Sempre gostei dos eventos de degustação de vinhos! A minha
percepção era de que com esses eventos, pudéssemos ter acesso ao maior número
possível de produtores, logo de rótulos, de regiões, além do escambo de
informações, consequentemente conhecimento.
E aproveitei tais eventos em demasia, intensamente.
Infelizmente atualmente os valores de ingressos para esses eventos aumentaram
de forma significativa. Os valores mais do que dobraram nos últimos anos.
Não quero entrar no mérito dos altos valores, acredito que os
organizadores dos eventos tenham seus altos custos e que tem de repassar aos
enófilos, mas certos valores não fazem simplesmente sentido. De uma edição para
outra aumentar o dobro? Paisagens para “selfies”,
é custo. Belezas, estéticas, gera custo! Ninguém está nos eventos, ou pelo
menos deveria, para isso, mas sim para degustar os vinhos!
Creio ser um total desserviço para a democratização da
cultura do vinho valores tão altos. Fora os valores ofertados dos vinhos
expostos para degustação! O que deveria ser barateado para fomentar o enófilo
comprar, afugenta-os de comprar. É um cenário alarmante.
Mas, como disse, não vou entrar no mérito da questão, apenas
mencionei os “tempos áureos” dos eventos de degustação, porque lembro-me de um
que participei chamado “Wine Out”, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro onde
tive a alegria de conhecer vários produtores, principalmente nacionais.
Confesso que naquela época o meu leque de opções de rótulos
nacionais era baixo, conhecia poucos produtores, mas aquele evento me trouxe,
me mostrou alguns grandes produtores, com grandes vinhos.
E pequenos produtores com produções limitadas! E uma delas
era a Cavas do Vale, localizada na emblemática região da Serra Gaúcha, no sul
do Brasil. Alguns rótulos me chamaram a atenção pela safra que variavam entre
2005 e 2008. Vinhos de idade, evoluídos e de uma personalidade ímpar.
Tive a alegria de degustar Tannat, Cabernet Sauvignon das
safras 2005 e 2008 e os vinhos estavam ótimos, cheios de vida e plenitude, que
evoluíram maravilhosamente. Mas não ficou apenas nos tintos evoluídos a minha
admiração, mas um branco também, cuja casta nunca havia degustado: Riesling.
De imediato chamou a atenção a cor do vinho. Era um amarelo
dourado, brilhante! Era uma cor mesmerizante. Depois das degustações dos tintos
o branco trouxe a sequência ilógica, haja vista que a sequência da degustação
deveria ser ao contrário. Que seja! O que importa era a oportunidade da
degustação.
O degustei e gostei! Gostei todos os rótulos expostos da Cavas do Vale, mas infelizmente os valores estavam caros para mim e não pude comprar, mas determinei como uma meta: comprar e degustar todos os rótulos desse produtor!
Anos depois, os encontrei em um e-commerce importante de
vendas de vinhos e a valores compatíveis e não hesitei comprei o Cavas do Vale Merlot Reserva 2008! Estava, claro, ótimo! Mas o Riesling estava em minha
mente, precisava tê-lo na adega!
Mas não conseguia encontra-lo! Até que um dia descobri um
site que estava promovendo algumas promoções oferecendo cupons de descontos e
eis que encontro o Riesling da Cavas do Vale! O vinho, com os devidos descontos
e valor baixo, saiu na faixa dos R$ 50,00! Comprei!
Finalmente hoje o terei em taça! Minha primeira degustação
“efetiva” de um Riesling nacional! O vinho que degustei e gostei veio da Serra
Gaúcha, mais precisamente do Vale dos Vinhedos, e se chama, claro, Cavas do
Vale da variedade Riesling da safra 2020, a “safra das safras”. Para não perder
o costume falemos de Serra Gaúcha e Riesling que ainda é pouco cultiva em
nossas terras.
