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quarta-feira, 19 de agosto de 2020

Jacob's Creek Classic Syrah 2015


Decidi surpreender um amigo que estava enveredando para o mundo do vinho. O convidei para vir à minha casa e queria ajuda-lo a adentrar, com algum estilo, ao universo do vinho. A ideia era fazer com um rótulo pouco usual, fugir um pouco do óbvio de determinados países ou regiões produtoras. Lembro-me que na época, há cerca de 3 anos atrás, aproximadamente, quando fiz esse convite ao meu estimado amigo, a Austrália ainda era uma novidade para mim, embora, nessa época, eu já tinha alguma “rodagem” como enófilo. A Austrália sempre foi difícil encontrar em terras brasileiras. Não havia tantas opções de rótulos e propostas e as poucas que tinham os valores eram demasiadamente altos. Bem, ainda o é nos dias atuais, mas a gente consegue, garimpando com um pouco mais de dedicação, encontrar alguns rótulos legais a preços mais acessíveis para bolsos desprovidos de capital. E, quando estava escolhendo o vinho, lembrei-me de um vinho que tinha visto em um supermercado grande e conhecido na minha cidade, de um australiano que me recomendaram, principalmente pela ótima relação custo X benefício  e corri para o local para compra-lo e o encontrei!

O vinho que degustei e gostei, como disse, vem da Austrália, cuja região é Barossa Valley, no sul da Austrália e é o Jacob’s Creek, um 100% Syrah, da safra 2015. Antes de falar do vinho, convém lembrar que, logo após a degustação deste vinho, eu repeti a dose, degustando a mesma linha de rótulos, mas foi o corte das castas Cabernet Sauvignon e Syrah, típico blend australiano, da safra 2014 e pode ser lido aqui: Jacob's Creek Classic Cabernet/Syrah 2014. Falemos também da região de Barossa Valley.

Barossa Valley.

O Barossa Valley é a região produtora de vinhos mais antiga do sul da Austrália. Ao contrário de outras regiões vinícolas, influenciadas pelos ingleses, a produção de vinhos no Barossa Valley foi iniciada por imigrantes alemães, fugidos da região prussiana da Silésia (hoje, Polônia). Embora a Austrália seja famosa por seu Cabernet Sauvignon, em Barossa Valley o destaque fica para a produção de intensos e longevos exemplares de Shiraz.

Barossa Valley

Em sua história, o Barossa Valley começou sua produção de vinhos com o Riesling, devido à influência alemã, chegando a produzir o estilo porto por um certo tempo, até que começou a ganhar fama com a elaboração de um Shiraz encorpado, com notas intensas de chocolate e especiarias. A acidez das uvas produzidas no Barossa Valley precisa ser equilibrada através de diversos processos, como a inversão osmótica ou a adição de água ao mosto. Por outro lado, a separação da casca em fases iniciais da fermentação ajuda a dar ao vinho de Barossa Valley um paladar suave.

E agora o vinho!

Na taça tem um vermelho rubi intenso, escuro, mas, por outro lado com um reluzente brilhante, com lágrimas em boa quantidade tingindo as paredes do copo, da taça.

No nariz traz aromas agradáveis de frutas vermelhas maduras, como amora, com notas de chocolate amargo e um discreto tostado. No site do produtor não tem informação sobre passagem por barricas de carvalho e tão pouco nos rótulos, mas tais características apresentadas no aroma, tudo indica que tenha tido uma breve passagem por madeira.

Na boca é seco, típico da Syrah, bem como aquele atraente picante, com corpo médio, mas muito elegante e macio, com taninos presentes, porém sedosos, com uma boa acidez que entrega um vinho fresco, jovem e saboroso. Tem um final longo, agradável e com muita fruta.

Pois é, meu amigo gostou muito do vinho, eu me apaixonei, ainda mais, pelos vinhos australianos e pelo Syrah que lá é produzido. E esse Jacob’s Creek Classic é redondo, equilibrado, de personalidade marcante, mas fresco, fácil de degustar. Harmoniza muito bem com carnes, massas, pizza e arriscaria em dizer que, caso queira ser um pouco mais ousado, um bom hambúrguer de carne bem passada. Um vinho super versátil. Tem 13,9% de teor alcóolico muito bem integrados.

Sobre a Orlando Wines:

A história remonta à chegada de um imigrante visionário da Baviera, o alemão Johann Gramp. Gramp, impulsionado pela saudade dos vinhos de sua terra natal, a Baviera (hoje parte da Alemanha), que o levou a plantar, em 1847, algumas vinhas em seu novo lar, às margens de um riacho em Rowland Flat, na região de Barossa Valley, sul da Austrália.  Sua intenção inicial era a de produzir vinhos que revelassem a identidade da área, agregando em seus sabores e aromas, o melhor do clima e das condições físicas da região. Da pequena vinícola saíram as primeiras garrafas, que ganharam fama e logo alavancaram um negócio, levado adiante por seus filhos e expandido pelas gerações seguintes.

O rótulo Jacob’s Creek:

O famoso riacho que encabeçou a marca fica a uma distância de 80 quilômetros ao Norte da cidade de Adelaide. Após a fundação da vinícola, com o nome de Orlando Wines, Gramp resolveu adotar o nome do riacho para seus rótulos, ficando por isso conhecida como Vinícola Jacob’s Creek, isso em 1976. “Creek” em inglês significa “riacho”. Reconhecida como um verdadeiro ícone da indústria australiana, os vinhos de Jacob’s Creek são intensos e de uma elegância implacável.

Atualmente parte do grupo Pernod Ricard, é uma das principais vinícolas não apenas em seu país, mas também no mundo. Com tintos e brancos com expressões distintas, a vinícola vem produzindo, de maneira muito consistente, ótimos exemplares ao longo dos anos. Seus vinhos são fruto de verdadeira excelência na produção, o que já lhes rendeu premiações importantes como em 2008, quando ganhou o título de vinícola mais premiada do mundo. Ao todo, já são mais de 7 mil prêmios conquistados (vale repetir: são sete mil prêmios), pela alta qualidade dos vinhos produzidos pela vinícola. Esse panorama de sucesso foi o responsável por elevar a Austrália a um ótimo nível de reputação internacional, no tocante a excelência de seus vinhos.

Mais informações acesse:


Fonte para a pesquisa sobre Barossa Valley:


Degustado em: 2017








sexta-feira, 13 de março de 2020

Jacob's Creek Classic 2014


Vamos falar do Novo Mundo e um de seus principais representantes: Austrália. Esse país que infelizmente ainda não chegou forte por aqui, no Brasil e os poucos rótulos que temos a disposição são extremamente inacessíveis ao bolso da maioria dos brasileiros. Mas esses poucos rótulos que chegam entregam vinhos frutados, estruturados, rótulos de expressão e personalidade. Os poucos vinhos australianos que degustei e gostei se destacam o Syrah, Cabernet Sauvignon e Merlot, entre as tintas e as brancas tem Sauvignon Blanc e Chardonnay. São vinhos de tipicidade, tem a sua cara, o seu DNA, se mostram frescos, mas encorpados (muito deles) e muito versáteis e gastronômicos.

O vinho que degustei e gostei é de uma região chamada Barossa Valley e é responsável por produzir grandes varietais da casta Shiraz, o tradicional e muito conhecido Jacob’s Creek, da famosa vinícola Jacob’s Creek, com um corte das castas mais badaladas da Austrália, Syrah (60%) e Cabernet Sauvignon (40%), típico corte australiano, da safra 2014. Rótulo este muito premiado, com conquistas distribuídas em várias safras, um verdadeiro ícone da vitivinicultura da Austrália.

No aspecto visual conta com um vermelho rubi intenso e profundo com lágrimas finas e abundantes.

No olfato traz aromas de frutas vermelhas como cereja e amora, por exemplo e toques generosas de especiarias, destacando-se um picante lembrando pimenta, típico da Syrah e notas discretas e agradáveis de tabaco e baunilha.

Na boca é seco, frutado, com certa complexidade, mas muito fresco, com taninos maduros e presentes com boa acidez e um amadeirado leve, mostrando que o vinho teve uma breve passagem por barricas de carvalho, não informado no site do produtor, acredito que tem 6 meses de passagem por madeira.Um final persistente, saboroso e com muita fruta.

Um vinho de personalidade, expressivo, mas fresco, frutado, equilibrado e harmonioso, mostrando total versatilidade, onde, em qualquer momento da vida ele pode protagonizar, complementando suas celebrações. O vinho tem 13,7% de teor alcoólico e harmoniza com carnes, churrasco, massas, queijos fortes e pizza ou pode ser degustado sozinho.

Sobre a Jacob’s Creek:

Desde a humilde cabana de William Jacob, situada ao longo das margens de um pequeno riacho, até o legado da família Gramp, temos mais de 150 anos de tradição vitivinícola fluindo por nossas vinhas. É uma herança pela qual somos apaixonados, e igualmente, o que nos leva a criar novos vinhos para serem apreciados nos próximos anos. William Jacob se estabeleceu às margens de um pequeno riacho em Rowland Flat, sul da Austrália. Este riacho mais tarde recebeu o nome dele e ficou famoso em todo o mundo. Sua casa de campo original permanece como um local maravilhoso nos jardins da nossa casa em Jacob's Creek. O colono nascido na Baviera Johann Gramp plantou o primeiro vinhedo comercial do Barossa Valley nas margens do riacho de Jacob. Isto foi seguido logo depois com uma pequena adega e adega subterrânea com o primeiro vinho produzido por volta de 1850. O negócio de vinhos da família Gramp floresceu e é incorporado como G Gramp & Sons. O que começou como uma vinha de 30 hectares se tornou uma das vinícolas mais famosas da Austrália. Para marcar o evento, ocorreu uma celebração lendária e uma amoreira comemorativa foi plantada no local agora conhecido como Centenary Hill. O primeiro vinho rotulado "Jacob's Creek" foi lançado - uma mistura vintage de 1973 de Shiraz e Cabernet Sauvignon do Barossa Valley e McLaren Vale e Malbec de Padthaway.

Mais informações acesse:

https://www.jacobscreek.com/en

Degustado em: 2018