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segunda-feira, 21 de outubro de 2024

Celler del Roure Garnacha Tintorera (70%) e Mandó (30%) 2018

 



Vinho: Celler del Roure Vermell

Safra: 2018

Casta: Garnacha Tintorera (70%) e Mandó (30%)

Região: Valência

País: Espanha

Produtor: Vinícola Celler del Roure

Adquirido: Site World Wine

Valor: R$ 92,90

Teor Alcoólico: 14,5%

Estágio: com fermentação sem adição de leveduras exógenas em tanques de aço inoxidável e cubas abertas de madeira, sendo parte em cachos inteiros. Depois disso, o vinha estagia 4 meses em ânforas enterradas de 26 hectolitros.

 

Análise:

Visual: apresenta um rubi de média intensidade, bem claro, com profusão de lágrimas finas, coloridas e lentas.

Nariz: traz aromas exuberantes de frutas vermelhas frescas, com destaque para framboesa, morango e cerejas, além de notas herbáceas e especiarias, como pimenta. Os toques florais são evidentes, como violetas, por exemplo.

Boca: é fresco, leve, saboroso, mas goza de personalidade. As notas frutadas ainda estão em plena evidência, como no aspecto olfativo, mas sem ser enjoativo. O vinho tem destaque pela fluidez, pelo frescor, pelo equilíbrio, com taninos dóceis, acidez média e um final fresco e saboroso.

 

Produtor:

Não localizado.



terça-feira, 24 de janeiro de 2023

Murviedro Colección Tempranillo 2015

 

Quando falamos em Tempranillo espanhol o que lembramos? O que associamos? Os vinhos de personalidade forte, vinhos de estrutura média a encorpada, com volume de boca, sobretudo representados por aqueles rótulos amadeirados que ostentam, em seus rótulos, o “reserva”, “gran reserva” etc.

É praticamente impensado um Tempranillo jovem, leve, que infelizmente é encarado, associado a vinhos inexpressivos, ruins, aqueles vinhos de volume que são imprestáveis para a degustação.

Acredito que, com esses panoramas, tais vinhos podem ser alvos fáceis de rejeição, haja vista que quem deseja degustar um legítimo Tempranillo espanhol, não vá querer arriscar com os famosos baratinhos, principalmente aqueles que gozam de uma vultosa conta bancária e que tem condições de ter os Tempranillos complexos e barricados.

Entendo, mas não concordo. Poderíamos e até deveríamos buscar fundamentações teóricas para explicar a discordância, mas prefiro explicar com fatos e experiências concretas, embora as experiências sejam bem particulares.

Já tive alguns contatos com alguns Tempranillos mais básicos da Espanha e boa parte deles, confesso, não corresponderam às minhas expectativas, não tive uma boa impressão, mas um, em especial, me trouxe uma satisfação, diria, arrebatadora. Pode parecer certo exagero de minha parte usar termos como “arrebatador” ou “surpreendente”, mas é a mais legítima verdade, pelo menos a minha verdade e o mínimo que posso fazer para comprovar é recomendar. Então lá vai!

O vinho que degustei e gostei veio da região de Valência e se chama Murviedro Coleccion da casta Tempranillo da safra 2015. E além das gratas surpresas, tinha sido um dos meus primeiros contatos, um dos meus primeiros rótulos da Bodegas Murviedro, um excelente produtor cuja experiência excepcional inaugural que tive foi com o Murviedro Coleccion Peti Verdot safra 2015. E antes de falar do vinho, falemos um pouco da história da região do vinho: Valência.

Valência


A produção de vinho no norte da região de Valencia – escrito València na língua local, e também conhecida pelos espanhóis como Levante ou Valenciano – é dominada por antigas áreas de plantações ao redor de Valencia, a terceira maior cidade da Espanha.

Situada no interior da província de Valencia, na zona mais interiorana de Vall d´Albaida, a 80 quilômetros do Mar Mediterrâneo, e com uma altitude média de 600 metros sobre o nível do mar. Esta região do interior do Levante Valenciano possui um clima continental muito especial. Com invernos frios e verões cálidos que se suavizam com o vento que atravessa todo o Vall d´Albaida desde o Mediterrâneo, refrescando todo o vale, e criando assim um microclima ótimo para a viticultura.

Valência é uma região que produz vinhos há milhares de anos, segundo arqueólogos. E que, desde 1957, é oficialmente reconhecida e regulada por um conselho constituído formalmente.

Apesar de Valência está na costa leste da Espanha, virada para o Mediterrâneo, poucos vinhedos estão próximos do mar. A maior parte dos vinhedos sofrem influências de clima continental, estando mais próximas do interior.

Na teoria, e segundo a legislação local, cultivadores de Valência podem escolher entre uma longa lista de variedades de uvas autorizadas. Na prática, a maioria prefere plantar as castas Merseguera, Malvasia, Tempranillo, Monastrell e Moscatel. Mas há produtores que produzem outras castas como Bobal, Forcallat, Mandó, as francesas Cabernet Sauvignon, Merlot, Syrah, Pinot Noir, entre as tintas e as brancas são Macabeo ou Viúra, Pedro Ximenez, Tortosina, Verdil, Sauvignon Blanc e Chardonnay. Os tintos oferecem jovialidade, são muito aromáticos e apresentam um equilíbrio de acidez, maciez e tanicidade, já os brancos oferecem vinhos perfumados, brilhantes e transparentes e os rosés frutados e agradáveis. Vale lembrar que, para a minha alegria, eu degustei um surpreendente e maravilhoso Petit Verdot da igualmente maravilhosa Murviedro, da região de Valência, onde fiz uma resenha que pode ser lida aqui.

São 4 as sub regiões valencianas ou sub regiões da denominação valenciana:

ü  Alto Turia: com solos arenosos e alta altitudes, entre 700 e 1.100 metros, onde destacam-se os brancos frescos, frutados e aromáticos, produzidos principalmente com as castas Merseguera e Macabeo;

ü  Valentino: a maior das sub regiões, na parte central de Valência, onde a diversidade de solos e climas reflete-se, também, em variedade de vinhos, tanto tintos como brancos;

ü  Moscatel de Valência: com baixas altitudes e clima quente e ensolarado, oferece um dos vinhos mais conhecidos da região, licoroso, sendo o mais representativo da história dessa denominação;

ü  Clariano: subzona do sul da província, na qual mais perto do mar destacam-se as variedades brancas e a tinta Tintoreira, e o interior é reconhecido pelas tintas Monastrell, Cabernet Sauvignon, Merlot e Tempranillo.

Atualmente são cerca de 50 milhões de garrafas de vinhos valencianos, produzidas a cada ano. Mais de 80 vinícolas e quase 12.000 viticultores estão envolvidos no processo de produção desses vinhos. Suas plantações ocupam 13.000 hectares de vinhedos. E os vinhos são exportados para mais de 100 países, incluindo, felizmente, o Brasil, graças ao porto da cidade. Um acordo formal permite que as bodegas de Valencia comprem vinho da região vizinha Utiel-Requena.

E agora finalmente o vinho!

Na taça apresenta um vermelho rubi intenso, brilhante, mas com entornos violáceos e uma média quantidade de lágrimas finas e rápidas.

No nariz predomina o aroma de frutas vermelhas frescas, em compota, onde se destacam a framboesa, cereja, morango, além de um delicado toque floral com notas especiadas, algo talvez de pimenta, de ervas.

Na boca é seco, de estrutura leve para média, com a fruta vermelha reproduzida como no aspecto olfativo, com taninos leves, maduros, com uma ótima acidez, que faz do vinho vívido e fresco, com um final prolongado.

O Murviedro Colección Tempranillo pode ser “atípico” para aquele vinho estruturado, potente e que “adora” uma barrica de carvalho, sobretudo os oriundos da Espanha. Pode causar estranheza, rejeição logo de cara, mas nunca podemos negligenciar antes de tentar, afinal, comprar vinhos é aceitar certos riscos. Um vinho versátil e que harmoniza, por exemplo, com carnes vermelhas, massas e refeições simples ou apenas sozinho em uma conversa descontraída com bons amigos. Descontraído, informal é este vinho. Mesmo diante de sua simplicidade consegue ser especial no que se propõe, entregando mais do que esperava. Um belo vinho! Tem 12,5% de teor alcoólico.

Sobre a Bodega Murviedro:

A Bodegas Murviedro foi fundada em Valência em 1927, a princípio como filial espanhola do Grupo Swiss Schenk, que cresceu e se tornou uma das vinícolas mais importantes da região.

A Schenk España decide então, em 1931, concentrar as suas atividades na adega de Valência, o que, localizado junto ao porto, significou o início de um dos principais pilares da marca: a exportação.

Posteriormente, já em 2002, a empresa aproveita ao máximo as comemorações do 75º aniversário ao mudar seu nome para ‘Bodegas Murviedro’ em homenagem ao seu vinho Cavas Murviedro, uma das marcas de vinho mais emblemáticas da Comunidade Valenciana, o que fez de Murviedro uma das vinícolas mais renomadas.

A vinícola, desde que começou a sua atividade, sempre teve acesso a uma ampla variedade de castas indígenas e internacionais e produzem um amplo portfólio de estilos de vinho.

A filosofia da empresa baseia-se na combinação de modernas técnicas de vinificação com uvas de vinhas tradicionais para atender aos mais altos padrões internacionais de qualidade, mantendo seu caráter espanhol assim como a originalidade.

Mais informações acesse:

https://murviedro.es/

Referências:

“Cataimport”: https://cataimport.com/espanha/valencia/#

“Vinho Virtual”: https://vinhovirtual.com.br/regioes-123-Valencia

“Revista Sociedade de Mesa”: https://revista.sociedadedamesa.com.br/2016/08/valencia-espanha/

“Tintos & Tantos”: http://www.tintosetantos.com/index.php/denominando/755-valencia#:~:text=Uma%20regi%C3%A3o%20que%20produz%20vinhos,fato%2C%20est%C3%A3o%20pr%C3%B3ximos%20ao%20mar

Degustado em: 2018 










domingo, 8 de maio de 2022

Palacio del Conde Gran Reserva Tempranillo e Monastrell 2015

 

Quando buscamos a proposta de vinhos amadeirados quais são os vinhos e os países que vem à mente? Não há como se esquecer dos vinhos do Velho Mundo, sobretudo da Espanha e Itália! As opções são diversas, nas propostas e preços. Claro que os italianos, capitaneados pelos Chiantis, Brunelos e Barolos são mais caros, chegam ao Brasil com valores mais elevados, já os espanhóis trazem consigo algumas opções mais palpáveis para bolsos mais vazios.

Claro que há as regiões badaladas que consequentemente são mais caras, tais como Rioja e Ribera del Duero, por exemplo, mas atualmente há opções ótimas de outras regiões que, a cada dia, vem ganhando notoriedade no Brasil, por exemplo, que trazem também preços, valores mais atrativos, bem como também rótulos atraentes sim.

Cito aqui regiões como Utiel Requena, Valdepeñas, Navarra e a minha mais nova queridinha Castilla La Mancha, são algumas que valem a pena um olhar mais atencioso e carinhoso. Há sim, claro, algumas regiões com produção de grande volume, mas, penso, no ápice de minha simplicidade enófila, que temos de rever conceitos de que vinhos de volume é sinônimo de má qualidade e perceber que as regiões acima mencionadas vem crescendo significativamente na tecnologia de ponta para produção de vinhos e que, há pouco tempo atrás tinha um mercado caseiro e hoje exporta para alguns países, mostrando força e um olhar mais voltado também para a qualidade com vistas a esse investimento para mercados fora de seus domínios.

E com essas opções de vinhos amadeirados, do Velho Mundo que entrega longevidade, capacidade de boa evolução, complexidade e preços atraentes me abriram os olhos e fez com que me interessasse, de forma ávida, admito, por vinhos com essas propostas, por vinhos reserva, gran reserva, os crianzas e que atualmente tem recheado a minha adega como nunca. E pensar que, há alguns anos atrás, eu tinha dificuldade para escolher os vinhos espanhóis.

E hoje decidi desarrolhar um gran reserva de uma região que pouco degustei vinho e que, diante dessa minha nova predileção, viria a calhar. Falo de Valência, uma região, embora tradicional para a produção de vinhos na Espanha, desde tempos imemoriais, não tem a badalação de Rioja e Ribera del Duero. Então já que dizem, e que concordo plenamente, nada mais especial abrir um Gran Reserva espanhol de Valência com as castas mais populares de toda a Espanha.

Quando o vi, em uma das minhas incursões aos mercados, achei demasiadamente barato para a proposta do vinho e, confesso, que me preocupei, com algum receio em compra-lo, mas decidi correr o risco, afinal, comprar risco e aceitar riscos, em algumas situações calculados, claro.

Então sem mais delongas vamos ao vinho que degustei e gostei, e como gostei, uma surpresa estonteante: O nome é Palacio del Conde, um Gran Reserva da região de Valência (DO), composto pelas castas Tempranillo (90%) e Monastrell (10%) da safra 2015. E antes de falar do vinho falemos um pouco de Valência, da Denominação de Origem (DO) de Valência.

Valência (DO)

A produção de vinho no norte da região de Valencia – escrito València na língua local, e também conhecida pelos espanhóis como Levante ou Valenciano – é dominada por antigas áreas de plantações ao redor de Valencia, a terceira maior cidade da Espanha.

Situada no interior da província de Valencia, na zona mais interiorana de Vall d´Albaida, a 80 quilômetros do Mar Mediterrâneo, e com uma altitude média de 600 metros sobre o nível do mar. Esta região do interior do Levante Valenciano possui um clima continental muito especial. Com invernos frios e verões cálidos que se suavizam com o vento que atravessa todo o Vall d´Albaida desde o Mediterrâneo, refrescando todo o vale, e criando assim um microclima ótimo para a viticultura.

 

Valência é uma região que produz vinhos há milhares de anos, segundo arqueólogos. E que, desde 1957, é oficialmente reconhecida e regulada por um conselho constituído formalmente.

Apesar de Valência está na costa leste da Espanha, virada para o Mediterrâneo, poucos vinhedos estão próximos do mar. A maior parte dos vinhedos sofrem influências de clima continental, estando mais próximas do interior.

Na teoria, e segundo a legislação local, cultivadores de Valência podem escolher entre uma longa lista de variedades de uvas autorizadas. Na prática, a maioria prefere plantar as castas Merseguera, Malvasia, Tempranillo, Monastrell e Moscatel. Mas há produtores que produzem outras castas como Bobal, Forcallat, Mandó, as francesas Cabernet Sauvignon, Merlot, Syrah, Pinot Noir, entre as tintas e as brancas são Macabeo ou Viúra, Pedro Ximenez, Tortosina, Verdil, Sauvignon Blanc e Chardonnay. Os tintos oferecem jovialidade, são muito aromáticos e apresentam um equilíbrio de acidez, maciez e tanicidade, já os brancos oferecem vinhos perfumados, brilhantes e transparentes e os rosés frutados e agradáveis. Vale lembrar que, para a minha alegria, eu degustei um surpreendente e maravilhoso Petit Verdot da igualmente maravilhosa Murviedro, da região de Valência, onde fiz uma resenha que pode ser lida aqui.

São 4 as sub regiões valencianas ou sub-regiões da denominação valenciana:

ü  Alto Turia: com solos arenosos e alta altitudes, entre 700 e 1.100 metros, onde destacam-se os brancos frescos, frutados e aromáticos, produzidos principalmente com as castas Merseguera e Macabeo;

ü  Valentino: a maior das sub-regiões, na parte central de Valência, onde a diversidade de solos e climas reflete-se, também, em variedade de vinhos, tanto tintos como brancos;

ü  Moscatel de Valência: com baixas altitudes e clima quente e ensolarado, oferece um dos vinhos mais conhecidos da região, licoroso, sendo o mais representativo da história dessa denominação;

ü  Clariano: subzona do sul da província, na qual mais perto do mar destacam-se as variedades brancas e a tinta Tintoreira, e o interior é reconhecido pelas tintas Monastrell, Cabernet Sauvignon, Merlot e Tempranillo.

Atualmente são cerca de 50 milhões de garrafas de vinhos valencianos, produzidas a cada ano. Mais de 80 vinícolas e quase 12.000 viticultores estão envolvidos no processo de produção desses vinhos. Suas plantações ocupam 13.000 hectares de vinhedos. E os vinhos são exportados para mais de 100 países, incluindo, felizmente, o Brasil, graças ao porto da cidade. Um acordo formal permite que as bodegas de Valencia comprem vinho da região vizinha Utiel-Requena.

E agora finalmente o vinho!

Na taça revela um vermelho rubi intenso, brilhante, mas que não é escuro e já com discretos tons atijolados, granada, no entorno, com lágrimas finas e lentas.

No nariz traz um aroma de frutas pretas bem maduras, com destaque para ameixa, amora, cereja preta, frutas secas, como avelã, amêndoa, um toque meio rústico, tendo um amadeirado em destaque, graças aos 24 meses de passagem por barricas de carvalho, além da baunilha, um tostado leve e especiarias, corroborando o tabaco, pimenta e pimentão.

Na boca é seco, com médio corpo, alguma estrutura que o torna marcante, cheio e cremoso e alcoólico, mostrando personalidade e certa complexidade, com as notas frutadas e amadeiradas proeminentes, como no aspecto olfativo, com o aporte do chocolate meio amargo, com uma tosta média, taninos presentes, marcados, mas redondos, acidez equilibrada e um final longo e persistente. Apresenta ainda incrível capacidade de evolução, melhorando a cada taça degustada.

Mais uma vez as percepções sensoriais acerca dos espanhóis amadeirados foram as melhores possíveis. E, mais uma vez também, aqueles pequenos e sutis preconceitos que surgem sorrateiros, em nossas mentes, de que vinhos baratos são perigosos, ruins, caiu por terra. Não é regra que vinhos baratos é ruim, como também não deve ser regra que todos os vinhos baratos são bons. É preciso pesquisar, conhecer o vinho, bem como a sua proposta e sempre visitar o site do produtor para se salvaguardar de algumas tristes revelações na degustação e também para ver se tem uma identificação com o que o vinho pode te entregar. E o que mais me surpreende e de que Palacio del Conde foi um vinho na faixa dos R$ 40,00 e que entrega complexidade, uma capacidade de evolução por anos e anos e com qualidade. Ele estava na sua plenitude, com seus 7 anos e ainda tinha muito a oferecer ao longo dos anos. Definitivamente o que reforça tudo isso é, sem dúvida, o blend: a Tempranillo que se dá muito bem com a barrica de carvalho e a Monastrell que dá o aporte das frutas maduras, mesmo que em pequenas proporções. Que a minha viagem aos espanhóis longevos se torne tão longevas que me permita ter experiências sensoriais únicas. Tem 14% de teor alcoólico. 


Sobre as Bodegas Anecoop:

A Anecoop começou a comercializar vinho em 1986. A oferta das adegas associadas, pertencentes às Denominações de Origem de Valência e Navarra, faz da diversidade uma das vantagens competitivas das Bodegas Anecoop.

Isso permite ter vinhos de alto nível, que, combinando tradição e modernidade em um mesmo produto, conseguem atrair e agradar consumidores de mais de 38 países, com uma relação qualidade/preço imbatível.

O desenvolvimento de novos e melhores produtos é essencial para continuar a surpreender o mercado, assim como a implementação de novas variedades e otimização das existentes, com os meios técnicos mais avançados.

Neste sentido, o trabalho conjunto de viticultores, enólogos e técnicos de qualidade é fundamental para atingir os objetivos traçados.

Mais informações acesse:

https://anecoopbodegas.com/

Referências:

“Cataimport”: https://cataimport.com/espanha/valencia/#

“Vinho Virtual”: https://vinhovirtual.com.br/regioes-123-Valencia

“Revista Sociedade de Mesa”: https://revista.sociedadedamesa.com.br/2016/08/valencia-espanha/

“Tintos & Tantos”: http://www.tintosetantos.com/index.php/denominando/755-valencia#:~:text=Uma%20regi%C3%A3o%20que%20produz%20vinhos,fato%2C%20est%C3%A3o%20pr%C3%B3ximos%20ao%20mar.

 

 




quarta-feira, 29 de dezembro de 2021

El Miracle by Mariscal Garnacha Tintorera 2015

 

Repletos de estreias marcam essa degustação de hoje. Novas experiências sensoriais têm sido primordial para as minhas degustações ultimamente. E tenho feito isso de forma meticulosa, bem cuidadosa. Não são somente as estreias, as novidades, mas a busca incessante e urgente de fazer com que a adega seja tenha um leque de opções variado, grande, diversificado.

O risco da “zona de conforto” pode trazer a tranquilidade das suas predileções, mas podemos, por outro lado, nos tornar escravos de nossas preferências. Então nada mais prudente do que buscar novas regiões, novas castas, aquelas menos conhecidas, mais raras ou aquelas que eu simplesmente não degustei ainda, independente de sua popularidade e temos também o contato com novos produtores e isso tem me estimulado também.

E a degustação de hoje me traz o contato com uma casta que degustei em blends, geralmente para trazer cor e alguma potência ao vinho, mas terei a oportunidade e o privilégio de degusta-la em varietal. Terei também meu primeiro contato com um produtor que, após a aquisição desse rótulo, li sobre e observei que se trata de uma vinícola muito importante e tradicional que tem atuações em várias regiões emblemáticas espanholas.

Então a expectativa e ansiedade estavam na estratosfera! Não é muito comum encontrar por aí varietais de Garnacha Tintorera ou a famosa Alicante Bouschet. Garnacha Tintorera é como a cepa é conhecida em terras espanholas. O produtor, Vicente Gandia, quem produziu o rótulo e a região é Valência. Já degustei uns poucos valencianos, então será também especial degustar, depois de algum tempo, um vinho dessa região.

Sem mais delongas apresentemos o vinho! O vinho que degustei e gostei é oriundo de Valência, na Espanha, e se chama El Miracle By Mariscal e a casta, é claro, é a Garnacha Tintorera ou a mundialmente Alicante Bouschet da safra 2015. E para não perder o costume vamos de história! Falemos da Garnacha Tintorera ou Alicante Bouschet e falemos também um pouco da pouco badalada, mas importante região espanhola de Valência.

Garnacha Tintorera ou Alicante Bouschet

O palco da uva tinta Alicante Bouschet é, sem dúvidas, a região de Alentejo, em Portugal, onde esse tipo de uva faz grande sucesso. A variedade é utilizada para adicionar corpo e estrutura aos rótulos produzidos na região, bem como dar mais volume aos vinhos.

Criada em laboratório pelo Francês Henri Bouschet, no final de 1800, na região de Languedoc-Roussillon, a uva Alicante Bouschet é a união das castas Petit Bouschet e Grenache. Apesar de ter sido criada na França, esse tipo de uva é majoritariamente cultivado em Portugal, e os vinhos tintos que usam a Alicante Bouchet são rótulos frutados de bom equilíbrio.

E essa prática de cruzamento de castas vitiviníferas parecia ser rotineira na família Bouschet. Antes do filho Henri, o pai Louis Bouschet em 1824 havia criado a Petit Bouschet, uma casta que se destaca em locais quentes, tanto que um dos principais terroirs da uva é a Argélia.

Mas o nome da família na vitivinicultura mundial seria marcado pelo filho de Louis, Henri Bouschet em 1866 pegou a criação do seu pai e fez um cruzamento com a Grenache. Nascia ali a Alicante Bouschet.

Batizada com o sobrenome da família Bouschet e Alicante por ser uma das formas que a Grenache era conhecida, a uva se espalhou e chegou a ser uma das mais plantadas do mundo.

Apesar de ter sido criada na França, esse tipo de uva é majoritariamente cultivado em Portugal, e os vinhos tintos que usam a Alicante Bouchet são rótulos frutados de bom equilíbrio. A casta proporciona enorme capacidade de envelhecimento para os exemplares, de forma que os vinhos se tornem profundos, aromáticos e que se assemelhem a canela e pimenta.

O principal fator que levou a Alicante Bouschet a cair no gosto dos produtores é que se trata de uma casta tinturada. Ou seja, além da casca, a polpa também tem cor. Os vinhos assim são mais estruturados e encorpados mesmo com tempo menor de maceração.

Esse fato levou a uva a ser uma das mais utilizadas durante a Lei Seca nos Estados Unidos. Imagine que com a proibição de fabricação, transporte e vendas de bebidas alcóolicas um punhado de uvas poderia facilmente e rapidamente se transformar em vinho. E era isso o que acontecia. Os comerciantes vendiam “tijolos de Alicante Bouschet” que os “enólogos”, que eram os próprios compradores, colocavam em banheiras cheias de água e pronto, vinho. Ou quase isso...

Fato é que em meados do século 20 a Alicante Bouschet começou a ser deixada de lado. O estilo de vinho encorpado poderia ser feito com outras uvas e ali começou um declínio da casta. É aí que entra Paulo Laureano. O enólogo português é conhecido por transformar a francesa Alicante Bouschet na portuguesa Alicante Bouschet. Ou como ele gosta de dizer “a naturalizei portuguesa. E digo ainda mais, a naturalizei como alentejana”.

Muito utilizada em vinhos de corte, a Alicante Bouchet dá origem a vinhos excelentes que harmonizam de forma notável com pratos que levam carnes vermelhas. Isso se deve à sua tanicidade, que contrasta muito bem com a gordura, criando sensações memoráveis no paladar.

A uva Alicante Bouchet também é bastante utilizada na elaboração de vinhos na Espanha e Croácia, regiões nas quais recebe diferentes nomes. Na Croácia, por exemplo, a uva é conhecida como Dalmatinka ou Kambusa, enquanto na Espanha é popularmente nomeada como Garnacha Tintorera, ainda que a Organização da Vinha e do Vinho (OIV) não reconheça o sinônimo espanhol.

A primeira referência ao cultivo desta variedade na Espanha é de García de los Salmones (1914), que cita a sua presença em todas as províncias da Comunidade Valenciana, Castilla-La Mancha e Galiza, em Murcia, em várias províncias de Castilla y León e em Vizcaya, Granada e Jaén. Da mesma forma, García de los Salmones (1940) indica que Garnacha Tintorera não deve ser confundido com Tinto Fino ou Cencibel, nem com Tinto Basto ou Borrachón da região de La Mancha. Nem com o comum Tinto de Madrid. Salienta que não está claro que variedade e com que nome é cultivado, uma vez que as variedades que lhe dão muita cor tentam levar o nome do tubarão azul mais famoso: Alicante Henri Bouschet.

A dúvida se Alicante Bouschet é sinônimo de Garnacha Tintorera estendeu-se até 2003, quando foram realizados estudos em El Encín e recentemente confirmados por marcadores moleculares. Antes desses estudos, Galet e Hidalgo em 1988 disseram que "há uma variedade intimamente relacionada com Alicante Bouschet e conhecida como Garnacha Tintorera, Moratón, Alicante, Tintorera ou Tinto Velasco, é uma variedade de uva vermelha, cuja casca contém muito coloração", duvidando de que ambas as variedades fossem sinônimos. Chirivella em 1995, indicou que na França eles chamam Garnacha Tintorera como Alicante Bouschet, tentando confirmar esta sinonímia, e posteriormente Peñín, em 1997, disse que Garnacha Tintorera é uma variedade espanhola com características muito semelhantes a Alicante Bouschet . Há autores que os consideram iguais e outros não. Indica que “sua origem seria Alicante ou Albacete, e posteriormente teria passado ao noroeste da Península”. A equipe do IMIDRA confirmou em 2003, estudando o DNA, que existem três variedades de tintorera presentes na Espanha (com polpa pigmentada): Petit Bouschet, com o sinônimo Negrón de Aldán; Morrastel-Bouschet, cruzamento de Morrastel (= Graciano) x Petit Bouschet, com a sinonímia Garnacho; e Alicante Henri Bouschet, cruzamento de Alicante (= Garnacha) x Petit Bouschet. Esta última variedade é a que mais se difundiu das três e é a que conhecemos na Espanha Garnacha Tintorera.

Portanto, Garnacha Tintorera é a variedade Alicante Henri Bouschet. Henri Bouschet deu a este cruzamento o nome de Alicante Henri Bouschet por tê-lo feito usando Garnacha como mãe, na França sendo um sinônimo de Garnacha o nome Alicante. 

Valência

A produção de vinho no norte da região de Valencia – escrito València na língua local, e também conhecida pelos espanhóis como Levante ou Valenciano – é dominada por antigas áreas de plantações ao redor de Valencia, a terceira maior cidade da Espanha.

Seus vinhos incluem os tintos, rosés, brancos e os famosos vinhos para sobremesa de uvas plantadas em quatro subzonas. Para cada tipo de vinho se utiliza sua própria tradição na elaboração. Graças às exportações que duram séculos (através do porto da cidade), a produção está mais focada no mercado internacional do que no mercado interno. Um acordo formal permite que as bodegas de Valencia comprem vinho da região vizinha Utiel-Requena.

Valencia não é somente um lugar na costa do Mediterrâneo. Seu interior alberga surpresas que fazem com que suas praias sejam esquecidas. Lá se pode desfrutar de centenas de hectares de vinhedos. Zonas rurais e de uma gastronomia rica. Ideal para deixar para trás a cidade, desconectar-se totalmente e relaxar. 


Valência

O vinho, as bodegas e os viticultores converteram-se em um motor para a conservação das paisagens e para a sustentabilidade desta comarca. A viticultura é o eixo econômico, social e cultural de Fontanar dels Alforins, La Font de la Figuera e Moixent, por exemplo. Com mais de dois mil anos de história na elaboração do vinho, que hoje em dia continua sendo produzido com muito respeito e esforço. Seguindo os princípios da agricultura sustentável.

E agora finalmente o vinho!

Na taça revela um lindo vermelho rubi intenso, com discretas bordas violáceas, diria com tons acastanhados talvez mostrando alguma evolução, com lágrimas finas e abundantes.

No nariz entrega um aroma intenso e perfumado de frutas vermelhas maduras e pretas e se destacam a ameixa, cereja e amoras. Notam-se as notas amadeiradas, graças aos 8 meses em barricas de carvalho, e também um toque floral que potencializa a expressividade aromática.

Na boca é intenso, estruturado e envolvente, é cheio em boca, com um bom volume, mas fácil de degustar, elegante, redondo e saboroso. Tem taninos presentes, diria carnudos, porém domados, polidos, graças à madeira e os seus seis anos de safra. Acidez correta, álcool imperceptível, muito bem integrado ao vinho, com notas amadeiradas, de tabaco, tosta e chocolate. Tem final prolongado, persistente.

Um clássico! Ou diria um “novo clássico” em minha trajetória enófila! Um vinho, uma casta que carrega história e tradição que passeou e passeia por terras espanholas, portuguesas, francesas e chegou a minha mesa, que inundou a minha humilde taça e que arrebataram, de forma definitiva, as minhas humildes percepções sensoriais. A experiência foi singular, essencial e maravilhosa! Redondo, equilibrado, elegante, mas carnudo, estruturado e complexo como pede a casta, com toda a sua característica mais marcante. Sim, um vinho marcante, de personalidade, mas que com o tempo, cerca de seis anos de safra, ganhou elegância e maciez. Tem 13% de teor alcoólico.

No tocante a elaboração, que me chamou a atenção, diz o produtor em seu portal na internet:

“El Miracle By Mariscal é produzido a partir de uma seleção de uvas Grenache Tintorera colhidas manualmente e cultivadas em vinhas de 35 anos de idade treinada em gobelet, localizadas na área de produção de vinho “Valentino”. O vinho é produzido com maceração muito lenta e fermentação alcoólica até ao fim da fermentação maloláctica, altura em que o vinho é despejado em cascos de carvalho francês de segundo enchimento. Isso garante a combinação perfeita entre o caráter frutado do varietal Grenache Tintorera e a madeira”.

Sobre a Bodega Vicente Gandia:

A bodega tem mais de cem anos - viticultores desde 1885 - e agora tem um caráter decididamente mediterrâneo. No início estavam exclusivamente empenhados na produção e comercialização / distribuição dos vinhos, que ainda assim tinham algo de especial.

Pelo espírito inovador que sempre caracterizou a adega, e depois de muitos anos no setor da exportação de vinhos, deram um passo mais longe: em 1971 foram a primeira adega valenciana a comercializar vinho engarrafado da marca Castillo de Liria , que quase cinquenta anos depois ainda é uma de suas marcas icônicas.

O crescimento continuou então em 1990 a família Gandía decidiu investir na Fazenda Hoya de Cadenas. Um paraíso vitivinícola localizado em Las Cuevas de Utiel, este local idílico tem as características perfeitas para produzir as melhores uvas e assim puderam produzir excelentes vinhos na mesma propriedade. Isto significou um salto quântico na qualidade dos vinhos e desde então a procura da excelência tem sido a imagem de marca da adega.

A vinícola é atualmente administrada pela 4ª geração da família Gandía, mantendo-se fiéis aos valores dos fundadores e contribuem para o progresso e a prosperidade do negócio apostando na qualidade e na inovação, sem esquecer a tradição vitivinícola.

A abordagem mediterrânea permeia a filosofia de vinificação da bodega e espalha a sua cultura do vinho por todo o mundo é a chave para a sua identidade. Produzem vinhos de diferentes Denominações de Origem através de um cultivo sustentável, criaram safras modernas e elegantes, além de proteger e desenvolver as variedades autóctones. Contam com a mais moderna e avançada tecnologia que permite produzir vinhos de acordo com métodos tradicionais com a máxima segurança, contribuindo para a poupança de energia e cuidando do meio ambiente.

