domingo, 8 de janeiro de 2023

Terras de Felgueiras Vinhão 2020

 

Algumas gratas descobertas nos enchem de alegria e orgulho, diria, no universo dos vinhos. E elas se materializam em eventos de degustação que, além das referidas descobertas, nos propicia conversar com os produtores sobre os seus rótulos, bem como o intercâmbio de informações e conhecimento com os demais participantes enófilos. 

E o rótulo de hoje, embora eu conheça o produtor, e tenha me enamorado pelos seus vinhos, eu não conhecia e me encheu de satisfação e alegria quando o localizei em um popular supermercado em minha cidade, Niterói.

O evento foi o maravilhoso “Vinho Verde Wine Experience de 2020” e o produtor é a Vercoope. Uma das adegas cooperativas da belíssima região dos Vinhos Verdes com mais entrada e representatividade de mercado aqui no Brasil.

Já tinha degustado o Terras de Felgueiras AlvarinhoLoureiro e surpreenderam pela excelente relação qualidade X preço e quando estive no evento que deixou saudades, pois lamentavelmente, desde 2020, não é realizado, encontrei o estande da Vercoope e como já era de se esperar a fila estava grande.

Mesmo tendo degustado alguns de seus rótulos e podemos incluir os da linha mais básica, eu decidi, claro, me aproximar do estande de exposição de seus vinhos e degustar novamente os rótulos que havia tido contato e quem sabe outros novos vinhos para mim.

Encontrei uma simpática expositora que já fez perguntas sobre a vinícola e com a garrafa do Alvarinho em mãos. Disse que já o conhecia, mas fiz questão de degusta-lo novamente. Mas olhando um pouco mais de atenção observei alguns espumantes feitos com a casta Loureiro (a minha preferida da região de Vinhos Verdes) e um tinto. Sim! Um vinho verde tinto!

Para os desavisados há vinho verde tinto embora seja produzido em uma escala muito baixa em proporção com relação aos já famosos brancos. Eu, interessado, tentei buscar informações acerca desses dados, desses números e infelizmente nada encontrei de atualizado, mas recordo-me que, há algum tempo atrás, eu li em algum site de que a proporção é de 85% de produção de brancos e pouco menos de 10% de tintos e em menor proporção ainda os rosés, com cerca de 5% da produção.

A predominância é dos brancos e são esses rótulos que chegam à profusão em nossas terras e chegam em relevantes números, pois são, geralmente leves e frescos, tendo e muito a ver com as nossas características climáticas.

Mas de volta ao evento eu vi um da casta Vinhão e claro me pus a experimentá-lo e a nossa simpática e atenciosa expositora fez questão de encher a minha taça e tecendo maravilhas a seu respeito. A princípio pensei: é coisa de quem está expondo, falar bem é o seu trabalho. Mas quando o degustei fui arrebatado! Estava maravilhoso! O destaque ficou para a sua excelente acidez que saliva, para os seus taninos (Sim!), mas fresco, leve e altivo.

Mas após a degustação logo lamentei: Infelizmente não poderei comprar por aqui no evento, pois não está à venda! Espero que eu consiga encontra-lo disponível para venda em algum lugar e a expositora, preocupada em me animar, disse que poderia ser encontrado em vários supermercados do Rio de Janeiro.

Então me lembrei do supermercado muito popular que havia comprado o Alvarinho. Quem sabe eu poderia encontrar o Terra de Felgueiras Vinhão. E encontrei! E por um preço tão arrebatador quanto o vinho: cerca de R$35,00! Não hesitei e comprei.

Estava animado para degusta-lo inteiro, a garrafa inteira! Eu já tinha degustado uns poucos vinhos verdes tintos com a Vinhão em blends, em cortes, não varietal como esse. Então o vinho que degustei e gostei veio da região dos Vinhos Verdes e se chama Terras de Felgueiras da casta Vinhão (100%) da safra 2020.

Antes de tecer os comentários acerca desse vinho falemos um pouco da emblemática região dos Vinhos Verdes e um pouco dessa casta que ainda é pouco conhecida pelos brasileiros: a Vinhão.

Vinhos Verdes: Entre-Douro-e-Minho

Desde o tempo da ocupação romana, antes da era cristã, a vinha era cultivada na margem sul do Rio Minho da forma característica e invulgar que se mantém até hoje. Não se trata de suposição. As referências à viticultura na região encontram-se nos escritos do naturalista Plínio, o Velho, em sua História Natural, e do filósofo Sêneca, em seu compêndio Questões Naturais. Está também documentada na legislação do Imperador Domiciano, entre 96 e 51 a.C.

