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quarta-feira, 1 de abril de 2020

Angove Long Row Chardonnay 2008


Lembro-me que, quando cheguei a este rótulo, estava em busca de um vinho branco, mais especificamente da casta Chardonnay que, nos idos de 2014 era a minha cepa branca preferida. Que fique claro que ela não deixou de ser, mas que, naquela época, eram poucas as castas brancas que eu conhecia. Mas, voltando a minha saga em 2014 pela busca da Chardonnay, eu não queria um Chardonnay chileno, brasileiro, argentino, mas de um país pouco usual, a minha intenção era buscar novos terriors, rótulos diferentes, enfim, novas experiências. Entrei em uma loja especializada em vinhos e comecei a garimpar, a saciar a minha latente necessidade. Um vendedor, muito simpático e prestativo, que se dizia também um sommelier me auxiliava nas buscas, quando, encontrei um, escondido e até meio empoeirado, havia apenas uma garrafa que logo me deixou entusiasmado. Era um Chardonnay australiano que logo estava em minhas mãos e mostrei ao vendedor, perguntando por recomendações. Ele apenas disse que seria interessante degustar brancos com safras recentes e o referido australiano era da safra 2008, ou seja, 6 anos de safra até então. Mas resolvi arriscar! O preço estava atrativo, era um vinho branco cujo país era novo para mim... Segui em frente. Por que estou contando essa história? Logo irão saber...

O vinho que eu me refiro e que degustei e gostei demais, uma surpresa arrebatadora foi o Angove Long Row Chardonnay, como disse australiano, de uma região chamada McLaren Valley, no sul da Austrália, da safra 2008.

Na taça tem um amarelo palha com tons dourados muito brilhantes.

No nariz apresenta frutas brancas, como melão, frutas tropicais e toques herbáceos e um agradável floral que já indica seu frescor e elegância.

Na boca abundância frutada que enche a boca, diria um pouco de untuosidade, cremosidade que faz do vinho um tanto quanto estruturado e complexo, mas que graças a sua boa acidez o torna fresco, ainda com uma boa jovialidade, apesar dos seus 6 anos de safra à época. Com um final saboroso, longo e macio.

Um incrível Chardonnay elegante, harmonioso, suculento que surpreendeu pelos seus 6 anos de safra quando degustei mostrando impressionante frescor e vivacidade, com seus potentes 13,5% de teor alcoólico muito bem integrados. Claro que é sempre recomendável degustar brancos com safras recentes, mas, neste meu caso, fui surpreendido positivamente por um vinho vivo, pleno, jovem! Portanto, se o seu coração pedir, arrisque, invista que as vezes se torna interessante fugir às regras. Ah e para fechar, a safra de 2008 ganhou 4 prêmios, que segue: Internacional Wine Challenge, Decanter World Wine Awards, duas vezes a medalha de bronze e o Mundus Vini com a medalha de prata.

Sobre a Angove Family Winemakers:

A Angove Family Winemakers é uma empresa familiar de quinta geração dedicada à elaboração de vinhos super premium e de vinha única da McLaren Vale, juntamente com diversos vinhos de algumas das grandes regiões produtoras de vinho do Sul da Austrália. Em 1886 William Thomas Angove e sua família chegam à Austrália de Cornwall, Inglaterra, para estabelecer uma prática médica no Tea Tree Gully, no sopé do nordeste de Adelaide. A história da produção de vinho em Angove começa, no mesmo ano, com o Dr. Angove fazendo seus primeiros vinhos no agora histórico Brightlands Cellars como um tônico para seus pacientes. Em 1892 o negócio do vinho começa a crescer com 10 acres de vinhedos em produção e mais 20 acres plantados em 1893. Em 1903 as propriedades da vinha em Angove crescem para 100 acres, uma das maiores do estado e compõem um quinto da terra total plantada em videiras. Os primeiros vinhos são feitos a partir de uvas cultivadas nessas vinhas, bem como as da 'Warboys Vineyard', de propriedade de Henry Hall. Em 1907, a Destilaria e Vinícola St Agnes é estabelecida e as atividades de produção de vinho são transferidas das Caves Brightlands.Em 1910 o filho do Dr. Angove, Carl 'Skipper' Angove, se aventura em Renmark para estabelecer a primeira vinícola e destilaria de Riverland. Em 1927 Carl Angove e Ron Martin estabelecem a Dominion Wines Ltd na Inglaterra. Nos próximos 20 anos, a Angove & Son é uma das quatro principais vinícolas australianas a exportar para a Inglaterra sob a joint venture. Em 1946 Tom Angove é nomeado Diretor-Geral e inicia uma nova era de desenvolvimento, instalando instalações de britagem e britagem de última geração e construindo o 'Vintage House', que abriga 32 fermentadores abertos de concreto de 32 toneladas de cinco toneladas, considerados a principal tecnologia da época. Em 1962 Tom compra terras, agora chamadas Nanya Vineyard, em Paringa, do outro lado do rio, da Renmark. A vinha 480 Hectare é constantemente plantada em mais de 18 variedades diferentes de uvas que fornecem as marcas comerciais de vinhos da empresa. A quarta geração da família, John Carlyon Angove sucede a seu pai, em 1983, como diretor administrativo e promove desenvolvimento e investimento significativos em todos os aspectos do negócio. Em 2007 Nanya Vineyard inicia a conversão para produção orgânica de uva certificada para a produção no primeiro vinho orgânico certificado da família Angove. Atualmente a família Angove expande suas propriedades, adquirindo a premium Angels Rise, localizada a 280 m acima do nível do mar, em terras vitivinícolas privilegiadas nos arredores de Clarendon, em 2019, nos limites da região do McLaren Vale.

Mais informações acesse:


Degustado em: 2014