A região da Bairrada situa-se entre Agueda e Coimbra,
delimitada a Norte pelo rio Vouga, a Sul pelo rio Mondego, a Leste pelas serras
do Caramulo e Bucaco e a Oeste pelo oceano Atlântico. E uma região de orografia
maioritariamente plana, com vinhas que raramente ultrapassam os 120 metros de
altitude, que, devido a sua planura e a proximidade do oceano, goza de um clima
temperado por uma fortíssima influencia atlântica, com chuvas abundantes e
temperaturas médias comedidas. Os solos dividem-se preponderantemente entre os
terrenos argilo-calcários e as longas faixas arenosas, consagrando estilos bem
diversos consoantes à predominância de cada elemento.
Integrada numa faixa litoral submetida a uma fortíssima
densidade populacional, a propriedade rural encontra-se dividida em milhares de
pequenas parcelas, com dimensões medias de exploração que raramente ultrapassam
um hectare de vinha, favorecendo a presença de grandes adegas cooperativas e de
grandes empresas vinificadoras, a par de um conjunto de produtores
engarrafadores que muito dignificam a região.
As fronteiras oficiais da Bairrada foram estabelecidas em
1867, por Antônio Augusto de Aguiar, tendo sido das primeiras regiões nacionais
a adoptar e a explorar os vinhos espumantes, uma vez que na região, o clima
fresco, úmido e de forte ascendência marítima favorece a sua elaboração,
oferecendo uvas de baixa graduação alcoólica e acidez elevada, condição indispensável
para a elaboração dos vinhos espumantes.
Integrada numa faixa litoral submetida a uma fortíssima
densidade populacional, a propriedade rural encontra-se dividida em milhares de
pequenas parcelas, com dimensões medias de exploração que raramente ultrapassam
um hectare de vinha, favorecendo a presença de grandes adegas cooperativas e de
grandes empresas vinificadoras, a par de um conjunto de produtores
engarrafadores que muito dignificam a região.
As fronteiras oficiais da Bairrada foram estabelecidas em
1867, por Antônio Augusto de Aguiar, tendo sido das primeiras regiões nacionais
a adoptar e a explorar os vinhos espumantes, uma vez que na região, o clima
fresco, úmido e de forte ascendência marítima favorece a sua elaboração,
oferecendo uvas de baixa graduação alcoólica e acidez elevada, condição indispensável
para a elaboração dos vinhos espumantes.
E agora finalmente o vinho!
Na taça tem um amarelo palha, bem claro e brilhante com
reflexos esverdeados, com perlages finas, abundantes e constantes.
No nariz aromas pronunciados, intensos de frutas frescas com
destaque para maçã, limão, pêssego, tangerina, além de frutos secos como
amêndoas e avelãs, com um discreto, mas intrigante, tostado, algo de pão, de
panificação, com toques minerais e um floral que denuncia o frescor e a
jovialidade do vinho.
Na boca é seco, fresco, untuoso, com as notas de brioche, de
pão tostado, graças aos nove meses que ficou na cave, protagonizando juntamente
com o mineral dominando todo o palato, além, é claro, do frutado, as frutas de
cítricas e de polpa branca, com uma acidez vibrante, intensa e suculenta que
saliva a boca, com um final cheio e persistente.
Aqui vale uma curiosidade, mesclada a história das regiões da
Bairrada e do Beira Atlântico que a Adega de Cantanhede faz questão de estampar
nos seus rótulos. Por que o nome do espumante é “Colinas de Ançã”?
Ançã é uma Vila Histórica da Bairrada - Região Demarcada de
Viticultura no centro de Portugal, perto do Oceano Atlântico. A sua história
tem uma forte relação a alguns dos mais antigos e icónicos monumentos em
Portugal, uma vez que a maioria foi construída com um tipo especial de calcário
proveniente das terras de Ançã. Este calcário faz parte do solo que, misturado
com barros, é um dos elementos mais distintivos do terroir da Bairrada, terra
de vinhos de vincado carácter.
