O total das vinhas implantadas na Região demarcada do Douro é
de 43.608 hectares, com a produção anual de 1,69 milhões de hectolitros, que
corresponde a 26% da totalidade dos vinhos produzidos em Portugal.
A grande diversidade de castas existentes no Douro,
adaptáveis a diferentes situações de clima, demonstra as excelentes condições
para a cultura da vinha existentes na região. Portugal é um dos países do mundo
com maior quantidade de castas autóctones (nativas) e, dentro de Portugal, o
Douro é a região com maior diversidade.
São uvas que só se encontram em território português – pelo
menos com os nomes que ali recebem. Entre as tintas, destacam-se Tinta Amarela,
Tinta Barroca, Tinta Roriz, Touriga Francesa, Touriga Nacional (a uva
emblemática de Portugal) e Tinto Cão. As castas brancas predominantes são
Malvasia Fina, Viosinho, Donzelinho e Gouveio.
E agora finalmente o vinho!
Na taça revela uma cor rubi profundo, intenso, escuro com
discretos halos granada, com lágrimas finas, lentas e coloridos em profusão que
desenham as bordas do copo.
No nariz traz um mix de aromas de frutas vermelhas e pretas
bem maduras, com destaque para jabuticabas, amoras, ameixas pretas, algo de
frutas silvestres, com toques de especiarias doces, couro, tabaco, estrebaria,
com o carvalho bem integrado, graças aos doze meses em barricas, com um
discreto floral.
Na boca é envolvente, estruturado, mas entrega algo doce. É
cheio, volumoso, quente, mas macio e redondo, fácil de degustar, apesar de sua
marcante personalidade. As notas frutas, como no aspecto olfativo, ganha
protagonismo em completa sinergia com as notas amadeiradas, mais evidentes no
paladar, aportando baunilha e chocolate. Tem taninos nobres e domáveis, com
acidez correta e um final persistente.
Um típico vinho do Douro, um vinho que traz alguma
personalidade, aliada a elegância, o refinamento, a maciez e a facilidade de
degusta que o rótulo prima. Um vinho redondo, versátil, gastronômico, saboroso,
mas volumoso. Um vinho definitivamente equilibrado. Um caráter regional que
enaltece as características mais marcantes de uma região emblemática lusitana,
o Douro. Tem 14% de teor alcoólico.
Sobre a Adega Cooperativa de Vila Real:
Falar da Adega Cooperativa De Vila Real é falar de
competência e desenvolvimento. Competência porque consegue oferecer aos seus
associados um bom preço pelas uvas que compra, pagando a tempo e a horas. A adega
soube adaptar-se aos dias de hoje, com a ajuda e conhecimento do enólogo Rui
Madeira e seu presidente.
Rui Madeira tem, há algum tempo a esta parte, vindo a
desenvolver projectos na zona das Beiras e Trás-os-Montes e Douro. Exemplo
disso é o seu projeto em Figueira de Castelo Rodrigo, com os vinhos “Beyras”, o
trabalho na CARM, e a ajuda que presta ao nível da enologia na Adega
Cooperativa de Vila Real.
Fundada em 1955, com o objetivo de defender os interesses dos
pequenos viticultores da Região Demarcada do Douro, a Adega Cooperativa de Vila
Real viu, desde cedo, ser reconhecida a sua qualidade, pois logo na década de 1960,
os seus vinhos ganharam diversos prémios em concursos nacionais e
internacionais.
Durante o século XVI, no reinado de D. Sebastião, os vinhos
da “vylla de Vylla Reall e de seu Termo” beneficiaram de estatuto privilegiado,
em que por Alvará Régio se defendia a sua livre circulação e comercialização em
todo o Reino, ainda antes da delimitação da Região Demarcada do Douro.
Aqui se insere a Adega Cooperativa de Vila Real, que desde
1955 leva até ao consumidor o melhor do Vale do Rio Corgo – o Vinho, que deve
as suas características únicas à especificidade da região onde se encontram as
explorações dos seus associados.
De fato, as características edafoclimáticas do agreste Vale
do Corgo (um dos mais importantes afluentes do Rio Douro) permitem a obtenção
de vinhos com características únicas. A prova-lo estão as medalhas de ouro,
prata e bronze que, desde a sua formação, esta Adega tem arrecadado.
Como resposta à necessidade de modernização, a Adega
Cooperativa de Vila Real dispõe, desde 1992, de novas instalações que permitem
a obtenção de vinhos de ainda melhor qualidade. Uma cave subterrânea situado a
pouco mais de 50 metros da pista de aviação, onde estão quatorze tonéis em
castanho, que têm cerca de 150 pipas, com a capacidade de 550 litros. Tais
tonéis são peças artesanais datadas de 1939 e foram recuperadas das suas
antigas instalações, onde nasceu a Sogrape, a empresa que os estreou.
Mais informações acesse:
http://www.adegavilareal.com/pt/#
Referências:
“Enopira”: https://enopira.com.br/douro-2/
“Viva o Vinho”: https://www.vivaovinho.com.br/mundo-do-vinho/regioes-vinicolas/douro-produzindo-vinhos-ha-mais-de-2-mil-anos/
“Clube dos Vinhos Portugueses”: https://www.clubevinhosportugueses.pt/turismo/adega-cooperativa-de-vila-real-caves-vale-do-corgo/
“Avas Mafra Comunidades”: https://avasmafra.comunidades.net/adega-cooperativa-de-vila-real-crl