolvente rosado salmão, com tons brilhantes e de incrível intensidade, denotando quase um vermelho rubi.

No nariz a predominância é de um delicado floral com notas agradáveis de frutas vermelhas frescas como morango e framboesa, além de um leve e discreto adocicado, mas sem ser enjoativo.

Na boca traz a jovialidade, a fruta e o frescor típico de um rosé que é corroborado com uma bela acidez acentuando toda essa leveza e refrescância. Apesar de ser delicado no palato traz alguma personalidade, tem certo volume de boca, com um final de boca persistente e um retrogosto frutado.

O vinho se torna especial quando harmonizado com o momento, com um bom alimento que ressalte ambos, claro. Contudo o momento com os amigos, reforçado pela confraria torna qualquer rótulo único e especial e este Aurora Merlot Rosé harmonizou perfeitamente com queijos leves que degustamos e uma agradável tarde de sol que brilhou neste momento especial de degustar um delicado, fresco e leve rosé brasileiro. Tem 12,5% de teor alcoólico.

Sobre a Vinícola Cooperativa Aurora:

A Vinícola Aurora é um sonho compartilhado por imigrantes que enfrentaram os mais diversos problemas quando chegaram ao Rio Grande do Sul. Com a veia colaborativa, a empresa cresceu e se tornou um dos expoentes do vinho gaúcho. A história da cooperativa começou em 1931, quando famílias de produtores de uvas do município de Bento Gonçalves, na Serra Gaúcha, com pouco dinheiro, mas com muita vontade de prosperar, reuniram-se para lançar a pedra fundamental da empresa.

Na primeira colheita, foram contabilizados 317 mil quilos de uva. Hoje, quase 85 anos depois, a empresa processa mais 60 toneladas da fruta e tem 1.100 famílias associadas. A biografia da Aurora, desde as suas raízes, é permeada por números de sucesso. No cerne da vinícola há solidariedade entre os pares, se no início do século os imigrantes italianos se uniram para produzir com maior força e formar uma rede de ajuda mútua, hoje, não é diferente. É nesse universo, da produção em sociedade, que a Revista Sabores adentra para desmitificar as oito décadas da empresa.

No Centro de Bento Gonçalves, local que abriga a histórica Cantina da empresa. De longe é possível ver a grande movimentação, não só de trabalhadores de vinícola, mas, principalmente, de turistas. Pioneira em abrir as portas aos visitantes, a cada ano, a Aurora recebe 150 mil pessoas em suas instalações. É uma multidão de curiosos querendo saber como são produzidos os 232 rótulos da empresa.

Ao percorrer os corredores da vinícola, o visitante conhece em detalhes todas as etapas para a elaboração de um vinho. Desde as esteiras que recebem as uvas na época de colheita, até as pipas gigantes com mais de 50 anos de uso. Não só os produtos alcoólicos que movimentam a cooperativa. A linha de produção ainda tem coolers e suco de uvas. O suco da marca Casa de Bento, produzido pela vinícola, é um dos mais vendidos da empresa. Do total de uvas processadas, 60% viram suco.

Hoje, bem no coração de Bento Gonçalves, a Vinícola Aurora é a maior do Brasil. Mais de 1.100 famílias se associaram à cooperativa, sendo a produção orientada por técnicos que, diariamente, estão em contato com o produtor – fornecendo toda a assistência necessária. A equipe técnica se responsabiliza pelo acompanhamento permanente do processo industrial e pela qualidade final dos produtos, sempre com a atenção voltada para o desenvolvimento de uma tecnologia de ponta.

A conquista da posição que ocupa há mais de duas décadas foi possível graças à constante modernização de seu parque industrial, à alta tecnologia de suas unidades e aos rigorosos padrões exigidos nos processos de produção. O cuidado extremo com a rotina produtiva, observado a partir da plantação das mudas ao engarrafamento do produto, faz parte da receita de crescimento constante do empreendimento durante todos esses anos.

Mais informações acesse:

http://www.vinicolaaurora.com.br/br

Referências:

“Academia do Vinho”: https://www.academiadovinho.com.br/__mod_regiao.php?reg_num=SERRAGAUCHA

“Revista Adega”: https://revistaadega.uol.com.br/artigo/os-segredos-da-merlot-cepa-mais-consistente-da-serra-gaucha_10653.html

“Academia do Vinho”: https://www.academiadovinho.com.br/__mod_regiao.php?reg_num=SERRAGAUCHA

“Bento Tur”: https://bento.tur.br/nossa-historia-bento-goncalves/














sexta-feira, 11 de fevereiro de 2022

Aurora Chardonnay Reserva 2018

 

Há um assunto recorrente e que, de alguma forma, gera certo burburinho por conta de polêmicas eventuais que surgem com cada questão levantada, que são os vinhos premiados ligados à qualidade.

Tem os prêmios de Suckling, de Parker, de grandes eventos e períodos oriundos de centros de excelência da vitivinicultura mundial que enaltece e coloca o vinho no pedestal, no apogeu de sua incontestável qualidade que faz deste um grande rótulo.

E daí os preços sobem a ponto de chegar ao ápice da ganância de cobrar verdadeiras fábulas monetárias para um vinho quando passa a ostentar um prêmio de conceituados formadores de opinião.

É claro que vinhos laureados com prêmios dados por especialistas merecem sim uma atenção e até mesmo um crédito pelos enófilos de plantão, mas sempre pensei, sempre compartilhei da opinião de que vinho não é medalha, tão pouco premiações e que a percepção tem de ser particular.

Degustamos vinhos e não prêmios e o vinho que não tem prêmio não significa que não seja bom. Mas são perspectivas de mercado, muita das vezes, e os prêmios são usados para catapultar as vendas, embora tenha o abuso dos revendedores quando super precificam alguns rótulos.

Mas não podemos negligenciar os prêmios e usá-los como um ponto, uma forma de fomento à escolha ou não em um momento de compra, por exemplo, de um rótulo. E Quando falo em não negligenciar os prêmios, não podemos fazer isso, de forma alguma, com os rótulos da Vinícola Cooperativa Aurora, uma das maiores empresas de vinhos do Brasil e do mundo que, além de fabricar, de produzir vinhos, produz dezenas, centenas de prêmios.

E os rótulos que ostentam os vinhos da Aurora não sofrem acréscimos nos seus valores, àqueles abusivos dos gananciosos. Praticam preços justos, entregando qualidade e tipicidade.

E quando eu falar de um vinho que degustei e gostei da Aurora, do seu preço, inicialmente, ficarão de queixo caído: R$ 29,90! Sim! Um valor de vinhos que, para muitos abastados aristocráticos, é valor de vinho “vagabundo”, que não presta sequer para cozinhar.

Falo do Aurora Chardonnay Reserva, brasileiro da região de Bento Gonçalves, na Serra Gaúcha, na emblemática Serra Gaúcha, da safra 2018. Safra essa que serviu de ilustração do Guia 5StarWines – The Book, da Vinitaly, o maior evento de vinhos da Itália e que neste ano foi cancelado devido a pandemia. A avaliação dos vinhos, no entanto, foi reformulada e aconteceu seguindo às novas diretrizes de saúde e segurança estabelecidas para combater a propagação da covid-19.

As amostras foram enviadas aos juízes em seus respectivos países. As provas foram realizadas às cegas, por videoconferência. Os críticos pontuaram os vinhos e enviaram suas avaliações de forma remota, sob a supervisão de uma equipe sediada em Verona. O vinho da Aurora conquistou 90 pontos. Leia mais em: “Aurora Reserva Chardonnay é destaque em importante guia de vinhos na Itália”.

Mas antes de falar desse vinho, desse Chardonnay maravilhoso da Serra Gaúcha, falemos um pouco dessa região tradicional do Sul do Brasil que merece sempre linhas gerais que vai da história aos elogios incansáveis.

Serra Gaúcha

Situada a nordeste do Rio Grande do Sul, a região da Serra Gaúcha é a grande estrela da vitivinicultura brasileira, destacando-se pelo volume e pela qualidade dos vinhos que produz. Para qualquer enófilo indo ao Rio Grande do Sul, é obrigatório visitar a Serra Gaúcha, especialmente Bento Gonçalves.

Serra Gaúcha

A região da Serra Gaúcha está situada em latitude próxima das condições geoclimáticas ideais para o melhor desenvolvimento de vinhedos, mas as chuvas costumam ser excessivas exatamente na época que antecede a colheita, período crucial à maturação das uvas. Quando as chuvas são reduzidas, surgem ótimas safras, como nos anos 1999, 2002, 2004, 2005 e 2006.

A partir de 2007, com o aquecimento global, o clima da Serra Gaúcha se transformou, surgindo verões mais quentes e secos, com resultados ótimos para a vinicultura, mas terríveis para a agricultura. Desde 2005 o nível de qualidade dos vinhos tintos vem subindo continuamente, graças a esta mudança e também do salto de tecnologia de vinhedos implantado a partir do ano 2000.

O Vale dos Vinhedos, importante região que fica situada na Serra Gaúcha, junto à cidade de Bento Gonçalves, caracteriza-se pela presença de descendentes de imigrantes italianos, pioneiros da vinicultura brasileira. Nessa região as temperaturas médias criam condições para uma vinicultura fina voltada para a qualidade. A evolução tecnológica das últimas décadas aplicada ao processo vitivinícola possibilitou a conquista de mercados mais exigentes e o reconhecimento dos vinhos do Vale dos Vinhedos. Assim, a evolução da vitivinicultura da região passou a ser a mais importante meta dos produtores do Vale.

O Vale dos Vinhedos é a primeira região vinícola do Brasil a obter Indicação de Procedência de seus produtos, exibindo o Selo de Controle em vinhos e espumantes elaborados pelas vinícolas associadas. Criada em 1995, a partir da união de seis vinícolas, a Associação dos Produtores de Vinhos Finos do Vale dos Vinhedos (Aprovale), já surgiu com o propósito de alcançar uma Denominação de Origem. No entanto, era necessário seguir os passos da experiência, passando primeiro por uma Indicação de Procedência.

O pedido de reconhecimento geográfico encaminhado ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) em 1998 foi alcançado somente em 2001. Neste período, foi necessário firmar convênios operacionais para auxiliar no desenvolvimento de atividades que serviram como pré-requisitos para a conquista da Indicação de Procedência Vale dos Vinhedos (I.P.V.V.). O trabalho resultou no levantamento histórico, mapa geográfico e estudo da potencialidade do setor vitivinícola da região. Já existe uma DOC (Denominação de Origem Controlada) na região.

O Vale dos Vinhedos foi a primeira região entregue aos imigrantes italianos, a partir de 1875. Inicialmente desenvolveu-se ali uma agricultura de subsistência e produção de itens de consumo para o Rio Grande do Sul. Devido à tradição da região de origem das famílias imigrantes, o Veneto, logo se iniciaram plantios de uvas para produção de vinho para consumo local. Até a década de 80 do século XX, os produtores de uvas do Vale dos Vinhedos vendiam sua produção para grandes vinícolas da região. A pouca quantidade de vinho que produziam destinava-se ao consumo familiar.

