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quarta-feira, 28 de agosto de 2024

Tsántali Collection Sunset Greece

 



Vinho: Tsántali Collection Sunset Greece

Safra: Não safrado

Casta: Limnio e Merlot

Região: Sem informação de região

País: Grécia

Produtor: Vinícola Tsántali

Adquirido: Site Direto da Grécia

Valor: brinde

Teor Alcoólico: 11,5%

 

Análise:

Visual: apresenta um rubi já atijolado denotando algum tempo de guarda, com pouco brilho e discretas e finas lágrimas.

Nariz: pouco aromático, traz notas de frutas vermelhas maduras, com toques de especiarias, algo terroso também.

Boca: percebe-se já decadência no vinho dado o tempo em garrafa, mas as notas frutadas, como no aspecto olfativo, ainda estão preservadas, bem como a acidez, mesmo que discretamente. Tem final curto, pouco persistente.

 

Produtor:

https://tsantali.com


segunda-feira, 20 de maio de 2024

Chateau Duvalier Sémillon 2001

 



Vinho: Chateau Duvalier

Casta: Semillon

Safra: 2001

Região: Rio Grande do Sul (Sem detalhes de informação no rótulo e site do produtor)

País: Brasil

Produtor: Bacardi-Martini do Brasil

Teor Alcoólico: 10,5%

Adquirido: Presente de um amigo

Valor: ----

 

Análise:

Visual: amarelo intenso, em uma cor alaranjada denotando os seus vinte e três anos de garrafa.

Nariz: revela aroma intrigante de mel, sem as notas frutadas, sem o frescor de juventude, mas a sedução da idade.

Boca: complexo, traz algo de frutas secas, não há frescor, não há a leveza, não há acidez, a idade impõe as suas mais fiéis características. Final envolvente e persistente.




Produtor:

https://www.bacardilimited.com/country-info/brazil/


segunda-feira, 28 de fevereiro de 2022

Conde de Cantanhede Rosé Baga

 

Nada melhor que degustar um rosé nos atuais dias de verão carioca. Aquele rosé despretensioso, baratinho, que não agride no bolso, frutado, leve, saboroso e descontraído à beira de uma piscina ou até mesmo em uma praia, por que não?

Uma vez falei que em dia de praia, com sol e calor, seria interessante, papos de “farofeiros” à parte, levar naquele isopor uma garrafa de rosé bem levinho para degustar. Como lamentavelmente não temos a cultura do vinho no cotidiano do brasileiro um comentário como esse soa, no mínimo, como uma piada para os outros.

E além de um rosé leve, fresco, frutado e muito despretensioso, aquele democrático que agrada a todos, tenho tido apreço à alguns produtores que, com maestria, com respeito aos terroirs e, claro, muito talento, vem produzindo vinhos excelentes que vai do básico, intermediário aos mais complexos e estruturados.

E a Adega de Cantanhede definitivamente me encantou com os seus rótulos e atualmente não pode faltar na minha adega. Bairrada, o Beira Atlântico sendo representada com dignidade e de forma veemente em minhas taças.

Bairrada e Beira Atlântico que, apesar de sua representatividade em Portugal, ainda não é popular em terras brasileiras, como o Alentejo, Lisboa, Douro, por exemplo. Contudo o vinho de hoje não tem região, não é oriunda de região alguma, embora, ao degusta-lo consegue-se perceber que é sim um vinho lusitano.

É o que se chama de “vinho de mesa”, mas não se engane, não confunda com os “vinhos de mesa” produzidos, em larga escala, no Brasil. Os vinhos de mesa brasileiros são aqueles que são feitos com as uvas americanas, não vitiviníferas. A concepção de “vinhos de mesa” em Portugal, em especial, são geralmente rótulos simples, também produzidos em larga escala, sem uma classificação como DOC ou “vinho regional”, e não vem de uma região específica, porém, não desmerece em absolutamente nada em termos de qualidade, afinal é tudo uma questão de proposta.

E essa proposta de um rosé leve, fresco e frutado o vinho que degustei e gostei de hoje superou as expectativas! O vinho se chama Conde Cantanhede e a casta é a emblemática da região da Bairrada e Beira Atlântico, a Baga. O vinho não é safrado, outra característica de um vinho de mesa português. A propósito eu já degustei um Baga dessa mesma proposta da Cantanhede e surpreendeu igualmente e que segue a resenha que pode ser lida aqui.

Ah e o que falar da Adega de Cantanhede? Acho que tudo o que falar desse grande produtor soará como redundância, mas é melhor ser redundante do que omisso e vamos falar de algumas histórias ao Conde de Cantanhede que dá nome a essa linha de vinhos. Vamos às curiosidades históricas.

A D. Pedro Meneses, 5º Senhor de Cantanhede, foi atribuído o título de 1º Conde de Cantanhede, como recompensa pela sua participação na Batalha do Toro em 1476, ao lado de D. Afonso V e o futuro D. João II.

