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terça-feira, 16 de fevereiro de 2021

Reserva da Serra Merlot e Cabernet Sauvignon 2005

 

Adoro os vinhos evoluídos! Adoro mesmo sem ter degustado tantos vinhos com essa proposta! O que tem me cativado são as histórias que envolvem esses rótulos, a forma como foram concebidos e o tempo, particularmente o tempo que eles passaram para chegar a condição de vinhos de guarda e os que tornaram evoluídos, com vocação de guarda. Atribui-se aos europeus essa condição. Os melhores vinhos evoluídos são do Velho Mundo, os franceses, os espanhóis, os italianos com seus rótulos emblemáticos e de regiões tradicionais são imbatíveis e intocáveis nesse sentido. Mas não se enganem que esses vinhos velhos, antigos são exclusividade dos europeus. O Brasil e a Argentina, por exemplo, já produzem vinhos com potencial de guarda e estão entregando vinhos excepcionais, ricos em aromas, em complexidade e tudo que faz desses vinhos espetaculares e com peculiaridades dignos de poucos.

E, antes de entender ou pelo menos me aventurar nos conceitos de vinhos evoluídos eu, buscando em meus arquivos de degustações, descobri um vinho que havia degustado, brasileiro, da excepcional Lídio Carraro, com, pasmem, 10 anos de vida! Sim, um vinho brasileiro, do Novo Mundo, com longos 10 anos de vida e, pasmem ainda, pleno, vivo e que aguçou todos os meus sentidos e sensações. Mas degustei, lembro-me com vivacidade, como se fora um vinho, mais um vinho. Talvez isso tenha sido bom, pois o degustei sem estereótipos, sem conceitos pré-determinados, era um vinho, especial, mas um vinho. Por isso disse: Já gostava dos vinhos evoluídos antes de saber o que de fato significava potencial de guarda ou pelo menos ter me enveredado sobre o referido assunto.

Então o vinho que degustei e gostei veio do Brasil, do Vale dos Vinhedos, na Serra Gaúcha, do boutique Lídio Carraro e se chama Reserva da Serra, composto pelo corte das castas Merlot e Cabernet Sauvignon, da safra 2005, com inacreditáveis 10 anos de vida, pois fora degustado em fevereiro de 20015, completando, neste mês de fevereiro de 2021, que estou redigindo esta resenha, 6 anos que o degustei.

5, 10, 15, 20 anos ou mais! O que faz do vinho ser tão longevo? As barricas de carvalho? As cepas selecionadas? O que faz desse vinho tão especial, único e até digno de discussões e polêmicas? Afinal, vinhos como esse, dizem por aí, podem ser relativos, sobretudo da forma como ele foi armazenado após a sua saída da vinícola e também em nossas casas. Então falemos um pouco sobre vinhos de guarda.

Os evoluídos

A delicadeza da cor levemente alaranjada, com tons atijolados, logo é completada por uma mistura de aromas intrigantes – com os quais nem sempre estamos acostumados, como trufas, café, couro, tabaco etc – e, ao se sorver gentilmente o líquido, pode-se sentir aquele tipo de suavidade que somente o tempo traz aos vinhos (no caso, os tintos). Há sensações (cheiros e sabores) que só são proporcionadas por um vinho velho. Esse espectro aromático, que vai dos frutos secos, passando por tons defumados até notas de trufas (e além), por exemplo, só é revelado quando a bebida evolui em garrafa. Eles são chamados de aromas terciários, e só são formados durante a lenta oxidação pela qual o líquido passa com os anos. É isso que os especialistas nomeiam como “buquê” – termo que está intimamente ligado a vinhos envelhecidos. Com o tempo, a oxidação dos ácidos em conjunto com o álcool resulta em novos aldeídos e, especialmente, ésteres, assim como em novas combinações entre eles, o que cria aromas tão diferentes dos puramente frutados encontrados na juventude. Durante o envelhecimento em garrafa, os íons de hidrogênio (mais presentes em vinhos com baixo pH – ou seja, mais ácidos) tendem a catalisar a formação de ésteres dos ácidos e álcoois presentes na bebida. Por outro lado, esses íons também ajudam os ésteres a se dividirem novamente em ácidos e álcoois. E essas duas ações, com o tempo, costumam levar a um estado de equilíbrio entre álcool, ácidos, ésteres e água. Assim, durante a “vida” de um vinho, os aromas mudam de acordo com as diferentes concentrações desses compostos. O mesmo ocorre com as percepções no palato, que se tornam mais redondas e suaves do que as encontradas em um vinho jovem, graças à evolução dos taninos. Acredita-se que, no começo, após macerados, esses polifenóis apresentam peso molecular baixo. Mas, com o tempo, a tendência são eles se polimerizarem, alongando as cadeias de carbono e, com isso, aumentando o peso. Quanto maior o peso molecular, mais macia se sente a bebida – e assim também se formam os sedimentos. Essa crença, no entanto, vem sendo questionada por pesquisadores. Verdade ou não, o certo é que, com o tempo, a combinação entre taninos, ácidos e álcool tende a ficar mais sutil, proporcionando uma sensação mais sedosa na boca.

Como definir potencial de envelhecimento?

Não existe uma receita precisa para determinar o potencial de envelhecimento. Algumas dicas são acompanhar as recomendações do produtor (que muitas vezes são conservadoras face ao real potencial de evolução) e as dicas dos especialistas. Na prática, o ideal seria comprar algumas garrafas do mesmo vinho e safra e abri-lás em intervalos determinados e dessa forma montar nossa própria análise evolutiva. A cada nova prova, determinamos o momento de abrir a próxima garrafa, até possivelmente atingir o estágio máximo de evolução e chegar ao tão desejado auge. A medida que executamos dessa forma, a experiência acumulada nos permite ser mais assertivo nessa análise.

E agora finalmente sobre o vinho!

Na taça já apresentava uma característica típica de um vinho já de guarda, com um vermelho rubi de média intensidade, já com uma cor acastanhada, diria um atijolado, com lágrimas finas e de média intensidade, mas que teimava em se dissipar das bordas da taça.

No nariz eram perceptíveis os toques de frutas secas e em compota como avelã e trufa, por exemplo, um buquê, pois apresenta, além das características de um vinho de guarda, apresenta também características de aromas primários e secundários que, além das referidas frutas secas, apresentava notas de tabaco, café, couro e de especiarias, como pimenta, por exemplo, e um agradável floral, mostrando a vivacidade do vinho.

Na boca um vinho complexo, mas polido e elegante como sugere a sua condição de vinho evoluído com 10 anos de vida: com as mesmas sensações sentidas no olfato, tais como as notas de frutas secas, tabaco, couro, algo de terroso, com taninos macios e redondos, domados pelo tempo, com uma acidez discreta, cortesia também do tempo. Percebe-se um amadeirado, o que deduz passagem por barricas de carvalho, mas não há informação disponível sobre isso no portal do produtor. Final persistente e marcante.

De fato não são vinhos para o dia a dia, afinal o mercado ofertam vinhos rápidos, ligeiros, para imediata degustação, de vinhos mais jovens. O percentual de vinhos evoluídos é baixo em relação aos vinhos velhos. Não quero estimular um embate entre o Velho X Novo, são vinhos com propostas totalmente distintas e que sequer, mesmo que eu quisesse, não poderia ou deveria promover um embate entre ambos. Mas como aqui neste momento a tapete vermelho está estendido para o Reserva da Serra Merlot e Cabernet Sauvignon 2005, não podemos, evidentemente, negligenciar todas as honrarias para esses vinhos mais velhos, onde somente o tempo para deixa-los finos, elegantes, domados, mas com a complexidade única que só o tempo pode proporcionar. O Reserva da Serra tem todos esses predicados: aromas incomuns e fantásticos, paladar delicado, mas de marcante personalidade e um apelo visual que, apesar de denotar um vinho em declínio, apresentou uma porta de entrada para um vinho especial e diferenciado nas suas mais diversas nuances sensoriais. Tem 13,5% de teor alcoólico.

Sobre a Lídio Carraro:

 Em 1875 chegaram ao Brasil os primeiros imigrantes italianos vindos da região do Vêneto e, entre eles, a família Carraro, que se estabeleceu em Bento Gonçalves, no Rio Grande do Sul. O negócio principal da família sempre foi o cultivo de uvas e tradicionalmente elaborava um pequeno volume de vinhos para o consumo próprio. Na década de 70, Lidio Carraro se destacou como um dos líderes da implantação das vitis viníferas na Serra Gaúcha, sendo um dos pioneiros no cultivo da variedade Merlot. A partir dos anos 90, iniciou uma busca obsessiva por encontrar e desenvolver melhores vinhedos motivados pelo amor pela viticultura e pela vontade de um dia reconhecer nos vinhos todo o trabalho dedicado às videiras. Ainda na década de 90, após seu estágio em uma vinícola no curso de Engenharia de Alimentos, Juliano Carraro ingressa na faculdade de enologia e sua vontade de elaborar vinhos contagia toda a família - inclusive o irmão mais novo, Giovanni Carraro, que anos mais tarde também se forma enólogo e atualmente é o responsável pelos vinhos Puristas da Vinícola.

Em 1998, após vários estudos, Lidio converte sete hectares no Vale dos Vinhedos para uvas da melhor qualidade e inicia a criação de sua adega. Em 2001, ocorre a fundação da Vinícola Lidio Carraro e a família adquire 200 hectares em Encruzilhada do Sul, na Serra do Sudeste do Rio Grande do Sul. A região mais tarde se tornaria um pólo vitícola brasileiro. Os vinhedos no Vale dos Vinhedos iniciam as primeiras produções em 2002 e a safra dá origem aos primeiros vinhos com a marca Lidio Carraro, que chegam ao mercado em 2004. Pouco tempo depois, a vinícola vence uma seleção para representar o vinho brasileiro nas prateleiras do DutyFree de aeroportos internacionais, tornando-se o primeiro produtor brasileiro a fazê-lo. Com esta porta aberta para o mundo, a Lidio Carraro começa a receber pedidos internacionais e dá início às exportações ainda em 2005. Desde então, os reconhecimentos chegam de todas as partes do mundo e a vinícola se torna referência em vinhos do Brasil da mais alta qualidade e com uma identidade própria, chegando a representar o país em alguns dos eventos mais importantes da história das últimas duas décadas.

Mais informações acesse:

https://www.lidiocarraro.com/br

Referências de pesquisa:

“Revista Adega”: https://revistaadega.uol.com.br/artigo/vinho-velho-vinho-bom_10208.html

“Vinho, Vida & Viagem”: https://vaocubo.com/2018/12/14/degustacaodecada70/

Degustado em: 2015


segunda-feira, 28 de dezembro de 2020

Maia Merlot e Ancellotta 2014

 

Tão bom quanto as degustações são as histórias proporcionadas pelos rótulos que escolhemos. E como toda boa história tem que trazer conhecimento, um pouco da cultura do vinho. É isso! Essa é a melhor forma de democratizar a cultura do vinho, disseminar a importância de se degustar vinho, de saber degustar o vinho, da importância, entre outros aspectos, para a qualidade de vida que esta bebida proporciona. Mas, sem mais delongas, a história desse rótulo que degustei trouxe algumas transições importantes para a minha vida de enófilo e a importância que esses momentos trouxeram de relevante e que, até hoje, estou colhendo. Devo lembrar-me do meu primeiro festival, do meu primeiro evento de degustação que foi em uma cidade praiana, do Rio de janeiro, chamada Rio das Ostras. Recebi a informação de algumas pessoas que moravam próximo à cidade e que sabiam que eu apreciava vinhos, isso em 2015.

Não hesitei e logo comprei o ingresso e, como eu morava distante do local do evento, me programei para me hospedar em uma das inúmeras pousadas da cidade turística e conhecida nacionalmente. E chegado o dia do festival de degustação, logo adentrei o local, muito bonito, amplo e ornamentado com o tema da nossa nobre bebida, ouvi alguns comentários muito elogiosos acerca de um rótulo nacional, dizendo que, entre outros assuntos, que o vinho ganhara o prêmio de melhor nacional degustado pelos especialistas e pela imprensa especializada e que também ficou entre os dez melhores de todos os vinhos que estavam sendo ofertados para degustação e venda no evento. Claro que não podia deixar de degustar esse tão aclamado rótulo e logo quando entrei no local do evento, não pude deixar de priorizar o estande do vinho e rapidamente estava de frente para o mesmo! E logo descobri, graças ao demonstrador, muito solícito, atencioso e educado que o vinho era da famosa Boutique Lídio Carraro.

O vinho que degustei e gostei veio de uma região, no Rio Grande do Sul, pouco conhecida chamada Encruzilhada do Sul, mas que está crescendo em representatividade, que se chama Maia, um blend composto pelas castas: Merlot, oriundo de duas parcelas diferentes e a emblemática casta italiana, a Ancellotta e a safra é de 2014. Um corte inusitado, mas que revelou uma simbiose muito interessante entre corpo e a fruta, a maciez e a personalidade, mas os detalhes sensoriais do vinho ficam para depois, porque agora tem uma curiosidade muito interessante. O vinho “Maia” foi uma tiragem limitada da Lídio Carraro para homenagear o Sr. Maia, um português que veio para o Brasil e que fora o fundador da hoje Adega de Vinhos Cocoricó, conhecida e tradicional loja de vinhos  instalada na cidade de Rio das Ostras e que promoveu o evento de degustação que eu participei. A Vivian Maia, hoje a administradora da loja e avô do Sr. Maia, também serviu de inspiração por ser apaixonada pelos vinhos, o que herdou de seu avô.

Loja Cocoricó em Rio das Ostras

Mas antes de falar do vinho, falemos um pouco da região de Encruzilhada do Sul, hoje tão importante para o Rio Grande do Sul e para o Brasil e que está crescendo em importância.

Encruzilhada do Sul

Encruzilhada do Sul é um município brasileiro do estado do Rio Grande do Sul, localizado no Vale do Rio Pardo. O primeiro nome foi Santa Bárbara de Encruzilhada. No decorrer dos anos de 1715 até 1766 os primeiros habitantes instalaram-se no Capivari, região que hoje fica a alguns quilômetros da cidade. A região é considerada como um novo pólo vitivinícola do Brasil, com um terroir diferenciado, que tem produzido vinhos de extrema qualidade e autenticidade. Hoje, o município, que era chamado de a "Terra da Ovelha", já é reconhecido como a "Terra da Ovelha e do Vinho". Descoberto há cerca de 10 anos, o clima e solo tem se mostrado ideais para o cultivo de uvas varietais destinadas à produção de vinhos finos.


Encruzilhada do Sul

O município conta com mais de 360 hectares de vinhedos, com o cultivo de uvas inéditas no Brasil, como as cepas de origem europeia, como a Tempranillo, Teroldego, Touriga Nacional e Barbera. Segundo a Associação Brasileira de Someliers (ABS) e outros críticos especializados, os vinhos originários do município são uma grande promessa nacional. São terras que podem gerar vinhos com mais de 15% de álcool, semelhante em estrutura aos originários do Nappa Valley, na Califórnia (EUA). A história do vinho em Encruzilhada do Sul deve um tributo a um homem chamado Ivo Osório Mendes, conhecido como “Tio Ivo”. Ele era Técnico Agrícola, e já nas décadas de 1940 e 1950 trabalhava com genética de trigo, na Estação Experimental de Encruzilhada do Sul. Na década de 19880, já aposentado do Estado, implantou o Campo Experimental da extinta COTRENSUL, Cooperativa Tritícola de Encruzilhada, e lá implantou alguns parreirais, com mudas trazidas da Serra Gaúcha.

E agora o vinho!

Na taça conta um vermelho rubi escuro, profundo e quando servida a bebida na taça, se revela caudalosa e que tinge de um vermelho forte o copo, com lágrimas grossas e abundantes.

No nariz tem um frutado evidente, mas sem soar enjoativo, frutas vermelhas em compota, frutas negras também, com um toque de especiarias, diria um destaque para algumas ervas, além de torrefação, algo de café. Não me recordo se o vinho passou por barricas de carvalho, afinal não fora informado pelo produtor.