Esta realidade mudou quando a comercialização de vinho entrou em queda e, consequentemente, o preço da uva desvalorizou. Os viticultores passaram então a utilizar sua produção para fazer seu vinho e comercializá-lo diretamente, tendo assim possibilidade de aumento nos lucros.

Para alcançar este objetivo e atender às exigências legais da Indicação Geográfica, seis vinícolas se associaram, criando, em 1995, a Associação dos Produtores de Vinhos Finos do Vale dos Vinhedos (Aprovale). Atualmente, a Aprovale conta com 24 vinícolas associadas e 19 associados não produtores de vinho, entre hotéis, pousadas, restaurantes, fabricantes de produtos artesanais, queijarias, entre outros. As vinícolas do Vale dos Vinhedos produziram, em 2004 9,3 milhões de litros de vinhos finos e processaram 14,3 milhões de kg de uvas viníferas.

Bento Gonçalves

Em 1875 inicia a imigração italiana na Encosta Superior do Nordeste, originando as colônias de Dona Isabel, Conde D’Eu e Nova Palmira. A colônia de Dona Isabel originou a cidade de Bento Gonçalves. Conde D’Eu originou a cidade de Garibaldi. Nova Palmira se tornou a cidade de Caxias do Sul.

A Colônia Dona Isabel (Bento Gonçalves), criada em 1870, já era conhecida como “Região da Cruzinha” devido a uma cruz rústica cravada sobre a sepultura de um possível tropeiro ou traçador de lotes coloniais. Era época do escambo, da troca de mercadoria por mercadoria. A Colônia Dona Isabel sediava um pequeno comércio, no qual os tropeiros faziam paradas para descanso.

Bento Gonçalves antigo

Em 24 de dezembro de 1875, os núcleos do Planalto começaram a receber novos imigrantes. Em março de 1876, o Presidente do Estado José Antonio de Azevedo Castro anunciava a existência de 348 lotes medidos e demarcados e uma população de 790 pessoas, sendo 729 italianos. Os pioneiros, vindos do Tirol Austríaco e Vêneto chegaram à esplanada onde hoje está situada a Igreja Matriz Cristo Rei.

A troca, compra e venda de produtos era feita na sede da colônia, após longas caminhadas por estreitas picadas (trilhas abertas no meio da mata) demarcadas pelos próprios imigrantes. Entre os imigrantes havia ferreiros, sapateiros, marceneiros, alfaiates, carpinteiros, entre outros profissionais que estabeleceram seus negócios dentro de suas especialidades, atendendo às necessidades locais.

O surgimento das construções das casas, os instrumentos de trabalho e o mercado foram acompanhando o desenvolvimento de Colônia Dona Isabel e também as exigências que se apresentavam. Frente ao desenvolvimento, as condições das estradas foram melhorando e surgiram as primeiras carretas. Em cinco anos, houve um acréscimo de quatro mil habitantes, entre nascimentos e novos imigrantes.

Em 1881, inicia a abertura da primeira estrada de rodagem, ligando a Colônia Dona Isabel a São João de Montenegro (hoje Montenegro). O início do povoamento foi marcado por inúmeras dificuldades. Em 1877 a Colônia Dona Isabel sediava três casas comerciais, duas padarias, uma fábrica de chapéus e um total de 40 casas comerciais, que ofereciam serviços e produtos diversos em todo o território da colônia.

O desmembramento da Colônia Dona Isabel do município de Montenegro foi oficializado pelo ‘Acto’ 474, de 11 de outubro de 1890, assinado por Cândido Costa, o que constituiu o município de Bento Gonçalves. O nome foi dado em homenagem ao general Bento Gonçalves da Silva, chefe da Revolução Farroupilha, ocorrida no Rio Grande do Sul de 1835 a 1845.

Bento Gonçalves deu seu primeiro impulso de progresso com a vinda da agência do Banco Nacional do Comércio e Banco de Pelotas. Entre os anos de 1919 e 1927, foi feita a instalação da luz elétrica e da estação transformadora e da rede de distribuição. Na foto a raça Walter Galassi em 1922, quando era chamada de Praça Centenário. O local foi inaugurado durante as comemorações do centenário da independência do Brasil.

E 1924 foi fundado o Hospital Dr. Bartholomeu Tacchini. Na época o Dr. Barthomoleu Tacchini, médico vindo da Itália, era um dos principais médicos do Estado, com enorme prestígio especialmente junto à população de origem italiana. Em 1950, a população era de 22.600 habitantes. As principais atividades econômicas eram as do setor agrícola. Contudo, começaram a surgir várias indústrias, como de acordeões, laticínios, móveis, curtume, fábrica de sulfato e vinícolas.

Em 1967 Bento Gonçalves passa por uma grande transformação, considerada um marco histórico. Com a colaboração de dinâmicas lideranças e a ajuda de toda a comunidade, surge a I Fenavinho, a Festa Nacional do Vinho. O município foi visitado pela primeira vez por um Presidente da República, o Marechal Humberto de Alencar Castelo Branco visitou Bento Gonçalves e a I Fenavinho no dia 25 de fevereiro de 1967. O principal produto e a força da economia de Bento Gonçalves foram divulgados em todo o Brasil, tornando a cidade conhecida nacional e internacionalmente. O município descobre a sua vocação para o turismo de negócios e começa a sediar eventos de grande porte.