Hoje, estão em 90 países nos 5 continentes, e são a maior vinícola da Comunidade Valenciana . Além disso, em 2014 ganharam o prêmio de melhor vinícola espanhola no prestigioso concurso internacional AWC Viena. Nesse mesmo ano, a Associação Mundial de Escritores e Jornalistas de Vinhos e Bebidas espirituosas a incluiu em seu ranking das 50 melhores vinícolas do mundo. Em 2018, o Congresso Europeu das Confrarias Enogastronômicas (CEUCO) atribuiu o Prémio “Aurum Europa Excellente” a Vicente Gandía como “Melhor Adega Europeia”.

Mais informações acesse:

https://www.vicentegandia.es/en/

Referências:

“Revista Adega”: https://revistaadega.uol.com.br/artigo/portuguesa-com-certeza-francesa-porem-alentejana-alicante-bouschet_13332.html

“Vinho Virtual”: https://vinhovirtual.com.br/regioes-123-Valencia

“Revista Sociedade de Mesa”: https://revista.sociedadedamesa.com.br/2016/08/valencia-espanha/

https://revista.sociedadedamesa.com.br/2016/02/uva-garnacha-tintorera/

“Mistral”: https://www.mistral.com.br/tipo-de-uva/alicante-bouchet

“Vinos Alicante DOP”: https://vinosalicantedop.org/sobre-la-alicante-bouschet/

 

 

 

 

 

 










segunda-feira, 23 de março de 2020

Murviedro Petit Verdot 2015



Esse vinho foi especial para mim por muitos motivos: claro que, primordialmente pelo fato de que degustei e gostei, logo em seguida pela primeira experiência com um varietal da casta Petit Verdot, casta oriunda da emblemática região de Bordeaux, sempre soube e observei que a mesma era apenas para compor em cortes, em blends e nunca tinha visto, até então, um 100% Verdot, como também é conhecida na França. Mais outro motivo que fez desse vinho especial para mim foi o rótulo, como costumo chamar “underground”, ou seja, um vinho pouco conhecido, de uma vinícola menos conhecida ainda, pelo menos entre nós, brasileiros. Um achado!

E esse vinho é o Murviedro Colección, da casta já informada, 100% Petit Verdot, da safra 2015, da Bodegas Murviedro, da Espanha, da região de Valência. Ah, esqueci-me de dizer também que o que o tornou especial foi a região, Valência, que nunca havia degustado e se me permite o caro leitor falarei brevemente dela, após algumas pesquisas: Valência se caracteriza pelo seu bom clima e pela sua grande capacidade de produção de vinhos, sendo Requena o município mais extenso da Comunidade. A Denominação de Origem Protegida Valência é uma denominação aberta, dinâmica, com uma grande vocação e tradição exportadora.

Na taça tem um vermelho intenso, com reflexos violáceos, um vermelho brilhante, reluzente com lágrimas finas e rápidas.

No nariz tem aromas de alta intensidade de frutas vermelhas, com uma presença marcante de um frescor, diria com notas de menta, talvez.

Na boca é equilibrado, harmonioso, com bom corpo, mas macio e fresco, com uma boa acidez, explicando o seu toque refrescante, muita fruta e um final agradável e de persistência.

Um vinho surpreendente, saboroso, de característica vivaz e plena em seu conjunto, sendo versátil, harmonizando, contudo, com queijos variados, carnes, massas e pizza. Tem 13% de teor alcoólico. Mais um fator que corrobora com a sua qualidade são os prêmios que estampados estão em seu rótulo, que são: Ouro na Mundus Vini e Ouro no Bacco Cosecha.

Sobre a Bodegas Murviedro:

Em 1927 a Bodegas Schenk instala subsidiárias na Espanha, a primeira em Vilafranca del Penedès, na Catalunha, sob o nome de 'Schenk Spain'. Em 1929 abre vinícolas em Alicante, Utiel e Requena, vinícolas jovens que inicialmente optaram pelo vinho a granel de 'qualidade', uma marca registrada até hoje. Em 1931 a Schenk Espanha decide concentrar suas atividades na vinícola Valência, que, localizada ao lado do porto, foi o início de um dos pilares fundamentais da marca: as exportações. O vinho engarrafado está ganhando importância, até hoje é o foco principal da empresa, aderindo a essa “tendência”, em 1950. Em 1997 a Schenk Spain muda de sede, aproximando-se dos pés das vinhas, Requena, no coração da Denominação de Origem Utiel-Requena, produtora de vinhos de excelente qualidade. Em 2002 aproveitando a comemoração do 75º aniversário muda o nome da vinícola para 'Bodegas Murviedro', em homenagem ao seu vinho Cavas Murviedro, uma das marcas de vinho mais emblemáticas da Comunidade Valenciana e que fez de Murviedro uma das vinícolas mais reconhecidas.

Para mais informações acesse:

https://murviedro.es/

Degustado em: 2017