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domingo, 7 de março de 2021

Quinta do Casal Monteiro Rosé 2018

 

Ter referências de um vinho, de um produtor, de uma linha de rótulos é tudo! Mas pode ser um tiro no pé também! Eu explico: Você pode ter degustado toda a linha de rótulos de um determinado produtor e quando se depara com outro rótulo que ainda não havia degustado e decide, de forma imediata compra-lo, pelo fato de já ter degustado outros vinhos do produtor e apreciado, torna-se natural, é verdade, mas isso não é garantia de que você se identifique com aquele novo rótulo, porque não é só o histórico do produtor que conta, apesar de importante, mas a proposta do vinho também é preponderante.

Mas no caso desse vinho, admito, sou um réu confesso, me animei pelo fato de ter degustado a versão tinta e branca dessa linha de rótulos oriundo do Tejo. Já tendo como porta de entrada sendo da emblemática região lusitana do Tejo se torna válida a compra, mas foi o produtor que me chamou a atenção e claro o valor extremamente atrativo, em torno, pasmem, de R$24,90.

Primeiro foi o excepcional e surpreendente o Quinta do Casal Monteiro branco da safra 2016, depois o Quinta do Casal Monteiro tinto da safra 2018, agora o vinho que degustei e gostei foi a versão rosé da linha de rótulos Quinta do Casal Monteiro composto pelas castas Touriga Nacional (50%) e Tinta Roriz (50%) da safra 2018. A “trilogia” estava pronta, a degustação feita de todos e o resultado não poderia ser melhor. O Quinta do Casal Monteiro rosé me surpreendeu de tal forma que, diante de sua simplicidade, entregou o que um rosé deve entregar: leveza, muita fruta e frescor. Mas antes de tecer maiores comentários do rótulo de hoje, falemos um pouco do Tejo, região que venho descobrindo graças a cada rótulo tão especial.

Tejo

Nesta região vitivinícola, situada no Centro de Portugal, a arte de produzir vinho remonta a 2000 a.C., quando os Tartessos iniciaram a plantação da vinha junto às margens do rio que lhe dá o nome. Reza a História que já Afonso Henriques fez referência aos vinhos da região no Foral de Santarém, datado de 1170, e que o Cartaxo terá exportado 500 navios com tonéis de vinho que, em apenas um ano, terão atingido o valor de 12.000 reis. As histórias continuam pela cronologia fora, com o ano de 1765 a destacar-se pelo desaparecimento da vinha nos campos do Tejo, como consequência de uma ordem imposta por Marquês de Pombal.

Tejo

Em 1989, são fundadas seis Indicações de Proveniência Regulamentada para vinhos da região do Ribatejo e, em 1997, é criada a Comissão Vitivinícola Regional do Ribatejo, à qual se sucede a constituição por lei da Comissão Vitivinícola Regional do Tejo, em 2008, seguindo-se a Rota dos Vinhos do Tejo.

E agora o vinho!

Na taça apresenta um rosa clarinho, translúcido, mas brilhantes, reluzentes, com uma discreta concentração de lágrimas finas e que logo se dissipavam.

No nariz entrega aromas intensos de frutas vermelhas como morango, framboesa e cereja, diria também notas de frutas brancas como melão e manga, talvez, além de um agradável toque floral.

Na boca confirma toda a fruta presente no olfato, com uma acidez na medida que confere ao vinho todo o frescor e leveza que é a tônica desse rótulo, com um final agradável e presistente com um retrogosto frutado.

Sabe aquele vinho que te remete a um dia de sol, na beira da piscina? Pode parecer meio clichê essas observações e sensações, mas é a pura realidade. Um vinho descomplicado, simples, mas que entrega, em todas as suas nuances, o que o vinho se propõe a entregar e diria até além, fazendo deste um rótulo de incrível custo X benefício. Um vinho do Tejo que tem tudo a ver com a cara de um país tropical como o Brasil. Tem teor alcoólico de 12,5%.

