A importância social e econômica do setor na região, bem como
o esforço de modernização feito pelos produtores, transformadores,
engarrafadores e comerciantes nos últimos anos, exige um instrumento que lhes
permita oferecer os seus vinhos de qualidade dignamente rotulados ao mercado.
Os tipos de vinhos que podem ser elaborados no IGP Vinos de
la Tierra de Castilla são: vinhos brancos, rosés e tintos; Vinhos espumantes;
Vinhos espumantes; vinhos licorosos; e vinhos de uvas maduras. São eles:
Brancas: Airén, Albillo Real, Chardonnay, Gewürztraminer,
Macabeo oViura, Malvar, Malvasía Aromática, Marisancho o Pardillo, Merseguera,
Moscatel de grano menudo, Moscatel de Alejandría, Parellada, Pedro Ximénez,
Riesling, Sauvignon blanc, Torrontés, Verdejo, Verdoncho e Viognier.
Tintas: Bobal, Cabernet-sauvignon, Cabernet-franc,
Coloraillo, Forcallat tinta, Garnacha tinta, Garnacha tintorera, Graciano,
Malbec, Mazuela, Mencia, Merlot, Monastrell, Moravia agria, Moravia dulce o
Crujidera, Petit Verdot, Pinot Noir, Prieto picudo, Rojal tinta, Syrah,
Tempranillo o Cencibel, Tinto de la pámpana blanca e Tinto Velasco o Frasco.
As castas mais cultivadas em Castilla de La Mancha, sejam DO
ou IGP, são: Airén, Viúra, Sauvignon Blanc e Chardonnay entre as brancas e as
tintas são: Tempranillo, Syrah, Cabernet Sauvignon, Merlot e Grenache.
Classificação dos rótulos da DO de Castilla La Mancha:
ü Jóven: Categoria mais básica, sem
passagem por madeira, para ser consumido preferencialmente no mesmo ano da
colheita.
ü Tradicional: Sem passagem por
madeira, porém com mais estrutura do que o Jóven.
ü Envelhecimento em barris de carvalho:
Envelhecimento mínimo de 90 dias em barris de carvalho.
ü Crianza: Envelhecimento natural de
dois anos, sendo, pelo menos, seis meses em barris de carvalho.
ü Reserva: Envelhecimento de, no
mínimo, 12 meses em barris de carvalho e 24 meses em garrafa.
ü Gran Reserva: Envelhecimento de, no
mínimo, 18 meses em barris de carvalho e 42 meses em garrafa.
ü Espumante: Produzidos a partir do
método tradicional (segunda fermentação em garrafa), com no mínimo nove meses
de autólise.
E agora finalmente o vinho!
Na taça apresenta um vermelho rubi intenso, brilhante e com
reflexos violáceos, com lágrimas finas e em certa profusão desenhando as
paredes do copo.
No nariz protagoniza os aromas de frutas vermelhas em
compota, tais como ameixa, framboesa e morango, com notas amadeiradas, graças
aos 3 meses de passagem por barricas de carvalho e especiarias. Tem também um
toque floral que traz uma sensação de frescor e até leveza.
Na boca tem de leve a média estrutura, reproduz as frutas
vermelhas como no aspecto olfativo, álcool proeminente que revela um bom volume
no palato, a madeira é perceptível, mas bem integrada ao conjunto do vinho,
tornando-o equilibrado e redondo, especiarias, a pimenta típica da Syrah que
entrega aquele picante, além de taninos gordos, mas domado e acidez correta. Final
persistente com algo de café, torrefação e muita fruta.
“A safra 2018 começou
com um outono seco e um inverno com algumas geadas significativas, mas a
primavera chegou com chuvas abundantes.”