Na boca é vigoroso, potente, mas a fruta o torna fresco e jovial, graças ao percentual da Merlot, revelando uma maciez, mas com uma personalidade marcante a quem credito a Ancellotta, bem como a sua coloração. Tem taninos presentes e gulosos, com uma boa acidez que também lhe garante frescor e vivacidade com um final persistente e retrogosto frutado.

Um vinho estruturado, mas macio, fácil de degustar, mostrando um inusitado e improvável assemblage, mas que conferiu ao vinho grande versatilidade e uma grande vocação gastronômica que pode harmonizar com refeições mais simples e direta a pratos mais consistentes e condimentados. Um vinho que, apesar de lote limitado, deveria se reeditado e disseminado a todos os amantes do vinho, afinal, rótulos emblemáticos precisam ser democratizados e atingir a todos os rincões desse país. Que vinhaço! Uma surpresa retumbante! E mesmo com seus robustos 14% de teor alcóolico, o mesmo estava muito bem integrado ao conjunto do vinho. Mais um ponto que define o vinho: equilibrado e redondo!

Sobre a Lídio Carraro:

Em 1875 chegaram ao Brasil os primeiros imigrantes italianos vindos da região do Vêneto e, entre eles, a família Carraro, que se estabeleceu em Bento Gonçalves, no Rio Grande do Sul. O negócio principal da família sempre foi o cultivo de uvas e tradicionalmente elaborava um pequeno volume de vinhos para o consumo próprio. Na década de 70, Lidio Carraro se destacou como um dos líderes da implantação das vitis viníferas na Serra Gaúcha, sendo um dos pioneiros no cultivo da variedade Merlot. A partir dos anos 90, iniciou uma busca obsessiva por encontrar e desenvolver melhores vinhedos motivados pelo amor pela viticultura e pela vontade de um dia reconhecer nos vinhos todo o trabalho dedicado às videiras. Ainda na década de 90, após seu estágio em uma vinícola no curso de Engenharia de Alimentos, Juliano Carraro ingressa na faculdade de enologia e sua vontade de elaborar vinhos contagia toda a família - inclusive o irmão mais novo, Giovanni Carraro, que anos mais tarde também se forma enólogo e atualmente é o responsável pelos vinhos Puristas da Vinícola.

Em 1998, após vários estudos, Lidio converte sete hectares no Vale dos Vinhedos para uvas da melhor qualidade e inicia a criação de sua adega. Em 2001, ocorre a fundação da Vinícola Lidio Carraro e a família adquire 200 hectares em Encruzilhada do Sul, na Serra do Sudeste do Rio Grande do Sul. A região mais tarde se tornaria um pólo vitícola brasileiro. Os vinhedos no Vale dos Vinhedos iniciam as primeiras produções em 2002 e a safra dá origem aos primeiros vinhos com a marca Lidio Carraro, que chegam ao mercado em 2004. Pouco tempo depois, a vinícola vence uma seleção para representar o vinho brasileiro nas prateleiras do DutyFree de aeroportos internacionais, tornando-se o primeiro produtor brasileiro a fazê-lo. Com esta porta aberta para o mundo, a Lidio Carraro começa a receber pedidos internacionais e dá início às exportações ainda em 2005. Desde então, os reconhecimentos chegam de todas as partes do mundo e a vinícola se torna referência em vinhos do Brasil da mais alta qualidade e com uma identidade própria, chegando a representar o país em alguns dos eventos mais importantes da história das últimas duas décadas.

Mais informações acesse:

https://www.lidiocarraro.com/br

Referências de pesquisa:

“Cordeiro e Vinho by Ucha”: http://cordeiroevinhobyucha.blogspot.com/2009/02/os-vinhos-de-encruzilhada-do-sul.html

Site “Prefeitura de Encruzilhada do Sul”: https://estado.rs.gov.br/encruzilhada-do-sul-comeca-a-colheita-da-uva

https://www.encruzilhadadosul.rs.gov.br/prefeitura/historia/

“Revista Adega”: https://revistaadega.uol.com.br/artigo/a-nova-fronteira-sul_8619.html


Degustado em: 2016