A cidade de Bento Gonçalves é conhecida como a ‘Capital Brasileira da Uva e do Vinho’, é reconhecida pela força de sua economia e como um importante pólo industrial e turístico do sul do Brasil.

Além de ser uma cidade com perfil empreendedor e povo trabalhador, a cidade se destaca na área turístia. Atividades ligadas à área do enoturismo, turismo de negócios e de eventos oferece cada vez mais opções ao visitante. A cidade oferece uma diversidade de rotas turísticas . Os indicadores de desenvolvimento e renda da cidade colocam Bento Gonçalves em destaque no Estado e no país quanto à qualidade de vida.

A cidade de Bento Gonçalves é um polo moveleiro e vitivinícola conhecido nacional e internacionalmente. Dentro do segmento indústria, o setor moveleiro é a grande força da economia. No segmento turístico são inúmeros os atrativos ligados à uva e ao vinho, o que torna Bento Gonçalves uma cidade de visita obrigatória na conhecida Região Turística “Uva e Vinho” situado na Serra Gaúcha.

Bento Gonçalves é pioneira no Brasil no desenvolvimento do Enoturismo. A cada ano Bento Gonçalves vem se consolidando como destino turístico nacional. O Vale dos Vinhedos é o principal destino enoturístico do Brasil, sendo o roteiro mais visitado desde 2008. Foi a primeira região do país reconhecida como Indicação Geográfica, obtendo para seus produtos a Indicação de Procedência, e a seguir a Denominação de Origem ‘Vale dos Vinhedos’ para os vinhos e espumantes ali produzidos. O Vale dos Vinhedos integra oficialmente o patrimônio histórico e cultural do Estado do Rio Grande do Sul desde 29 de junho de 2012 (Projeto de Lei 44/2012).

E agora finalmente o vinho!

Na taça revela um lindo tom amarelo brilhante tendendo para o dourado e reflexos esverdeados, além de algumas finas lágrimas em pequena intensidade.

No nariz explode em aromas frutados, com frutas de polpa branca e cítricas, tais como maçã-verde, pera, maracujá e abacaxi.

Na boca tem média estrutura, graças ao seu sabor amanteigado, um toque untuoso que traz um bom volume de boca e com discretas notas tostadas, de baunilha, graças aos 3 meses de passagem por barricas de carvalho em pleno equilíbrio com o frutado com uma acidez correta que atenua seu frescor. Final longo!

Prêmios, reconhecimento, qualidade, preços justos! Todos esses predicados são inerentes ao Aurora Reserva Chardonnay 2018, mas, mais importante ainda é o deleite sensorial que esse vinho me provocou! Foi de fato um arrebatamento aos meus sentidos esse Chardonnay brasileiro. Aos Chardonnays brasileiros que vêm entregando, de forma indelével, maravilhas. Mas esse Chardonnay da Aurora traz uma intensidade de aromas e sabores frutados, de amanteigado, de untuosidade, de tosta graças ao curto tempo de passagem por barricas de carvalho, dando-lhe arrojo, certa complexidade e versatilidade. Um grande vinho, antes de qualquer prêmio! Tem 13% de teor alcoólico.

Sobre a Vinícola Cooperativa Aurora:

A Vinícola Aurora é um sonho compartilhado por imigrantes que enfrentaram os mais diversos problemas quando chegaram ao Rio Grande do Sul. Com a veia colaborativa, a empresa cresceu e se tornou um dos expoentes do vinho gaúcho. A história da cooperativa começou em 1931, quando famílias de produtores de uvas do município de Bento Gonçalves, na Serra Gaúcha, com pouco dinheiro, mas com muita vontade de prosperar, reuniram-se para lançar a pedra fundamental da empresa.

Na primeira colheita, foram contabilizados 317 mil quilos de uva. Hoje, quase 85 anos depois, a empresa processa mais 60 toneladas da fruta e tem 1.100 famílias associadas. A biografia da Aurora, desde as suas raízes, é permeada por números de sucesso. No cerne da vinícola há solidariedade entre os pares, se no início do século os imigrantes italianos se uniram para produzir com maior força e formar uma rede de ajuda mútua, hoje, não é diferente. É nesse universo, da produção em sociedade, que a Revista Sabores adentra para desmitificar as oito décadas da empresa.

No Centro de Bento Gonçalves, local que abriga a histórica Cantina da empresa. De longe é possível ver a grande movimentação, não só de trabalhadores de vinícola, mas, principalmente, de turistas. Pioneira em abrir as portas aos visitantes, a cada ano, a Aurora recebe 150 mil pessoas em suas instalações. É uma multidão de curiosos querendo saber como são produzidos os 232 rótulos da empresa.

Ao percorrer os corredores da vinícola, o visitante conhece em detalhes todas as etapas para a elaboração de um vinho. Desde as esteiras que recebem as uvas na época de colheita, até as pipas gigantes com mais de 50 anos de uso. Não só os produtos alcoólicos que movimentam a cooperativa. A linha de produção ainda tem coolers e suco de uvas. O suco da marca Casa de Bento, produzido pela vinícola, é um dos mais vendidos da empresa. Do total de uvas processadas, 60% viram suco.

Hoje, bem no coração de Bento Gonçalves, a Vinícola Aurora é a maior do Brasil. Mais de 1.100 famílias se associaram à cooperativa, sendo a produção orientada por técnicos que, diariamente, estão em contato com o produtor – fornecendo toda a assistência necessária. A equipe técnica se responsabiliza pelo acompanhamento permanente do processo industrial e pela qualidade final dos produtos, sempre com a atenção voltada para o desenvolvimento de uma tecnologia de ponta.

A conquista da posição que ocupa há mais de duas décadas foi possível graças à constante modernização de seu parque industrial, à alta tecnologia de suas unidades e aos rigorosos padrões exigidos nos processos de produção. O cuidado extremo com a rotina produtiva, observado a partir da plantação das mudas ao engarrafamento do produto, faz parte da receita de crescimento constante do empreendimento durante todos esses anos.

Mais informações acesse:

http://www.vinicolaaurora.com.br/br

Referências:

“Revista Adega”: https://revistaadega.uol.com.br/artigo/os-segredos-da-merlot-cepa-mais-consistente-da-serra-gaucha_10653.html

“Academia do Vinho”: https://www.academiadovinho.com.br/__mod_regiao.php?reg_num=SERRAGAUCHA

“Bento Tur”: https://bento.tur.br/nossa-historia-bento-goncalves/


 

 

 

 













domingo, 10 de outubro de 2021

Plaza del Torres Reserva Tannat 2018

 

Melhor de que um Tannat é um Tannat produzido na maravilhosa região de Canelones. Melhor do que um Tannat oriundo da região uruguaia de Canelones é um uruguaio com a assinatura de uma grande vinícola brasileira, talvez a maior delas: A Cooperativa Vinícola Aurora. Recentemente tive o prazer de degustar o Aurora Reserva Tannat da safra 2017 da Serra Gaúcha e a experiência foi deveras agradável e estou, diante disso, muito animado para a degustação desse novo rótulo.

E mais animado em degustar esse rótulo que logo revelarei, foi o convite que um grande amigo me fez para degusta-lo em sua casa. Ele havia me apresentado esse rótulo algum tempo atrás e nós havíamos decidido em degusta-lo em minha casa com um bom churrasco, afinal Tannat e churrasco é uma das melhores harmonizações no universo do vinho. Mas devido alguns infortúnios esse encontro com essa configuração não aconteceu.

Mas diante desse convite não deixamos passar o momento e logo sugeri a ele que fizéssemos esse encontro e que esse vinho protagonizasse o nosso reencontro. Ele foi a “entrada” para outros vinhos mais complexos, mas ele figurou como se fosse uma estrela, como tem que ser todo e qualquer Tannat uruguaio das terras férteis e abençoadas de Canelones.

Então sem mais delongas o vinho que degustei e gostei, com meu bom e velho amigo confrade, foi o Plaza del Torres Reserva da casta Tannat e a safra é 2018. O Uruguai sendo muito bem representado neste belo rótulo de excelente custo X benefício de uma região fantástica e proeminente no Uruguai e no mundo, Canelones. Então desfilemos em texto a sua história.

Canelones

Localizada bem ao sul, Canelones é a principal região produtora de uva e vinho no Uruguai e, por isso, concentra a maior parte dos vinhedos do país. A cidade de Canelones faz parte da região metropolitana de Montevidéu. Ela é cercada por um enorme complexo de pequenas fazendas e vinhedos, que são responsáveis por impressionantes 84% da produção de vinho do Uruguai. Nos seus arredores, encontram-se ótimos bares que oferecem os melhores e mais procurados vinhos do país, já que naquela região concentram-se desde as mais tradicionais até as mais luxuosas, modernas e rústicas vinícolas da América Latina. Além disso, Canelones possui uma extensão de mais de 65 km de praia, repleta de entretenimentos e lugares para descansar, sem falar do Camping Marindia, que é um reduto de arte, cultura e atividades familiares, cercado por trilhas bem arborizadas e que proporciona uma linda visão de pôr do sol.


Canelones

Os primeiros moradores de Canelones se instalaram na cidade por volta de 1726; já a partir de 1774, chegaram imigrantes espanhóis e no final do século XIX, vieram os imigrantes italianos para cultivar uvas e fabricar vinhos. Dali em diante, a história da cidade com o vinho começou a se intensificar, uma vez que passo a passo ela conquistava popularidade em todo o país.

Mas foi nos anos de 1970, que videiras de clones importados chegaram à cidade e os vinhedos começaram a se concentrar na qualidade. E hoje a produção de vinho da região representa 14% no mercado internacional e é responsável por oferecer uma abundância de opções ao enoturismo uruguaio.

Essa região não poderia ter localização melhor. Por sua visão pioneira, o Uruguai foi eleito o país do ano, em 2013, pela revista inglesa The Economist. Entre as principais razões estão o fato de realizar reformas que não se limitam a melhorar apenas a própria nação, mas atitudes que podem beneficiar o mundo.

Zonas vinícolas uruguaias e a região de Canelones ao sul

E Canelones está sendo conduzida sob essa visão. Em meio a um processo de desenvolvimento enoturístico, a região já possui até projeto de promoção do turismo e do vinho desenhado pelo Ministério do Turismo com a colaboração da Comarca de l’Alt Penedès, Espanha.

Há produtores que se juntaram para ajudar nesse incentivo e criaram a Associação “Los Caminos del Vino”, que reúne diversas vinícolas familiares abertas para visitantes, onde podem ver as vinhas de perto, acompanhar as diferentes etapas da vinificação e, finalmente, provar o vinho e a comida típica do lugar.

E agora o vinho!

Na taça goza de um lindo vermelho rubi intenso, profundo, quase escuro com um brilho reluzente e muitas lágrimas finas, densas e que desenham maravilhosamente as bordas do copo.

