Algumas discussões vêm se tornando
recorrente entre os enófilos brasileiros: a disseminação da cultura do vinho, democratizando-a, a qualidade
crescente do vinho brasileiro e o seu reconhecimento pela crítica especializada
internacional, o custo Brasil que encarece os vinhos para os brasileiros etc.
Por que falo tudo isso? Acredito que precisamos discutir tais temas e entender
como e em que circunstâncias o vinho nacional enche as nossas taças. Não quero
parecer ufanista e tão pouco ser um espírito de porco chato que critica os
problemas pela qual a nossa cultura (ou falta de) viticultura brasileira passa.
O fato é que os nossos vinhos ganha, a cada dia, em qualidade, adquirindo
tipicidade, expressando o que há de mais genuíno de nossos mais significativos
terroirs, embora o consumo per capita, por ano, insiste em não passar dos dois
litros. Então prefiro unir o que há de bom e ruim na nossa viticultura.
Toda essa introdução é para dizer que o vinho que degustei e
gostei é brasileiro, veio da famosa região gaúcha de Flores da Cunha, em Altos Montes, e é de uma
casta que se notabilizou na Itália, é oriunda de lá, a Ancellotta. Falo do
Panizzon da safra 2015.
Na taça revela um vermelho intenso, profundo, escura,
proporcionando uma bebida caudalosa com lágrimas finas que se dissipam rapidamente.
No nariz aromas intensos de frutas maduras, com toques de
baunilha e tostado, graças a passagem por 6 meses por barricas de carvalho.
Na boca é seco, com bom volume de boca, preenche
maravilhosamente a boca, com taninos presentes, mas sedosos, em virtude da
breve passagem por madeira, fazendo do vinho macio, equilibrado e fácil de
degustar. Tem boa acidez e um final frutado de média persistência.
Um vinho de personalidade, porém refinado, equilibrado,
harmonioso e elegante e apesar da cor intensa e escura não é nem um pouco
encorpado, mas, como disse, macio e fácil de beber. Harmoniza muito bem com massas em geral, como macarrão e pizza, por exemplo.
Uma curiosidade: as mudas que produziram este vinho vieram da Itália e aqui
encontrou as condições naturais ideais para ser vinificado, para ser feito com
a tipicidade brasileira. Um vinho nacional que, como muitos rótulos, premiados
em todos os cantos do mundo, que, como costumo dizer, precisam ser conhecidos e
reconhecidos por todos os brasileiros sem distinção de raça, cor, credo e,
sobretudo nível social. E por falar em reconhecimento, o Panizzon Ancellotta da
safra 2015 foi premiado no famoso “Grande Prova Vinhos do Brasil 2019” como o
melhor Ancellotta do evento tão importante. Veja: https://blogs.oglobo.globo.com/luciana-froes/post/grande-prova-vinhos-do-brasil-premia.html.
Embora não “bebamos prêmios” é um reconhecimento em tanto corroborado pela sua
atestada qualidade. Tem 12% de teor alcoólico.
Sobre a Panizzon Vinhos:
Foi em 1960 que Ricardo Panizzon e seus filhos decidiram apostar
em sua produção própria de vinhos. Com vasta experiência como fornecedores de
matéria-prima para vinícolas da região, a família Panizzon teve a visão
empreendedora de investir em um novo negócio. E foi a partir deste importante
passo que nasce a Sociedade de Bebidas Panizzon Ltda., surgida e instalada até
hoje no Travessão Martins, interior de Flores da Cunha, e atualmente
capitaneada pela terceira geração da família. Até 1990, as atividades da
empresa se concentravam na produção de vinhos de mesa. Em 1991, inicia-se a
produção de vinagres, sob a marca Rosina, em homenagem à nona Rosina, esposa do
fundador Ricardo. Ainda na primeira metade da década de 90, a Sociedade amplia
seu mix de produtos com o lançamento de bebidas quentes e vinhos compostos. Com
o aquecimento do mercado e a grande demanda por novos produtos, em 1999 a
Panizzon lança seus primeiros vinhos finos e, em 2002, passa a fazer parte
também do nicho de espumantes finos. Mas foi no ano 2003 que a empresa ampliou
ainda mais sua atuação, apresentando ao mercado linhas de vinagre balsâmico e
suco de uva. Um marco no setor produtivo da Panizzon foi a implementação de
técnicas, equipamentos e infraestrutura de última geração aplicada na produção
de suco de uva concentrado, no ano de 2006. s vinhedos Durans são o berço da
produção das uvas dos Vinhos Panizzon. A produção de vinhos e espumantes
realizada a partir de vinhedos próprios é garantia de excelência, devido ao
controle rigoroso de qualidade que é feito desde o plantio, que é realizado em
espaldeiras, até a vintage. Esses diferenciais únicos garantem reconhecimento
aos Espumantes e Vinhos Finos Panizzon, premiados em concursos nacionais e
internacionais. Hoje, presente há mais de 59 anos no mercado brasileiro de
bebidas, a Panizzon se configura como referência por sua excelência, fruto da
tradição do legado da família e do constante aprimoramento técnico e produtivo.
A sua postura inovadora, responsável pela introdução de novos gêneros de
produtos em território nacional evidencia a maturidade da empresa, que possui
mais de 50 anos de mercado. Além da tradição e do legado da família, o que
impulsiona a Panizzon é a responsabilidade de aprimorar constantemente os
conhecimentos adquiridos, formar técnicos, investir em tecnologia e novos
projetos como o plantio de grandes áreas de vinhedos próprios. O resultado
deste incansável trabalho são os espumantes, vinhos finos, vinhos de mesa,
vinagres, sucos e bebidas quentes, todos os produtos referência no mercado por
sua excelência em qualidade.
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