As áreas mais frias do Central Valley estão ganhando cada vez
mais destaque perante o mundo dos vinhos, onde são cultivadas as uvas Riesling,
Viognier e até mesmo a casta Gewürztraminer.
O Central Valley é dividido em quatro sub-regiões vinícolas,
de norte a sul, cada qual com características e diferenças marcantes. O Maipo é
a sub-região mais histórica do país, onde as vinhas são cultivadas desde o
século XVI, abrigando as videiras mais antigas existentes na região. O Rapel
Valley é lar das tradicionais sub-regiões Cachapoal e Colchagua, enquanto Maule
Valley é uma das sub-regiões vinícolas mais prolíferas de toda a América do
Sul. Por fim, a última sub-região Curico Valley foi a pioneira no cultivo
vinícola na década de 1970, onde Miguel Torres deu início a vinicultura
moderna.
A Cabernet Sauvignon pode ser cultivada com sucesso tanto no
Vale do Maipo quanto no Vale de Rapel, cada um por um motivo diferente. No Vale
de Rapel, a presença de um solo rochoso e com baixa atividade freática (pouca
disponibilidade hídrica) aliada à alta taxa de amplitude térmica (diferença
entre a maior e a menor temperatura nessa área em um dia) vai favorecer o grau
de maturação da Cabernet Sauvignon, aprofundando seu sabor. Essa parte do vale,
portanto, produz uvas com um sabor mais profundo e maduro.
Já a Cabernet Sauvignon que é cultivada no vale do Maipo (de
onde provém mais da metade da produção dessa cepa) conta com a influência
direta do Rio Maipo. Onde as águas do rio servem para regular a temperatura e
fornecer a irrigação dos vinhedos. E para não deixar de destacar a área a
sotavento da Cordilheira da Costa, o Vale do Curicó possui um clima quente e
úmido, já que todo o ar frio é impedido de passar pela barreira natural da
montanha. Quem se beneficia com isso é a produção de Carménère, que por tamanha
perfeição em seu desabrochamento são conhecidos por todo o mundo, não sendo
surpresa o fato de que somente desse Vale derivem vinhos para mais de 70 países
ao redor do mundo.
Em outras palavras, o Vale Central se constitui como uma mina
de ouro de cepas premiadas e irrigadas com tradição centenária. O Valle Central
é uma área plana, localizada na Cordilheira Litoral e Los Andes, caracterizada
por seus interessantes solos de argila, marga, silte e areia, que oferece ao
produtor uma extraordinária variedade de terroirs.
Excepcionalmente adequada para a viticultura, o clima da
região é mediterrâneo e se traduz em dias de sol, sem nuvens, em um ambiente
seco. A coluna de 1400 km de vinhas é resfriada devido à influência gelada da
corrente de Humboldt, que se origina na Antártida e penetra no interior de muito
mais frio do que em águas da Califórnia. Outra importante influência
refrescante é a descida noturna do ar frio dos Andes.
Vale do Curicó
O nome “Curicó” significa “águas negras”, no idioma indígena
mapuche. O motivo é a bacia do Mataquito, com suas águas escuras que
serpenteiam pelo vale. Por conta dessa irrigação, o Curicó tem sido um centro
agrícola importante do Chile.
O Vale de Curicó, a 85 quilômetros do oceano e 45 da
Cordilheira dos Andes, é uma importante Denominação de Origem chilena que tem
vastas extensões de terras plantadas com videiras de alto rendimento.
Localizado no Maule, região da parte central do Chile, 45
quilômetros a oeste da imponente Cordilheira dos Andes e 85 a leste do Oceano
Pacífico, o Vale de Curicó é um dos principais e mais antigos centros vinícolas
do país. Por conta disso, sua famosa rota do vinho é também um importante
roteiro turístico do Novo Mundo.
Vale do Curicó, Chile
Mais de 30 variedades de uvas são cultivadas no vale, desde a
metade do século 19. A característica climática é a neblina que cobre tudo pela
manhã. A variação de temperatura gera vinhos de boa acidez, sendo perfeitos
para as castas brancas. Os vinhos de Sauvignon Blanc, Vert e Gris do Vale do
Curicó são de qualidade notável, com todo o frescor que eles prometem.