No nariz aromas frutados dominavam, frutas negras como amora, ameixa, algo compotado, com notas de especiarias, a madeira discreta em perfeita sinergia com as características frutadas, além da baunilha e da torrefação sempre muito discreta, graças aos 6 meses de passagem por barricas de carvalho.

Na boca é seco, de corpo médio com o teor alcoólico proeminente, diria um pouco desequilibrado, mas que em curto tempo respirando na taça logo se equilibrou, se integrou ao conjunto do vinho, mas ainda assim mostrando sua potência, a fruta se mostrou fortemente como no aspecto olfativo, com taninos presentes, mas dóceis, com uma belíssima acidez mostrando um vinho fresco, jovem e muito fácil de degustar. Um final longo e cheio.

A assinatura do Brasil na produção, na vinificação de um belo Tannat uruguaio, entregando aos enófilos um rótulo bem feito, equilibrado, versátil, com a cara, o DNA dos modernos vinhos da casta no pequeno notável Uruguai com seus grandes vinhos. Mais uma vez Canelones se revelou a mim de forma arrebatadora, especial. Espero que essa região continue a se personificar em grandes vinhos e que inunde a minha taça e as minhas experiências sensoriais de grandes e singulares momentos inigualáveis. Tem 13% de teor alcoólico.

Sobre a Cooperativa Vinícola Aurora:

A Vinícola Aurora é um sonho compartilhado por imigrantes que enfrentaram os mais diversos problemas quando chegaram ao Rio Grande do Sul. Com a veia colaborativa, a empresa cresceu e se tornou um dos expoentes do vinho gaúcho. A história da cooperativa começou em 1931, quando famílias de produtores de uvas do município de Bento Gonçalves, na Serra Gaúcha, com pouco dinheiro, mas com muita vontade de prosperar, reuniram-se para lançar a pedra fundamental da empresa.

Na primeira colheita, foram contabilizados 317 mil quilos de uva. Hoje, quase 85 anos depois, a empresa processa mais 60 toneladas da fruta e tem 1.100 famílias associadas. A biografia da Aurora, desde as suas raízes, é permeada por números de sucesso. No cerne da vinícola há solidariedade entre os pares, se no início do século os imigrantes italianos se uniram para produzir com maior força e formar uma rede de ajuda mútua, hoje, não é diferente. É nesse universo, da produção em sociedade, que a Revista Sabores adentra para desmitificar as oito décadas da empresa.

No Centro de Bento Gonçalves, local que abriga a histórica Cantina da empresa. De longe é possível ver a grande movimentação, não só de trabalhadores de vinícola, mas, principalmente, de turistas. Pioneira em abrir as portas aos visitantes, a cada ano, a Aurora recebe 150 mil pessoas em suas instalações. É uma multidão de curiosos querendo saber como são produzidos os 232 rótulos da empresa.

Ao percorrer os corredores da vinícola, o visitante conhece em detalhes todas as etapas para a elaboração de um vinho. Desde as esteiras que recebem as uvas na época de colheita, até as pipas gigantes com mais de 50 anos de uso. Não só os produtos alcoólicos que movimentam a cooperativa. A linha de produção ainda tem coolers e suco de uvas. O suco da marca Casa de Bento, produzido pela vinícola, é um dos mais vendidos da empresa. Do total de uvas processadas, 60% viram suco.

Hoje, bem no coração de Bento Gonçalves, a Vinícola Aurora é a maior do Brasil. Mais de 1.100 famílias se associaram à cooperativa, sendo a produção orientada por técnicos que, diariamente, estão em contato com o produtor – fornecendo toda a assistência necessária. A equipe técnica se responsabiliza pelo acompanhamento permanente do processo industrial e pela qualidade final dos produtos, sempre com a atenção voltada para o desenvolvimento de uma tecnologia de ponta.

A conquista da posição que ocupa há mais de duas décadas foi possível graças à constante modernização de seu parque industrial, à alta tecnologia de suas unidades e aos rigorosos padrões exigidos nos processos de produção. O cuidado extremo com a rotina produtiva, observado a partir da plantação das mudas ao engarrafamento do produto, faz parte da receita de crescimento constante do empreendimento durante todos esses anos.












sábado, 2 de outubro de 2021

Aurora Tannat Reserva 2017

 

Algo é inquestionável, diria unânime: Os melhores rótulos da expressiva e tânica casta Tannat são do Uruguai. Não há o que contestar quanto a essa afirmação. Mas ufanismos à parte, o Brasil está despontando como um dos grandes produtores da casta no Cone Sul. Evidente que o Brasil ainda tem muito a caminhar e evoluir, em todos os âmbitos, para se tornar uma potência vitivinífera, mas é inegável que o Brasil está em um caminho muito, mas muito favorável.

Estamos produzindo vinhos de excelência, de caráter, expressando os nossos terroirs, com tipicidade e os rótulos da casta Tannat produzido em nossas terras estão fazendo bonito, muito bonito.

Não sei se estou sugestionável ou tomado por uma demasiada excitação que nos impede de pensar racionalmente, mas o fato que tenho tido algumas gratas surpresas ao degustar alguns Tannats brasileiros e os rótulos do Rio Grande do Sul, sobretudo da Serra Gaúcha, estão abocanhando prêmios e destaque não só no Brasil como no mundo inteiro.

Há quem diga que o fator geográfico (proximidade com o Uruguai) seja um fator preponderante, mas o panorama é evidentemente favorável: Vinhos básicos, de complexidade, longevos, são propostas para todos os gostos e bolsos.

Um dos meus primeiros rótulos nacionais da casta foi o emblemático Miolo Reserva 2015 e esse me veio, como referência, além do renomado e conceituado produtor, com um significativo prêmio que recebeu, pasmem, no Uruguai, em um concurso dos melhores Tannats da América do Sul. Pronto! Isso foi o suficiente para sair da zona de conforto do Uruguai e se aventurar nos Tannats tupiniquins.

Ao longo do tempo fui degustando alguns rótulos brasileiros, não na profusão que queria e gostaria, e fui consolidando, aos poucos, a minha fundamentação na qualidade do Tannat brasileiro e atualmente tenho alguns rótulos em minha adega que supera o único Tannat que tenho do Uruguai.

E hoje, não mais que hoje, decidi desarrolhar um deles: Um Tannat legitimamente brasileiro! E por que falei, de forma tão enfatizada, legitimamente brasileiro? Vou lhes dizer, caros leitores, esse Tannat brasileiro é de um produtor a quem tenho um profundo respeito e adoração, pois se trata de uma vinícola que personifica a tipicidade e respeita os DNAs dessas terras como poucos: Falo da Cooperativa Vinícola Aurora! Vinhos de qualidade e com preços justos que visam uma proposta democrática da disseminação da cultura do vinho.

A hora tão chegada se materializa com o espocar da rolha, desprendendo-se da garrafa, dando a oportunidade para o líquido inundar a taça e estimular os meus sentidos. A degustação começa poderosa, o ritual seguido à risca, o vinho tem personalidade, é expressivo, entrega todas as características que faz a fama da Tannat: estruturado, robusto e volumoso, com o aporte da madeira. Uau! Que vinho! Sem mais delongas o vinho que degustei e gostei veio da Serra Gaúcha, no Brasil, falo do Aurora Tannat Reserva da safra 2017. Digo que sou um incondicional fã dessa linha, tão popular, de rótulos da Aurora e destaco aqui o Aurora Merlot 2017 que dispensa qualquer tipo de comentários e que ganhou prêmios expressivos. Antes de falar do vinho, é digno de merecimento contar, com requintes de detalhes, a história da gloriosa região da Serra Gaúcha.

Serra Gaúcha

Situada a nordeste do Rio Grande do Sul, a região da Serra Gaúcha é a grande estrela da vitivinicultura brasileira, destacando-se pelo volume e pela qualidade dos vinhos que produz. Para qualquer enófilo indo ao Rio Grande do Sul, é obrigatório visitar a Serra Gaúcha, especialmente Bento Gonçalves.

Serra Gaúcha

A região da Serra Gaúcha está situada em latitude próxima das condições geo-climáticas ideais para o melhor desenvolvimento de vinhedos, mas as chuvas costumam ser excessivas exatamente na época que antecede a colheita, período crucial à maturação das uvas. Quando as chuvas são reduzidas, surgem ótimas safras, como nos anos 1999, 2002, 2004, 2005 e 2006.

A partir de 2007, com o aquecimento global, o clima da Serra Gaúcha se transformou, surgindo verões mais quentes e secos, com resultados ótimos para a vinicultura, mas terríveis para a agricultura. Desde 2005 o nível de qualidade dos vinhos tintos vem subindo continuamente, graças a esta mudança e também do salto de tecnologia de vinhedos implantado a partir do ano 2000.

O Vale dos Vinhedos, importante região que fica situada na Serra Gaúcha, junto à cidade de Bento Gonçalves, caracteriza-se pela presença de descendentes de imigrantes italianos, pioneiros da vinicultura brasileira. Nessa região as temperaturas médias criam condições para uma vinicultura fina voltada para a qualidade. A evolução tecnológica das últimas décadas aplicada ao processo vitivinícola possibilitou a conquista de mercados mais exigentes e o reconhecimento dos vinhos do Vale dos Vinhedos. Assim, a evolução da vitivinicultura da região passou a ser a mais importante meta dos produtores do Vale.

Vale dos Vinhedos

O Vale dos Vinhedos é a primeira região vinícola do Brasil a obter Indicação de Procedência de seus produtos, exibindo o Selo de Controle em vinhos e espumantes elaborados pelas vinícolas associadas. Criada em 1995, a partir da união de seis vinícolas, a Associação dos Produtores de Vinhos Finos do Vale dos Vinhedos (Aprovale), já surgiu com o propósito de alcançar uma Denominação de Origem. No entanto, era necessário seguir os passos da experiência, passando primeiro por uma Indicação de Procedência.

O pedido de reconhecimento geográfico encaminhado ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) em 1998 foi alcançado somente em 2001. Neste período, foi necessário firmar convênios operacionais para auxiliar no desenvolvimento de atividades que serviram como pré-requisitos para a conquista da Indicação de Procedência Vale dos Vinhedos (I.P.V.V.). O trabalho resultou no levantamento histórico, mapa geográfico e estudo da potencialidade do setor vitivinícola da região. Já existe uma DOC (Denominação de Origem Controlada) na região.

O Vale dos Vinhedos foi a primeira região entregue aos imigrantes italianos, a partir de 1875. Inicialmente desenvolveu-se ali uma agricultura de subsistência e produção de itens de consumo para o Rio Grande do Sul. Devido à tradição da região de origem das famílias imigrantes, o Veneto, logo se iniciaram plantios de uvas para produção de vinho para consumo local. Até a década de 80 do século XX, os produtores de uvas do Vale dos Vinhedos vendiam sua produção para grandes vinícolas da região. A pouca quantidade de vinho que produziam destinava-se ao consumo familiar.

Esta realidade mudou quando a comercialização de vinho entrou em queda e, consequentemente, o preço da uva desvalorizou. Os viticultores passaram então a utilizar sua produção para fazer seu vinho e comercializá-lo diretamente, tendo assim possibilidade de aumento nos lucros.

Para alcançar este objetivo e atender às exigências legais da Indicação Geográfica, seis vinícolas se associaram, criando, em 1995, a Associação dos Produtores de Vinhos Finos do Vale dos Vinhedos (Aprovale). Atualmente, a Aprovale conta com 24 vinícolas associadas e 19 associados não produtores de vinho, entre hotéis, pousadas, restaurantes, fabricantes de produtos artesanais, queijarias, entre outros. As vinícolas do Vale dos Vinhedos produziram, em 2004 9,3 milhões de litros de vinhos finos e processaram 14,3 milhões de kg de uvas viníferas.

E com vocês finalmente o vinho!

Na taça um vermelho rubi intenso, escuro, profundo, mas brilhante e vibrante com lágrimas finas, lentas e em média intensidade.

No nariz as frutas pretas aparecem em destaque tais como a cereja negra, a groselha, a ameixa, especiarias, o famoso pimentão, com as notas amadeiradas em plena sinergia com a fruta, além de um toque defumado, de baunilha.

Na boca revela um médio corpo, bom volume de boca, alguma complexidade, graças aos 10 meses de passagem por barricas de carvalho, que, como no aspecto olfativo, se percebe o amadeirado em sintonia com a fruta, o café torrado, o toque da torrefação, com taninos presentes, vívidos, boa acidez e um final persistente e prolongado.

O desfile no meu olfato e palato entrega um vinho complexo, estruturado, mas redondo, harmonioso, elegante e fácil de degustar. Um vinho gastronômico, cheio, como todo Tannat deve ser. Falei inicialmente que os rótulos da Aurora são extremamente justos no que tange aos valores e, diante das características desse rótulo, pode competir, em iguais condições, com vinhos nacionais dessas castas que costumam custar o dobro do preço. Pois é, talvez esteja realmente estimulado por uma “crise de demasiada animação” que pode nos impedir de pensar, mas vou me ancorar pelo aspecto pessoal da análise do vinho e no real panorama crescente da qualidade dos rótulos da casta Tannat sendo produzidos no Brasil. Mas não estou sozinho! Vejam o que a Soraya Pozzo diz a respeito do Aurora Reserva Tannat.

Que possamos fazer parte da história viva e latente da Tannat no Brasil, que vários capítulos dessa história sejam escritas com degustações especiais e arrebatadoras aos nossos sentidos. Que venham mais e mais experiências tão marcantes como o da Aurora Reserva Tannat. Tem 12,5% de teor alcoólico.

Sobre a Vinícola Cooperativa Aurora:

A Vinícola Aurora é um sonho compartilhado por imigrantes que enfrentaram os mais diversos problemas quando chegaram ao Rio Grande do Sul. Com a veia colaborativa, a empresa cresceu e se tornou um dos expoentes do vinho gaúcho. A história da cooperativa começou em 1931, quando famílias de produtores de uvas do município de Bento Gonçalves, na Serra Gaúcha, com pouco dinheiro, mas com muita vontade de prosperar, reuniram-se para lançar a pedra fundamental da empresa.

Na primeira colheita, foram contabilizados 317 mil quilos de uva. Hoje, quase 85 anos depois, a empresa processa mais 60 toneladas da fruta e tem 1.100 famílias associadas. A biografia da Aurora, desde as suas raízes, é permeada por números de sucesso. No cerne da vinícola há solidariedade entre os pares, se no início do século os imigrantes italianos se uniram para produzir com maior força e formar uma rede de ajuda mútua, hoje, não é diferente. É nesse universo, da produção em sociedade, que a Revista Sabores adentra para desmitificar as oito décadas da empresa.

No Centro de Bento Gonçalves, local que abriga a histórica Cantina da empresa. De longe é possível ver a grande movimentação, não só de trabalhadores de vinícola, mas, principalmente, de turistas. Pioneira em abrir as portas aos visitantes, a cada ano, a Aurora recebe 150 mil pessoas em suas instalações. É uma multidão de curiosos querendo saber como são produzidos os 232 rótulos da empresa.

Ao percorrer os corredores da vinícola, o visitante conhece em detalhes todas as etapas para a elaboração de um vinho. Desde as esteiras que recebem as uvas na época de colheita, até as pipas gigantes com mais de 50 anos de uso. Não só os produtos alcoólicos que movimentam a cooperativa. A linha de produção ainda tem coolers e suco de uvas. O suco da marca Casa de Bento, produzido pela vinícola, é um dos mais vendidos da empresa. Do total de uvas processadas, 60% viram suco.

Hoje, bem no coração de Bento Gonçalves, a Vinícola Aurora é a maior do Brasil. Mais de 1.100 famílias se associaram à cooperativa, sendo a produção orientada por técnicos que, diariamente, estão em contato com o produtor – fornecendo toda a assistência necessária. A equipe técnica se responsabiliza pelo acompanhamento permanente do processo industrial e pela qualidade final dos produtos, sempre com a atenção voltada para o desenvolvimento de uma tecnologia de ponta.

A conquista da posição que ocupa há mais de duas décadas foi possível graças à constante modernização de seu parque industrial, à alta tecnologia de suas unidades e aos rigorosos padrões exigidos nos processos de produção. O cuidado extremo com a rotina produtiva, observado a partir da plantação das mudas ao engarrafamento do produto, faz parte da receita de crescimento constante do empreendimento durante todos esses anos.

Mais informações acesse: