Estágio:
Estágio em 10 meses em barricas de carvalho (aduelas de carvalho)
Análise:
Visual:
apresenta coloração rubi escura, profunda, fechada, mas com brilho, com
reflexos evidentes de violeta, com lágrimas lentas, finas, densas e em
profusão.
Nariz:
aromático, traz destaques de frutas pretas maduras, como ameixa, cereja preta,
além de notas amadeiradas discretas, algo de tosta e até chocolate e
especiarias, como pimenta, por exemplo.
Boca:
é elegante, de média estrutura, mas equilibrado, redondo, destaca-se também as
notas frutadas, com taninos macios, mas intensos e vibrantes, com a madeira bem
integrada e um final persistente, de retrogosto frutado.
Estágio:
10 meses em contato com carvalho alternativo francês e americano (aduelas)
Adquirido:
Werle Vinhos
Valor:
R$ 82,50
Análise:
Visual:Coloração vermelho rubi intensa, límpido e com
bom brilho.
Nariz:Aromas complexos remetendo a frutas maduras,
como ameixa, em destaque, notas tostadas lembrando café, chocolate, baunilha,
além de especiarias, como pimenta preta e toque mentolado.
Boca:
Apresenta boa estrutura, com bom volume de boca, mas elegante, redondo, com as
notas frutadas em sinergia com o carvalho, além de taninos macios, mas
presentes, com acidez equilibrada e persistência longa.
Já dizia o ditado popular: Um raio não cai no mesmo lugar
duas vezes! Aquele clássico que é dito de boca em boca, uma unanimidade, é de
fato verídico? Definitivamente eu não sei dizer, talvez dependa da situação
vivida, mas no universo do vinho, esse ditado nem sempre tem validade, tem
força. Explico: quantas vezes degustamos grandes vinhos duas, três vezes e
sempre nos surpreendemos com algo novo, com alguma nuance que não havíamos
percebido no que degustou anteriormente e isso se confirma quando são safras
distintas, embora sejam de rótulos idênticos.
São vários os fatores, mas o clima e a vinificação são um dos
principais motivos para degustarmos vinhos de rótulos iguais e com nuances
distintas em suas características sensoriais. Mas no caso desse rótulo
brasileiro é um espumante e quando falamos em espumantes nacionais tem um peso
maior, afinal, os melhores espumantes produzidos no planeta estão em terras
tupiniquins. E o que dizer dos rótulos, dos tradicionais espumantes da
Garibaldi?
Quando mencionamos a Cooperativa Garibaldi, falamos em
espumantes, falamos em tradição, falamos em referência na produção dos
borbulhantes, falamos em custo X benefício! E como (sempre me pergunto isso com
satisfação e até com algum ceticismo, as vezes, diante do atual cenário dos
valores dos espumantes no Brasil) que os espumantes da Garibaldi, ganhando
prêmios relevantes em nossas terras e na Europa, conseguem manter um valor
muito competitivo nos seus rótulos, independente da proposta?
Vinhos de excelente qualidade, de tipicidade, que expressam o
terroir de forma plena, com um preço justo e que difunde a democracia da
cultura do vinho! É possível comprar os vinhos, os espumantes da velha
Cooperativa Garibaldi. Lembro-me que quando comprei o Garibaldi Vero Brut,
confesso que não alimentei maiores expectativas acerca do vinho, afinal,
trata-se de um básico espumante, uma linha mais simples do produtor, mas
comprei pelo preço e também pelo know how da Garibaldi. E não é que
surpreendeu? Entregou muito além do que eu esperava! E aí vem a menção aquele
dito popular no início do meu texto: Um raio cai duas vezes no mesmo lugar? Decidi
comprar mais um espumante dessa linha, mais uma vez o preço estava convidativo
então decidi arriscar de novo, estou no lucro.
O vinho que degustei e gostei veio da emblemática e
tradicional Serra Gaúcha, no Rio Grande do Sul, no Brasil, e se chama Garibaldi
Vero Brut Rosé, com um blend interessante das castas Trebbiano, Prosecco e
Ancellotta e não é safrado. Elaborado pelo método Charmat (Leia Diferenças entre os métodos Champenoise e Charmat) esse vinho
surpreendeu, é fantástico o quanto a Garibaldi consegue entregar espumantes
excelentes, em todas as suas propostas, com preços atraentes e que, “de
quebra”, ganha prêmios no Brasil e no mundo. Mas antes de falarmos do vinho,
falemos da valorosa história dessa região que produz um dos melhores espumantes
do mundo: Serra Gaúcha!
Serra Gaúcha
Situada a nordeste do Rio Grande do Sul, a região da Serra
Gaúcha é a grande estrela da vitivinicultura brasileira, destacando-se pelo
volume e pela qualidade dos vinhos que produz. Para qualquer enófilo indo ao
Rio Grande do Sul, é obrigatório visitar a Serra Gaúcha, especialmente Bento
Gonçalves.
Serra Gaúcha
A região da Serra Gaúcha está situada em latitude próxima das
condições geo-climáticas ideais para o melhor desenvolvimento de vinhedos, mas
as chuvas costumam ser excessivas exatamente na época que antecede a colheita,
período crucial à maturação das uvas. Quando as chuvas são reduzidas, surgem
ótimas safras, como nos anos 1999, 2002, 2004, 2005 e 2006.
A partir de 2007, com o aquecimento global, o clima da Serra
Gaúcha se transformou, surgindo verões mais quentes e secos, com resultados
ótimos para a vinicultura, mas terríveis para a agricultura. Desde 2005 o nível
de qualidade dos vinhos tintos vem subindo continuamente, graças a esta mudança
e também do salto de tecnologia de vinhedos implantado a partir do ano 2000.
O Vale dos Vinhedos, importante região que fica situada na
Serra Gaúcha, junto à cidade de Bento Gonçalves, caracteriza-se pela presença
de descendentes de imigrantes italianos, pioneiros da vinicultura brasileira.
Nessa região as temperaturas médias criam condições para uma vinicultura fina
voltada para a qualidade. A evolução tecnológica das últimas décadas aplicada
ao processo vitivinícola possibilitou a conquista de mercados mais exigentes e
o reconhecimento dos vinhos do Vale dos Vinhedos. Assim, a evolução da
vitivinicultura da região passou a ser a mais importante meta dos produtores do
Vale.
Vale dos Vinhedos
O Vale dos Vinhedos é a primeira região vinícola do Brasil a
obter Indicação de Procedência de seus produtos, exibindo o Selo de Controle em
vinhos e espumantes elaborados pelas vinícolas associadas. Criada em 1995, a
partir da união de seis vinícolas, a Associação dos Produtores de Vinhos Finos
do Vale dos Vinhedos (Aprovale), já surgiu com o propósito de alcançar uma
Denominação de Origem. No entanto, era necessário seguir os passos da
experiência, passando primeiro por uma Indicação de Procedência.
O pedido de reconhecimento geográfico encaminhado ao
Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) em 1998 foi alcançado
somente em 2001. Neste período, foi necessário firmar convênios operacionais
para auxiliar no desenvolvimento de atividades que serviram como pré-requisitos
para a conquista da Indicação de Procedência Vale dos Vinhedos (I.P.V.V.). O
trabalho resultou no levantamento histórico, mapa geográfico e estudo da
potencialidade do setor vitivinícola da região. Já existe uma DOC (Denominação
de Origem Controlada) na região.
O Vale dos Vinhedos foi a primeira região entregue aos
imigrantes italianos, a partir de 1875. Inicialmente desenvolveu-se ali uma
agricultura de subsistência e produção de itens de consumo para o Rio Grande do
Sul. Devido à tradição da região de origem das famílias imigrantes, o Veneto,
logo se iniciaram plantios de uvas para produção de vinho para consumo local.
Até a década de 80 do século XX, os produtores de uvas do Vale dos Vinhedos
vendiam sua produção para grandes vinícolas da região. A pouca quantidade de
vinho que produziam destinava-se ao consumo familiar.
Esta realidade mudou quando a comercialização de vinho entrou
em queda e, consequentemente, o preço da uva desvalorizou. Os viticultores
passaram então a utilizar sua produção para fazer seu vinho e comercializá-lo
diretamente, tendo assim possibilidade de aumento nos lucros.
Para alcançar este objetivo e atender às exigências legais da
Indicação Geográfica, seis vinícolas se associaram, criando, em 1995, a
Associação dos Produtores de Vinhos Finos do Vale dos Vinhedos (Aprovale).
Atualmente, a Aprovale conta com 24 vinícolas associadas e 19 associados não
produtores de vinho, entre hotéis, pousadas, restaurantes, fabricantes de
produtos artesanais, queijarias, entre outros. As vinícolas do Vale dos
Vinhedos produziram, em 2004 9,3 milhões de litros de vinhos finos e
processaram 14,3 milhões de kg de uvas viníferas.
E agora falemos do vinho!
Na taça um lindo rosado claro, límpido e muito brilhante com
uma ótima concentração de perlages muito finos.
No nariz explode em frutas vermelhas onde se destacam a
cereja, morango e framboesa, exaltando um excelente frescor, com um delicado
toque floral e diria notas minerais.
Na boca é jovial com uma boa presença de boca, talvez pelo
toque generoso de frutas vermelhas, que lhe confere ainda leveza. Tem uma
acidez discreta, talvez pelas notas frutadas, mas ainda assim é fresco e o
residual baixo de açúcar, típico de um brut, não é tão evidente, parecendo até
mesmo um demi-sec, mas não soa enjoativo, sobretudo para quem não aprecia essa
última proposta de espumante. Um final prolongado e frutado.