Sobre a Quinta do Casal Monteiro:

Fundada em 1979, a Quinta do Casal Monteiro engarrafa safras limitadas de produção exclusivamente a partir de sua propriedade de 80 hectares. Com idade média de 35 anos, as vinhas estão localizadas em solo arenoso aluvial fértil, enraizando-se em uma combinação incomum e resultando em uma produção de baixo rendimento de vinho de alta qualidade. Além disso, a característica do clima temperado sub-mediterrânico e a sua proximidade ao rio Tejo conferem aos vinhos uma identidade singular, revelada tanto nos aromas exuberantes como no paladar complexo, revestido por uma excelente acidez - são excelentes companheiros de comida. Em 2009, a nova geração / família assumiu a empresa e, desde então, uma reestruturação da vinícola e da vinha vem ocorrendo. Foram feitos investimentos consideráveis ​​em equipamentos modernos e a reabilitação das vinhas tem sido uma tarefa contínua. Como tal, todos os anos nossa qualidade tem aumentado e esperamos fazê-lo continuamente ao longo da década atual. O crescente número de prêmios internacionais e análises da imprensa internacional são uma prova da nossa qualidade contínua de produção.

Mais informações acesse:

http://www.casalmonteiro.pt/

 




sábado, 8 de agosto de 2020

Quinta do Casal Monteiro tinto 2018


Ter referências sobre um vinho é importante. Ajuda e muito na sua tomada de decisão. É claro que o fator emocional, o coração também é importante. Sabe quando você bate os olhos em um rótulo e diz: É esse! Permitir ouvir a voz do coração é sempre relevante em todos os aspectos da vida e com o vinho não é diferente. Mas tendo fatores racionais que auxiliam na sua decisão de compra também é essencial para uma satisfatória degustação, sem riscos e sem desilusões. A proposta do vinho que você quer degustar no momento, a região que você deseja degustar, as castas ou o blend, tudo torna tangível seu melhor momento: a degustação. E nesse vinho que degustei, que escolhi, veio alicerçado pela referência de uma grata surpresa que tive, há cerca de dois anos atrás, quando degustei e pode ser lida neste link: Quinta do Casal Monteiro branco da safra 2016, composto pelo típico corte das castas lusitanas Arinto (50%) e Fernão Pires (50%). Quando o degustei fui acometido por uma grata satisfação, um excelente vinho de ótimo custo X benefício. E, claro, quando avistei o tinto, da mesma linha de rótulos, também com um valor atrativo, nas gôndolas do supermercado, não hesitei em tê-lo em minha adega e agora, para meu deleite, na taça.

O vinho que degustei e gostei, vem do Tejo e que se chama como já apresentado, o Quinta do Casal Monteiro tinto, composto pelas castas Touriga Nacional (50%), Merlot (30%) e Syrah (20%), da safra 2018, um DOC (Denominação de Origem Controlada) da emblemática região lusitana do Tejo. Que vinho! Meu “feeling”, modéstia à parte, está afiado e alheio algumas referências, só ajudou na minha escolha. Mas, como fiz com o branco, vou reavivar a memória e falar um pouco sobre a região do Tejo.

Tejo

Nesta região vitivinícola, situada no Centro de Portugal, a arte de produzir vinho remonta a 2000 a.C., quando os Tartessos iniciaram a plantação da vinha junto às margens do rio que lhe dá o nome. Reza a História que já Afonso Henriques fez referência aos vinhos da região no Foral de Santarém, datado de 1170, e que o Cartaxo terá exportado 500 navios com tonéis de vinho que, em apenas um ano, terão atingido o valor de 12.000 reis. As histórias continuam pela cronologia fora, com o ano de 1765 a destacar-se pelo desaparecimento da vinha nos campos do Tejo, como consequência de uma ordem imposta por Marquês de Pombal.

Tejo

Em 1989, são fundadas seis Indicações de Proveniência Regulamentada para vinhos da região do Ribatejo e, em 1997, é criada a Comissão Vitivinícola Regional do Ribatejo, à qual se sucede a constituição por lei da Comissão Vitivinícola Regional do Tejo, em 2008, seguindo-se a Rota dos Vinhos do Tejo.