Serra Gaúcha
Até o final do século XIX, a região da Serra Gaúcha era
apenas passagem de tropeiros e habitada por alguns índios nativos, até que, um
belo dia, a Coroa Imperial Brasileira resolveu que a região seria colonizada
por europeus.
Em 1875, imigrantes italianos, em sua maioria provenientes do
Veneto, chegaram à região. A princípio, iniciaram uma agricultura de
subsistência, mas rapidamente passaram à especialidade deles: o cultivo de uvas
para a produção de vinhos. Até os anos 1980, as uvas cultivadas eram vendidas
para vinícolas locais, que produziam bebida apenas para o consumo familiar.
Posteriormente, vieram os alemães, que ajudaram a compor a
cultura, a culinária e a miscigenação da região. Todas as influências europeias
perduram até hoje, inclusive na arquitetura das cidades que a compõem.
Situada a nordeste do Rio Grande do Sul, a região da Serra
Gaúcha é a grande estrela da vitivinicultura brasileira, destacando-se pelo
volume e pela qualidade dos vinhos que produz. Para qualquer enófilo indo ao
Rio Grande do Sul, é obrigatório visitar a Serra Gaúcha, especialmente Bento
Gonçalves.
A região da Serra Gaúcha está situada em latitude próxima das
condições geoclimáticas ideais para o melhor desenvolvimento de vinhedos, mas
as chuvas costumam ser excessivas exatamente na época que antecede a colheita,
período crucial à maturação das uvas. Quando as chuvas são reduzidas, surgem
ótimas safras, como nos anos 1999, 2002, 2004, 2005 e 2006.
A partir de 2007, com o aquecimento global, o clima da Serra
Gaúcha se transformou, surgindo verões mais quentes e secos, com resultados
ótimos para a vinicultura, mas terríveis para a agricultura. Desde 2005 o nível
de qualidade dos vinhos tintos vem subindo continuamente, graças a esta mudança
e também do salto de tecnologia de vinhedos implantado a partir do ano 2000.
As principais variedades uvas tintas são: Alicante Bouschet,
Arinarnoa, Cabernet Sauvignon, Egiodola, Marselan, Merlot e Pinot Noir. Já as
castas brancas as principais são: Chardonnay, Moscatel, Prosecco e Riesling
Itálico.
Atualmente, a Serra Gaúcha é a maior produtora de vinhos e
espumantes do Brasil, com mais de trinta vinícolas, e grande atrativo para os
apreciadores das bebidas. Situado entre as cidades de grande destaque na
produção de vinhos, como Caxias do Sul, Garibaldi, Monte Belo do Sul e Bento
Gonçalves, com grande destaque para a última, o Vale dos Vinhedos é um roteiro
turístico obrigatório para os enófilos.
Vale dos
Vinhedos e a sua Indicação de Procedência
O Vale dos Vinhedos localiza-se no centro do triângulo
formado pelas cidades de Bento Gonçalves (nordeste), Monte Belo do Sul
(noroeste) e Garibaldi (sul). O Vale dos Vinhedos compreende a parte da bacia
hidrográfica do Rio Pedrinho, situada a montante da foz de um córrego afluente
deste e situado a sudeste da comunidade de Vale Aurora, no município de Bento
Gonçalves.
A parte do vale a jusante é denominada de Vale Aurora. A
maior parte da área do Vale dos Vinhedos fica localizada em território do
município de Bento Gonçalves, com 55% do total, e a menor parte fica localizada
em território de Monte Belo do Sul, com 8% na porção noroeste.
A parte sul do Vale pertence ao município de Garibaldi, com
37% da área total. Parte da zona urbana de Bento Gonçalves situa-se dentro do
perímetro do Vale, haja vista que a linha divisória de águas entre as bacias do
Rio Pedrinho e do Rio Buratti passa pela parte oeste da cidade.
Localizam-se ao longo desta linha, ou próximo desta, a pista
do Aeroclube de Bento Gonçalves, a Estação Rodoviária de Bento Gonçalves, o
Estádio da Montanha e a Estação Ferroviária de Bento Gonçalves.
O Vale dos Vinhedos é a primeira região vinícola do Brasil a
obter Indicação de Procedência de seus produtos, exibindo o Selo de Controle em
vinhos e espumantes elaborados pelas vinícolas associadas.
Criada em 1995, a partir da união de seis vinícolas, a
Associação dos Produtores de Vinhos Finos do Vale dos Vinhedos (Aprovale), já
surgiu com o propósito de alcançar uma Denominação de Origem. No entanto, era
necessário seguir os passos da experiência, passando primeiro por uma Indicação
de Procedência.
O pedido de reconhecimento geográfico encaminhado ao
Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) em 1998 foi alcançado
somente em 2001. Neste período, foi necessário firmar convênios operacionais
para auxiliar no desenvolvimento de atividades que serviram como pré-requisitos
para a conquista da Indicação de Procedência Vale dos Vinhedos (I.P.V.V.). O
trabalho resultou no levantamento histórico, mapa geográfico e estudo da
potencialidade do setor vitivinícola da região. Já existe uma DOC (Denominação
de Origem Controlada) na região.
Sua norma estabelece que toda a produção de uvas e o
processamento da bebida seja realizada na região delimitada do Vale dos
Vinhedos. A DO também apresenta regras de cultivo e de processamento mais
restritas que as estabelecidas para a Indicação de Procedência (IP), em vigor
até a obtenção do registro da DO, outorgado pelo INPI.
O Vale dos Vinhedos foi a primeira região entregue aos
imigrantes italianos, a partir de 1875. Inicialmente desenvolveu-se ali uma
agricultura de subsistência e produção de itens de consumo para o Rio Grande do
Sul.
Devido à tradição da região de origem das famílias
imigrantes, o Veneto, logo se iniciaram plantios de uvas para produção de vinho
para consumo local. Até a década de 80 do século XX, os produtores de uvas do
Vale dos Vinhedos vendiam sua produção para grandes vinícolas da região. A
pouca quantidade de vinho que produziam destinava-se ao consumo familiar.
Esta realidade mudou quando a comercialização de vinho entrou
em queda e, consequentemente, o preço da uva desvalorizou. Os viticultores passaram
então a utilizar sua produção para fazer seu vinho e comercializá-lo
diretamente, tendo assim possibilidade de aumento nos lucros.
Para alcançar este objetivo e atender às exigências legais da Indicação Geográfica, seis vinícolas se associaram, criando, em 1995, a Associação dos Produtores de Vinhos Finos do Vale dos Vinhedos (Aprovale).
Atualmente, a Aprovale conta com 24 vinícolas associadas e 19 associados não produtores de vinho, entre hotéis, pousadas, restaurantes, fabricantes de produtos artesanais, queijarias, entre outros. As vinícolas do Vale dos Vinhedos produziram, em 2004 9,3 milhões de litros de vinhos finos e processaram 14,3 milhões de kg de uvas viníferas.
Detalhes da Denominação de Origem do Vale dos Vinhedos
1 - A produção de uvas e a elaboração dos vinhos ocorrem
exclusivamente na região delimitada do Vale dos Vinhedos, uma área de 72,45 km2
localizada nos municípios de Bento Gonçalves, Garibaldi e Monte Belo do Sul.
2 - Existem requisitos específicos para de cultivo dos
vinhedos, produtividade e qualidade das uvas para vinificação;
3 - Os espumantes finos são elaborados exclusivamente pelo
“Método Tradicional” (segunda fermentação na garrafa), nas classificações
Nature, Extra-brut ou Brut; para este produto as uvas Chardonnay e/ou Pinot
Noir são de uso obrigatório;
4 - Nos vinhos finos brancos, a uva Chardonnay é de uso obrigatório, podendo ter corte com a Riesling Itálico;
5 - O uso da uva Merlot é obrigatória para os vinhos finos
tintos da DO, os quais podem ter cortes com vinhos elaborados com as uvas
Cabernet Sauvignon, Cabernet Franc e Tannat;
6 - Os produtos que passam por madeira envelhecem exclusivamente
em barris de carvalho;
7 - Para chegar ao mercado, os vinhos brancos passam por um
período mínimo de envelhecimento de 6 meses; no caso dos vinhos tintos são 12
meses; os espumantes finos passam por um período mínimo de 9 meses em contato
com as leveduras, na fase de tomada de espuma;
8 - Os vinhos apresentam características analíticas e sensoriais específicas da região e somente são autorizados para comercialização os produtos que obtenham do Conselho Regulador da DO o atestado de conformidade em relação aos requisitos estabelecidos no Regulamento de Uso.
Riesling
A casta Riesling é uma das grandes uvas brancas da Alemanha e
uma das melhores variedades do mundo todo, capaz de conferir ao vinho incrível
elegância e complexidade e uma habilidade inigualável de expressar o terroir.
Seus cachos apresentam coloração verde amarelada com tamanho médio e delicado. Os vinhos elaborados com a casta costumam ter acidez bastante destacada e são extremamente aromáticos. Os melhores brancos da casta costumam ser os varietais. A uva Riesling possui duas variações, sendo a Renana a de maior qualidade e a Itálica a que possui menor grau de expressividade.
Com textura bastante envolvente, os vinhos elaborados a
partir da casta Riesling podem ser secos, meio doces ou bem doces. O que é de
conhecimento sobre o cultivo da uva, é que para originar os maravilhosos e
extraordinários vinhos de sobremesa, ocorrem dois processos bastante distintos.
O primeiro processo é o ato de congelar a uva antes da
colheita, sendo conhecido como “eiswen” – ou vinhos de gelo. Nele a casta
Riesling permanece vários dias congeladas (enquanto madura), ainda no vinhedo,
por conta das baixas temperaturas em que fica exposta.
Logo após serem colhidas, as uvas passam pelo processo de
prensagem, tornando o vinho muito mais concentrado, já que haverá menor
quantidade de água. Nesse caso os melhores exemplares são encontrados no
Canadá, graças ao seu clima frio e com bastante presença de geadas.
O outro processo é quando ocorre a podridão nobre, momento em
que o fungo “Botrytis Cinerea” fura a casca da uva e alimenta-se da água da
casta, deixando-a desidratada e exaltando os açúcares presentes na sua
composição. As uvas são colhidas e levadas para vinificação, tornando o vinho
muito mais especial.
Alguns produtores estampam “dry” (seco) ou “sweet” (doce),
mas isso não é suficiente perto dos tantos níveis de doçura da Riesling. Ela
pode ser “medium dry” (vinho meio seco), “medium sweet” (meio doce) e por aí
vai.
A forma de identificar essas propostas de vinhos Riesling é
verificar a graduação alcoólica – quanto menor for mais doce será. Isso
acontece porque durante a fermentação, o açúcar natural da uva vira álcool (se
a conversão não acontece, permanece doce e menos alcoólico). Qualquer Riesling
com mais de 11% é seco, pois quase todo seu açúcar foi transformado em álcool.
Por possuir presença de açúcar residual e tempos de guarda
diferentes, os vinhos elaborados com a casta Riesling possuem maior atenção na
hora da harmonização, sendo na maioria das vezes melhores quando degustados e
apreciados sem a companhia de pratos.
Seus vinhos podem ser sublimes e costumam durar muito tempo.
Além da Alemanha, também produz vinhos excelentes na Áustria, Alsácia e também
em alguns países do Novo Mundo, como Nova Zelândia, África do Sul e Austrália.
E agora finalmente o vinho!
Na taça revela um lindo e atraente amarelo dourado e
brilhante, tendendo para uma tonalidade ouro, bem como discretos tons
esverdeados, trazendo também algumas lágrimas finas e rápidas.
No nariz traz aromas frescos e delicados de frutas de polpa
branca, de frutas cítricas, com destaque para lima, abacaxi, limão siciliano,
pêssego, maçã-verde e um sútil toque de grama cortada, com um floral que traz a
percepção de frescor e leveza.
Na boca a sensação de frescor e leveza se faz real e pleno,
com as notas frutadas protagonizando divinamente, como no aspecto olfativo, uma
nota mineral e herbácea, tudo isso envolto em uma acidez vibrante e saliente
que corrobora a refrescância, com um final envolvente, de média persistência.
Há um longo caminho a percorrer para o Brasil se tornar um
polo de referência na produção vitivinícola? Sim! Somos muitos jovens na produção
de vinhos finos no Brasil. Mas vejo, por intermédio de rótulos como este, da
Cavas do Vale que, cada vez mais expressam a tipicidade e os terroirs de
regiões tradicionais como a Serra Gaúcha e o Vale dos Vinhedos. Vejo um futuro
promissor na qualidade de seus vinhos, de nossos vinhos, apesar do cenário
tarifário ser totalmente adverso. Que possamos ter saúde para testemunhar as
necessárias redenções do Brasil vitivinícola e dos seus rótulos. Tem 12,2% de
teor alcoólico.
Sobre a Cavas do Vale:
A Cavas do Vale é uma vinícola pequena, familiar, artesanal,
que elabora vinhos a partir de uvas próprias cultivadas no coração do Vale dos
Vinhedos, pelo método tradicional e pipas de madeiras, com a menor intervenção
possível de maquinários e produtos enológicos.
A sua história começa em 1954 quando Lucindo Brandelli inicia
uma pequena produção de vinhos no porão de casa para consumo próprio, logo a
paixão pela vitivinicultura cresceu e o cultivo de uva e produção de vinho tornou-se
o negócio da família.
Em 2005, dando continuidade ao projeto do patriarca, um de
seus filhos, Irineu Brandelli, enólogo com mais de 30 anos de experiência,
funda a Cavas do Vale, elaborando vinhos das uvas Merlot, Cabernet e Tannat e
já na primeira safra é brindado pela natureza com a histórica safra de 2005,
que originou o vinho Gran Reserva Lucindo Brandelli.
Hoje a vinícola Cavas do Vale se destaca pelos seus vinhos de
guarda, o Cavas do Vale Reserva Safra 2008 e o Gran Reserva Lucindo Safra 2005,
vinhos vivos, ricos, complexos e com muitos anos de vida pela frente e que
refletem ao máximo o terroir do Vale dos Vinhedos.
Mais informações acesse:
https://loja.cavasdovale.com.br/
Referências:
“Academia do Vinho”: https://www.academiadovinho.com.br/__mod_regiao.php?reg_num=SERRAGAUCHA
“Blog Sonoma”: https://blog.sonoma.com.br/o-sucesso-da-merlot-no-brasil/amp/
“Vinho IG”: https://vinho.ig.com.br/2010/08/17/merlot-brasileiro-e-melhor-do-mund.html
“Wikipedia”: https://pt.wikipedia.org/wiki/Vale_dos_Vinhedos#Denomina%C3%A7%C3%A3o_de_Origem_Vale_dos_Vinhedos
“Viajali”: https://www.viajali.com.br/vale-dos-vinhedos/
“Embrapa”: https://www.embrapa.br/indicacoes-geograficas-de-vinhos-do-brasil/ig-registrada/do-vale-dos-vinhedos
“Blog Imobiliário”: https://blog.imobiliariarohde.com.br/serra-gaucha-conheca-a-historia-e-as-caracteristicas-da-regiao/
“Blog Art des
Caves”: https://blog.artdescaves.com.br/conheca-serra-gaucha-maior-produtora-de-vinhos-pais
“Blog Sonoma”: https://blog.sonoma.com.br/como-escolher-um-riesling/amp/
“Mistral”: https://www.mistral.com.br/tipo-de-uva/riesling