A cidade de Cantanhede recebeu o foral de D. Manuel I, Rei de Portugal, em 1514. Naquela altura o Rei deu à família Meneses o total controle da região. Foi notório o contributo dos Meneses para o desenvolvimento da região, promovendo a agricultura, incluindo a viticultura, para o que, desde sempre foi reconhecido grande potencial nestas terras.

D. Pedro Meneses

Empenhada em prestar homenagem à digna linhagem dos Condes de Cantanhede e ao seu importante papel na região e na história de Portugal, a Adega de Cantanhede obteve a necessária autorização dos seus descendentes para lançar esta marca, que comporta um vasto portfólio com vinhos e espumantes de qualidade.

E agora finalmente o vinho!

Na taça apresenta um rosé de média intensidade, diria com uma cor “casca de cebola” com algumas discretas e breves formações de lágrimas.

No nariz é extremamente delicado, com notas florais e de frutas vermelhas que se destacam morango, framboesa e groselha.

Na boca traz a fruta como protagonista, elegante, fresco, leve, descompromissado, elegante e equilibrado, com um final médio e frutado.

Pois é um vinho que, dentro da sua proposta, entregou muito além de que valeu, um verdadeiro exemplo do excelente custo X benefício! A propósito esse rótulo da Cantanhede custou a bagatela de R$ 19,00! Incrível o valor! E, convenhamos, esse tem de ser a faixa de valor de um rosé com esses predicados em um país em que o rosé harmoniza plenamente com o clima quente, com o nosso verão. Degustei o mesmo geladinho e as notas frutadas, tanto no aroma quanto no paladar, super valorizou, com um delicado toque floral e um sabor que impactou pela refrescância e frescura. Que venham mais e mais rosés com essa qualidade e preço. Tem 11,5% de teor alcoólico.

Sobre a Adega de Cantanhede:

Fundada em 1954 por um conjunto de 100 viticultores, a Adega de Cantanhede conta hoje com 500 viticultores associados ativos e uma produção anual de 6 a 7 milhões de quilos de uva, constituindo-se como o principal produtor da Região Demarcada da Bairrada, representando cerca de 40% da produção global da região. Hoje certifica cerca de 80% da sua produção, sendo líder destacado nas vendas de vinhos DOC Bairrada DOC e Beira Atlântico IGP.

Reconhecendo a enorme competitividade existente no mercado nacional e internacional, a evolução qualitativa dos seus vinhos é o resultado da mais moderna tecnologia, com foco na qualidade e segurança alimentar (Adega Certificada pela norma ISO 9001:2015, e mais recentemente pela IFS Food 6.1.), mas também da promoção das castas Portuguesas, que sempre guiou a sua estratégia, particularmente das variedades tradicionais da Bairrada – Baga, Bical e Maria Gomes – mas também de outras castas Portuguesas que encontram na Bairrada um Terroir de eleição, como sejam a Touriga Nacional, Aragonez e Arinto, pois acredita que no inequívoco potencial de diferenciação e singularidade que este património confere aos seus vinhos.

O seu portfólio inclui uma ampla gama de produtos. Em tinto, branco e rose os seus vinhos vão desde os vinhos de mesa até vinhos Premium a que acresce uma vasta gama de Espumantes produzidos exclusivamente pelo Método Clássico, bem como Aguardentes e Vinhos Fortificados. É um portfólio que, graças à sua diversidade e versatilidade, é capaz de atender a diferentes segmentos de mercado, com diferentes graus de exigência em qualidade, que resulta na presença dos seus produtos em mais de 20 mercados.

A sua notoriedade enquanto produtor, bem como dos seus vinhos e das suas marcas, vem sendo confirmada e sustentadamente reforçada pelos prémios que vem acumulando no seu palmarés, o que resulta em mais de 750 distinções atribuídas nos mais prestigiados concursos nacionais e internacionais, com destaque para Mundus Vini – Alemanha, Concours Mondial de Bruxelles, Selections Mondiales du Vins - Canada, Effervescents du Monde – França, Berliner Wein Trophy – Alemanha e Japan Wine Challenge. Sendo por diversas ocasiões o único produtor da Bairrada com vinhos premiados nesses concursos e, por isso, hoje um dos mais galardoados produtores da região. Em 2015 integrou o TOP 100 dos Melhores Produtores Mundiais, pela WAWWJ – Associação Mundial dos Jornalistas e Críticos de Vinho e Bebidas Espirituosas. Nos últimos 8 anos foi eleita “Melhor Adega Cooperativa” em Portugal por 3 vezes pela imprensa especializada.