E vamos ao vinho!

Na taça apresenta um vermelho rubi com reflexos violáceos muito brilhantes. Lágrimas em pouca quantidade que logo se dissipam.

No nariz tem uma explosão de frutas vermelhas, frutas em compotas como cerejas, ameixas, morangos. Um vinho agradavelmente aromático e que traz uma frescura, uma jovialidade impressionante.

Na boca se reproduz as impressões olfativas, sendo muito frutado, com bom volume de boca, mas macio, equilibrado, fácil de degustar. Tem taninos sedosos, com uma acidez imperceptível e um final persistente e frutado.

Um vinhaço, com ótimo custo X benefício (pasmem, custou R$ 25,90!) revelando toda a sua tipicidade, com castas autóctones e francesas, mostrando que essa junção se tornou uma grande e satisfatória realidade nas principais regiões vitivinícolas portuguesas. Um vinho aveludado, equilibrado, que também entrega certa personalidade e que harmoniza maravilhosamente com massas pouco condimentadas ou carnes grelhadas ou degustando-o sozinho, sendo muito versátil e saboroso. Essa é a palavra: saboroso! E que venham mais e mais vinhos desse belo produtor. Tem 13% de teor alcoólico.

Sobre a Quinta do Casal Monteiro:

Fundada em 1979, a Quinta do Casal Monteiro engarrafa safras limitadas de produção exclusivamente a partir de sua propriedade de 80 hectares. Com idade média de 35 anos, as vinhas estão localizadas em solo arenoso aluvial fértil, enraizando-se em uma combinação incomum e resultando em uma produção de baixo rendimento de vinho de alta qualidade. Além disso, a característica do clima temperado sub-mediterrânico e a sua proximidade ao rio Tejo conferem aos vinhos uma identidade singular, revelada tanto nos aromas exuberantes como no paladar complexo, revestido por uma excelente acidez - são excelentes companheiros de comida. Em 2009, a nova geração / família assumiu a empresa e, desde então, uma reestruturação da vinícola e da vinha vem ocorrendo. Foram feitos investimentos consideráveis ​​em equipamentos modernos e a reabilitação das vinhas tem sido uma tarefa contínua. Como tal, todos os anos nossa qualidade tem aumentado e esperamos fazê-lo continuamente ao longo da década atual. O crescente número de prêmios internacionais e análises da imprensa internacional são uma prova da nossa qualidade contínua de produção.

Mais informações acesse:




sexta-feira, 19 de junho de 2020

Quinta do Casal Monteiro branco 2016


Às vezes a escolha de um vinho pode assumir contornos dramáticos. O processo de escolha pode ser difícil e complicada e não se enganem que essa etapa é irrelevante ou mera frescura, onde o importante é comprar o que “estiver na mão” ou aquele mais em conta e pronto. Não! Aos enófilos que se preocupam com um momento agradável e importante na hora da degustação, o processo de compra pode e é providencial. Neste vinho que degustei eu passei por esse momento, diria, crítico. Estava em um supermercado e logo estava no setor dos vinhos e logo também estava diante de um dilema: Avistei um vinho, sem muito destaque ou evidencia, o rótulo, nesse sentido, também não ajudava, era bem discreto. O valor foi o que me chamou a atenção! Claro que é sedutor um vinho que custa na faixa dos R$ 25,90, um branco, português, da região do Tejo. Tomei o mesmo em minhas mãos e passei a analisa-lo. Decidi, para ajudar, acessar o site do produtor, que levava o nome do vinho também. Vi e li as informações e decidi arriscar, afinal o risco pode ser recompensado também, mas com o mínimo de cálculo e cautela, ajuda. Decidi leva-lo, afinal, a proposta do vinho “harmonizava” com os dias quentes de verão que imperava no auge do mês de janeiro.