Ah sim senhor, um raio cai duas vezes no mesmo lugar ou
melhor, para se adequar ao universo dos vinhos, um vinho cai duas vezes na
mesma taça sim. Apesar deste Garibaldi Vero Brut ser um rosé o que degustei
antes um espumante brut branco, são da mesma linha da vinícola e o que mais
surpreende: uma linha básica deste excelente produtor. Mais uma vez a Garibaldi
não decepciona e apesar de, lamentavelmente, não despontar em reconhecimento,
entre os melhores produtores de espumantes do Brasil, sem dúvida nenhuma para
os meus humildes aspectos sensoriais, são vinhos especiais. É isso! Essa é a palavra:
especiais. Não é apenas o aspecto sensorial, mas vinhos, rótulos que tem um
forte apelo sentimental, que faz parte da nossa história e que ela é viva,
latente e que sempre estarão despontando em minhas taças, alegrando, celebrando
os nossos dias de degustação. Esse Garibaldi Vero Rosé Brut definitivamente é
leve, fresco, refrescante, simples, nobre, porque é expressivo, traz a
tipicidade dos vinhos borbulhantes produzido em nossas terras e olha essa
matéria que fala do prêmio que Garibaldi Vero Brut Rosé ganhou em 2019: Cooperativa Vinícola Garibaldi é a mais premiada do brinda Brasil Edição 2019.
Fantástico! Tem 11,5% de teor alcoólico.
Sobre a Vinícola Garibaldi:
Situada em Garibaldi (120Km de Porto Alegre) no coração da
Serra Gaúcha, a maior região vitivinícola do Brasil, aempresa nasceu como Cooperativa Agrícola
Garibaldi na quinta-feira, 22 de janeiro de 1931, na sede do Club Borges de
Medeiros. Naquele dia, Monteiro de Barros reuniu representantes de 73 famílias
para criar uma das mais importantes cooperativas da região. O sucesso da
empreitada foi tanto que, em 1935, o grupo já contava com 416 associados.
A prosperidade, contudo, estancou no começo dos anos 1970. Em
1973, a empresa sofreu uma intervenção que duraram cinco anos. O processo,
porém, deu resultado e, no começo dos anos 1980, a Garibaldi passou a se
modernizar. No entanto, o grande passo só seria dado no início dos anos 2000.
No passado, a cooperativa trabalhava muito com vinho de mesa e até a granel, e
isso não rentabilizava o produto. Era uma commodity. Então, teve a necessidade
de agregar valor. Desde 2004, investiu-se fortemente na elaboração de
espumantes para dar essa guinada, rentabilizar os produtos e remunerar a uva
dos associados. Foi feito um intenso trabalho no campo de reconversão,
tecnologia em produto, para chegar a esse reconhecimento de mercado que a
vinícola tem hoje, como referência na produção de espumante.
A cooperativa tem hoje 400 famílias associadas, que juntas
formam um total de 900 hectares em 12 municípios diferentes do Rio Grande do
Sul. Gerenciar tudo isso é um trabalho complexo. O departamento técnico visita
todas as propriedades pelo menos três vezes ao ano. Tem um contato direto como
produtor tanto na orientação técnica quanto reconversões, conforme os
interesses da cooperativa. As 380 famílias são responsáveis pela produção da
uva. Elas elegem um conselho para cuidar do negócio e cada área tem um
responsável, um profissional contratado para gerir. É cooperativa, mas tem que
ser profissional no que faz. Em 2010, a Garibaldi adquiriu os direitos de
produção e comercialização da marca Granja União, que estava sob domínio da
Vinícola Cordelier. Mais recentemente, lançou a linha Acordes.
A vinícola hoje apresenta índices de crescimento superiores
aos da média nacional. Resultado de uma história de investimentos, de
profissionalização, de união e de uma trajetória que carrega em sua bagagem o
trabalho e a vida de milhares de pessoas. O investimento é permanente em
manutenção e melhoria dos processos produtivos e na qualidade dos produtos. Com
uma área de 32 mil metros quadrados de construção e capacidade de processamento
que ultrapassa os 20 milhões de quilos, utilizando tecnologia e equipamentos
europeus para a elaboração de nossos vinhos e espumantes. Uma identidade
marcante, personalidade e características próprias, aliadas ao terroir da Serra
Gaúcha, fez com que os seus espumantes acumulassem uma série de premiações em
concursos no Brasil e no exterior.
Nada mais festivo e solar do que grandes novidades! Aquelas
novidades que revolucionam, que mudam a sua vida, que traz impactos positivos a
ela, nem que seja por um curto espaço de tempo ou o famoso “que seja eterno
enquanto dure”! E não falo de resiliência ou coisas do tipo que parecem ser
mais algo institucionalizado, imposto do que espontâneo ou natural a nossas
vidas. E no universo do vinho não é diferente: grandes novidades de regiões,
aquelas castas diferentes, raras, pouco conhecidas, tudo isso estimula seu
interesse pelo mundo do vinho, pois nos possibilita a exercitar, inclusive, as
nossas experiências sensoriais.
E nada melhor do que “edificar” essa máxima no mundo do vinho
com os nossos dignos espumantes! Sim, os nossos espumantes que, sem sombra de
dúvida, são os melhores do mundo no estilo das borbulhas. O espumante
brasileiro rivaliza, em iguais condições, com os cavas espanhóis, os proseccos
italianos e por que não com os champanhes franceses, sem nenhuma espécie de
demagogia ou narcisismo.
E já que falamos nos nossos borbulhas tupiniquins falemos um
pouco da emblemática região de Garibaldi, na região da Serra Gaúcha e da
vinícola que leva o nome da cidade, orgulhando-a com os seus grandes rótulos: A
vinícola Garibaldi. Cada enófilo que se preza já degustou um rótulo desse
tradicional produtor ou se não o fez tem de fazer de forma imediata! São vinhos
especiais, de excelente custo X benefício, vinhos que despontam com prêmios que
ganham no Brasil e ao redor do mundo, em todos os cantos do globo atestando a
sua qualidade, levando a tipicidade da Serra Gaúcha, da cidade de Garibaldi às
alturas.
E hoje é um dia especial, aqueles dias que nos enche de
orgulho por ser brasileiro, degustar o que há de melhor no Brasil, pois
degustarei o primeiro Prosecco Rosé do Brasil, quiçá do mundo: O vinho que
degustei e gostei veio como disse, da Serra Gaúcha, da cidade de Garibaldi, e é
o Garibaldi Rosé Prosecco que leva também a casta Pinot Noir. O primeiro
Prosecco Rosé do Brasil!
E na avaliação do presidente da Cooperativa Vinícola
Garibaldi, Oscar Ló, o lançamento segue a perspectiva de inovação e atrelar a
qualidade aos rótulos da vinícola: “Além de ser o primeiro Prosecco Rosé do
Brasil, é possivelmente o primeiro do mundo, ou seja, largamos na frente de
países tradicionais na produção de espumantes, como Itália, França e Espanha.
Isso significa que a marca tende a ganhar cada vez mais holofotes por sua
qualidade, inovação e excelência na elaboração de bebidas derivadas da uva”.
O segredo, de acordo com o enólogo Ricardo Morari, está na
adição de uma pequena porcentagem de uvas tintas Pinot Noir à elaboração do
Garibaldi Prosecco Rosé Brut. “Um espumante varietal (ou seja, que apresenta o
nome da variedade de uva no rótulo), precisa ter no mínimo 75% dessa uva destacada
na composição do produto. Como nosso objetivo era que a bebida permanecesse
leve e fresca, prevalecendo características da Prosecco, utilizamos um
percentual de Pinot Noir em torno de 3 a 5%, somente para dar o toque
necessário de cor”, explica. E já que mencionamos a Vinícola Garibaldi e os
“artistas” que criaram o Garibaldi Prosecco Rosé, falemos da cidade que acolhe
os grandes espumantes: Garibaldi.
A terra dos espumantes: Garibaldi
O núcleo surge por ato de 24 de maio de 1870. Na data o
presidente, Dr. João Sertório, cria as colônias Conde D'Eu e Dona Isabel,
inaugurando um novo momento no processo de colonização e economia no estado do
Rio Grande do Sul. Garibaldi intitula-se, inicialmente, Colônia Conde D'Eu,
denominada assim em homenagem ao genro do imperador, casado com a Princesa
Isabel. A colonização aconteceu em 9 de julho de 1870 e eram todos prussianos
(alemães), mas entre 1874 e 1875, começaram a chegar novas levas de imigrantes:
suíços, italianos, franceses, austríacos e poloneses. Em 31 de outubro de 1900,
o governo eleva Conde D'Eu à condição de município, que passa a chamar-se de
Garibaldi, em homenagem ao italiano Giuseppe Garibaldi, que participou da
Revolução Farroupilha e é considerado "herói dos dois mundos".
O município de Garibaldi (Brasil) localiza-se na Encosta
Superior do Nordeste do Rio Grande do Sul, a 110 quilômetros de Porto Alegre,
com uma altitude de 640 metros. A população é de 34.684 habitantes. Garibaldi
pertence à 1ª Colônia da Imigração Italiana, integrando a Região Uva e Vinho da
Serra Gaúcha e o Vale dos Vinhedos. É reconhecida como a Capital Brasileira do
Espumante devido ao pioneirismo e qualidade de seus vinhos e espumantes. A
cidade, com um charme especial, guarda as características de um ambiente
tranquilo, com uma paisagem bucólica que lhe dá um ar particularmente distinto
do nosso tempo.
Garibaldi
Tudo é história e encantamento na Capital do Espumante. E é
esta história e a experiência de viver no limite entre a paixão e a razão que
será encontrado na Rota dos Espumantes, conhecido como a “Rota do Sabor”. O
bouquet do espumante exalado pelas caves e pelos corredores que guardam o mosto
da uva nos revigora, fazendo com que os sentidos nos transportem para uma
dimensão, senão divina, mágica, como é próprio para apreciar esta bebida.
De 1913, ano em que foi elaborado o primeiro espumante
brasileiro, aos dias de hoje, Garibaldi vem construindo a história dos vinhos e
espumantes do país. Nas grandes empresas e nas cantinas familiares, o visitante
poderá visitar e conhecer esta história, bem como acompanhar as técnicas de
elaboração charmat e champenoise, participar do processo de engarrafamento e
aprender a degustar a bebida.
Quando o monge beneditino Don Perignon, na experiência do
prazer de sua descoberta exclamou de estar bebendo estrelas, inaugurou o charme
na história da arte de degustar. E quando a cidade de Garibaldi inaugurou a
Rota dos Espumantes, criou uma forma alegre e sofisticada de contar histórias
sobre o finesse das bebidas nobres. Assim, foi composto um roteiro com 17
vinícolas, a mostrar que a relação íntima entre a alta tecnologia na elaboração
de espumantes e os ecos culturais dos séculos são eno-compatíveis.
E agora finalmente o vinho!
Na taça conta com um lindo e delicado rosa claro, ao estilo
cor de casca de cebola, mas muito brilhante, com perlages finos, abundantes e
com alguma persistência.
No nariz apresenta uma explosão aromática de frutas cítricas e
vermelhas, que se destacam framboesa, cereja e, sobretudo morango, além de
notas florais que traz uma agradável sensação de frescor e leveza.
Na boca é elegante e muito delicado, com a confirmação das
expressões frutadas, como identificado no aspecto olfativo, dotado de um frescor
e jovialidade evidente, graças a sua acidez equilibrada, mas com alguma
personalidade por conta de seu bom volume de boca e um final pouco persistente,
mas agradável.
Os ventos da mudança, os ares das gratas novidades também
devem chegar às taças dos enófilos que tem a mente aberta e que deseja fugir
das armadilhas da zona de conforto. Um grande vinho, um Prosecco com a cara e
coragem de desbravar dos brasileiros, bravos e de personalidade, com esse
belíssimo rótulo inovador que deixou para trás grandes e tradicionais
produtores do Velho Mundo. Um vinho delicado, elegante, frutado, fresco, mas de
personalidade e que marca em definitivo a história de uma região emblemática e
que catapulta para o mundo o saber fazer do Brasil no que tange aos espumantes.
Excepcional espumante! Tem 11,5% de teor alcoólico.
Sobre a Cooperativa Vinícola Garibaldi:
Situada em Garibaldi (120 Km de Porto Alegre) no coração da
Serra Gaúcha, a maior região vitivinícola do Brasil, a empresa nasceu como Cooperativa Agrícola
Garibaldi na quinta-feira, 22 de janeiro de 1931, na sede do Club Borges de
Medeiros. Naquele dia, Monteiro de Barros reuniu representantes de 73 famílias
para criar uma das mais importantes cooperativas da região. O sucesso da
empreitada foi tanto que, em 1935, o grupo já contava com 416 associados.
A prosperidade, contudo, estancou no começo dos anos 1970. Em
1973, a empresa sofreu uma intervenção que durou cinco anos. O processo, porém,
deu resultado e, no começo dos anos 1980, a Garibaldi passou a se modernizar.
No entanto, o grande passo só seria dado no início dos anos 2000. No passado, a
cooperativa trabalhava muito com vinho de mesa e até a granel, e isso não
rentabilizava o produto. Era uma commodity. Então, teve a necessidade de
agregar valor. Desde 2004, investiu-se fortemente na elaboração de espumantes
para dar essa guinada, rentabilizar os produtos e remunerar a uva dos
associados. Foi feito um intenso trabalho no campo de reconversão, tecnologia em
produto, para chegar a esse reconhecimento de mercado que a vinícola tem hoje,
como referência na produção de espumante. A cooperativa tem hoje 400 famílias
associadas, que juntas formam um total de 900 hectares em 12 municípios
diferentes do Rio Grande do Sul. Gerenciar tudo isso é um trabalho complexo. O
departamento técnico visita todas as propriedades pelo menos três vezes ao ano.
Tem um contato direto como produtor tanto na orientação técnica quanto
reconversões, conforme os interesses da cooperativa. As 380 famílias são
responsáveis pela produção da uva. Elas elegem um conselho para cuidar do
negócio e cada área tem um responsável, um profissional contratado para gerir.
É cooperativa, mas tem que ser profissional no que faz. Em 2010, a Garibaldi
adquiriu os direitos de produção e comercialização da marca Granja União, que
estava sob domínio da Vinícola Cordelier. Mais recentemente, lançou a linha
Acordes. A vinícola hoje apresenta índices de crescimento superiores aos da
média nacional. Resultado de uma história de investimentos, de
profissionalização, de união e de uma trajetória que carrega em sua bagagem o
trabalho e a vida de milhares de pessoas. O investimento é permanente em
manutenção e melhoria dos processos produtivos e na qualidade dos produtos. Com
uma área de 32 mil metros quadrados de construção e capacidade de processamento
que ultrapassa os 20 milhões de quilos, utilizando tecnologia e equipamentos
europeus para a elaboração de nossos vinhos e espumantes. Uma identidade
marcante, personalidade e características próprias, aliadas ao terroir da Serra
Gaúcha, fez com que os seus espumantes acumulassem uma série de premiações em
concursos no Brasil e no exterior.
É possível, em um país como o Brasil, por exemplo, degustar
um belíssimo vinho, com vários prêmios conquistados pelo mundo inteiro e ainda
tendo um valor muito atrativo? Pode parecer improvável e inusitado para a nossa
realidade, tendo em vista o altíssimo e injusto Custo X Brasil, comerciantes gananciosos
etc, mas sim é possível encontrar vinhos nessas condições. E os nossos
espumantes têm protagonizado esses momentos! Mais uma vez os nossos tão
adorados espumantes! Mas não se enganem que essa seja uma realidade, não é um
mar de rosas. Na mesma proporção que os nossos espumantes ganham em
credibilidade e prêmios os valores também, infelizmente, na mesma toada: preços
altos parece ser a tônica dos espumantes no Brasil, independente da sua proposta
e um produto brasileiro que ganha respeito e qualidade não chega na mesa do
brasileiro, de todos os credos e distinções sociais. Enfim, como costumo dizer:
só falta o Brasil e os brasileiros conhecerem os nossos vinhos. Mas, discussões
econômicas à parte, que são relevantes, há sim vinhos multi premiados e com
preço justo e tem um nome para eles: Garibaldi.
O vinho que degustei e gostei veio da emblemática e famosa
Serra Gaúcha, do Brasil, e é o Garibaldi Moscatel, não safrado, composto pelas
castas Moscato Branco e Moscato Giallo e produzido pelo método Asti. Mas afinal
o que é o método Asti? Esse processo tem muito a ver com a história da produção
desses tipos de espumantes. Então vamos a história!
Método Asti e os Moscatéis
O método Asti é uma variação do método Charmat, já que o
processo de fermentação de ambos métodos ocorrem dentro de autoclaves. A
diferença é que os espumantes com essa metodologia passam por apenas uma etapa
fermentativa. O método Asti para produção de espumantes consiste em colocar o
mosto (suco extraído das uvas) com as leveduras diretamente dentro de um tanque
de aço inoxidável totalmente vedado. As leveduras comerão o açúcar proveniente
do mosto, o transformando em álcool e gás carbônico. Este gás não é expelido
das cubas e serão as borbulhas do futuro espumante. Para manter a
característica frutada do espumante Moscatel, quando o teor alcoólico atinge em
torno de 8º (pode ser um pouco maior ou menor dependendo da decisão do
produtor), o processo é paralisado pelo resfriamento do mosto. O que acontece é
que restará açúcar residual do mosto ainda não fermentado. Quanto maior o teor
de álcool, menos doce será o espumante. A bebida é então filtrada para eliminar
as leveduras e outros sedimentos e em seguida é engarrafada.
Moscatel
Moscatel nada mais é do que a designação dada a uma família
específica de uvas, chamadas originalmente de Moscato. As frutas dessa casta podem ter cascas brancas, tintas ou
rosadas, originando diferentes tipos de vinho. Entretanto, convencionou-se
chamar "espumante Moscatel" todos aqueles produzidos com a uva
Moscato branca e utilizando o Método Asti de fermentação. Suas características
mais marcantes são: baixo nível de teor alcoólico (entre 6 e 10%), intenso
sabor adocicado frescor e intensidade de aromas florais e frutados.
As origens do Moscatel
O espumante Moscatel elaborado pelo Método Asti surgiu na
região de Piemonte, na Itália, de maneira rudimentar, em meados do século XVI.
Conta-se que o joalheiro Giovan Battista Croce foi o pioneiro, ao produzir
vinhos brancos doces, aromáticos e de baixo teor alcoólico em suas terras. Logo
a bebida se tornou famosa e ficou conhecida como Moscato d'Asti, em referência
à comuna de Asti, onde os vinhos eram fabricados.
Piemonte e a Comuna de Asti
Ao longo do tempo, os processos de produção foram sendo
aprimorados e, em 1865, o francês Carlo Gancia incorporou técnicas de
espumantização ao vinho Moscato branco, dando origem ao espumante Moscato. No
Brasil, o primeiro espumante Moscatel foi produzido somente em 1978, na Serra
Gaúcha. Hoje em dia, a bebida é fabricada por diversas vinícolas brasileiras,
já que a uva Moscatel branca é produzida em larga escala por aqui. Entretanto,
é sempre bom lembrar que a denominação Asti é de origem controlada. Ou seja,
somente os espumantes fabricados em Piemonte podem trazer essa informação em
seus rótulos. As bebidas elaboradas com as mesmas características, mas em
outros países, recebem a denominação "Espumante Moscatel" ou
"Espumante Moscatel elaborado pelo Método Asti".
E agora o vinho!
Na taça tem um amarelo palha com reflexos esverdeados com um
aspecto límpido e muito brilhante com uma bela formação de perlages, bem finas.
No nariz traz aromas agradáveis e intensos de frutas brancas
e tropicais e cítricas tais como melão, maçã verde, pera, abacaxi, com um
incrível toque floral, de flores brancas e o famoso toque adocicado, mas nem
tanto, mostrando-se bem equilibrado, nesse sentido.
Na boca é leve, fresco, com um discreto, mas agradável toque
de cremosidade, com uma boa acidez que corrobora a sua jovialidade e
refrescância. Um final persistente, com retrogosto frutado.
Um grande espumante moscatel com a tipicidade e o DNA do terroir
brasileiro, da Serra Gaúcha. O Brasil, a cada dia, a cada rótulo que surge, vem
se especializando na produção e cultivo dos espumantes, das cepas que constroem
os nossos moscatéis. O moscatel da Garibaldi se destaca, pelo preço
competitivo, pela qualidade e pelos prêmios que ostenta e vem ostentando ao
longo do tempo. Em 2014 o Garibaldi Moscatel ficou entre os 100 melhores vinhos do mundo e por duas vezes! Essa lista é elaborada pela Associação Mundial de
Jornalistas e Escritores de Vinhos e Licores classifica os rótulos baseada em
resultados de respeitados concursos internacionais, como os famosos Concours
Mundial de Bruxelles e o International Wine Challenge. Tem uma vocação
gastronômica e harmoniza com frituras, canapés e refeições mais simples. Tem 7,5%
de teor alcoólico.
Sobre a Vinícola Garibaldi:
Situada em Garibaldi (120 Km de Porto Alegre) no coração da
Serra Gaúcha, a maior região vitivinícola do Brasil, a empresa nasceu como Cooperativa Agrícola
Garibaldi na quinta-feira, 22 de janeiro de 1931, na sede do Club Borges de
Medeiros. Naquele dia, Monteiro de Barros reuniu representantes de 73 famílias
para criar uma das mais importantes cooperativas da região. O sucesso da empreitada
foi tanto que, em 1935, o grupo já contava com 416 associados.
A prosperidade, contudo, estancou no começo dos anos 1970. Em
1973, a empresa sofreu uma intervenção que durou cinco anos. O processo, porém,
deu resultado e, no começo dos anos 1980, a Garibaldi passou a se modernizar.
No entanto, o grande passo só seria dado no início dos anos 2000. No passado, a
cooperativa trabalhava muito com vinho de mesa e até a granel, e isso não
rentabilizava o produto. Era uma commodity. Então, teve a necessidade de
agregar valor. Desde 2004, investiu-se fortemente na elaboração de espumantes
para dar essa guinada, rentabilizar os produtos e remunerar a uva dos
associados. Foi feito um intenso trabalho no campo de reconversão, tecnologia
em produto, para chegar a esse reconhecimento de mercado que a vinícola tem
hoje, como referência na produção de espumante. A cooperativa tem hoje 400
famílias associadas, que juntas formam um total de 900 hectares em 12
municípios diferentes do Rio Grande do Sul. Gerenciar tudo isso é um trabalho
complexo. O departamento técnico visita todas as propriedades pelo menos três
vezes ao ano. Tem um contato direto como produtor tanto na orientação técnica
quanto reconversões, conforme os interesses da cooperativa. As 380 famílias são
responsáveis pela produção da uva. Elas elegem um conselho para cuidar do
negócio e cada área tem um responsável, um profissional contratado para gerir.
É cooperativa, mas tem que ser profissional no que faz. Em 2010, a Garibaldi
adquiriu os direitos de produção e comercialização da marca Granja União, que
estava sob domínio da Vinícola Cordelier. Mais recentemente, lançou a linha
Acordes. A vinícola hoje apresenta índices de crescimento superiores aos da
média nacional. Resultado de uma história de investimentos, de
profissionalização, de união e de uma trajetória que carrega em sua bagagem o
trabalho e a vida de milhares de pessoas. O investimento é permanente em
manutenção e melhoria dos processos produtivos e na qualidade dos produtos. Com
uma área de 32 mil metros quadrados de construção e capacidade de processamento
que ultrapassa os 20 milhões de quilos, utilizando tecnologia e equipamentos
europeus para a elaboração de nossos vinhos e espumantes. Uma identidade
marcante, personalidade e características próprias, aliadas ao terroir da Serra
Gaúcha, fez com que os seus espumantes acumulassem uma série de premiações em
concursos no Brasil e no exterior.
Seria um mundo perfeito aliar preços baixos, aqueles valores
que cabem no bolso de todos os brasileiros, aos nossos espumantes, esses mesmos
espumantes que fazem um sucesso tremendo na Europa, Estados Unidos e vários
outros cantos do mundo, sendo contemplados por premiações de excelência, mas
tão distante da realidade dos brasileiros que não gozam de uma renda alta e que
querem adentrar o mundo do vinho, tendo como porta de entrada a menina dos
olhos da nossa produção vitivinícola, os nossos vinhos borbulhantes. É claro
que os valores variam de acordo com a proposta e complexidade dos vinhos, mas o
custo Brasil, os tributos destroem toda e qualquer expectativa de se
democratizar a bebida, o vinho, como um todo, a todos os brasileiros, sem
distinção social. Mas há esperanças, há espumantes bem feitos, premiados
nacional e internacionalmente e que entregam ao mercado valores compatíveis,
justos a todas as camadas da população. Falo da Vinícola Garibaldi. Já degustei
alguns rótulos de seus espumantes e que muito me surpreendeu positivamente e
este de hoje não fugiu à regra.
O vinho que degustei e gostei é da emblemática Serra Gaúcha,
da tradicional Vinícola Garibaldi: Garibaldi Vero brut, produzido pelo método
charmat (Leia aqui o significado desse método: Diferenças entre os métodos Champenoise e Charmat) composto pelas castas
Trebbiano, Prosecco e Colombard (casta branca típica do sul da França), não
safrado. Um espumante que realça a cara, a identidade do Brasil: informal,
fresco, leve e com a cara dos dias quentes de um país tropical como o nosso.
Na taça tem um amarelo palha com reflexos esverdeados,
límpidos e brilhantes com perlages finos e em abundância.
No nariz apresenta um agradável aroma de frutas brancas e
cítricas como abacaxi e limão e um toque floral.
Na boca é seco, frutado, fazendo jus a sua proposta (brut), é
leve, jovem, fresco, saboroso, que preenche bem a boca, diria discreta cremosidade,
com uma boa acidez e um final saboroso e persistente.
Um espumante excelente, com atrativo custo X benefício e que
pode sim rivalizar com qualquer bebida famosa que tenha os perlages do mundo,
sem exageros ufanistas. Um espumante leve, fresco, despretensioso, diria com
certa untuosidade e muito refrescante. Harmoniza muito bem com frituras, carnes
brancas, saladas, sopas e queijos leves. Tem 11,5% de teor alcoólico.
Alguns prêmios:
Dupla Medalha de Ouro: Concurso VINUS 2019
Medalha de Prata: 4º Brinda Brasil - Júri Técnico
Sobre a Vinícola Garibaldi:
Situada em Garibaldi (120Km de Porto Alegre) no coração da
Serra Gaúcha, a maior região vitivinícola do Brasil, a empresa nasceu como Cooperativa Agrícola
Garibaldi na quinta-feira, 22 de janeiro de 1931, na sede do Club Borges de
Medeiros. Naquele dia, Monteiro de Barros reuniu representantes de 73 famílias
para criar uma das mais importantes cooperativas da região. O sucesso da
empreitada foi tanto que, em 1935, o grupo já contava com 416 associados.
A prosperidade, contudo, estancou no começo dos anos 1970. Em
1973, a empresa sofreu uma intervenção que durou cinco anos. O processo, porém,
deu resultado e, no começo dos anos 1980, a Garibaldi passou a se modernizar.
No entanto, o grande passo só seria dado no início dos anos 2000. No passado, a
cooperativa trabalhava muito com vinho de mesa e até a granel, e isso não
rentabilizava o produto. Era uma commodity. Então, teve a necessidade de
agregar valor. Desde 2004, investiu-se fortemente na elaboração de espumantes
para dar essa guinada, rentabilizar os produtos e remunerar a uva dos
associados. Foi feito um intenso trabalho no campo de reconversão, tecnologia
em produto, para chegar a esse reconhecimento de mercado que a vinícola tem
hoje, como referência na produção de espumante. A cooperativa tem hoje 400
famílias associadas, que juntas formam um total de 900 hectares em 12
municípios diferentes do Rio Grande do Sul. Gerenciar tudo isso é um trabalho
complexo. O departamento técnico visita todas as propriedades pelo menos três
vezes ao ano. Tem um contato direto como produtor tanto na orientação técnica
quanto reconversões, conforme os interesses da cooperativa. As 380 famílias são
responsáveis pela produção da uva. Elas elegem um conselho para cuidar do
negócio e cada área tem um responsável, um profissional contratado para gerir. É
cooperativa, mas tem que ser profissional no que faz. Em 2010, a Garibaldi
adquiriu os direitos de produção e comercialização da marca Granja União, que
estava sob domínio da Vinícola Cordelier. Mais recentemente, lançou a linha
Acordes. A vinícola hoje apresenta índices de crescimento superiores aos da
média nacional. Resultado de uma história de investimentos, de
profissionalização, de união e de uma trajetória que carrega em sua bagagem o
trabalho e a vida de milhares de pessoas. O investimento é permanente em
manutenção e melhoria dos processos produtivos e na qualidade dos produtos. Com
uma área de 32 mil metros quadrados de construção e capacidade de processamento
que ultrapassa os 20 milhões de quilos, utilizando tecnologia e equipamentos
europeus para a elaboração de nossos vinhos e espumantes. Uma identidade
marcante, personalidade e características próprias, aliadas ao terroir da Serra
Gaúcha, fez com que os seus espumantes acumulassem uma série de premiações em
concursos no Brasil e no exterior.