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sábado, 20 de junho de 2020

BB Balbo Malbec Rosé 2019


O consumo de vinhos rosés no Brasil deveria ser maior, embora tenha crescido vertiginosamente nos últimos anos, mas ainda é insuficiente, levando em consideração que a proposta desses vinhos “harmoniza” com o clima tropical e quente do nosso país. Dados estatísticos revelam que o consumo de rosés cresceu e isso é sensivelmente visto e que traz mais otimismo, mas sinto que ainda há uma névoa de preconceitos ou de tabus em torno do vinho rosé no Brasil: São vinhos para meninas! Ou ainda: São vinhos para iniciantes, vinhos para quem não sabe apreciar! É um absurdo completo: são vinhos com uma proposta simples, com frescor, despretensiosos, jovens, apenas isso. Ainda tem o custo Brasil, os altos tributos que incidem sobre os rosés e tantos outros, outro entrave. Então, pensando nessa situação, de uns tempos para cá tenho variado e diversificado a minha adega e dado a devida atenção aos rosés. E foi com esse sentimento que fui ao supermercado e avistei um rosé de uma vinícola que já tinha degustado um vinho e que me surpreendera por demais, a BB Balbo, da casta Malbec (Análise do vinho pode ser lida aqui: BB Balbo Malbec tinto 2017) que pertence a tradicional Família Falasco, da Argentina e instalada na região de Mendoza. Dessa vez avistei o Malbec Rosé e verifiquei o valor: R$16,90! Inacreditável! Esse é o preço dos sonhos! Levei! Arrisquei!

E não é que o vinho agradou! É inacreditável o quanto este vinho foi pleno no que tange a sua capacidade de entregar, a um simples enófilo como eu, na sua proposta: de um vinho simples, honesto, fresco, fácil de degustar. Simples e nobre é esse vinho que degustei e gostei que se chama BB Balbo Malbec Rosé, da região de Luján de Cuyo, em Mendoza, da safra 2019. E Luján de Cuyo é considerada a terra da Malbec! Até nisso conspirou a meu favor! Então, antes de falar sobre o vinho, falemos brevemente de Luján de Cuyo.

Luján de Cuyo

Com vinhedos plantados em solos arenosos e altitudes que variam entre 800 e 1.100 metros, Luján de Cuyo é conhecido como a terra do Malbec. O departamento faz parte da região alta do Rio Mendoza. A maior parte das videiras aqui plantadas é de uvas tintas, mas o Malbec não é a única a se destacar: Cabernet Sauvignon, Chardonnay e Torrontes também têm se mostrado bastante expressivas.

Luján de Cuyo

A aproximadamente 40 minutos ao sul da cidade de Mendoza, a região é considerada o berço do movimento vinícola argentino – tirando o país do lugar comum e alavancando sua produção à nível internacional. Luján de Cuyo foi a primeira área a instituir a DOC (Denominação de Origem Controlada) para o Malbec em 1993. Isso causou uma considerável e contínua melhora na qualidade e quantidade dos vinhos, repercutindo num notável reconhecimento global.

E agora o vinho!

Na taça tem um rosa “cor de casca de cebola” bem clarinho, mas com reluzente e bonito brilho, com poucas e curtas lágrimas que logo somem das paredes do copo.

No nariz explodem as notas frutadas, como morango, cereja, por exemplo, com toques florais muito agradáveis.

Na boca é frutado, fresco, leve e, quando levado à boca, percebe-se um toque adocicado bem equilibrado e que não é nem um pouco enjoativo, com acidez correta e um final curto, mas delicado.

Um vinho barato, mas que definitivamente surpreendeu! Entrega, sem sombra de dúvida, mais do que valeu e repito o valor: R$ 16,90! E repito também aquilo que, na minha vida de um humilde enófilo, virou um mantra: Se permite degustar todos os vinhos, todas as propostas e todos os valores. Não deixe passar oportunidades únicas de degustar vinhos surpreendentes! Tem 13% de teor alcoólico muito bem integrados.