Na Idade Média multiplicam-se as referências escritas ao cultivo das uvas e a elaboração de vinhos no noroeste lusitano, a partir das atividades nos mosteiros e do decisivo suporte da coroa portuguesa. O vinho entra definitivamente, entre os séculos XIII e XIV, nos hábitos das populações entre o Minho e o Douro ao mesmo tempo em que se dá a expansão econômica da região e a crescente circulação da moeda. Ainda que a exportação fosse pequena, os vinhos verdes foram, entre os vinhos portugueses, os primeiros conhecidos fora das fronteiras, particularmente na Inglaterra.

No início do século XX, ultrapassados os problemas das quebras de produção devido às pragas, foram tomadas medidas especiais para a colocação dos vinhos locais e escoamento dos excedentes. Tornava-se obrigatório, para isso, conservar a genuinidade e a qualidade dos produtos, assegurando-se seu valor do ponto de vista cultural e econômico.

O ano de 1908 é crítico na história portuguesa: o rei Carlos I e seu filho são assassinados, abrindo caminho para a República. Nesse mesmo ano, a região dos vinhos verdes é demarcada oficialmente e dividida em seis sub-regiões: Monção, Lima, Basto, Braga, Amarante e Penafiel. O limite a oeste é o Atlântico e, ao norte, a Espanha.

Região dos Vinhos Verdes

A Região Demarcada dos Vinhos Verdes está dividia em nove sub-regiões, cada uma com sua característica específica e suas castas de uva recomendadas:

Sub-região de Monção e Melgaço: utilizam-se apenas as castas Pedral (tinta) e Alvarinho (branca). É de lá o mais icônico Alvarinho, com notas cítricas misturadas com nuances de aromas florais e de frutos tropicais e paladar mineral.

Sub-região de Amarante: as castas brancas são Azal e Avesso e originam vinhos com aromas frutados e com o maior teor alcoólico da Região. Mas é dos tintos que vem a fama da sub-região. Elaborados com Amaral, Vinhão e Espadeiro, são vinhos com cor carregada e muito viva.

Sub-região de Baião: também tem muita notoriedade na produção dos brancos, a partir da casta Avesso.

Sub-região de Basto: a casta Azal atinge o seu máximo potencial e resultam vinhos com aroma de limão e maçã verde muito frescos, de alta acidez.

Sub-região do Cávado: têm vinhos brancos das castas Arinto, Loureiro e Trajadura com acidez moderada e notas de frutos cítricos e de pomar. Os vinhos tintos são na maioria cortes de Vinhão e Borraçal, cor intensa vermelho granada e aromas de frutos frescos.

Sub-região do Lima: Os vinhos brancos mais famosos são produzidos a partir da casta Loureiro. Os aromas são finos e elegantes e vão desde limão até rosas.

Sub-região de Paiva: produz alguns dos tintos mais prestigiados de toda a região a partir de Amaral e Vinhão.

Sub-região do Sousa: utiliza a casta Espadeiro, principalmente para a produção de rosés, sendo alguns dos mais destacados da Região.

Sub-região do Ave: Arinto e Loureiro Trajadura juntas compõem um blend perfeito com frescura viva e notas florais e de frutas cítricas.

O uso indiscriminado dos termos “Vinhos Verdes” ou “Vinho Verde” gera muita confusão. Pode parecer uma questão simplesmente ligada ao plural, mas não é. Os termos se referem à Região dos Vinhos Verdes (plural), uma das 14 regiões demarcadas de Portugal e à Denominação de Origem Controlada (DOC) Vinho Verde (singular). Para receber o selo de Denominação de Origem Vinho Verde, os vinhos devem respeitar as normas estabelecidas pela lei. Não há restrição de área de cultivo, toda a produção realizada dentro da Região dos Vinhos Verdes pode receber o selo se respeitarem as diretrizes da DOC.

Em 1926 foi criada a Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes (CVRVV), responsável por controlar e certificar os produtos elaborados na região. Quando a amostra apresentada à CVRVV não cumpre com os requisitos legais para ser certificada como DOC, o exemplar recebe o selo IG Minho. Isso não quer dizer que o vinho é de pior qualidade, apenas que não se enquadra legalmente aos parâmetros pré-definidos. A IG Minho permite a utilização de maior variedade de castas, incluindo uvas internacionais, e regras distintas de vinificação.

