É inegável,
pelo menos para mim, um simples e fiel enófilo que garimpar e descobrir vinhos
de rótulos poucos conhecidos por aqui em terras brasilis, que convenciono de “undegrounds”, que surpreende é uma
sensação de arrebatamento jamais visto. Corrobora que vinho barato não é vinho
ruim, é tão somente um vinho de proposta diferente de um amadeirado, de um
vinho mais complexo, por exemplo. Eu tenho o sonho, alheio a disposição de
difundir tal mensagem e aqueles que ainda não abriram a mente e o coração, se
permita este momento e deguste vinhos de todas as propostas e valores, expanda
o seu leque de degustações e experiências, claro, fazendo garimpos e buscas por
vinhos que estejam em consonância com os seus anseios, tais como castas, se é
tinto, branco, espumante dentre outros.
E, mais uma
vez, com prazer, compartilho um surpreendente e maravilhoso vinho que degustei
e gostei e que vem de uma região que este rótulo me proporcionou conhecer na
França que, após uma breve pesquisa, descobri ser uma das maiores regiões
produtoras daquele país, a Languedoc-Rousillon, que se chama Le Petit Cochonnet
que na tradução livre significa “porquinho”, e que se mostra óbvio, dado o
descontraído rótulo, da casta branca Sauvignon Blanc, da safra 2017 da vinícola da Vignobles & Compagnie. É um “Pays
d'Oc” ou como é conhecido atualmente, como “Vin de Pays”, que são os chamados “vinhos
regionais” da França, considerado como uma categoria intermediária. O “Vin de
Pays” tem uma liberdade maior na hora da produção, ainda que submetidos a
rigorosas regras. Nessa categoria, podemos ter vinhos com nome do tipo de uva,
como acontece no Brasil, Argentina e Chile. É uma chance de o mercado francês
competir melhor com os vinhos do “Novo Mundo”. Mencionei, com certo detalhe,
extraído do site “Vem da Uva” (https://www.vemdauva.com.br/), esse tema, pois
considero como importante na escolha de seus vinhos franceses e, caso queiram
entender um pouco mais, seguem links que falam sobre o tema, dos sites “Vem da
Uva” e “Tintos e Tantos”.
Na taça se
revela um amarelo palha com reflexos esverdeados, límpido, muito brilhante.
No nariz é
extremamente aromático e lembram frutas cítricas, frutas brancas e frescas,
como maracujá, melão, pêra, maçã verde e um agradável floral.
Na boca é leve,
fresco, jovem, com ótima acidez que confirma sua jovialidade e frescura.
Le Petit
Cochonnet é um vinho jovem, moderno, versátil e que foge a regra daquele vinho
austero e caro da França que sempre entendemos que, para ser bom, tem de ter esses quesitos. Um vinho informal, descontraído que não precisa ser necessariamente harmonizado com comida, embora fique bem com frituras, carne branca e macarrão
ao alho e óleo, mas pode ser degustado sozinho. Tem 12% de teor alcoólico e foi premiado com 92 pontos pelo James Suckling!
É versátil e
perfeito para fugir à regra que vinho precisa harmonizar com alguma coisa. Esse
você pode combinar com o que quiser! Jovem e moderno é o que faltava nos
momentos descontraídos com os amigos, mesmo se eles ainda não são muito
familiarizados com a bebida. Aliás, é uma ótima pedida para quem está começando
a provar vinho francês! 92 pontos James Suckling que, por curiosidade é um
crítico de vinhos e jornalista americano que passou 30 anos escrevendo para a
revista “Wine Spectator”, de Robert Parker até sair para começar seu próprio
site em 2010. Segue então seu site para quem quiser navegar:
Sobre a
Vignobles & Compagnie:
Em 1963,
graças ao espírito de federação dos viticultores, liderado por Paul Blisson,
que deu origem a vinícola, originada a promover vinhos da região do Gard, do Vale
de Rhône. A adega, um edifício original inspirado pelo brasileiro Oscar
Niemeyer, estava e ainda está localizada em um ponto estratégico de Gard. A
família Merlout investe na organização, isso em 1969. À frente da empresa
estava uma mulher, Miss Noble, um fato ousado para a época. Em 1972 a vinícola
entra em uma nova era graças a modernização do local e ao grande crescimento
econômico também. Em 1990 o Grupo Taillan assumiu todas as atividades da
vinícola, dando início a uma parceria importante com vários produtores locais,
trazendo o conceito de regionalismo aos seus rótulos.
Mais
informações acesse:
Confrade Bruno confesso que fiquei bem curioso pra degustar esse vinho, nunca bebi um vinho branco francês, alias preciso por na lista e priorizar, gostei muito da história desse rótulo e do desenho tbm, a região é excelente em vinhos de qualidade, saúde e parabéns pela partilha!
ResponderExcluirEsse vinho foi a minha iniciação nesta região de Languedoc-Rousillon. Pretendo enveredar nesta região, viajar na sua história por intermédio de seus rótulos. Descobri esse vinho em um site que recomendava vinhos de excelente custo x benefício atraente para o verão. Gostei da descrição do autor do site e descobri o vinho no site Vinho Fácil, a um preço exuberante, muito barato. O rótulo é bem divertido e descontraído, revelando vinhos contemporâneos e com uma proposta mais simples e direta da França. Recomendo!
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