segunda-feira, 8 de janeiro de 2024

Partridge Gran Reserva Malbec 2018

 



Vinho: Partridge Gran Reserva

Safra: 2018

Casta: 100% Malbec

Região: Mendoza

País: Argentina

Produtor: Viña Las Perdices

Teor Alcoólico: 14%

Estágio: 18 meses em barricas de carvalho (90% francês e 10% americano)

 

Análise:

Visual: rubi intenso, escuro, fechado, com lágrimas finas e lentas, com alguma viscosidade.

Nariz: notas de frutas negras madura, quase em compota, com notas amadeiradas, entregando tosta, chocolate e toques especiados.

Boca: é estruturado, frutado, amadeirado, com taninos presentes, mas redondos, com acidez salivante e um final persistente com retrogosto frutado.

 

Sobre o Produtor:

https://www.lasperdices.com/


Cardilla Frappato 2021

 



Vinho: Cardilla

Safra: 2021

Casta: 100% Frappato (Sobre a casta acesse aqui)

Região: Sicília

País: Itália

Produtor: Cantine Pellegrino

Teor Alcoólico: 13%

 

Análise:

Visual: rubi vivo, pleno, brilhante com belos reflexos violáceos.

Nariz: aromas de frutas vermelhas frescas, fresco, com toques de especiarias, como pimenta e cravo.

Boca: as notas frutadas também são percebidas, com muito frescor, alguma personalidade, com taninos sedosos e acidez salivante. Final com persistência.

 

Sobre o Produtor:

https://www.carlopellegrino.it/


Chateau Belair-Coubet 2018



Vinho: Chateau Belair-Coubet

Safra: 2018

Casta: Merlot (60%) e Cabernet Sauvignon (40%)

Região: Côtes de Bourg, Bordeaux (Sobre Côtes de Bourg acesse aqui)

País: França

Produtor: Vignobles Faure

Teor Alcoólico: 13,5%

Estágio: 10 meses em barricas de carvalho francês

 

Análise:

Visual: rubi intenso, escuro, com entornos granada, denotando a passagem por 10 meses em barricas de carvalho.

Nariz: notas de frutas vermelhas maduras, especiarias e cedro, além de baunilha, defumado e carvalho.

Boca: traz as notas frutadas, frutas vermelhas, amadeirado discreto, bem integrado, taninos macios, redondos, acidez correta e um final de média persistência.

 

Sobre o Produtor:

https://www.vignoblesfaure.com/en/presentation/

 

Viña Oria Macabeo 2021



Vinho: Viña Oria

Safra: 2021

Casta: 100% Macabeo ou Viúra (Sobre a casta acesse aqui)

Região: Cariñena, Aragon

País: Espanha

Produtor: Covinca

Teor Alcoólico: 13%

 

Análise:

Visual: amarelo palha, com reflexos esverdeados e brilhante.

Nariz: aromas de frutas tropicais e cítricas, com destaque para tangerina, laranja, lima, pera e abacaxi, com um toque de mineralidade e frescor.

Boca: fruta evidente, com notas tropicais e cítricas em evidência, como no nariz, mineral, fresco, com alguma untuosidade e final frutado e fresco.

Sobre o Produtor:

 

Gheller Pinot Noir 2022

 



Vinho: Gheller

Safra: 2022

Casta: 100% Pinot Noir

Região: Guaporé, Serra Gaúcha (Sobre a região acesse aqui)

País: Brasil

Produtor: Gheller

Teor Alcoólico: 13,9%

 

Análise:

Visual: Rubi com alguma intensidade, brilhante, com reflexos violáceos e lágrimas finas.

Nariz: Intenso para frutas vermelhas, como framboesa, cereja e morango, com muito frescor e discretas notas amadeiradas e de menta.

Boca: Notas frutadas são replicadas, mostra estrutura, mas com frescor, típico da casta, com taninos sedosos e acidez vibrante. Tem final persistente.


Sobre o Produtor:

https://vinicolagheller.lojaintegrada.com.br/


segunda-feira, 11 de setembro de 2023

Castellari Chianti Riserva 2018

 

O vinho que degustei e gostei de hoje é um clássico italiano! Falando em clássicos do vinho a Itália dispara na preferência dos mais exigentes paladares enófilos. Falo do Chainti, falo do Castellani Chianti Riserva da igualmente tradicional vinícola Castellani.

O vinho é composto pela tradicional Sangiovese, que predomina em 85% do blend, uma regulamentação do DOCG da região de Chianti, que segue com Canaiolo (10%) e Cabernet Sauvignon (5%) da safra 2015.

A Castellani foi estabelecida em Montecalvoli no final do século 19 quando Alfred, um viticultor de longa data, decidiu a começar a engarrafar e vender seu vinho. O filho de Alfredo, Duilio, junto com seu irmão Mario dá início ao período de expansão da empresa. Duilio, homem meticuloso e diligente, participa ativamente de todas as etapas do trabalho.

Várias adegas foram adquiridas ao longo dos anos, como a Fazenda Burchino, nas colinas da vila de Terricciola, bem como a aquisição da vinha Poggio al Casone, além da Fazenda Campomaggio.

Falando um pouco de Chianti, a região é montanhosa e se estende por cerca de 60 km a 70 km na sua extensão, cujo ponto mais alto é Monte San Michele, a 893 metros. Existem cinco rios que cruzam e definem a área como os rios Pesa, Greve, Ombrone, Staggia e Arbia.

Chianti

O começo da história remonta ao século XIII, quando os Médici dominavam a cidade de Firenze (Florença), na Toscana, e lá criaram uma das repúblicas mais influentes de seu tempo – basta lembrar que eles foram patronos das artes que culminaram com o Renascimento. Em meados do século XIII, os fiorentinos eram uma potência e viviam guerreando com vizinhos.

Para garantir uma boa defesa de suas terras, eles as dividiram em ligas militares de cidades. Uma delas, criada em 1384, foi a Lega del Chianti, que compreendia as vilas de Radda, Gaiole e Castellina (até hoje o centro da região que se denomina Chianti Classico), e durou até 1774, atuando ativamente durante as batalhas entre Firenze e Siena.

Aliás, a principal lenda em torno do vinho de Chianti vem dessas longas disputas medievais entre fiorentinos e sieneses, nascendo a lenda Gallo Nero, que serve de emblema dos vinhos de Chianti Classico.

Diz-se que os sieneses escolheram um belo e forte galo branco para dar o sinal ao seu cavaleiro. Já os fiorentinos teriam escolhido um galo negro raquítico, que ficou confinado sem comida. Por isso, o galo de Firenze teria acordado mais cedo, ainda durante a noite, faminto, e começado a cantar, fazendo com que seu cavaleiro tivesse grande vantagem sobre o rival de Siena, cujo galo só acordaria para cantar já nos primeiros raios de sol da manhã.

Assim, dos pouco mais de 60 quilômetros que separam as duas cidades, o cavaleiro sienês conseguiu percorrer somente cerca de 12 antes de encontrar o oponente nas proximidades de Fonterutoli, pouco ao sul de Castellina.

Em 1716, Cosimo III de Médici delimitou a região para a produção dos vinhos de Chianti. Lendas à parte, a verdade é que a demarcação da área de Chianti como pertencente à Firenze ocorreu em um tratado de 1203. Na época, os fiorentinos eram leais ao Papa e Siena, ao Sacro-Império Romano. Para maiores detalhes sobre a história de magnífica região segue o link de leitura do Blog “História com Gosto”.

O vinho, é um belo representante da bela Toscana e a sua pérola Chianti, mostra, no aspecto visual, um rubi intenso, quase escuro com halos granada, evidenciando algum tempo em garrafa, cerca de cinco anos, mas também pelos longos 24 meses que estagiou em barricas de carvalho.

No nariz apresenta discreto toque amadeirado, algo de terra molhada, couro, tabaco e baunilha, bem complexo, como já era de se prever de um chianti riserva. As notas frutadas se apresentam também, algo de frutas vermelhas como framboesa, cereja e até morangos e finaliza com especiarias, defumado. A rusticidade da casta predominante, a Sangiovese, se faz presente.

Na boca é intenso, com média estrutura para mais, evidenciado por taninos marcados, presentes, mas domados, com uma acidez vivaz, também típica da Sangiovese, bem como o álcool com alguma proeminência no início, acalmando ao longo da degustação. A madeira se mostrou discreta, porém entregou um leve chocolate e tostado, as notas frutadas protagonizam. Não evoluiu muito bem ao longo da degustação, mas se mostrou íntegro até o fim.

 


 




Vinha Solo Merlot 2009

 

O vinho que degustei e gostei de hoje é um valoroso Merlot da Serra Gaúcha de um produtor novo que vem apostando em vinhos naturais, com o mínimo de intervenção humana e longevos. Falo da Vinha Solo Merlot da safra 2009, da vinícola Vinha Solo. Sim! Um valoroso Merlot da Serra Gaúcha com 14 anos e com muita vida, complexidade, plenitude e integridade.

A Vinha Solo é um projeto de dois amigos que desejavam produzir vinhos naturais, o arquiteto Milton Scola e o empresário Raimundo Demore que escolheram uma preciosa área no norte de Caxias do Sul, no distrito de Fazenda Souza.

Plantaram 20 hectares de vinhedos com mudas trazidas da Itália aproveitando as peculiaridades características do solo de transição das encostas e dos campos de cima da Serra Gaúcha

Na localidade de Fazenda Souza a altitude chega a 890 metros e os ventos são generosos. O solo de estrutura argilo arenosa mantém uma vegetação natural rasteira em equilíbrio com um regime de chuvas moderado, permitindo uma prática cultural da vinha com pouca intervenção.

Isso propicia que muitas espécies locais de animais como quero-queros, pardais, andorinhas, curicacas, lagartos entre outros vivam em harmonia formando uma linda biodiversidade. Inclusive tais animais estampam os rótulos dos seus vinhos, no caso do Merlot é o quero-quero.

A propósito o primeiro nome dado a região de Fazenda Souza foi Pouso Alto, utilizado bem antes da chegada de imigrantes naquela localidade. Inclusive um dos nomes do vinho da Vinha Solo carrega o antigo nome da região que já era explorada, sob o aspecto da agricultura, antes de 1790, época do Brasil Colônia.

O vinho, no auge dos seus 14 anos de garrafa, mostrou-se pleno, íntegro, complexo e capaz ainda de evoluir bem em garrafa por mais alguns anos. Evolução! Essa é a palavra inaugural para definir esse belo vinho. Um visual granada, já com nuances bem evidentes de um lindo atijolado e lágrimas espessas, lentas e grossas.

O nariz se mostrou complexo, gozando de um destaque fabuloso, com notas de terra molhada e algo de flores, um instigante floral. Frutas secas são percebidas, há algo de frutas vermelhas também, couro e especiarias, algo de pimenta, cassis. O aroma, mesmo com a taça vazia, teimava em lá permanecer.

Na boca é elegante, macio, afinal o tempo lhe tornou gentil e amável na boca. As frutas secas e vermelhas protagonizam, como no aspecto olfativo. Apesar do veludo, ainda se revela com média estrutura, ainda entrega alguma personalidade, corroborando o seu longo tempo em garrafa. Tem taninos amáveis e domados e com uma acidez média, o que encanta pelo seu tempo de vida. Tem final longo, cheio e persistente.