Já as partes mais quentes do vale, como Lontué, trazem ótimos
vinhos de Cabernet Sauvignon, principalmente dos vinhedos mais antigos. Foi no
Vale do Curicó que o produtor espanhol Miguel Torres começou um investimento,
nos anos 70, iniciando a onda de valorização de vinhos do Novo Mundo.
E agora finalmente o vinho!
Na taça manifesta um intenso vermelho rubi, mas com entornos
granada, acastanhado, devido talvez à passagem por barricas de carvalho e/ou
tempo de garrafa, sete anos, com a presença de algumas borras e lágrimas
grossas, lentas e em vultosa quantidade.
No nariz a presença das notas amadeiradas ganha protagonismo,
entregando tabaco, couro, terra molhada, menta, café e tostado médio, mas logo
se percebe, se sente as frutas pretas maduras, como ameixa, amora e cereja
negra, que se fundem e revelam um inigualável equilíbrio além de especiarias
com destaque para pimenta preta e aquele pimentão, mas discreto.
Na boca é seco, estruturado, médio corpo, mas elegante graças
às facetas do tempo em garrafa, que lhe confere, graças também aos 12 meses em
madeira, muita complexidade, promovendo também um equilíbrio fantástico entre
as frutas maduras e a madeira, com taninos maduros, mas macios e domados, com
acidez correta, com toques de chocolate, baunilha, álcool evidente e integrado
e um agradável e persistente final com retrogosto frutado.
Quer degustar um Cabernet Sauvignon poderoso, de
personalidade marcante, com complexidade? Vai de Chile! Não há como errar! São
vinhos de caráter, de voluptuosidade, são rótulos dessa região que expressão os
melhores e mais prestigiados terroirs da América Latina e não é à toa e com
muitos preços compatíveis, acessíveis a todas as camadas sociais, o que é o
mais importante! O AS3 Premium é versátil, o afinamento em barricas o
possibilitou ser mais elegante, saboroso, complexo, mas com a estrutura típica
da cepa. E se junta a essas combinações, 50 anos de vinhas às quais esse vinho
foi concebido. Fantástico! Tem 14% de teor alcoólico.
Sobre a Vinícola Terramater:
Em 1996, numa idade em que muitas pessoas pensam em se
aposentar, 3 irmãs Canepa, - Gilda, Edda e Antonieta -, respondendo à paixão
pela produção de vinhos finos que está em sua família desde os anos trinta,
decidem juntar-se vinhas de longa tradição para uma nova adega de última geração,
fundando assim a TerraMater.
O nome TerraMater diz-nos muito sobre esta empresa, que nasce
de terras excecionais com vinhas nobres até aos 70 anos e maravilhosos olivais,
com troncos grossos e bonita folhagem verde com mais de 50 anos, que atualmente
produzem o melhor azeite e azeitona do mundo. Também é possível encontrar
árvores de fruto, principalmente macieiras, que nos meses de verão enfeitam com
os seus frutos abundantes e fazem destas quintas um verdadeiro espetáculo.
TerraMater representa a combinação perfeita entre a
tradicional viticultura chilena de vinhos de alta qualidade, a busca constante
pela inovação entregando novos aromas e sabores, e a preocupação em conseguir
os melhores vinhos que a terra pode nos dar, criando assim vinhos que possam
verdadeiramente honrar a generosidade da Mãe Terra.
Mais informações acesse:
https://www.terramater.cl/
Referências:
Portal Vinci, em: https://www.vinci.com.br/c/regiao/valle-central
Portal Winepedia, em: https://www.wine.com.br/winepedia/enoturismo/valle-central-chile/
Portal Enologuia, em: https://enologuia.com.br/regioes/186-o-vale-central-no-chile-ponto-de-encontro-de-vinhos-reconhecidos-mundialmente
“Wine”: https://www.wine.com.br/winepedia/enoturismo/vale-do-curico-para-alem-dos-vinhedos/
“Blog Sonoma”: https://blog.sonoma.com.br/vales-do-chile/
“Enoeventos”: http://www.enoeventos.com.br/201401/as3/as3.htm
“Escrivinhos”: https://escrivinhos.com.br/2015/04/tres-cabernets-do-chile-com-uma-otima.html/