Esse é um fragmento da descrição do vinho da empresa
especializada em vendas de vinhos que concebeu esse rótulo em seu clube de
vinhos a qual fazia parte. Fiz questão de coloca-la no final deste texto, dessa
resenha, para corroborar o que eu disse no início. De que embora a Syrah seja
uma casta global, diria massificada por se adaptar a vários terroirs espalhados
pelo mundo, sempre há novidades e gratas novidades, diria. Além da trazer algo
novo para mim, de degustar o meu primeiro 100% Syrah espanhol, trouxe também um
vinho intenso, com alguma complexidade, de média estrutura, notas frutadas e
taninos cheios, com notas especiadas, tudo o que um Syrah pode proporcionar
pelas suas características, mas também as características de Castilla La
Mancha, de vinhos mais robustos e de marcante personalidade. Novidades
movimentam o mundo e com o vinho não é diferente. E além de tudo isso
apresentado, a vinícola traz a novidade da produção partilhada, conhecida como
“Winemakers e Winelovers” que consiste na participação dos enófilos que
escolhem as diferentes opções de parcelas que estão sendo vinificadas, sendo
engarrafados os vinhos escolhidos pelos “Winelovers”. É a máxima concepção de
identidade cultural e da terra. Tem 13,5% de teor alcoólico.
Sobre a Vinícola Reserva de la Tierra:
A Reserva de la Tierra faz parte deste maravilhoso mundo do
vinho há mais de 60 anos. Os primeiros passos foram dados em San Rafael,
província de Mendoza, na República Argentina. Foi naquelas terras tão
distantes, e ao mesmo tempo tão caras aos emigrantes espanhóis, que os
primeiros vinhos foram feitos com muito entusiasmo, tenacidade e muito esforço.
Anos depois, já com uma grande experiência acumulada, o Grupo
fixou-se em Espanha, atrás de um novo sonho. Daquele momento até hoje, o
Reserva de la Tierra não parou um momento de trabalhar, da tradição à inovação
em cada uma das iniciativas do Grupo.
Hoje a empresa é admirada e respeitada em todo o mundo por
sua constante adaptação às mudanças, sua visão inovadora e seu respeito por
trabalhar em harmonia com o meio ambiente. Menção especial deve ser feita aos
valores em relação às pessoas que fazem parte desta grande família. A
honestidade é especialmente valorizada e acima de tudo a atitude empreendedora.
Com paixão, esforço e dedicação constante, Reserva de la
Tierra vem cumprindo todas as expectativas. As vinhas, as adegas, os vinhos,
nada mais são do que sonhos realizados.
“Winemakers e Winelovers” – conceito e filosofia
Na Reserva de la Tierra há uma visão diferente do mundo do
vinho, partilhada, mais social e mais próxima de todos.
Para Reserva de la Tierra cada vinho é concebido com paixão
como a união entre dois mundos: Enólogos e Enólogos. Cria-se vinhos com
pessoas, abraçando uma filosofia de trabalho ao mesmo nível que se distingue
dos restantes.
Os enólogos selecionam as melhores cepas e terroirs para
fazer os vinhos mais especiais. Mas o mais importante é que grupos muito
variados de apreciadores de vinho participem desse processo, degustando diferentes
opções de variedades. Após este processo, engarrafa-se apenas o vinho
selecionado pelos Winelovers, conseguindo assim vinhos com uma identidade
única.
Mais informações acessem:
https://www.reservadelatierra.com/
Referências:
“Vinho Blog”: http://blog.vinhosite.com.br/la-mancha-maior-regiao-produtora-vinhos-espanha/
“Enologuia”: https://enologuia.com.br/regioes/245-a-regiao-de-castilla-la-mancha-a-terra-de-dom-quixote
Blog “Enologuia”: https://enologuia.com.br/regioes/245-a-regiao-de-castilla-la-mancha-a-terra-de-dom-quixote#:~:text=Este%20livro%2C%20universalmente%20famoso%2C%20trata,no%20centro%2Fsudeste%20da%20Espanha.&text=Os%20primeiros%20escritos%20da%20cultura,vinhas%20foram%20introduzidas%20pelos%20romanos.
“Revista Adega”: https://revistaadega.uol.com.br/artigo/vinhos-dos-moinhos_4580.html
“Blog VinhoSite”: http://blog.vinhosite.com.br/la-mancha-maior-regiao-produtora-vinhos-espanha/
“Pagina JCCM”: http://pagina.jccm.es/agricul/paginas/comercial-industrial/consejos_new/vinostierra.htm