E com esse apelo regional que é muito vívido nos rótulos
portugueses enalteço também a tipicidade desse espumante que entrega
vivacidade, frescor, mas personalidade, notas frutadas, juntamente com uma
acidez envolvente, instigante, com um corte delicioso de Bical e Arinto
mostrando que os lusitanos produzem bons espumantes. Ponto para a Adega de
Cantanhede! Tem 12,5% de teor alcoólico.
Sobre a Adega de Cantanhede:
Fundada em 1954 por um conjunto de 100 viticultores, a Adega
de Cantanhede conta hoje com 500 viticultores associados ativos e uma produção
anual de 6 a 7 milhões de quilos de uva, constituindo-se como o principal
produtor da Região Demarcada da Bairrada, representando cerca de 40% da
produção global da região. Hoje certifica cerca de 80% da sua produção, sendo
líder destacado nas vendas de vinhos DOC Bairrada DOC e Beira Atlântico IGP.
Reconhecendo a enorme competitividade existente no mercado
nacional e internacional, a evolução qualitativa dos seus vinhos é o resultado
da mais moderna tecnologia, com foco na qualidade e segurança alimentar (Adega
Certificada pela norma ISO 9001:2015, e mais recentemente pela IFS Food 6.1.),
mas também da promoção das castas Portuguesas, que sempre guiou a sua
estratégia, particularmente das variedades tradicionais da Bairrada – Baga,
Bical e Maria Gomes – mas também de outras castas.
Portuguesas que encontram na Bairrada um Terroir de eleição,
como sejam a Touriga Nacional, Aragonez e Arinto, pois acredita que no
inequívoco potencial de diferenciação e singularidade que este património
confere aos seus vinhos.
O seu portfólio inclui uma ampla gama de produtos. Em tinto,
branco e rose os seus vinhos vão desde os vinhos de mesa até vinhos Premium a
que acresce uma vasta gama de espumantes produzidos exclusivamente pelo Método
Clássico, bem como Aguardentes e Vinhos Fortificados. É um portfólio que,
graças à sua diversidade e versatilidade, é capaz de atender a diferentes
segmentos de mercado, com diferentes graus de exigência em qualidade, que
resulta na presença dos seus produtos em mais de 20 mercados.
A sua notoriedade enquanto produtor, bem como dos seus vinhos
e das suas marcas, vem sendo confirmada e sustentadamente reforçada pelos
prémios que vem acumulando no seu palmarés, o que resulta em mais de 750
distinções atribuídas nos mais prestigiados concursos nacionais e
internacionais, com destaque para Mundus Vini – Alemanha, Concours Mondial de
Bruxelles, Selections Mondiales du Vins - Canada, Effervescents du Monde –
França, Berliner Wein Trophy – Alemanha e Japan Wine Challenge, sendo por
diversas ocasiões o único produtor da Bairrada com vinhos premiados nesses
concursos e, por isso, hoje um dos mais galardoados produtores da região. Em
2015 integrou o TOP 100 dos Melhores Produtores Mundiais, pela WAWWJ –
Associação Mundial dos Jornalistas e Críticos de Vinho e Bebidas Espirituosas.
Nos últimos 8 anos foi eleita “Melhor Adega Cooperativa” em Portugal por 3
vezes pela imprensa especializada.
Mais informações acesse:
https://www.cantanhede.com/
Referências:
Revista Adega: https://revistaadega.uol.com.br/artigo/champenoise-tradicional-ou-classico-os-metodos-de-fazer-champagne_11987.html
Gaúcha ZH: https://gauchazh.clicrbs.com.br/destemperados/bebidas/noticia/2017/10/nature-um-espumante-puro-ckboenhcu004dmmslca2k2gtc.html
“IVV”: https://www.ivv.gov.pt/np4/503/