Mas ainda levou algum tempo na adega antes de abrí-lo, por isso que na foto, o rótulo está um pouco enrugado, mas, após ler um “review” na internet sobre o vinho e muito positivo, diga-se de passagem, me estimulou a degustar o meu. Aproveitei uma noite quente e abafada e abri o meu Quinta do Casal Monteiro, um DOC da região do Tejo, branco, da safra 2016, com um corte que, depois descobri ser bem típico de Portugal e, claro, do Tejo, das castas Arinto (50%) e Fernão Pires (50%). Sei que ainda não está na etapa das análises organolépticas, mas preciso dizer: Que vinhaço! Surpreendentemente bom! Logo se revelou no aroma que, ao desarrolhá-lo, explodiu, invadindo impiedosamente as minhas narinas, mas, espera! Agora não falarei! Falarei, brevemente, da região do Tejo, emblemática em Portugal.

Tejo

Nesta região vitivinícola, situada no Centro de Portugal, a arte de produzir vinho remonta a 2000 a.C., quando os Tartessos iniciaram a plantação da vinha junto às margens do rio que lhe dá o nome. Reza a História que já Afonso Henriques fez referência aos vinhos da região no Foral de Santarém, datado de 1170, e que o Cartaxo terá exportado 500 navios com tonéis de vinho que, em apenas um ano, terão atingido o valor de 12.000 reis. As histórias continuam pela cronologia fora, com o ano de 1765 a destacar-se pelo desaparecimento da vinha nos campos do Tejo, como consequência de uma ordem imposta por Marquês de Pombal.

Tejo

Em 1989, são fundadas seis Indicações de Proveniência Regulamentada para vinhos da região do Ribatejo e, em 1997, é criada a Comissão Vitivinícola Regional do Ribatejo, à qual se sucede a constituição por lei da Comissão Vitivinícola Regional do Tejo, em 2008, seguindo-se a Rota dos Vinhos do Tejo.

E agora o vinho:

Na taça apresenta um amarelo palha, com detalhes em verde cítrico, muito brilhante.

No nariz é uma verdadeira explosão aromática, com notas evidentes de frutas brancas, como pera, maça-verde e frutas cítricas como limão, abacaxi, além de um agradável toque floral, com muito frescor e jovialidade.

Na boca repetem-se as impressões olfativas, sendo frutado, fresco, mostrando um bom corpo, um bom volume de boca, com ótima acidez que entrega um vinho fresco, direto, refrescante e saboroso. Com um final frutado, leve, mas de muito boa persistência.

Um vinho que te surpreendente pelo ótimo custo x benefício e que, sem sombra de dúvida, entrega muito mais do que vale. Um vinho fresco, harmonioso, fácil de degustar, de personalidade e que te convida a mais um gole, de forma frenética. Um vinho direto, correto e muito bem feito. Apesar do drama da escolha, quando constatamos que o vinho é maravilhoso, todo aquele processo faz valer a pena e nos ensina que vinho barato nem sempre é sinônimo de vinho ruim. Permita-se experimentar, sem visões pré-concebidas. Com 13% de teor alcoólico.

Sobre a Quinta do Casal Monteiro:

Fundada em 1979, a Quinta do Casal Monteiro engarrafa safras limitadas de produção exclusivamente a partir de sua propriedade de 80 hectares. Com idade média de 35 anos, as vinhas estão localizadas em solo arenoso aluvial fértil, enraizando-se em uma combinação incomum e resultando em uma produção de baixo rendimento de vinho de alta qualidade. Além disso, a característica do clima temperado sub-mediterrânico e a sua proximidade ao rio Tejo conferem aos vinhos uma identidade singular, revelada tanto nos aromas exuberantes como no paladar complexo, revestido por uma excelente acidez - são excelentes companheiros de comida. Em 2009, a nova geração / família assumiu a empresa e, desde então, uma reestruturação da vinícola e da vinha vem ocorrendo. Foram feitos investimentos consideráveis ​​em equipamentos modernos e a reabilitação das vinhas tem sido uma tarefa contínua. Como tal, todos os anos nossa qualidade tem aumentado e esperamos fazê-lo continuamente ao longo da década atual. O crescente número de prêmios internacionais e análises da imprensa internacional são uma prova da nossa qualidade contínua de produção.

Mais informações acesse:


Degustado em: 2018