Sobre a Família Falasco Winery:

Com experiência há mais de 70 anos, a família Falasco, também proprietária da vinícola Balbo S/A, está profundamente enraizada na indústria vinícola. Fruto de um sonho iniciado por Octavio Rufino em 1939, esta empresa encontra-se hoje em sua terceira geração, e conta com a dedicação e cuidado de Jorge Daniel Falasco, que ainda preza pela tradição familiar na fabricação e venda de vinhos excelentes, horando os princípios que deu origem aos sonhos de seu avô, preservando a tradição e originalidade em todo o tempo, mantendo a juventude, dinamismo e mente inteligente para se ajustar as mudanças do mercado. A época da colheita é realizada em Mendoza. Com grande esforço, seu povo transformou esta região semideserta em um oásis que possuí condições perfeitas para o cultivo de videiras, precisando de mínimos tratamentos fitossanitários. A província está localizada aos pés da Cordilheira dos Andes, tem solos argilosos irrigados pelas águas puras do degelo e apresenta grande amplitude térmica. Os 300 dias de sol por ano e ventos suaves tornam as condições perfeitas para a produção de vinhos de alta qualidade. A Família Falasco, ao todo possui 3.000 hectares de vinhedos conduzidos por uma equipe de Engenheiros Agrônomos e se encontram dentro dos principais oásis produtivos de Mendoza. A vinícola conta com uma capacidade de elaboração de 35 milhões de litros de vinho fino e processa, desde fevereiro até o final de abril, cerca de 40 milhões de quilos das uvas. A Familia Falasco ocupa o quarto lugar a nível nacional em quantidade de uvas processadas por ano.

Mais informações acesse:






segunda-feira, 9 de março de 2020

BB Balbo Malbec 2017




Quem disse que Malbec bom tem de ser sempre amadeirado e muito corpulento? Evidente que não podemos negligenciar as diversas propostas de vinhos dessa cepa. É claro que já degustei e pretendo degustar vinhos com essa característica, mas há sim, embora não seja uma tarefa das mais fáceis, vinhos da casta Malbec com uma proposta mais simples, frutada, descontraída e que ainda ofereça a personalidade típica da cepa. Si, se puede!

E o vinho que degustei e gostei me surpreendeu completamente, um Malbec típico da região de Mendoza, com muita tipicidade, equilíbrio, harmonia e drincabilidade. É o BB Balbo, da safra 2017, da Balbo S/A, que pertence a tradicional Família Falasco que ainda é composta pelas vinícolas Los Haroldos Bodegas & Viñedos e, claro, a Família Falasco Premium Wines. Esse vinho é um “corte de Malbec”, ou seja, as uvas são provenientes de duas sub-regiões conhecidas de Mendoza, 90% veio de Luján de Cuyo e 10% de Valle de Uco.

No olhar o vinho tem um vermelho rubi intenso, escuro e um brilho vibrante, típico da Malbec.

No nariz uma explosão de frutas vermelhas, como ameixa, por exemplo.

Na boca têm-se as mesmas impressões olfativas, com taninos sedosos e delicados, boa acidez, que revela um vinho fresco e jovem. Muito equilibrado e harmonioso, tem um final de média intensidade e remetendo a fruta.

Nada contra, é claro, com os Malbecs amadeirados, mas esse, sem passagem por barricas de carvalho, revela toda a expressão e tipicidade da região de Mendoza e as características da casta. Teor alcoólico de 12,5% e é bem gastronômico, harmonizando bem com queijos encorpados, carnes de churrasco e massas, como macarrão e pizza.

Sobre a Família Falasco:

O tradicional grupo Familia Falasco foi fundado por Octavio Rufino Falasco, em 1939. Para a vinificação dos vinhos, combinam técnicas antigas, como depósitos de concreto, com tecnologia de ponta das cubas de aço inoxidável com controle de temperatura, além de investir num avançado laboratório.

Maiores informações acesse: