sexta-feira, 13 de março de 2020

Jacob's Creek Classic 2014


Vamos falar do Novo Mundo e um de seus principais representantes: Austrália. Esse país que infelizmente ainda não chegou forte por aqui, no Brasil e os poucos rótulos que temos a disposição são extremamente inacessíveis ao bolso da maioria dos brasileiros. Mas esses poucos rótulos que chegam entregam vinhos frutados, estruturados, rótulos de expressão e personalidade. Os poucos vinhos australianos que degustei e gostei se destacam o Syrah, Cabernet Sauvignon e Merlot, entre as tintas e as brancas tem Sauvignon Blanc e Chardonnay. São vinhos de tipicidade, tem a sua cara, o seu DNA, se mostram frescos, mas encorpados (muito deles) e muito versáteis e gastronômicos.

O vinho que degustei e gostei é de uma região chamada Barossa Valley e é responsável por produzir grandes varietais da casta Shiraz, o tradicional e muito conhecido Jacob’s Creek, da famosa vinícola Jacob’s Creek, com um corte das castas mais badaladas da Austrália, Syrah (60%) e Cabernet Sauvignon (40%), típico corte australiano, da safra 2014. Rótulo este muito premiado, com conquistas distribuídas em várias safras, um verdadeiro ícone da vitivinicultura da Austrália.

No aspecto visual conta com um vermelho rubi intenso e profundo com lágrimas finas e abundantes.

No olfato traz aromas de frutas vermelhas como cereja e amora, por exemplo e toques generosas de especiarias, destacando-se um picante lembrando pimenta, típico da Syrah e notas discretas e agradáveis de tabaco e baunilha.

Na boca é seco, frutado, com certa complexidade, mas muito fresco, com taninos maduros e presentes com boa acidez e um amadeirado leve, mostrando que o vinho teve uma breve passagem por barricas de carvalho, não informado no site do produtor, acredito que tem 6 meses de passagem por madeira.Um final persistente, saboroso e com muita fruta.

Um vinho de personalidade, expressivo, mas fresco, frutado, equilibrado e harmonioso, mostrando total versatilidade, onde, em qualquer momento da vida ele pode protagonizar, complementando suas celebrações. O vinho tem 13,7% de teor alcoólico e harmoniza com carnes, churrasco, massas, queijos fortes e pizza ou pode ser degustado sozinho.

Sobre a Jacob’s Creek:

Desde a humilde cabana de William Jacob, situada ao longo das margens de um pequeno riacho, até o legado da família Gramp, temos mais de 150 anos de tradição vitivinícola fluindo por nossas vinhas. É uma herança pela qual somos apaixonados, e igualmente, o que nos leva a criar novos vinhos para serem apreciados nos próximos anos. William Jacob se estabeleceu às margens de um pequeno riacho em Rowland Flat, sul da Austrália. Este riacho mais tarde recebeu o nome dele e ficou famoso em todo o mundo. Sua casa de campo original permanece como um local maravilhoso nos jardins da nossa casa em Jacob's Creek. O colono nascido na Baviera Johann Gramp plantou o primeiro vinhedo comercial do Barossa Valley nas margens do riacho de Jacob. Isto foi seguido logo depois com uma pequena adega e adega subterrânea com o primeiro vinho produzido por volta de 1850. O negócio de vinhos da família Gramp floresceu e é incorporado como G Gramp & Sons. O que começou como uma vinha de 30 hectares se tornou uma das vinícolas mais famosas da Austrália. Para marcar o evento, ocorreu uma celebração lendária e uma amoreira comemorativa foi plantada no local agora conhecido como Centenary Hill. O primeiro vinho rotulado "Jacob's Creek" foi lançado - uma mistura vintage de 1973 de Shiraz e Cabernet Sauvignon do Barossa Valley e McLaren Vale e Malbec de Padthaway.

Mais informações acesse:

https://www.jacobscreek.com/en

Degustado em: 2018

2 comentários:

  1. Haaa esse vinho está na minha mira faz tempo amigo kkk, uma excelente partilha, imagino um vinhaço na degustação, esse corte deixa vários aromas frutados, vou priorizar minha compra, obrigado por me lembrar dele, deixarei como prioridade, Saúde 🍷👍

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    1. Confrade amigo sei que está em seu radar faz tempo mesmo. Um dos poucos vinhos australianos com ótimo custo X benefício. E o que faz desse rótulo especial, na minha visão, é o corte, de castas que, embora não sejam autóctones da Austrália, se deram muito bem por lá e produzem vinhos frescos e de muita expressão e personalidade. Já recomendei e continuo a te recomendar.

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