Na maioria dos casos, os produtores não estão buscando necessariamente a tipicidade do vinho, mas a produção de vinhos inovadores. É comum encontrar vinhos IG Minho mais caros que os DOC Vinhos Verdes. Alguns produtores optam de forma intencional por rotular seus vinhos como Regional do Minho, até mesmo por questões de marketing e posicionamento de mercado.

A região dos Vinhos Verdes tem influência atlântica, reforçada pela orientação dos vales dos principais rios, que correndo de nascente para poente facilitam a penetração dos ventos marítimos. É observada elevada pluviosidade, temperatura amena, pequena amplitude térmica e solo majoritariamente granítico e localmente xistoso. Mas algumas regiões, por conta do microclima, apresentam características de terroir distintas. O que influencia diretamente no vinho.

Por que vinho verde?

Evidentemente, a cor do Vinho Verde não é verde. Então, por que esse nome? Duas são as versões mais conhecidas. O Vinho Verde leva esse nome porque as uvas da região, mesmo quando maduras, têm elevado teor de acidez, produzindo líquido cujas características lhes dão a aparência de vir de uvas colhidas antes da correta maturação.

A outra explicação diz que "Vinho Verde" significa "vinho de uma região verde", ou seja, a denominação deriva da belíssima paisagem local, onde o verde das terras cultivadas se perde no horizonte.

Felgueiras

Felgueiras é uma cidade portuguesa no Distrito do Porto, região Norte e sub-região Tâmega, com cerca de 15.525 habitantes, inserida na freguesia de Margaride. É sede de um município com 115,62 km² de área e 58.922 habitantes (2006), subdividido em 32 freguesias. O município é limitado a norte pelo município de Fafe, a nordeste por Celorico de Basto, a sueste por Amarante, a sudoeste por Lousada e a noroeste por Vizela e Guimarães.

O município é constituído por quatro centros urbanos: a Cidade de Felgueiras, a Cidade da Lixa, a Vila de Barrosas e a Vila da Longra. Verdadeiro coração da NUT Tâmega, constitui hoje uma centralidade importante no mapa de auto-estradas e itinerários principais, uma garantia sólida de afirmação das inúmeras potencialidades reais concelhias.

Os bordados são uma das mais ricas tradições do concelho, que emprega cerca de dois terços das bordadeiras nacionais. O filé ou ponto de nó, o ponto de cruz, o bordado a cheio, o richelieu e o crivo são exemplos genuínos do produto artesanal de verdadeiras mãos de fada. Os sabores autênticos da gastronomia, a frescura e intensidade dos aromas dos vinhos e o ambiente de grande animação proporcionam momentos inesquecíveis.

Dando corpo a essa riqueza, foi já constituída a “Confraria do Vinho de Felgueiras”, destinada a divulgar e defender o vinho e a gastronomia felgueirenses. Felgueiras, com 58 000 habitantes é um dos concelhos com a população mais jovem do país e da Europa. Uma terra de exceção que aposta na valorização dos seus recursos humanos, na consolidação do campus politécnico, no desenvolvimento econômico (pleno emprego e centro de negócios) e na consolidação das suas infraestruturas.

Marcada pela invulgar capacidade empreendedora do seu povo é responsável por 50% da exportação nacional de calçado, por um terço do melhor Vinho Verde da Região e por um valioso patrimônio cultural. Felgueiras é um dos municípios com maior desenvolvimento do Norte do País.

A primeira referência histórica a Felgueiras data de 959, no testamento de Mumadona Dias, quando é citada para identificar a vila de Moure: "In Felgaria Rubeans villa de Mauri". Felgueiras deriva do termo felgaria, que significa terreno coberto de fetos que, quando secos, são avermelhados (rubeans).

Havendo quem afirme que o determinativo Rubeans se deve a que o local foi calcinado pelo fogo. Existem historiadores que afirmam que Felgueiras recebeu foral do conde D. Henrique. No entanto, apenas se conhece o foral de D. Manuel a 15 de outubro de 1514.

 No entanto, já em 1220, a terra de Felgueiras contava com 20 paróquias (conhecidas hoje em dia como freguesias) e vários mosteiros e igrejas. Em 1855, ao ser transformado em comarca, Felgueiras ganhou mais doze freguesias. Em 13 de Julho de 1990 Felgueiras foi elevada à categoria de cidade.