Mais informações acesse:

https://www.cantanhede.com/

 

 

  




sábado, 4 de abril de 2020

Cantanhede Rosé Baga


Preciso reparar um erro absurdo da minha humilde trajetória como enófilo, como amante de vinhos: as minhas poucas degustações de vinhos rosés. Preciso degustar mais vinhos rosés! É inaceitável que nós, brasileiros e degustadores de vinhos, rejeitem tão veementemente os vinhos rosés que, na sua proposta mais jovem, fresca e descompromissada, harmoniza maravilhosamente com o nosso clima, majoritariamente quente, solar. Acredito que também falte, por parte dos produtores, uma política mais agressiva de marketing, educando e fazendo o mercado entender das vantagens e do prazer que é degustar tais vinhos, alheio também a questões inerentes como a falta de uma cultura estabelecida de consumo de vinhos, que está estacionado nos menos de dois litros, per capita, ao ano e, claro, o Custo Brasil, com seus altos impostos, por exemplo. Mas não quero entrar no mérito, pelo menos agora, e falar de um vinho surpreendente, um vinho de um excepcional custo X benefício, como deve ser os rosés, em minha opinião, que definitivamente ficará em minha memória.

O vinho que degustei e gostei é o Cantanhede Rosé 100% da casta Baga, sem região e sem safra. O vinho não é safrado, não tem nenhuma denominação de origem (DOC, como na Bairrada e Vinho Regional, como no Beira Atlântico) sendo, como os portugueses denominam, um “Vinho de Mesa”. Nesse caso vale um parêntese importante que aqui no Brasil se tem pouca referência ou informação a respeito: Vinho de Mesa em Portugal tem uma definição diferente daqui do Brasil. No Brasil “Vinho de Mesa” são aquelas bebidas produzidas por uvas americanas, não viníferas. Já o conceito de “Vinho de Mesa” em Portugal são rótulos de entrada, simples das vinícolas que não possuem “DOC” e “Vinho Regional” e são produzidos com castas regionais, locais, como é o caso da Baga, que compõe este rótulo. As castas também podem vir de outras regiões, por isso que não vem com safra definida. Não devem ser, em minha opinião, vinhos medíocres, ruins, mas apenas com uma proposta simples, direta e despretensiosa. Outra menção que convém ressaltar é que este rótulo foi feito pelo famoso enólogo Osvaldo Amado, angolano naturalizado português. Amado faz vinho em todo o país. Enólogo reconhecido e premiado (foi o enólogo do ano para a Revista de Vinhos) engarrafou já mais de 400 milhões de garrafas e tem a sua assinatura em mais de 200 rótulos diferentes. Se você quiser conhecer um pouco mais o enólogo segue link com uma entrevista que o mesmo concedeu ao portal “Life & Style Fugas”.


Vamos ao vinho:

Na taça tem um rosa “casca de cebola”, cristalino, límpido, brilhante, muito bonito.

No nariz é impressionante! Aromas intensos de frutas vermelhas frescas, como cereja, morango, groselha.

Na boca é igualmente frutado, onde a presença intensa da fruta me fez lembrar um cesto de frutas vermelhas frescas recém-colhidas da árvore. Uma boa acidez, equilibrada, que denuncia todo o seu frescor, leveza e refrescância. Um final também frutado e persistente. Um vinho super elegante!

Um vinho adorável, surpreendente, simples sim, mas correto, honesto, bem feito e custou apenas R$ 23,90, pasmem! Um vinho fresco, delicado, jovem que personifica o conceito de um bom rosé, como ele deve ser além de um valor justo e que cabe no bolso, sobretudo em dias bicudos de incerteza econômica. Por mais rosés, por mais rosés com preços acessíveis e que cada um de nós, brasileiros, a qual me incluo, possa degustar mais e mais desses vinhos frescos e alegres. Possui 11,5% de teor alcoólico.

Sobre a Adega Cooperativa de Cantanhede:

A constituição da Adega Cooperativa de Cantanhede acontece no ano de 1954, fruto da vontade de um grupo de viticultores empenhado em criar condições para valorizar e rentabilizar o elevado potencial que já então reconheciam aos vinhos produzidos no terroir de Cantanhede. Neste concelho, onde a viticultura remonta ao tempo dos romanos, encontramos a principal mancha vitícola da Região Demarcada da Bairrada. Atualmente com cerca de 1400 viticultores associados, representando uma área total de vinha de 2000 Ha, esta adega é o maior produtor da região, representado 25 a 30% da produção. A sua dimensão e consequente responsabilidade que assume no contexto da região demarcada onde se insere, desde cedo exigiu que o caminho a seguir fosse o de valorizar as castas características da região, apostando na produção de vinhos com maior qualidade. Inicialmente comercializados exclusivamente a granel, após apenas 9 anos depois da sua fundação e contra todas as correntes do sector cooperativo de então, esta adega inicia, pioneiramente, a venda dos seus vinhos engarrafados procurando uma alternativa para a diferenciação dos vinhos de Cantanhede. A estratégia adoptada não demorou a dar frutos. Hoje esta adega certifica mais de metade da sua produção com a Denominação de Origem Bairrada, assumindo uma destacada liderança neste segmento e, mais recentemente também nos Vinhos Regional Beiras. Hoje a sua política produtiva assenta num pressuposto basilar que passa por uma forte aposta nas castas portuguesas, particularmente da Bairrada, sua defesa, promoção e divulgação.

Mais informações acesse: