O raio não cai duas vezes no mesmo lugar! Lembra daquele
ditado tão popular entre nós? Eu pergunto: Será que realmente não cai duas
vezes no mesmo lugar? Não acredito que essa frase seja regra no universo dos
vinhos e acho que não deveria, dada, claro, as devidas proporções.
Não vejo nenhum problema em degustar, mais de uma vez, o
mesmo rótulo, seja a mesma safra ou safras distintas, sobretudo a segunda
opção, haja vista que embora o rótulo traga a mesma casta, seja a mesma linha
de rótulos, algumas peculiaridades podem ser percebidas nos vinhos, porque
temos a influência do clima, do tempo interferindo no produto final, o nosso
bom e velho vinho.
E quando falo em devidas proporções, a repetição de
degustação de um mesmo rótulo, embora seja safra diferente, pode acarretar na
temida e silenciosa zona de conforto. Afinal temos uma gama tão grande de
opções, propostas de vinhos que seria no mínimo leviano da nossa parte, nos
permitir degustar outros rótulos e expandir as nossas experiências sensoriais.
E decidi levar a repetição a ferro e fogo um vinho que
degustei recentemente da minha querida e preferida região lusitana do Alentejo
e de uma casta que é típica da região. Uma variedade que, se a ciência derrubar
a máxima, só existe no Alentejo: falo da branca mais famosa da região, a Antão
Vaz.
E não é só o privilégio e a honra de degustar a Antão Vaz,
mas também por um laço afetivo que me une ao Alentejo. Nunca estive na região,
mas foi graças aos seus vinhos que os vinhos portugueses entraram na minha
vida. Não poderia ter começado da melhor forma!
Então sem mais delongas vamos às apresentações da minha
segunda experiência com esse rótulo. Falo do Castelo d’Borba da casta Antão Vaz
(100%) da safra 2020. Havia degustado o mesmo vinho da safra 2018, cuja resenha
pode ser lida aqui, em 2022. Com quatro anos de garrafa me parecia que estava
em algum declínio, mas ainda palatável. As notas frutadas, a acidez,
características de quando um branco com essa proposta, ainda é jovem, não
estava tão perceptível.
Então decidi, ainda degustando o da safra 2018, comprar o
mesmo vinho de uma safra distinta e não levar tanto tempo para fazer o
exercício das comparações entre as duas safras, tendo em vista o tempo em que cada
um deles foram degustados. Porém antes de tecer tais comentários, falemos um
pouco da Antão Vaz e da grande região alentejana.
Alentejo
Situado na zona sul de Portugal, o Alentejo é uma região
essencialmente plana, com alguns acidentes de relevo, não muito elevados, mas
que o influenciam de forma marcante. Embora seja caracterizada por condições
climáticas mediterrânicas, apresenta nessas elevações, microclimas que
proporcionam condições ideais ao plantio da vinha e que conferem qualidade às
massas vínicas. As temperaturas médias do ano variam de 15º a 17,5º, observando-se
igualmente a existência de grandes amplitudes térmicas e a ocorrência de verões
extremamente quentes e secos.
Mas, graças aos raios do sol, a maturação das uvas,
principalmente nos meses que antecedem a vindima, sofre um acúmulo perfeito dos
açúcares e materiais corantes na película dos bagos, resultando em vinhos
equilibrados e com boa estrutura. Os solos caracterizam-se pela sua
diversidade, variando entre os graníticos de "Portalegre", os
derivados de calcários cristalinos de "Borba", os mediterrânicos
pardos e vermelhos de "Évora", "Granja/Amarelega",
"Moura", "Redondo", "Reguengos" e
"Vidigueira". Todas estas constituem as 8 sub-regiões da DOC
"Alentejo".
História (Passado, presente e futuro)
A história do vinho e da vinha no território que é hoje o
Alentejo exige uma narrativa longa, com uma presença continuada no tempo e no
espaço, uma gesta ininterrupta e profícua que poucos associam ao Alentejo. Uma
história que decorreu imersa em enredos tumultuosos, dividida entre períodos de
bonança e prosperidade, entrecortados por épocas de cataclismos e atribulações,
numa flutuação permanente de vontades, com longos períodos de trevas seguidos
por breves ciclos iluministas e vanguardistas.
É uma história faustosa e duradoura, como o comprovam os
indícios arqueológicos presentes por todo o Alentejo, testemunhas silenciosas
de um passado já distante, evidências materiais da presença ininterrupta da
cultura do vinho e da vinha na paisagem tranquila alentejana. Infelizmente, por
ora ainda não foi possível determinar com acuidade histórica quando e quem
introduziu a cultura da videira no Alentejo.
Mas ainda assim pode-se afirmar que a história do Alentejo
anda de mãos dadas com a história de Portugal e da Península Ibérica,
ex-hispânicos, assim como, pertencentes a época de civilizações romana, árabe e
cristãs. Em muitos lugares no Alentejo encontrar provas da civilização fenícia
existente há 3.000 anos atrás.
Fenícios, celtas, romanos, todos eles deixaram um importante
legado da era antes de Cristo, na região que é hoje o Alentejo. Uma terra onde
a cultura e tradição caminham lado a lado. Os romanos deixaram nesta região o
legado mais importante, escritos, mosaicos, cidades em ruínas, monumentos, tudo
deixado pelos romanos, mas não devemos esquecer as civilizações mais antigas
que passaram pela zona deixando legados como os monumentos megalíticos, como
Antas.
Após os romanos e os visigodos, os árabes, chegaram a esta
terra com o cheiro a jasmim, antes da reconquista, que chegaram com a
construção de inúmeros castelos, alguns deles construídos sobre mesquitas
muçulmanas e a construção de muralhas para proteger a cidade e as cidades que
foram crescendo. Desde essa altura até hoje, o Alentejo tem continuado o seu
crescimento, um crescimento baseado na agricultura, pecuária, pesca, indústria,
como a cortiça e desde o último século até aos nossos dias, com o turismo com
uma ampla oferta de turismo rural.
Os gregos, cuja presença é denunciada pelas centenas de
ânforas catalogadas nos achados arqueológicos do sul de Portugal, sucederam aos
fenícios no comércio e exploração dos vinhos do Alentejo. Por esta época, a
cultura da vinha no Alentejo, apesar de incipiente, contava já com quase dois
séculos de história. A persistência de uma cultura da vinha e do vinho, desde
os tempos da antiguidade clássica, permite presumir, com elevado grau de
convicção, que as primeiras variedades introduzidas no território nacional
terão arribado a Portugal pelo Alentejo, a partir das variedades mediterrânicas.
É mesmo provável, se atendermos os registros históricos
existentes, que a produção alentejana tenha proporcionado a primeira exportação
de vinhos portugueses para Roma, a primeira aventura de internacionalização de
vinhos portugueses! A influência romana foi tão peremptória para o
desenvolvimento da viticultura alentejana que ainda hoje, dois mil anos após a
anexação do território, as marcas da civilização romana continuam a estar
patentes nas tarefas do dia-a-dia, visíveis através da utilização de
ferramentas do quotidiano, como o Podão, instrumento utilizado intensivamente
até há poucos anos. Mas foi no aproveitamento das talhas de barro, prática que
os romanos divulgaram e vulgarizaram no Alentejo, que a influência romana
deixou as suas marcas mais profundas e até hoje é difundida, dada a devida
proporção, por alguns abnegados produtores, e claro, a sua população.
Com a emergência do cristianismo, credo disseminado quase
instantaneamente por todo o império romano, e face à obrigatoriedade da
presença do vinho na celebração eucarística da nova religião, abriram-se novos
mercados e novas apetências para o vinho. A fé católica, ainda que
indiretamente, afirmou-se como um fator de desenvolvimento e afirmação da vinha
no Alentejo, estimulando o cultivo da videira na região.
Com tantas influências culturais o Alentejo sofreu com
algumas crises e a primeira se deu exatamente entre os cristãos e muçulmanos.
Embora os mulçumanos tenham se mostrando tolerante com os costumes dos povos
conquistados, consentindo na manutenção da cultura da vinha e do vinho,
sujeitando-a a duros impostos, mas autorizando a sua subsistência, logo nasceu
uma intolerância crescente para com os cristãos e os seus hábitos, manifesta no
cumprimento rigoroso e vigoroso das leis do Corão.
Inevitavelmente, a cultura do vinho foi sendo
progressivamente negada e a vinha gradualmente abandonada, reprimida pelas
autoridades zelosas das regiões ocupadas. Com a invasão muçulmana a vinha
sofreu o primeiro revés sério no Alentejo. A longa reconquista cristã da
península ibérica, riscada de Norte para Sul, geradora de incertezas e
inseguranças, com escaramuças permanentes entre cristãos e muçulmanos, sem
definição de fronteiras estáveis, maltratou ainda mais a cultura da vinha, uma
espécie agrícola perene que, por forçar à fixação das populações, foi sendo
progressivamente abandonada.
Foi só após a fundação do reino lusitano, concorrendo através
do poder real e das novas ordens religiosas, que a cultura do vinho regressou
com determinação ao Alentejo. Poucos séculos mais tarde, já em pleno século
XVI, a vinha florescia como nunca no Alentejo, dando corpo aos ilustres e
aclamados vinhos de Évora, aos vinhos de Peramanca, bem como aos brancos de
Beja e aos palhetes do Alvito, Viana e Vila de Frades.
Em meados do século XVII, eram os vinhos do Alentejo, a par
da Beira e da Estremadura, que gozavam de maior fama e prestígio em Portugal.
Desventuradamente, foi sol de pouca dura! A crise provocada pela guerra da
independência, logo secundada por nova crise despertada pela criação da Real
Companhia Geral de Agricultura dos Vinhos do Douro, instituída pelo Marquês de
Pombal como justificação para a defesa dos vinhos do Douro em detrimento das
restantes regiões, com arranques coercivos de vinhas em muitas regiões, deu
matéria para a segunda grande crise do vinho alentejano, mergulhando as vinhas
alentejanas no obscurantismo.
A crise foi prolongada. Foi preciso esperar até meados do
século XIX para assistir à recuperação da vinha no Alentejo, com a campanha de
desbravamento da charneca e a fixação à terra de novas gerações de
agricultores. Nasceu então mais uma época dourada para os vinhos do Alentejo,
período que infelizmente viria a revelar ser de curta duração. O entusiasmo
despertou quando se soube que um vinho branco da Vidigueira, da Quinta das
Relíquias, apresentado pelo Conde da Ribeira Brava, ganhou a grande medalha de honra
na Exposição de Berlim de 1888, a maior distinção do certame, tendo sido
igualmente apreciados e valorizados vinhos de Évora, Borba, Redondo e
Reguengos.
Pouco anos mais tarde, decorria o ano de 1895, edificou-se a
primeira Adega Social de Portugal, em Viana do Alentejo, pelas mãos avisadas de
António Isidoro de Sousa, pioneiro do movimento associativo em Portugal.
Desafortunadamente, este período de glória viria a terminar abruptamente. Duas
décadas passadas, já na primeira metade do século XX, sobreveio um conjunto de
acontecimentos políticos, sociais e econômicos que contribuíram decidida e
decisivamente para a degradação da viticultura alentejana.
Ao embate da filoxera, somou-se a primeira das duas grandes
guerras mundiais, as crises econômicas sucessivas, e, sobretudo, a campanha
cerealífera do estado novo que suspendeu e reprimiu a vinha no Alentejo,
apadrinhando a cultura de trigo na região que viria a apelidar como
"celeiro de Portugal". A vinha foi sendo sucessivamente desterrada
para as bordaduras dos campos, para os terrenos marginais em redor de montes,
aldeias e vilas, para as pequenas courelas em redor das povoações, reduzindo o
vinho à condição de produção doméstica para autoconsumo. Em poucos anos o vinho
no Alentejo, salvo raras exceções, desapareceu enquanto empreendimento
empresarial.
Foi sob o patrocínio solene da Junta Nacional do Vinho, já no
final da década de 1940, que a viticultura alentejana ganhou a primeira
oportunidade de recobro, ainda que de forma titubeante.
O movimento associativo foi preponderante para o
ressurgimento da atividade vitícola no Alentejo. Em 1970, sob os auspícios da
Comissão de Planeamento da Região Sul, foi anunciado o estudo
"Potencialidades das sub-regiões alentejanas", coadjuvado dois anos
mais tarde pelo estudo "Caracterização dos vinhos das cooperativas do
Alentejo. Contribuição para o seu estudo", do professor Francisco Colaço
do Rosário, ensaios acadêmicos determinantes para o reconhecimento regional e
nacional do potencial do Alentejo. Associando várias instituições ligadas ao
setor e tirando proveito das sinergias criadas, o Alentejo conseguiu
estabelecer um espírito de cooperação e entreajuda entre os diversos agentes.
Com a criação do PROVA (Projeto de Viticultura do Alentejo),
em 1977, foram criadas as condições técnicas para a implementação de um
estatuto de qualidade no Alentejo, enquanto a ATEVA (Associação Técnica dos
Viticultores do Alentejo), fundada em 1983, foi arquitetada para promover a
cultura da vinha nos diferentes terroirs do Alentejo.
Em 1988 regulamentaram-se as primeiras denominações de origem
alentejanas, fundamento para o estabelecimento, em 1989, da CVRA (Comissão
Vitivinícola Regional Alentejana), garante da certificação e regulamentação dos
vinhos do Alentejo.
Antão Vaz
A uva Antão Vaz é uma das variedades brancas de Portugal e é
cultivada principalmente em torno da região do Alentejo, com clima quente e
seco. É uma das mais importantes da região, considerada o orgulho branco do
Alentejo.
É uma das mais importantes da região, considerada o orgulho
branco do Alentejo. A variedade é utilizada por inúmeros produtores, visto que
se adapta e consegue expressar muito bem suas características no terroir de
Alentejo. Os bagos da Antão Vaz são bem agrupadas e apresentam pele espessa,
aumentando sua resistência contra doenças, bem como em regiões de seca.
Assim como a uva Chardonnay, a Antão Vaz é uma variedade
extremamente versátil, dando origem a diferentes estilos de vinho. O tempo da
colheita é um importante fator nesse contexto: se as bagas forem colhidas mais
cedo, os vinhos originados apresentarão notas cítricas e boa acidez; se
deixadas na videira por mais tempo, dão origem a exemplares com excelente
capacidade de envelhecimento. De um modo geral, a Antão Vaz gera vinhos com
notas cítricas e de frutas tropicais maduras, além de toques minerais (às
vezes, alguma salinidade).
A maior parte dos vinhos são produzidos para consumo
imediato, no entanto, alguns dos melhores vinhos Antão Vaz podem ser
envelhecidos durante anos, permitindo que as notas e aromas florais evoluam da
melhor maneira, tornando-se exemplares complexos e únicos.
Por regra, dá origem a vinhos estruturados, firmes e
encorpados. Os vinhos estremes anunciam aromas exuberantes, com notas de fruta
tropical madura, casca de tangerina e sugestões minerais, estruturados e densos
no corpo. A uva Antão Vaz também é permitida na elaboração dos vinhos do Porto
brancos.
E agora finalmente o vinho!
Na taça revela um amarelo palha límpido e brilhante com
discretos tons esverdeados e algumas concentrações de lágrimas finas e
razoavelmente lentas.
No nariz é extremamente aromático e com destaque para as
frutas brancas, tropicais, tais como limão, pera, abacaxi, maracujá e frutos
amarelos maduros como pêssego, com delicados toques florais, que traz uma
agradável sensação de frescor e um ligeiro especiado, talvez, com um quê de mineralidade.
Na boca é fresco, leve e cativante, sobretudo pelo aspecto
frutado que protagoniza como no quesito olfativo. Tem marcante personalidade, é
volumoso, cheio e suculento, por ser também alcoólico, mas sem agredir ao
palato, mostrando-se equilibrado. Tem ótima acidez que saliva e um final longo
e persistente com retrogosto frutado.
É notável a diferença entre os rótulos! Não tão somente pelas
safras, que também pode ser predominante para as características dos vinhos,
mas também pelo tempo em que cada um foi degustado: o primeiro levou quatro
anos na garrafa e o segundo apenas dois anos! Mas ainda assim não esconde uma
característica bem comum aos dois rótulos: vinho maduro, com aquelas frutas
brancas maduras que lhe confere a já personalidade que precede os rótulos do
velho Alentejo, que de velho nada tem, pois nos entregam vinhos contemporâneos
que inundam as taças mais versáteis, dos que gozam de uma vasta litragem, os
exigentes e aqueles que se aventuram a pouco tempo no universo cativante do
vinho. Tem 13% de teor alcoólico.
Sobre a Adega de Borba:
Fundada em 1955, as raízes da Adega de Borba remontam a um
passado ainda mais longínquo no qual Portugal não era considerado reino.
A vinha está presente no Alentejo há mais de 3.000 anos. Foi
a partir do século XVIII que a produção de vinho em Borba floresceu,
contribuindo para um acentuado crescimento econômico e social da região. Desde
então, vários acontecimentos marcaram o setor vitivinícola: uns de forma
positiva, como a implementação de técnicas mais modernas de produção, e outros
de forma negativa, nomeadamente a destruição provocada pela Guerra da Restauração
e Invasões Napoleônicas.
Já nessa época existia uma produção pulverizada em pequenas
adegas tradicionais, com talhas, ocupando parte de inúmeras casas de habitação
dispersas pelas vilas e lugares.
Era esta a realidade quando, no dia 24 de abril de 1955, um
conjunto de produtores insatisfeitos com as condições que eram praticadas no
mercado controlado por “intermediários” em termos de preços e margens, cientes
da necessidade de ganharem escala e massa crítica para investirem em novas
tecnologias e em marcas comerciais fortes, decidiu unir-se para fundar a Adega
Cooperativa de Borba.
Independentemente destas oscilações, a importância da vinha
em Borba nunca se dissipou e foi sempre a grande cultura agrícola da região.
Já nessa época existia uma produção pulverizada em pequenas
adegas tradicionais, com talhas, ocupando parte de inúmeras casas de habitação
dispersas pelas vilas e lugares. Era esta a realidade quando, no dia 24 de
abril de 1955, um conjunto de produtores insatisfeitos com as condições que
eram praticadas no mercado controlado por “intermediários” em termos de preços
e margens, cientes da necessidade de ganharem escala e massa crítica para
investirem em novas tecnologias e em marcas comerciais fortes, decidiu unir-se
para fundar a Adega Cooperativa de Borba.
Mais informações acesse:
Referências:
“Vinci”: https://www.vinci.com.br/c/tipo-de-uva/antao-vaz
“Vinha”: https://www.vinha.pt/wikivinha/section/casta-vinho/antao-vaz/
“Soul Wines”:
https://www.soulwines.com.br/uvas-de-vinhos/antao-vaz
“Mesa Completa”: https://www.mesacompleta.com.br/descubra-a-antao-vaz/
“Clube dos Vinhos Portugueses”: https://www.clubevinhosportugueses.pt/turismo/roteiros/vinhos-da-sub-regiao-da-vidigueira-denominacao-de-origem-alentejo/
“Rota dos Vinhos de Portugal”: http://rotadosvinhosdeportugal.pt/enoturismo/alentejo-2/borba/
“Vinhos do Alentejo”: https://www.vinhosdoalentejo.pt/pt/vinhos/historia-dos-vinhos/
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