Vinhão

A casta Vinhão é essencialmente apreciada pelas suas qualidades corantes, pois origina vinhos de cor vermelha intensa e opacos à luz. Pensa-se que é oriunda da zona do Minho e teria sido levada para a região do Douro, onde é conhecida por Sousão.

Vinhão no Minho e Sousão no Douro e no resto do país – dois nomes da mesma casta, duas realidades unidas geneticamente e separadas estilisticamente, duas faces da mesma moeda, cara e coroa, yin e yang. Uma casta intensa, com tudo no máximo – cor, acidez, tanino, onde as possíveis fraquezas são consequências das suas virtudes. 

O Vinhão representa um vinho popular, por vezes rústico, franco e imediato na fruta e no modo de consumo e o Sousão refere-se ao vinho de nicho, menos divulgado e mais seletivo, onde a forte personalidade da casta fica moldada pela abordagem enológica. Entretanto, presencia-se uma mudança de paradigma: há Vinhões que ultrapassam a estigma do “vinho do ano” e Sousões a fingir que são “Vinhões”, com o perdão do trocadilho.

Na viragem do século, Vinhão/Sousão era a quarta casta tinta mais plantada em Portugal, representando 3% da plantação nacional. Hoje é a 10ª casta mais plantada, com 3.772 ha a nível nacional, sendo a região do Minho responsável pela maioria das plantações, sendo a casta tinta mais cultivada da região. Com alguma expressão e peso no Douro, encontra-se também nas regiões de Trás-os-Montes, Alentejo e até no Algarve, mas é claramente minoritária, sendo mais uma curiosidade do que tendência.

Na Espanha chama-se Sousón e está bastante presente na região de Galícia: DO Monterrei, Valdeorras, Rias Baixas, sobretudo nas sub-regiões Condado do Tea e O Rosal “coladas” ao rio Minho do outro lado da fronteira. Planta-se também algum Vinhão/Sousão na África do Sul, Austrália e Califórnia, mas nos dados estatísticos aparece na categoria “outras castas” e normalmente é usada para produção dos vinhos licorosos.

É uma casta originária do Minho, mais precisamente da ribeira do Lima. Viajou para o Douro no século XVII, por volta de 1790. Nesta altura, uma das principais castas do Douro era Bastardo, muito precoce, de teor alcoólico alto, mas com intensidade de cor baixíssima, por isto o Vinhão, assumindo o nome de Sousão, veio para conferir a sua cor intensa aos vinhos do Porto como alternativa às bagas de sabugueiro.

Mas existia no Minho outra casta, também antiga, com o nome Sousão. Aparecia mencionada nos estatutos da DO Vinho Verde até há relativamente pouco tempo. Esta casta não tinha nada a ver com Vinhão, nem com Sousão no Douro, mas o nome idêntico era suficiente para criar confusão. A questão resolveu-se com alteração do nome Sousão para Sezão em 2012 na lista de castas aptas à produção de Vinhos em Portugal, passando o Sousão do Douro a sinônimo oficial do Vinhão no Minho. Existem 7 clones homologados da casta e as características variam bastante em termos de rendimento, acidez e teor alcoólico.

A Vinhão é a mais conhecida e mais divulgada casta na Região do Minho. Tem maior expressão nas sub-regiões de Lima, Basto e Ave. E Amarante é afamada pelos seus vinhos tintos com predominância de Vinhão, sobretudo da zona de Gatão.

Em 1999, Vinhão ocupava 7.928 ha, em 2017 apenas metade – 3.447 ha, mas é uma das castas mais utilizadas no âmbito de restruturação da vinha (518 ha), sendo a única casta tinta a ser replantada com esta dimensão.

Os vinhos produzidos com a casta Vinhão apresentam também elevada acidez e por vezes, ficam muito acídulos. No Douro esta casta é essencialmente utilizada para conferir boa cor ao vinho, incluindo o vinho do Porto.

Pelas suas características intrínsecas, Vinhão/Sousão dificilmente chegará ao estrelato de uma Touriga Nacional. Continuará como um vinho de nicho, a despertar o interesse dos enófilos, sobretudo nos mercados mais maduros, onde se procura diferença de estilos e se aprecia o caráter de castas autóctones.

E agora finalmente o vinho!

Na taça revela um vermelho rubi intenso, profundo e opaco, caudaloso, que mancha o bojo do copo, trazendo um gaseificado visível que denotam frescor e leveza.

No nariz aromas proeminentes de frutas vermelhas frescas, como ameixas, morango e até jamelão maduro, com notas herbáceas, vegetais, couro e um floral evidente que impõe uma sensação de frescor e delicadeza.

Na boca é leve, saboroso, mas com personalidade exigida pelas características marcantes da casta. Tem uma agulha destacada, aquela efervescência gostosa e instigante. O protagonismo das frutas é replicado no paladar, com taninos leves, mas com uma leve adstringência, acidez intensa que saliva a boca, com um final persistente.

A Região dos Vinhos Verdes ainda consegue me surpreender, me trazer gratas e espetaculares experiências sensoriais. O vinho, no auge de sua simplicidade, traz tanta complexidade ao aroma e principalmente no paladar com sua explosão de acidez e taninos, mas entregando frescor e leveza como tem de ser um legítimo e típico vinho verde. E essa característica faz da casta parte de um nicho, de poucos apreciadores e logo poucos rótulos como esse chegam até nós, brasileiros. Mas para aqueles que vislumbram novidades e, consequentemente sair da temível “zona de conforto”, o Terras de Felgueiras Vinhão é o ideal. Tem 11% de teor alcoólico.

Sobre a Vercoope:

A Vercoope é uma união de sete Cooperativas Vitivinícolas da Região dos Vinhos Verdes: Amarante, Braga, Guimarães, Famalicão, Felgueiras, Paredes e Vale de Cambra. Foi criada em 1964 com o objetivo de engarrafar, comercializar e distribuir o vinho produzido pelos viticultores destas cooperativas. A união permitiu juntar a produção de 4 000 viticultores e lança-la no mercado, nacional e internacional, conseguindo mais qualidade, dimensão e competitividade.

A qualidade dos vinhos é reconhecida e comprovada pelos consumidores, pelas vendas e pelas centenas de prémios conquistados em competições de vinhos e imprensa especializada. A Vercoope produz anualmente 8 milhões de garrafas de Vinho Verde, sendo 30% para exportação. A Vercoope – União das Adegas Cooperativas da Região dos Vinhos Verdes, U.C.R.L, está inserida na Região Demarcada dos Vinhos Verdes, considerada a maior região demarcada de Portugal e uma das maiores do mundo, essencialmente devido à sua extensão e da área dos solos dedicados à cultura da vinha, a que acresce uma significativa percentagem de população diretamente dependente do sector vitivinícola e nomeadamente do Vinho Verde.

A Vercoope é uma entidade vocacionada para o engarrafamento, comercialização e distribuição de Vinho Verde e integra na sua estrutura as adegas cooperativas de Amarante, Braga, Guimarães, Famalicão, Felgueiras, Paredes e Vale de Cambra que representam no seu conjunto explorações vitícolas de cerca de 5000 viticultores. Situada em Agrela, Santo-Tirso, numa estrutura moderna e tecnologicamente avançada, quer com meios técnicos quer com meios humanos, tem potenciado, desde a sua fundação, em 1964, o desenvolvimento da cultura do Vinho Verde, promovendo a sua divulgação, o seu consumo e a valorização do produtor.

Com mais de meio século de atividade a defender uma política de qualidade e prestígio para os seus vinhos, espumantes e aguardentes, ocupa por direito próprio, um lugar de destaque no sector, sendo muito naturalmente considerada uma instituição de referência no panorama regional e nacional.

Mais informações acesse:                                                                       

https://vercoope.pt/

Referências:

“Terras de Portugal” em: http://www.terrasdeportugal.pt/felgueiras

“Vinho Virtual”: https://www.vinhovirtual.com.br/uvas-351-Vinh%C3%A3o

“Grandes Escolhas”: https://grandesescolhas.com/vinhao-vs-sousao-a-dupla-face-de-uma-uva/

“Revista Adega”: https://revistaadega.uol.com.br/artigo/vinho-verde-bebida-portuguesa-do-verao_8317.html

https://revistaadega.uol.com.br/artigo/a-paisagem-que-deu-nome-ao-vinho_2744.html

“Reserva 85”: https://reserva85.com.br/vinho/indicacao-geografica-ig-denominacao-de-origem-do/regioes-demarcadas-de-portugal/regiao-dos-vinhos-verdes/

 







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